Recuperação de crédito cai 2% no período de 12 meses

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Jornal GGN – O indicador de recuperação de crédito – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) – apontou uma redução de 2% na comparação acumulada em 12 meses (período que abrange setembro de 2014 até agosto de 2015 contra os 12 meses antecedentes), segundo cálculos divulgados pela Boa Vista SCPC.

Na variação interanual (frente a agosto de 2014) o indicador da Boa Vista SCPC apresentou queda de 1,5%. Já o total acumulado ao longo do ano caiu 0,9%. Já na análise mensal, da série de dados ajustada sazonalmente, houve queda de 5,9% em agosto na comparação com julho.

O indicador que considera a recuperação de crédito no setor varejista registrou queda de 0,6% na comparação mensal dos dados dessazonalizados. Em termos regionais ficou estabelecida a seguinte configuração: Sul (-9,4%), Sudeste (-0,7%), Nordeste (+0,6%), Centro-Oeste (+4,6%) e Norte (8,4%).

Na comparação dos dados acumulados em 12 meses observou-se alta nas regiões Sul (3,5%), Centro-Oeste (3,0%) e Norte (1,5%). Já as regiões Sudeste e Nordeste apresentaram quedas de 4,2% e 2,7%, respectivamente, mantida a base de comparação.

Segundo o levantamento, a queda registrada na análise de longo prazo do indicador pode ser explicada pelo cenário de deterioração das variáveis macroeconômicas, como o desaquecimento do mercado de trabalho, inflação em níveis elevados, aumento dos juros, entre outros fatores que afetam os orçamentos familiares. Ainda assim, o levantamento não aponta modificações relevantes na avaliação acumulada em 12 meses neste ano, mas indícios de retomada de crescimento são perceptíveis. Desta forma, existe a expectativa de que a recuperação de crédito retorne a um patamar próximo à estabilidade na comparação com 2014.

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