Varejo paulista elimina mais de 38 mil postos de trabalho em um ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Após o saldo positivo de agosto, o comércio varejista do Estado de São Paulo voltou a eliminar postos de trabalho em setembro. No mês, foram encerradas 7.968 vagas em razão de 76.362 admissões contra 84.330 desligamentos, o que resultou em um estoque formal de 2,130 milhões de empregados, – valor 0,4% inferior ao registrado no mês anterior. Nos primeiros nove meses do ano, foram fechados 60.848 postos de trabalho no varejo paulista. Em relação a setembro do ano passado, são 38.038 empregos a menos, o que levou a uma retração de 1,8% no estoque de empregados formais nesta base de comparação.

Segundo o levantamento elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o cenário do emprego no varejo continua se agravando e, desde maio, o estoque de trabalhadores está abaixo da quantidade verificada nos mesmos meses do ano anterior. Em agosto, a queda interanual era de 1,3% e, em setembro, acelerou para -1,8%. Outro agravante foi o número de trabalhadores admitidos no mês (76.362), o menor desde abril de 2009.

Sete das nove atividades analisadas pela entidade registraram eliminação de vagas em setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo que as quedas mais expressivas da ocupação formal, mais uma vez, foram observadas nos segmentos de Concessionárias de veículos (-7,5%) e Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos (-5%). Apenas os setores de Farmácias e perfumarias e de Supermercados, que ainda registram crescimento das vendas, apresentaram aumento no montante de empregados em relação a setembro do ano passado (2,7% e 1,3%), respectivamente.

O varejo paulista em setembro teve rotatividade mensal próxima aos 4%, sendo que os maiores índices se mantêm nos Supermercados e nas Lojas de vestuário, tecido e calçados. Nos últimos doze meses, a rotatividade foi de praticamente 50%, o que significa que, em média, a cada dois anos o comércio varejista do Estado renova praticamente 100% do seu quadro funcional.

A assessoria da entidade diz ainda que o desempenho do mercado de trabalho no varejo paulista é reflexo direto da retração no consumo das famílias e aumento dos custos operacionais para os empresários. “A expectativa é que o cenário não se altere a curto prazo, e os próximos dois meses devem registram saldo positivo por causa das contratações temporárias do fim de ano. Ainda assim, os resultados devem ser inferiores aos observados no final de 2014”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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