A hora da Decifração

Pouca gente, imagino, gosta mais de filmes policiais que eu. Conspiração então, é show. Primeiro ficção, segundo ficção científica, depois policiais. Descubro que gosto pelo volume, quando reparo os catálogos e percebo a quantidade de bons roteiros e filmes que já vi.

 

Passando para a vida real, e ao contrário das posições declaradas ( pelas autoridade de plantão e momento), quem é que afinal consegue brigar com números? A vida sem a matemática, o cálculo, as chances, parece impossível.

 

Vivemos num mundo de discursos. O que é. E o que transparece, no discurso. E a formalidade da mensagem que se quer implementar, pelo e mediante o discurso. Simples ( …e envolvente ) assim.

 

O cálculo de chances parece ser um bom meio de apurar: verdade, conteúdos verazes e discursos.

 

Chego ao ponto: a semana que já, já finda. Quais as chances de uma denúncia internacional prosperar, (a.) ser seguida de ‘denunciar o denunciado’ (b.) ‘apenas’ 24 hs depois ((c.) num processo cujas bases de queixa do MP datam, pelo menos, de cinco meses antes ), (d.) por um Juiz que, em outra faceta (e.) apurativa, também é suspeito (f.)de ter causado um prejuízo trinta (g.) ou quarenta vezes maior que o atribuído ao  suposto – e vingado – denunciado?

 

Sem participação intencional humana, a chance da ocorrência disto, ao acaso, é de zero, vírgula e um indecente acompanhamento de zeros, até que se chegue a um pequeno e infinitesimal número concreto.

 

Outro exemplo. Qual a possibilidade de dois anúncios virem ao ar, na mídia, correspondentes a três fatos sobre o mesmo tema ( corrupção eleitoral da presidenta ), se estão separados por pelo menos três semanas e, com  sabido é – e fato feito, que notícia e jornal vencido apenas embrulha(m) peixe?

 

Sim porque nesta semana, a taxa de veracidade de que um feito apurativo de contas de campanha eleitoral veio à tona (vários meses de informação concreta, DE CONTAS já APROVADAS) exatamente agora; cruzada com um depoimento de três semanas ( divulgado ontem ) antes, e a fachada de uma empresa de informática,  divulgada esta semana. Justamente na semana véspera de uma programada manifestação – pelas liberdades públicas, pela manutenção dos avanços sociais e emprego, e pela legalidade democrática. Daquela velha e respeitosa senhora, a do jogo jogado, com as regras conhecidas. Na mão.

 

Resumindo: a quantidade de veracidade dos dois discursos jornalísticos é mínima ( a ordem e importância dos fatos encontra-se manipulada, dentro da edição e alinhavo dos mesmos). Desta certa maneira, Hitler teria invadido a Polônia ( fato ) , ou a União Soviética ( fato) pra libertá-las ( discurso e alinhavo, carentes de veracidade )!

 

Quem sabe, afinal  ( e futuramente), dele mesmo…

 

Se você não é fã da matemática, como a grande maioria, pelo menos preste atenção na sua voz: qual a possibilidade de acaso, de tudo isto ocorrer sem a organização, deste discurso ( que quer influenciar ) e a baixa taxa de requisito veraz ( o que o velho Carta insiste em chamar de ‘ verdade factual’…). Sem a atitude humana, organizadora e manipulativa?

 

Minha primeira paixão, esqueci de falar: são os livros. Orwell, Kafka, roteiristas e diretores como Terry Gilliam, preconizam o controle do organismo social pela vigilância e pela manipulação. Se matematicamente disto, nada nos ocorrer agora, começar pelos discursos midiáticos ‘decifrados’, já será um belo começo.

 

Amanhã, compareça. A velha e gentil senhora pede. E,    …antes de qualquer coisa     

 

Fora Temer!  

Redação

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