A infovia não perdoa – Maria Antonieta e os tucanos

Nassif, a infovia está atenta e não perdoa.
Primeiro, a crítica.
Depois, o artigo.

Gustavo Cherubine.

http://blogprojetonacional.com.br/a-inflacao-e-maria-antonieta/

16/11/2011
A inflação e Maria Antonieta

Ex-ministro do Trabalho (!) do Governo FHC e depois Secretário de Política Econômica  do Ministério da fazenda da era tucana, o Sr. Edward Joaquim Amadeo Swaelen – melhor tratá-lo pelo aristocrático nome – dá hoje, nas páginas do Valor Econômico, a prova de que não estão mortos os “ideais” de Maria Antonieta.
Ele sugere que o problema de inflação no Brasil só pode ser resolvido com…um aumento do desemprego!!
Vou transcrever, para não parecer implicância:

    “Para Amadeo, que foi ministro do trabalho em 1998, uma moderação salarial, que serviria para frear o ímpeto do consumo e assim reduzir a pressão sobre os preços ‘só virá por meio de uma elevação na taxa de desemprego”

Claro, que para “conseguir” este desemprego, Amadeo sugere uns anos de baixo crescimento.
Ou seja, a roda-presa.
A ciência econômica que o Sr. Amadeo aprendeu em Harvard não considera a economia uma atividade humana, dedicada ao bem-estar e á felicidade dos seres humanos, de todos os seres humanos.
Aliás, não é uma coisa genial querer fazer do Brasil um país de primeiro mundo justamente naquilo que os EUA e a Europa têm hoje de pior, o desemprego?
Para gente com esta cabeça, os desempregados podem comer brioches.
Por: Fernando Brito

https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/11/16/para-ex-ministro-so-alta-do-desemprego-vai-atenuar-ritmo-de-correcao-de-precos

Para ex-ministro, só alta do desemprego vai atenuar ritmo de correção de preços
Valor Econômico – 16/11/2011
 
O ritmo da economia brasileira desacelerou, mas não levou junto a inflação, que, ao contrário, aumentou entre 2010 e 2011. Para o economista Edward Amadeo, doutor por Harvard (EUA) e especialista em mercado de trabalho, a inflação brasileira só vai perder força quando a taxa de desemprego, hoje na mínima histórica (6% em setembro), aumentar e, desta forma, moderar os salários.
“O emprego é o último a sentir a desaceleração, enquanto a produção industrial é a primeira”, avalia Amadeo. Para o economista, o mercado de trabalho ainda não sentiu o efeito da desaceleração econômica.
A taxa de desemprego média caiu de 13%, em 2003, para algo entre 6,5% e 7% neste ano, segundo estima Amadeo. Além disso, os salários nominais “ainda estão crescendo” algo em torno de 10% ao ano. Segundo o Ministério do Trabalho, o salário médio de admissão do trabalhador com carteira assinada foi de R$ 939,90, entre janeiro e setembro deste ano – em igual período do ano passado foi de R$ 885,3.
Para Amadeo, que foi ministro do Trabalho em 1998, uma moderação salarial, que serviria por frear o ímpeto do consumo e assim reduzir a pressão sobre os preços, “só virá por meio de uma elevação na taxa de desemprego”. De acordo com ele, a inflação brasileira tem componente muito forte de salários e serviços. Portanto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cederá “apenas quando o mercado de trabalho perder força”.
De acordo com o economista, que também foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 1999 e 2001, o avanço do PIB em 2012 deve ser inferior a 3% – projeção que difere da maior parte do mercado, que estima um resultado maior que em 2011. “O país tem, nos últimos anos, gerado emprego numa taxa muito superior ao crescimento vegetativo da população, elevando o PIB para resultados além de seu potencial, o que produz inflação, evidentemente”, diz. Para Amadeo, no entanto, “essa gordura se esgotou”.
Nas contas de Edward Amadeo, o Produto Interno Bruto (PIB) não consegue passar por uma expansão superior a 4% sem, com isso, produzir incremento da inflação além da meta de 4,5% perseguida pelo Banco Central (BC). “Temos de passar por dois anos com crescimento, na melhor das hipóteses, no potencial ou um pouco abaixo, para ancorar a inflação”, afirma Amadeo.

Redação

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