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Por Christiane P. Souza, pelo Facebook
Luis como vai? Queria lhe comunicar que dia 23 de maio quarta-feira, o mestre Damiano Cozzella partiu aos 90 anos, sua morte provavelmente não será alardeada pelos 4 cantos, portanto estou avisando algumas pessoas cuja vida, de alguma forma, foram tocadas por ele. Como disse Otto Lara Resende certa vez, quando alguém morre, morre com ele um certo modo de ver, ainda bem que ele nos tocou de alguma maneira, não é mesmo?
O grande maestro
Damiano Cozella foi um dos maiores arranjadores da música brasileira. Talvez o maior arranjador para corais.
Conheci-o nos históricos festivais da Tupi, com o grande Fernando Faro abrindo espaço para os maestros não convencionais, como Cozzella, Júlio Medaglia, Rogério Duprat e Gilberto Mendes, que teriam enorme influência sobre a Tropicália e sobre a música instrumental.
Tenho duas lembranças inesquecíveis dele.
Uma, em um Festival Universitário que participei com uma valsa. O arranjo foi feito por um jovem maestro carioca. Como nosso grupo era do interior, de Poços de Caldas e São João da Boa Vista, e nem universitários éramos, fomos relegados ao último lugar nos ensaios. Faltando pouco para começar a transmissão, constataram erros nas partituras do maestro.
Faro chamou, então, Cozella, que me levou a uma sala com piano. Lá, repassei para ele parte da melodia e, na hora, ele acertou o arranjo. Não saiu perfeito porque os intérpretes, Três Moraes, assassinaram a música por falta de ensaio.
O segundo encontro foi no Festival de Poços e, depois, na Feira Permanente da Música Popular, nos quais emplaquei minha composição “Congresso Internacional do Medo”. Dele e de Julio Medaglia recebemos apoio inesquecível, porque dirigidos para uma molecada que mal saíra das fraldas.
Foi na Feira que ouvi o mais belo arranjo, de Damiano Cozzella, para “Nada de Novo”, de Paulinho da Viola, que acabou se perdendo nos incêndios da Tupi.
Era tão discreto, que praticamente não existem fotos suas disponíveis.
Aqui, uma seleção de arranjos de Cozzella para coral
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Nassif, também sou fã desse
Nassif, também sou fã desse craque, assim como os milhares de cantores de corais desse Brasil que cantaram os arranjojs de Damiano Cozzella.
Muito didático para esse momento a canção Aroeira…
Uma incelênça entrou no paraíso. Adeus, irmão, adeus. Até o dia do juízo..
https://www.youtube.com/watch?v=jvTyymud1uA