2018: PT+PSB+PDT+REDE ainda há uma esperança!

Para 2018 ainda há uma possibilidade de uma poderosa coligação de centro-esquerda, com PT e PSB, junto com PDT-CIRO e REDE-MARINA, ainda temos tempo para LULA liderar uma grande frente de centro-esquerda, ganhar as eleições e o governo do país pelos próximos 20 anos.

Neste final de semana realizou-se o Congresso Nacional do PSB em que ficou delegado à Executiva Nacional a deliberação sobre as três opções com vistas às eleições de 2018: a) candidatura própria; b) aliança com PT com coligações estaduais; c) aliança com o PSDB com coligações estaduais. Uma última poderá ocorrer se nenhuma das três se viabilize a da neutralidade a nível federal, liberando os palanques estaduais.

A partir de abril, com MARCIO FRANÇA-PSB assumindo o governo do estado de São Paulo o PSB passa a ser o partido que governa o maior número de brasileiros. A coligação para a reeleição de MARCIO em São Paulo passa por um arco de alianças que poderá ser com o PT ou com o PSDB. 

A dificuldade maior será sempre como vencer a prepotência e mania de grandeza do petismo. Diante da conjuntura e da real possibilidade de uma hegemonia da direita que poderá perdurar por várias décadas, LULA tem a grandeza suficiente para aplacar esses vícios.

Por seu lado há algumas condicionantes que exigem a imediata articulação política dos dirigentes partídários.

Se o Habeas Corpus de LULA for deferido nas próximas duas semanas, nós do PSB e o próprio CIRO-PDT precisamos apoia-lo numa campanha heroica de restabelecimento de um poder político com base popular e a legitimidade dos votos na eleição. Porém, se até fins de março o golpe do judiciário for mantido nos Tribunais Superiores – STJ e STF – o PT e LULA precisam sinalizar de forma inequívoca a disposição de apoiar outro candidato com apelo popular e compromissos programáticos, que pode ser do PDT (Ciro) ou do PSB (Joaquim Barbosa).

O PT tem grandes quadros, como HADDAD porém sem o carisma e a experiência nacional capaz de mobilizar a grande maioria despolitizada que é quem decide as eleições. Os demais nomes nacionais, estão queimados.

Historicamente o PSB sempre fez alianças eleitorais leais e exitosas com PT e com o PSDB. Até o advento do desgoverno DILMA que apoiamos em 2010.

Porém, desde o início de 2013 o PSB denunciava o desgoverno de DILMA e o equivocado desajuste fiscal que resultou nas famosas ´pedaladas orçamentárias´ para fechar as contas de 2014 e 2015.

Em 2013 LULA propôs a EDUARDO CAMPOS-PSB ser vice de DILMA em 2014 e com isso, credencia-lo para a sucessão em 2018. Mas o tipo de governo da DILMA, centralizador e conivente com alianças fisiológicas à direita, sem ouvir opiniões diversas e com erros na condução da política econômica da DILMA, em que o Ministro Mântega era simples executor, não viabilizava ser mantida por mais quatro anos.

Desde 2012 EDUARDO advertia o mundo político e os agentes econômicos: sem as reformas estruturais e sem ajustes no desequilíbrio das contas públicas, reforma política e eleitoral, reformas tributárias e previdenciárias e a mais importante reforma, a do pacto federativo, com mais recursos tributários para estados e municípios, qualquer candidato eleito em 2014 não teria condições de governabilidade.

Neste contexto que EDUARDO-MARINA/PSB se apresentam como a 3a via.

Não era uma campanha contra o PT, nem contra o PSDB. Era um programa de governo que buscava a governabilidade através de alianças do PSB com PT, PSDB e a parte boa do PMDB formando uma maioria congressual que, no poder, atrai sempre aquele 1/3 fisiológico que precisa estar do lado que tem a caneta na mão. 

O programa de governo do PSB denunciava o desequilíbrio fiscal e as ´pedaladas´ que, ao final, serviram de mote para o golpe parlamentar de 2016 e que contou com apoio de parte do PSB, ressentido pela covarde e infame campanha eleitoral do PT-PMDB em 2014.

Com a tragédia do acidente com EDUARDO, o PSB oficializou MARINA como candidata. Em menos de um mês ela já liderava a disputa. A campanha do AÉCIO entrou em parafuso.

Vamos aos fatos. Fatos são fatos… Leia essa longa matéria da Fórum… Em 15/09/14 o Aécio estava na lona, havia caído de 32% para menos de 15% com viés de baixa. Essa matéria da FÓRUM trata exatamente disso. Em 15/09 a candidatura de AÉCIO havia naufragado inteiramente, irreversível, a não ser que….

https://www.revistaforum.com.br/digital/164/o-fracasso-da-candidatura-aecio-depois-da-queda-o-coice/ 

A campanha do PT/DILMA diante da impossibilidade de ganhar no 1o turno, escolheu. deliberadamente ter o AÉCIO-PSDB para ser o adversário mais fácil de vencer no 2o turno.

Então a partir dessa matéria da Fórum e da pesquisa ´DataFolha´ daquela mesma semana apontando a queda irreversível do AECIM que DILMA/JOÃO SANTANA(PT) se deram conta que com AECIO no segundo turno ganhariam as eleições.

Com MARINA a derrota era certa. Todos os analistas sabiam disso. Aos 35/40% de votos da MARINA no primeiro turno seriam somados os 15% dos votos tucanos. Lógico. De outro lado, os votos da MARINA se dividiram no 2º turno, o que de fato aconteceu na proporção suficiente para a eleição da DILMA.

Então a derrota da DILMA era inevitável… ´a não ser que…´ que se partisse para ´desconstruir´ a MARINA-PSB.

Lógico, a MARINA/PSB tina 1m30″ e a DILMA tinha mais de 10m de TV e o AECIO mais 6 m. 

Desde o dia 16/09 toda a bateria da infâmia foi utilizada na campanha da DILMA e também a do Aécio diziam que a ´despreparada´ MARINA era a candidata dos banqueiros e ´iria retirar a comida da mesa dos pobres´ a gente chorava quando via aquele ´filme´ da mesa farta e pessoas bonitas ir se transformando numa mesa sem comida e pessoas famintas, se a MARINA ganhasse, dizia a propaganda petista.

O PSB tinha uma campanha pobre, com poucos recursos e pouco tempo no horário eleitoral gratuito. Assim foram 15 dias de massacre sem recursos para restabelecer a verdade política e eleitoral.

Mas, a questão era o segundo turno, as duas candidatas teriam exatamente 10 minutos, e os debates seriam somente das duas. Aos votos da MARINA seriam somados os votos dos demais perdedores, dos anti petistas. E a história seria outra. 

Os analistas do PT perceberam isso e apelaram. Apelaram muito feio.

As denúncias contra a MARINA e o programa do PSB eram falsas. Não tinha fundamento. E o PT sabia disso. Ela foi a única candidatura que apresentou um Plano de Governo escrito e publicado em que se recomendavam reformas tributárias, previdenciária e no pacto federativo.

Portanto, a posição partidária da maioria do PSB no afastamento de DILMA, diante do desastre do desgoverno que havia perdido o rumo, reflete muito do sentimento de desforra (que não devia prevalecer, mas prevaleceu), pois quem colocou o PMDB e sua quadrilha na linha direta da sucessão foi o PT.

A preferência do PT em manter a disputa polarizada com o PSDB resultou na crise do ano seguinte e no sucesso dos ´coxinhas´ e das madames ´batendo panelas´ para o pato nas Avenidas Paulistas do Brasil inteiro. Agora, em março/2018, diante da conjuntura, ainda podemos construir uma aliança sólida de centro esquerda, com ou sem LULA candidato.

Agora, voltemos a 2018: a partir de abril, com a posse do Vice govenador MÁRCIO FRANÇA em São Paulo, o PSB passa a ser o partido que governa o maior número de brasileiros.

Se o PT deixar a prepotência de lado, poderá ser edificada uma sólida aliança com palanques estaduais capaz de mobilizar a população que anda apática.

Por exemplo: o PT, às vésperas de um desastre histórico, tem a chance ainda em 2018, de fazer alianças de centro-esquerda com PSB, PDT e REDE. Com fortes alianças em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas, RGSul, Bahia, Ceará, DF, Paraíba, RGNorte, Acre, Amapá, MS, Paraná. E com tais alianças derrotar a direita. Mas, prefere forçar o PSB a fazer alianças à direita mesmo que isso signifique que o PT irá perder tudo. Infelizmente será o Brasil que perderá.

Porém, se isso não ocorrer a direita com Alckimin ou outro fantoche ganhará as eleições e completará o desmonte neoliberal do patrimônio público e das políticas sociais duramente conquistadas de 2003 a 2012. Se a direita ganhar agora, a nossa geração não terá outra oportunidade e será responsável pelo maior atraso no desenvolvimento social e econômico do país.

Enfim, vocês petistas precisam deixar a prepotência e a pretensão de hegemonia de lado, e calçarem a sandália da humildade. 

Se não o fizerem, verão o PSB sair maior em 2018 e serão massacrados nas urnas. Espero que não precisem de mais derrotas para aprenderem!

Quem mais perderá será o Brasil e nossos sonhos de uma nação mais justa, com desenvolvimento sustentável e com mais oportunidades a todos os brasileiros.

 
Redação

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