A Russia “Petro-Economia” não faz parte do BRICs diz Krugman.

Bloomberg

 9 de setembro de 2011 11:40 GMT-0300


A dependência da Rússia em relação ao petróleo e gás natural significa que, o maior exportador mundial de energia não pertence ao grupo de nações chamado de BRIC, disse o laureado com o Nobel de Economia, Paul Krugman.

“A Rússia realmente não pertence a esse grupo, é uma petro-economia em termos de comércio mundial”, disse Krugman em entrevista concedida ontem à tarde em Yaroslavl, Rússia Central. “Possui uma grande população e muitas habilidades técnicas, o que poderia, pelo menos potencialmente, tornar a Rússia uma parte desse grupo, mas o seu papel no mundo não é, neste momento, na verdade, semelhante à China.”

Petróleo e gás representam 17 por cento do produto interno bruto da Rússia, em comparação com menos de 10 por cento no Brasil, e contribuem com cerca de 40 por cento da receita do governo. A avaliação do crédito soberano russo, pelo Moodys Investors Service, em 2008, considerou como sendo o terceiro menor grau de investimento.

Jim O’Neill, economista do grupo Goldman Sachs cunhou o termo BRIC, em 2001, para descrever as economias de rápido crescimento do Brasil, Rússia, Índia e China, os quais, coletivamente, corresponderão ao tamanho dos EUA em 2020.

A África do Sul foi convidada em dezembro para se juntar ao grupo, que realizou a sua primeira reunião de cúpula em 2009 na Rússia, seguido um ano depois de uma reunião no Brasil.

“China e Índia, tem pontos importantes em comum – o trabalho abundante e rápido crescimento econômico”, disse Krugman, que foi convidado para discursar no forum de política global do presidente russo Medvedev Dmitry em Yaroslavl.

“O Brasil é um país de renda média, não de baixa renda e embora mais da metade de suas exportações são de matérias-primas orientadas, possui um setor industrial forte “, disse ele. “A Rússia não se encaixa nisso.”


Para contatar os repórteres: Henry Meyer, em Moscou: [email protected] – Ilya Arkhipov em Moscou: [email protected] – o editor Balazs Pen: [email protected]

 

 

Redação

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