Presidente da Tim diz que “não há processo de venda” da companhia

Do Jornal GGN – Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o presidente da TIM no Brasil, Rodrigo Abreu, afirmou que não há nenhum processo de venda da companhia, seja formal ou informal. O executivo se refere ao acordo de 324 milhões de euros, fechado no fim de setembro, que deu à espanhola Telefonica o controle da Telecom Itália, incluindo a possibilidade de ter mais ações com direito a voto na Telco, já em janeiro de 2014. Em resumo: a Vivo ganharia mais uma enorme fatia de mercado no Brasil e teria, na prática, apenas uma concorrente.

Há duas semanas, segundo a reportagem, Abreu realizou uma convenção de vendas para provar aos funcionários que tudo não passa de boato e que nada muda, na atual situação. Ele falou sobre as mudanças no acionista principal e seus impactos, com manchetes de jornais que falavam da venda da TIM em 2007, quando a empresa passou por outra situação parecida de crise .

De acordo com Rodrigo Abreu, a Telefonica pode passar a ter uma participação maior na companhia, mas hoje não existe nenhum impacto imediato com o acordo firmado e tudo permanece como está. Ele disse que, apesar das dívidas, a Telecom Itália não tem problemas de liquidez, tem uma geração de fluxo de caixa que definiu como “invejável” e disse que existem opções para melhorar sua performance operacional. O executivo comentou também que uma parte muito pequena do investimento da Telefonica na Telco é aumento de capital. E que o acordo que abre a porta para a Telefônica aumentar seu direito a voto. E que outro aumento de participação precisa passar pela aprovação das autoridades italianas, brasileiras e argentinas.

Na quinta-feira passada (10), por conta de movimentação superior à média (na Bolsa), a TIM soltou um fato relevante comunicado o mercado de que não existe processo de venda da TIM Brasil, mesmo com as declarações do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmando que a melhor solução seria a venda da TIM. A oposição à venda da TIM, inclusive derrubou o presidente da Telecom Itália, Franco Bernabè, na semana passada. Abreu nega que tenha sido este o motivo.

Ele explica a situação no Brasil. “Do ponto de vista estritamente regulatório (brasileiro), a Telefônica está no controle da Telecom Itália – e, portanto, indiretamente da TIM Brasil – com a nomeação de um único conselheiro. Essa situação existe, mas é neutralizada com as medidas existentes. A Telefônica nomeia dois conselheiros na Telecom Itália, mas eles não participam das decisões sobre o negócio no Brasil”.

A incerteza, completou Abreu, está em relação à estrutura de capital, sem interferência operacional. No entanto, a companhia permanece com seus planos de investir R$ 3,6 bi por ano, especialmente para levar as redes de fibra até 85% das antenas das principais cidades brasileiras, o que será realizado basicamente por causa da expansão da banda larga móvel.

Redação

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