A Festa da Boa Morte

Patrimônio Imaterial da Bahia desde 2010, a Festa da Boa Morte segue com comemorações até quarta-feira

Bahia_247 – Há mais de 190 anos, uma confraria de mulheres descendentes de escravos africanos iniciou a devoção a Nossa Senhora, em Salvador, onde elas se reuniam atrás da Igreja da Barroquinha. Expulsas do local, seguiram para o Recôncavo baiano, instalando-se na cidade de Cachoeira (116 Km da capital), onde permanecem até hoje. Para integrar a confraria, composta por 23 mulheres, é preciso ter mais de 50 anos de idade. Neste ano, as festividades tiveram início sábado (13), quando houve celebração religiosa, e movimenta o Recôncavo até a próxima quarta-feira (17).

Nesta segunda-feira (15), quem participa da festa é o governador Jaques Wagner que chega ao local por volta das 9h30, onde vai se encontrar com integrantes da Irmandade. Às 10h, participa da missa solene da Assunção de Nossa Senhora e, às 11h, da procissão festiva em homenagem a Nossa Senhora.

O surgimento da Irmandade da Boa Morte, diz historiadores, se deu pela necessidade dos escravos conseguirem a alforria de outros que viviam naquela mesma condição durante o Brasil Império. A festa da Irmandade é sincrética, recebendo influências da religião católica e do candomblé, muito forte no Recôncavo. Durante as festividades, são realizadas missas e oferecidos carurus, feijoadas, maniçobas e cozidos, típicos pratos da cultura afro-brasileira. Em junho do ano passado, o Governo do Estado reconheceu a confraria como Patrimônio Imaterial da Bahia.

Luis Nassif

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador