A democracia e as obrigações de governo e oposição

Ref: Sete de Setembro: sem incidentes em Brasília e invasão no desfile do RJ

O regime democrático prevê a hegemonia de uma maioria com as salvaguardas necessárias para a minoria ou as minorias. Isso implica em responsabilidades de ambas as partes: quem governa se obriga a respeitar os espaços de quem faz oposição e esta age até no limite da legalidade e da razoabilidade. O status de oposição não lhe dá salvo-conduto para agir em contraste com a Lei. A começar pelos ditames da Constituição Federal.

O que se assiste hoje no país é isso: uma minoria que se arvora do direito de fazer e acontecer somente ancorada nessa situação política transitória. Isto porque mais dia menos dia ela certamente assumirá o Poder. Pelo menos é essa uma das faculdades da Democracia. 

Nesse regime, direitos e deveres caminham de mãos dadas. Impera a não unilateralidade, ou seja, é uma relação biunívoca. Se as manifestações públicas são prerrogativas legais, também o são o direito de ir e vir, de se sentir seguro, de ter preservado seu patrimônio, dentre outros. 

Pouco importa em termos de compatibilizá-los a origem, a classe ou o apelo político dos agentes envolvidos. Muito menos a causa ou as causas proclamadas. Nenhuma delas é nobre o bastante ao ponto de ignorar ou afrontar o arcabouço legal. 

Luis Nassif

30 Comentários

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  1. Se não fossem os Panteras

    Se não fossem os Panteras Negros, e a sua “violência”, pouco se teria avançado nas causas que defendiam.

    A Revolução Francesa que trouxe muitos dos avanços da democracia foi conseguida após muita violência.

    Os problemas da deficiência dos nossos transportes públicos denotam é antigo; os problemas conhecidos por todos e quase nada se fez; a falta de investimento neste setor se mantinha há décadas. As mnanifestações de junho que não foram nada pacíficas levaram o governo, em uma canetada só, a liberar 50 bilhões.

    No processo de redemocratização do Brasil, parte dele foi realizado com muita violência.

    1. Panteras Negras não

      Panteras Negras não contruiram coisa alguma. Não confundir movimentos revolucionarios de largo espectro contra regimes autoritarios, como foi a Revolução Francesa, com badernas de rua em democracias abertas, onde há canais livres de manifestação, como é o Brasil de hoje. Neste caso não há justificativa para violencia e vandalismo.

      1. Assim temos que os primeiros

        Assim temos que os primeiros traços da ação afirmativa datam da década de 30, no entanto, só foram ganhar contorno nos EUA a partir de meados do século XX com a instituição de legislações de direitos civis. Ressalte-se também a importância de organizações, movimentos e lideranças para a construção de programas em benefícios aos discriminados, tais como a NAACP – National Association for the Advancement of Colored People, os movimentos negros e seus líderes como Martin Luther King, Malcon X e os Panteras Negras.

        http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/Rev_61/Artigos/Art_alexandre.htm

         

         

    2. Discordo 99,99% por cento,

      Discordo 99,99% por cento, meu caro Assis. Infere-se do teu aparte ser a violência uma componente imprescindível para as grandes mutações históricas o que não é necessariamente verdadeiro. 

      Pego teus exemplos. O Movimento Pantera Negra trouxe o quê, além da estética, inclusive nos próprios atos violentos? Em que contribui, efetivamente, nesse ASPECTO singular para as lutas pelos direitos civis? Pois seu antípoda, o pacifismo, à frente o Pastor Martin Luther King, fez muito mais. Sem ele,  movimento pacificista, a vitória teria sido impossível. 

      Se a violência permeia processos revolucionários ou de meras inflexões isso não implica obrigatoriamente que deva existir ou subsistir. Se remeter-nos, então, a violência apenas como estética ou como terror, aí acaba a discussão. A violência é inata ao ser humano. Isso é biológico, antropológico. Entretanto podemos, e devemos, driba-la.Por dedução, as revoluções e impasses podem ser violentos porque o ser humano é violento. Faz uso da violência como um Leão faz para abater uma presa. Aliás, vai mais além: a pratica por mero deleite. 

      Por fim, resta lembrar que estamos em pleno século XXI. Temos condições de abdicar de meios violentos para conseguirmos avanços. Eis porque considero esse movimento black boards anacrônico, descontextualizado, e totalmente farsesco. Uma verdadeira contrafação. Um contra-exemplo de como operarmos mudanças  nessa pós-pós-modernidade. 

      Obs: a Revolução Francesa não teve por ânimo “avanços da democracia”. Pelo menos como a pensamos e exercitamos HOJE. Seu motor foram, pela ordem: fatores econômicos, políticos(monarquia) e filosóficos(Iluminismo). Ou o Terror a que se seguiu tem algo a ver com Democracia:? Napoleão? 

      O interessante é que uma das suas inspirações foi a Revolução Americana de 1776 e as premissas até inéditas acerca de Liberdade e democracia etc. 

       

      1. Blá, blá, blá. Séc XXI,

        Blá, blá, blá. Séc XXI, democracia, justiça, condições de abdicar de meios violentos para conseguirmos avanços; como se as escutas dos EUA ao governo Brasileiro, a revista no avião do nosso ex ministros das relações estrangeiras, o julgamento da AP 470, não fossem atos de extrema violência dentro de qualquer conceito ou princípio de democracia.

        No mais, ao contrário de infere-se, fere-se o princípio da lógica a sua afirmação de: Infere-se do teu aparte ser a violência uma componente imprescindível para as grandes mutações históricas o que não é necessariamente verdadeiro. quando eu mesmo fecho o meu comentário anterior afirmando que  “No processo de redemocratização do Brasil, parte dele foi realizado com muita violência.”

        Seu penúltimo parágrafo é uma pérola:  Obs: a Revolução Francesa não teve por ânimo “avanços da democracia”. Pelo menos como a pensamos e exercitamos HOJE. Seu motor foram, pela ordem: fatores econômicos, políticos(monarquia) e filosóficos(Iluminismo).  Como se esses fatores fossem dissociados de apelo democrático

        1. Assis,
          Te conheci um pouco

          Assis,

          Te conheci um pouco mais humilde em termos intelectuais e mais recatado na apresentação de argumentos. Já é a segunda vez que me contraditas apelando para sarcasmos, atitude sem sombra de dúvidas inadequada num ambiente de discussão saudável. Não deveria lembrar, mas vou:  tu não tratas com ignorante ou troll. Exponho minhas opiniões com o máximo de rigor e honestidade possíveis. Espero respostas no mesmo nível. 

          Por que a segunda vez? Porque na primeira fizestes gracinha com uma termo usado por mim, no caso “truísmo”, quando na réplica escrevestes “turismo”., Uma clara manifestação de deboche. 

          Retrucar com um blá, blá, blá…..é típico de pessoas autossuficentes o que pensei que não eras. Abdico de comentar até os “argumentos” aos meios quanto à impropriedade do uso de meios violentos para promover mudanças. 

          A inferência que fiz com relação ao teu comentário é, sim, real. Não houve agressão a lógica. Quando tu argumentas que “processo de redemocratização do Brasil, parte dele foi realizado com muita violência”, querias justificar o quê mesmo? O exemplo foi dado para corroborar o uso da violência; não para dá-la como uma exceção. 

          Por fim, por que “pérola”? Por que a recorrência a retórica e não a análise percuciente do proposto? Arrogância? Por que não desenvolvestes a premissa do “apelo democrático”? Estávamos na discussão pontual de um momento histórico, e não divagando acerca de democracia, decerto uma termo que adquire várias conotações ao longo da história. Obviamente que os princípios da revolução francesa, como liberdade-fraternidade-igualdade, inspiraram esse regime política chamado de democracia. O que não quer dizer que seu motor principal tenha sido a democracia conforme a entendemos hoje. 

          O problema, Assis, é que tu primeiro partes das conclusões, depois é que busca as premissas. 

          1. Se você preferir, retire o

            Se você preferir, retire o blá, blá, blá  e substitua por: linguagem, conceitos e eufemismos são armas importantes usadas pelos senhores do andar “de cima” para manter o “status quo” e a sua força de controle; a ordem. Estou em campanha para mudar o lema da nossa bandeira, já que Ordem e Progresso resutou em muito pouco, estou propondo que ele passe a ser Progresso e Ordem.

            Sobre isso cito passagens do ícone Luiz Carlos Maciel, em seu livro “Geração em Transe”:

            “…a visão característica básica da visão madura é a necessidade de organização.

            Um mundo organizado pela visão madura, manifesta em toda espécie de leis e regulamentos, deve sofrer periodicamente as fraturas criadas pela visão juvenil. Trata – se da condição de equilíbrio mínimo, capaz de insuflar a renovação num mundo dominado pela rigidez da ordem. Ainda que perigosa, a anarquia juvenil, ao contrário, é vitalizadora. Movimentos culturais tipicamente dominados por jovens, como os surgidos na era áurea do “Poder Jovem”, os anos sessenta, como a Contracultura e o Tropicalismo, são exemplos típicos da visão juvenil.(…) A principal função social da visão juvenil é a de gerar antídotos contra os venenos propiciados pela visão madura e seus apegos característicos. Pode – se dizer, portanto, que a vida que a vida é renovada através da insensatez.

            (…)Tal avanço foi de espantar todo mundo; os mais conservadores, em especial, inclusive da esquerda, ficaram assustados. Colocar o real como um todo, de maneira tão radical, era de uma audácia intolerável.

            Sim, as ousadias da época tiveram que ser anuladas, ou eliminadas, ou, pelo menos, distorcidas para que o mundo continuasse a ser o que era e “os mesmos patifes de sempre continuassem a mandar em tudo”, conforme disse John Lennon, ao declarar o fim do sonho. Para isso, os meios de anulação, eliminação e distorção foram aperfeiçoados e refinados.”

             

          2. Parei a leitura no “andar de

            Parei a leitura no “andar de cima”. Sinceramente e com todo o respeito: não vou tomar ou usar meu tempo(que parece ser pouco)  com infantilidades  da espécie.

             

          3. Este comentarista  foi o que

            Este comentarista foi o que escreveu às 8/09/2013 – 13:06, se referindo a um comentário meu:

            Assis,

            Te conheci um pouco mais humilde em termos intelectuais e mais recatado na apresentação de argumentos.(…)

            Por que a recorrência a retórica e não a análise percuciente do proposto? Arrogância?

          4. E daí, Assis? Agora queres

            E daí, Assis? Agora queres passar por vítima, é? Ora, faça-me um favor. Peço o respeito que sempre te dei. Abandonei o diálogo contigo em função da tua prepotência. Tu não dialogas: impõe através de sofismas, falácias e sarcasmos.  Baixa a bola, meu caro. 

            É sempre assim; os que se dizem vitimados não perdem a oportunidade para também se fazerem de algozes.

            Confesso minha mais completa decepção contigo. Nunca imaginei que tu chegasses a esse ponto. Fica com a tua soberba e passe bem. 

      2. Sim, JB. E faço um adendo. O

        Sim, JB. E faço um adendo. O Pantera Negras foram um movimento dentro de um contexto de extrema contestação ao sistema, que mandava preferencialmente negros para para o front do inferno no Vietnam. Sem contar a violência que eles sofriam dentro dos EUA. Os negros americanos viviam sob uma opressão violenta, tendo como ápice a kukluxklan. A essa violência, eles reagiram com violência (Malcon X) e pacíficismo (Luther king).

        A comparação com a Revolução francesa então, foi bastante infeliz, por parte do excelente Assis. Esse foi um dos grandes momentos de ruptura na história mundial, junto com a revolução soviética. Uma revira-volta radical no ocidente, onde a violência foi um ingrediente inevitável.

        Aqui, o que estamos assistindo é uma oposição, tanto a direita, quanto a esquerda, que não consegue superar seu vício golpista. Essa é uma característica comum às democracias recém reconquistadas da AL. Ao contrário das oposições nas democracias maduras, as das do nosso continente, diante de dificuldades nas urnas, não conseguem resistir àas tentações golpistas.

        Talvez o 0,1% de concordancia com o Assis, seja admitir que se os atos de junho não tivessem sido explosivos, nao teriam cancelado os aumentos. Mas a pergunta é, a que custo? Será que não foram esses vinte centavos que esimularam os adolescentes “proto-politizados” a achar que podem tudo na base da porrada? Será que esses vinte centavos não ficaram caros demais?

        1. Juliano, esses meninos são

          Juliano, esses meninos são vítimas de invisibilidade social. Se ninguém os vê e escuta eles devem quebrar todos os bancos e concessionárias que virem pela frente até alguém prestar-lhes atenção. Basta ver as estatísticas,  são exatamente eles que morrem na mão de uma políca truculenta e assassina nas periferias dessa país e ninguém dá a mínima.  

    3. Ué Assis, ontem vc estava

      Ué Assis, ontem vc estava malhando os BBs ou fui  eu que não entendi nada? Eu concordo com vc nesse comentário. Acabei de postar no meu FB que o grito dos excluidos de SP abordou o genocídio dos jovens pobres e negros das periferias. Aí fica a pergunta: alguém de fato se importa com isso? Há mais de 30 anos isso vem acontecendo e ninguém toma uma medida eficaz contra esse problema. Em outros palavras, ou esses meninos quebram ou eles de fato não são sequer enxergados. 

      1. Ane

        Defendo os movimentos sociais, os de jovens, independentemente da forma, aplomb, elegance, seja lá o que for. Acabei de fazer um comentário ao JB (logo abaixo) onde defendo a mudança do lema da nossa bandeira nacional, já que a ordem trouxe muito pouco. Acho sensacional que os jovens voltem às ruas. Durante muito tempo eles foram contidos. Sobre isso uma outra passagem brilhante do livro “Geração em Transe” de Luiz Carlos Maciel:

        “Sim, as ousadias da época tiveram que ser anuladas, ou eliminadas, ou, pelo menos, distorcidas para que o mundo continuasse a ser o que era e “os mesmos patifes de sempre continuassem a mandar em tudo”, conforme disse John Lennon, ao declarar o fim do sonho. Para isso, os meios de anulação, eliminação e distorção foram aperfeiçoados e refinados. A redução do milagre da consciência a um fenômeno material, físico, químico, ou biológico, na cega tentativa de negar o mistério, exemplifica bem, a nível acadêmico, essa tentativa, tão ampla quanto refinada, de manter o “status quo” espiritual de nossa cultura.

        Hoje, as manifestações juvenis de nosso passado recente, depois de domadas, assimiladas e distorcidas pelo sistema, foram substituídas por um fetiche abstrato e bastante ridículo que é o jovem tal como é definido pelas agências de publicidade, delineado pelas pesquisas de opinião, incensado pela mídia, tomado por paradigma de eficiência empresarial (o tal do Yuppie) e, o que é pior de tudo, imposto como modelo aos ainda mais jovens, ou seja, nossas crianças. Esse “jovem” é o que, no meu tempo, chamávamos de alienado e, depois, de careta. Trata – se de uma domesticação dos instintos naturais da juventude em função dos interesses do sistema.”  No link:  http://assisprocura.blogspot.com.br/p/que-juventude-e-essa.html

        1. A palavra OR|DEM foi inserida

          A palavra OR|DEM foi inserida na nossa bandeira por inspiração Positivista, corrente filosófica predominante no contexto da época. Em lugar dela inserir o quê? Baderna e Progresso? Quebra quebra e Progresso? Mascarados unidos jamais serão vencidos? Anomia e Progresso? 

           

        2. Defendo os movimentos sociais, os de jovens, independentemente da forma, aplomb, elegance, seja lá o que for.

          Assis, o mais importante num movimento é o conteúdo. Forma é algo secundário, que vai contribuir ou não para que a mensagem ou ideia do movimento prospere. 

          No caso dos BBs, o conteúdo é entropia pura…e a forma também. Não vai sair nada de bom daí, só danos ao patrimônio público e/ou privado.

      2. Aonde está o fato que justifica a afirmação?

        Ane e Assis,

        1. Muito pouco se sabe ainda sobre a composição e classe social dos Black Blocs

        2. O Grito dos Excluídos não tem nada a ver com os Black Blocs e nunca teve a vilolência como forma de ação e organização

        3. “No processo de redemocratização do Brasil, parte dele foi realizado com muita violência.”  Violência predominante do estado e da direita, que apostavam nela para justificar sua perpetuação no poder. É uma manifestação muito anterior às de junho de 2013.

        4. Para que voltarmos a revolução Francesa? Por que não voltarmos à Maio de 1968 e a pauta do “é proibido proibir”? Nos mostra bem como pautas amplas e pouco precisas podem nos conduzir aos braços da direita. Como foi conduzida a França por algumas décadas pós 1968. 

        1. Gil

          O que pode nos conduzir à direita está muito bem posto no artigo aqui do blog:

          Os novos ‘progressistas’ conservadores; artigo de Patrick Diamond

          Lembre-se de quais foram e são as bandeiras das esquerdas, e saiba que forças da direita são mestras na enganação, na apropriação de bandeiras alheias como se suas fossem, mas, que tudo isso só épossível se houver vácuo ou omissão.

          Não deixe de ler o artigo acima, e este, abaixo, que demonstra como é que a direita se apropria das condições e teses da esquerda para, em manipulação, continuar o seu jogo de sempre.

          A Procura.: Retórica e eufemismos na Economia

           

  2. Meu caro Costa, concordo em

    Meu caro Costa, concordo em genero, numero e grau. Democracia é um valor mas Ordem tambem é e na Historia a Ordem sempre prevaleceu quando a Democracia fracassa e a sociedade como tabua de salvação apela para a Ordem. O grosso da população quer paz e segurança para suas familias, bens e liberdade de movimentos. Ninguem convive bem e por muito tempo com baderna de rua, confusão, quebra quebras, interrupção de transito e de estradas. O Estado precisa prover Ordem, as pessoas pagam impostos para poder ter o direito de ir e vir, não serem molestadas ou ter seu sossego perturbado.

    Os fascismos dos anos 20 e 30 nasceram para por odem nas ruas, tinham inicialmente apoio da população cansada de arruaças, confusões e intranquilidade. Eu acho inacreditavel juristas discutirem se pode ou não usar mascaras, sabendo–se que a mascara dos blacs blocs são preparação para o vandalismo, agora parece que os governantes estão

    começando a perder a covardia da reação.

    Manifestações de rua podem ser validas com organização e foco, na bagunça não produzem nada, com violencia só produzem a contra reação, é a constatação da Historia.

    Quem merecia manifestações diarias seria o Congresso com seus milhares de funcionarios ganhando mais de 28 mil, seus serviços medicos absurdos que pagam qualquer custo de qualquer coisa em qualquer lugar para congressistas, ex-congressistas e seus familiares.

    Porque não manisfestar contra os jatinhos para ministros? Cinquenta e tres anos depois da inauguração de Brasilia porque o Estado tem obrigação de dar um jatinho individual para Ministros voltarem para casa no fim de semana e depois ir de casa para brasilia? Se aceitaram ser Ministros porque não moram em Brasilia? Assunto tem, com foco e inteligencia,

    quebrar lohas, lixeiras, bancos não traz ganho algum para boas causas.

    1. Entendi errado, AA, ou voce

      Entendi errado, AA, ou voce disse que se tiver um foco udenista*, a baderna é até aceitável?

      *protestar contra jatinho para ministro é perfumaria, moralismo irrelevante. Um custo irrisório para os cofres públicos. Sem contar que muitas vezes o uso do jatinho é defensável de acordo com a circunstância

      1. O custo NAO é irrelevante,

        O custo NAO é irrelevante, horas-voo de jatinhos são carissimas mas o mais importante é algo conhecido como POSTURA, ATITUDE, esse uso de jatinhos é um deboche

        tipico de paises atrasados, não existe em pais algum um direito de qualquer Ministro, e são 39, mais os presidentes da Camara e do senado e mais o do STF, requisitar avião para uso privado, e nem estou considerando os ABUSOS, o uso normal já é absurdo, se tres Ministros vão de Brasilia ao Rio no mesmo horário, requisitam TRES aviões, não vão juntosmultiplicando o uso abusivo.

  3. A democracia e as obrigações de governo e oposição

    Caro JB Costa,

    No Brasil a culpa pela ausência de respeito entre governo e oposição é da Grande Mídia.

    A grande mídia não questiona as afirmações de determinados grupos politicos e seus componentes, não crítica suas mentiras, acoberta suas falhas, é conivente com seus erros, mais que isso é parte dessa empulhação.

    Quem não conhece os episódios relacionados com a partidcipação da grande mídia no golpe militar de 64, das eleições diretas, da eleição do Collor, do acobertamento das relações espúrias entre o Sen FHC e muheres fora do casamento, da reeleição do Pres FHC, do Mensalão Tucano, do Mensalão Demo, do propinoduto Tucano, do Escandalo Cachoeira e Veja, etc…, só para ficar em alguns exemplos.

    A grande mídia repercute falas de membros de partidos que têem o costume de usar o recurso da calúnia, injúria e diafamação como artíficio argumentativo, sem dar chance de defesa aos ofendidos.

    A grande mídia serve aos interesses desses partidos como instrumento de propaganda e de disseminação de sua cultura criminosa.

    Essa cultura é perigosa e tende a se volter contra seus usuários, vejam o caso da briga entre DEM e PSDB em Goiás.

    Em Goiás um frequente usuário e beneficiário dessa técnica crriminosa, o deputado caiado (DEM-GO), acusa o Governador Marconi (PSDB), outro frequente usuário, de ter o governo comandado pelo narcotráfico.

    É o velho adágio popular “pau que bate em chico, bate em Francisco”, se uso com os adversários posso usar com aliados.

    Talvez seja a hora de repensar nossos costumes politicos e jornalisticos.

    Talves seja a hora da média esclarecer para seus leiores qual sua orientação política, para qual partido trabalha, pois assim ela poderá continuar a ser o que é.

    Imaginem o leitor menos prevenido (esclarecido) lendo em Veja que Caiado acusa Marconi de ser narcotraficante, imaginem essa briga fratícida entre DEM e PSDB Nacional, a cabeça desse leitor vai fundir. Imaginem.

    Hoje o leitor dessa grande mídia acha que é maioria no país, ele ainda não se conscientizou de que é minoria, Os chamandos corruPTos, PTralhas já estão no terceiro governo, mesmo com a oposição dessa mídia, ele não consegue entender isso e diz que o é pobre analfabeto, sem acesso a essa mídia impressa que elege o PT, ele não consegue ver que essa mesma mídia domina os outros meios de comunicação, Globo, Bandeirantes, SBT, Record, e esse meio popular usa os memos recursos da mídia impressa. O problema é que essa mídia e os usos e costumes dessa minoria política chamada oposição não conseguem convencer os “pobres analfabetos” que a vida deles piorou com o PT no poder.

    Mas essa mídia e seus partidos e politicos vão acabar conseguindo convencé-los de outra coisa, se essa cultura não for mudada e forem estabelecidos outros costumes mais éticos, de que todos eles são bandidos da pior especie, aquele que faz de conta que é héroi.

    O DEM é o exemplo pronto e acabado disso. O PSDB percorre rapidamente o mesmo caminho.

    Graças a isso a baixa adesão da população aos chamamentos da direita para as manifestações de 7/9, eles só conseguem empolgar a classe média leitora de …, e cada dia menos enganjada.

     

  4. Os conjurados

    A propósito, em 1291 os suiços já tinham aprendido a ser razoáveis:

    En el centro de Europa están conspirando. El hecho data de 1291. Se trata de hombres de diversas estirpes, que profesan diversas religiones y que hablan en diversos idiomas. Han tomado la extraña resolución de ser razonables. Han resuelto olvidar sus diferencias y acentuar sus afinidades. de Los conjurados Jorge Luis Borges (Argentina, 1899-1986) à respeito da criação da Confederação Suiça

  5. Quando o Estado de Direito é ilegal

    o título do livro é

    Pilhagem – Quando o Estado de Direito é ilegal

    uma ótima leitura para os temas abordados

    questiona as noções de democracia e estado de direito como ideologias a serviço da dominaçāo e expropriaçāo dos direitos da maioria da populaçāo a favor das minorias privilegiadas e por esta razāo traz o conceito de pilhagem, roubo, invasāo, destruiçāo ao contexto das discussões sobre os lados sombrios das chamadas democracias e estados de direito ocidentais.

    a ediçāo muito legal é a da wmf martisnsfontes, os autores sāo

    Ugo Mattei, professor de direito internacional e comparado da Universidade da Califórnia, de Hastings e de Turim

    Laura Nader professora de antropologia em Berklley, Califórnia, pesquisadora  em antropologia do Direito.

    traduçāo de jefferson Luis Camargo

    ediçāo 2013

    vale a pena pensar e discutir os assuntos deste livro.

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