A nossa Copa do Mundo, por Jandira Feghalli

 
Do artigo de Jandira Feghali, para o Jornal do Brasil
 
Um sorridente alemão se mistura ao festivo samba da Lapa com a mesma facilidade com que um curioso japonês passeia pelas coloridas ruas de Salvador. Em diversos cantos, mexicanos cantantes, argentinos fanáticos, franceses animados, italianos efusivos. O Brasil, como nunca antes, virou o palco do mundo, celebrando a Copa com orgulho e paixão.
 
A força com que os turistas, vindos de todas as partes do planeta, se movem para cá mostra a importância do que assistimos a cada jogo. Depois de uma semana da abertura oficial do torneio, o Brasil vem dando de goleada nas “centrais do pessimismo”. O Ministério do Turismo, em seu primeiro balanço, apontou que ao menos 270 cidades brasileiras já vêm sendo beneficiadas com o fluxo de 2,3 milhões de espectadores do torneio e gerando mais de R$ 6 bi.
 
É o que acontece em regiões como o Norte, segundo os organizadores. No próximo domingo, Manaus receberá ao menos 35 mil visitantes dos Estados Unidos ávidos pelo jogo na cidade-sede. Essa intensa circulação de estrangeiros se deu em Fortaleza, por exemplo, com a chegada de 3,6 mil mexicanos. Essa forte atração turística fomenta o comércio local, impulsionando a geração de renda e emprego.
 
A estrutura de chegada para tanta gente também vem dando retorno positivo. O aumento de 400 mil metros quadrados em terminais de aeroportos pelo país expandiu a capacidade de receber e enviar passageiros nos voos comerciais, permitindo tranquilidade a esta mobilidade.
 
Obviamente, a Copa não veio como solução de nossos problemas. Longe da cegueira ufanista, sabemos que há muito contrastes para eliminar. As paralisações e greves em diversas capitais vêm ocorrendo, dando o tom de que há demandas trabalhistas a serem vistas. É importante frisar que a realização de um grande evento é voltada para outros fins, como a possibilidade de melhoras a infraestrutura das cidades. Esta responsabilidade está sendo cumprida junto de elementos muito intrínsecos ao Brasil, como a boa convivência entre a diversidade, a acalorada hospitalidade e sua consequente união.
 
Os bons pontos que o Brasil vem conquistando, dentro e fora de campo, incomodam uma elite, que teima em apelar para hostilidades e falta de respeito. É vergonhoso ainda assistir pequenos grupos dispostos a xingar a presidenta Dilma Rousseff, como se viu na abertura da Copa. Na falta das justas reivindicações, para estes resta a tentativa de desqualificação de uma mulher democraticamente eleita pela maioria da nação.
 
A festa que se segue não é um show de megalomania nem o circo de horrores apresentado pelos grupos de oposição ao Governo. O que se vê é a bonita combinação da nossa alegria com nossa estrutura construída, dentro de um caldeirão de diferentes povos, todos prontos para celebrar o esporte e suas alegrias.
 
Para frente, Brasil!
Redação

1 Comentário

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  1. E gosto tambem da estrutura

    E gosto tambem da estrutura oferecida. Estadios bonitos sem megalomanias chinesas. Aeroportos adequados oa fluxo de nossa demanda futura e nao dimensionado para o fluxo da copa que é maior. 

    Entorno de estadios repensados para nossa situação, mais modestos depois da pressao da populacao. 

    Sem contar o sapo engolido pela imprensa. 

    Só falta o alerta de Dilma para os presidentes das proximas sedes do pepino que sediar uma copa  é e para jogarem duro com a fifa. 

    A cereja do bolo seria Dilma já ter preparada medidas disciplinares da relação clube, empresarios e jogadores, para anunciar assim que acabar a copa e dar um pontapé na fifa cobrando impostos nao pagos.

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