Proporção de famílias paulistanas endividadas volta a subir em janeiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Pelo segundo mês consecutivo, o número de famílias endividadas aumentou na capital paulista: em janeiro, 51,8% das famílias paulistanas possuíam dívidas – alta de 1,8 ponto porcentual em relação ao mês passado. Em relação ao mesmo período do ano anterior, quando atingiu 39,3%, a proporção de endividados cresceu em 12,5 pontos porcentuais, de acordo com pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

Em termos absolutos, o número de famílias endividadas passou de 1,792 milhão em dezembro para 1,857 milhão em janeiro. Na comparação com janeiro de 2015, houve uma alta de 450 mil famílias com dívidas.

Em janeiro, 17,2% das famílias paulistanas disseram estar com as contas em atraso, proporção muito similar à de novembro e dezembro, mas 6,3 pontos porcentuais superior em relação ao mesmo período em 2015 (10,9%). Em números absolutos, o total de famílias com contas atrasadas atingiu 615 mil. Entre as famílias com contas em atraso, 54,2% têm contas vencidas há mais de 90 dias; 22,9% têm contas atrasadas entre 30 e 90 dias; e 20,5% do total de famílias estão com atrasos de até 30 dias.

Além disso, 7,2% das famílias endividadas da capital acreditam que não terão condições de pagar total ou parcialmente suas contas no próximo mês. No mesmo mês em 2015, esse porcentual era de 4,7%. Em números absolutos, esses dados apontam que há 258 mil famílias nessa situação.

Segundo a entidade, esse avanço está relacionado ao aumento de gastos dos consumidores com as festas de fim de ano, que impactam significativamente o orçamento neste inicio de 2016. Além disso, os consumidores endividaram-se em razão do cenário econômico, no qual a alta de preços de bens e serviços essenciais e o encarecimento do crédito pressionaram o orçamento.

A proporção de endividados permanece maior entre as famílias de baixa renda (56,1%, com alta de 2,9 pontos porcentuais em relação a dezembro). Já a proporção de famílias endividadas com renda superior a dez salários mínimos sofreu redução 1,4 ponto porcentual em relação ao mês anterior e atingiu 39,3% em janeiro. Em relação ao prazo das dívidas, a pesquisa revela que 36,6% dos endividados têm dívidas com prazo superior a um ano; 25,6%, de até três meses; 19,6%, entre três e seis meses; e 16,5%, entre seis meses e um ano.

Entre as famílias com renda inferior a dez salários mínimos, a proporção de inadimplentes ficou em 20,7% no mês de janeiro, 1 ponto porcentual superior ao valor registrado no mês anterior. Segundo a assessoria econômica, as famílias de menor renda são mais dependentes de crédito e sofrem mais com a alta dos preços, especialmente de bens essenciais. Por outro lado, entre as famílias de renda superior a dez salários mínimos, a proporção de endividadas apresentou melhora e passou de 10,8% em dezembro para 8,8% no início do ano.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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