A revolta dos vacinados
por Jean D. Soares
Dois amigos não me deixam mentir. Sábado, antes dessa loucura tomar as proporções de hoje, 30 de março, imaginei uma paródia.
O início do século passado conheceu a revolta da vacina. Uma população revoltou-se contra a obrigatoriedade de receber no corpo algo que se desconhecia, mas não só. Era o tempo da República, do povo em busca de alguma emancipação, de luta contra especulações imobiliárias, contra as contradições de então.
Ok, passou e hoje sabemos que se não há remédio, é torcer para haver vacina. O mundo muda, por vezes, pra melhor…
Então, a paródia: a revolta dos vacinados. Imaginei um brasil em que todos os vacinados honestos saiam às ruas exigindo a deposição do doente mental que ofende a história do país ocupando o cargo que ocupa.
Cartão de vacina no bolso!
Revolta popular contra o bestias!
A população vacinada contra a morosidade, o atraso e o descaso absoluto desse governo em lidar com uma doença de que desconhecemos os limites: uma revolta em defesa das ferramentas que temos no SUS e no governo para defender os brasileiros.
Seria o pontapé para criar um novo país. A melhor herança de pais e mães para os filhos dessa pátria.
Sei: é pedir demais a profissionais de saúde, exaustos; a quem já está na idade de descansar. Mas é o que temos pra já.
E, no fim, se a PM vier, imaginei o cordão de resistência feito de uns senhores de mais de 80 de dedo em riste dizendo para respeitar, pois eles ainda tem muito aprender sobre a vida, sobre respeito e sobre política.
A ver as cenas dos próximos capítulos, não serão mais os bondes revirados, mas o mapa do poder, que está cada vez mais de cabeça para baixo.
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