A Globo e as elites predatórias brasileiras, por Fábio

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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A Globo e as elites predatórias brasileiras, por Fábio !

Comentário ao artigo “No aniversário do golpe, é hora de avaliar a Globo, por Luís Nassif

A GLOBO é um caso particular de uma fenômeno mais amplo: as elites predatórias brasileiras.

A diferença entre o Brasil e as nações desenvolvidas e civilizadas é que estas últimas conseguiram domesticar suas elites. Fazê-las enxergar que ao abrir mão de parte de seus benefícios mesquinhos e  imediatos em benefício de toda  a nação, sairiam ganhando mais do que saquear e ameaçar a estabilidade de seus países. 

Na fase proto-histórica que nos encontramos, a GLOBO e demais barões da mídia, os banqueiros, os empreiteiros, os industriais da FIESP, os coronéis nordestinos, e as elites do serviço público, não hesitam em saquear o país e comprometer sua estabilidade para obter seus ganhos imediatos. 

Suas reservas de mercado, suas licitações fraudadas, seus empréstimos subsidiados, suas isenções e sonegações fiscais, sua reforma trabalhista, seus ganhos financeiros, suas auto-concessões de altos salários, seus juros elevados, enfim, tudo isso visando manter seus ganhos imediatos através da pressão política mantém o pais em constante desequilíbrio e impedem a construção de um ambiente de desenvolvimento mais sólido para toda a nação, o que se traduziria em mercados internos mais consistentes e de níveis educacionais mais elevados e qualificados, com ganhos maiores para todos e mais ainda para essa própria elite. 

Mas seu imediatismo faz com que seja predatória e não hesite em excluir a maior parte da população dos benefícios do desenvolvimento, para que não interfira em seu fluxo de ganhos constantes . 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

6 Comentários

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  1. ,,, “mercados internos mais

    ,,, “mercados internos mais consistentes e de níveis educacionais mais elevados e qualificados, com ganhos maiores para todos e mais ainda para essa própria elite”, 

     

    mas não para a classe média alta reminiscente da junção entre a “baixa” aristocracia e migrantes ricos/novos ricos. Essa classe média depende de vencer a competição por posições de status na sociedade (da universidade aos concursos/posições de gerência em empresas) para manter sua vida pseudo-luxuosa enquanto ocupa os postos de trabalho que lhes permite exercer o poder de fato (promotores, juízes, auditores da Receita, administradores, etc.).  

    Os ricos não precisam trabalhar nesses cargos porque eles sabem fazer o dinheiro trabalhar pra eles, mas eles não se voltam contra quem exerce o poder de fato porque estes seguem a Globo que, por sua vez, é sabidamente uma surcussal dos interesses das multinacionais anglo-americanas. Os ricos têm medo dessas corporações e da elite financista do Eixo City-Wall Street que está, como acionistas, por trás dessas corporações. A questão dos ricos no Brasil é esta: PURA COVARDIA.

    já a classe média que exerce o poder de fato, o ponto é que “níveis educacionais mais elevados e qualificados” implica em colher os talentos das classes populares e desenvolvê-los – isto, por sua vez, implica em mais concorrência para ocupar as posições de status na sociedade…

     

    Mário de Andrade daria umas boas risadas ao assistir o filme da lava-jato, mas não sem deixar passar uma ou outra lágrima de tristeza diante dos momentos em que a agudeza da nossa tragédia toca a pobreza e sofrimento daqueles pagam o preço amargo da cultura escravocrata da fração psicopatizada da classe média alta.      

  2. Acho que a coisa vai bem mais

    Acho que a coisa vai bem mais fundo. Os europeus, por exemplo, tiveram 4 coisas que não tivemos e mostraram a verdadeira face incontrolável a que podem chegar as massas oprimidas que se levanam em fúria: a Revolução Francesa (1789), a Primavera dos Povos (1848), a Comunia de Paris (1871) e a Revolução Russa (1917). 

    Esses singelos exemplos demonstraram a uma elite aristocrática européia (tão ignorante, tosca, prepotente e reacionária quanto a nossa, diga-se), que era necessário ceder alguns anéis para preservar a cabeça sobre o pescoço. Mostrou que um povo em fúria não se brinca, mais mostrou que é necessário respeitar certos limites. 

    Tenho a convicção, construída em 2016, que só seremos respeitados enquanto povo depois que passarmos pelo mesmo expurgo que os europeus passaram. Elite tem que ter medo e a nossa não tem.

  3. Coitadismo que não comove

    Sinceramente não entendo a neura do blog em demonizar a Globo. Ok, ela não reza pela cartilha da esquerda, é claro. Mas, e as outras emissoras? Pelo que vejo, não fazem nenhum contraponto. São empresas comerciais tentando sobreviver. Por que essa esquerda não cria uma voz? Vejo aí uma  grande incompetência e muito chororô.

  4. O golpe escravista
    O golpe escravista regressista faz a festa as custas de ddecsões predatórias contra o povo como a dizer que a Senzala nao pode ter sensaçao de pertencimento em relaçao a este pais e aos bens nele existentes e produzidos. A Senzala tem que fazer uma cpisa que nunca fez neste pais: organizar-se e rebelar-se

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