A Selecinha do Zangado

Por João Sucata

Dunga, melhor seria que o apelido fosse Zangado, tem sorte contra a Argentina, como ficou confirmado, mais uma vez, neste último embate (seis jogos, quatro vitórias, nenhuma derrota). Os rivais foram superiores tanto individualmente como em conjunto, mesmo sem Messi, Tevez, Aguero e Pastore, não golearam no primeiro tempo porque Deus é grande.

Os jogadores brasileiros são razoáveis e bons, servem para o gasto, Neymar é o craque, mas ficaram perdidos no campo até a metade do segundo tempo. Neymar, por excesso de vontade para uns, fominha demais para outros, foi o pior jogador no primeiro tempo.  Perdeu bolas dominadas, não acompanhou seu marcador quando este ia ao ataque, exigia que lhe entregassem a melosa quando havia companheiros melhor colocados. Sim, é um dos três melhores do mundo, mas precisa reconhecer suas limitações, conformar-se e jogar mais para o conjunto quando bem marcado.

Devem ser substituídos, por decadentes, cada vez mais violentos e porque não chegarão a próxima Copa (e essa meta é fundamental para o futebol brasileiro recuperar seu prestígio), David Luiz e Daniel Alves, este apesar do passe de três dedos que iria permitir o gol brasileiro. Ricardo Oliveira, Elias e Lucas Lima, merecem novas oportunidades, mas estão devendo. Willian, apesar de também  não estar bem, foi o melhor dos nossos. O restante foi regular.

Quem esperava ver Neymar brilhar, não perdeu a viagem: Di Maria ocupou o palco e mostrou seu futebol brilhante e  eficiente. Sob seu comando os hermanos fizeram a esférica passear várias vezes na área brasileira, sob as barbas do goleiro Alisson, ainda no início do jogo. Tivessem eles por ali um centroavante fixo e teriam feito no mínimo três gols.

A limitação técnica de Dunga, a falta de coragem para fazer mudanças logo na primeira etapa, tirando por exemplo, o apagado Ricardo Oliveira, ficou evidente. Douglas Costa, nosso mais novo fenômeno, á frente, desde o início, impediria a defesa argentina de ir ao ataque com tanta desenvoltura e os atacantes hermanos de marcar as tentativas do Brasil sair jogando, ainda na intermediária tupiniquim.

A favor de Dunga, assinale-se o fato de apostar em jogadores que ainda estão pelo Brasil. Seus antecessores dificilmente colocavam mais que um ou dois craques de times nacionais. No jogo contra a Argentina vimos em campo Lucas Lima e Ricardo Oliveira, do Santos, Allison, do Internacional, Renato Augusto, Gil e Elias, do Corinthians. Sem dúvida, a grande novidade. Sorte de quem possui seus passes, pois nada valoriza mais um jogador que fazer parte da seleção.

Voltando ao jogo, no segundo tempo o ímpeto ou o fôlego dos hermanos acabou e empatamos, provando-se mais uma vez que Deus é brasileiro (na ultima Copa devia estar distraído).

Redação

5 Comentários

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  1. Essa Seleção da CBF nem

    Essa Seleção da CBF nem desperta mais meu interesse, nem dos jogadores.

    Neymar estava se poupando, pois o Barcelona está sem Messi (que está machucado), e na próxima semana a equipe terá jogos importantes pela Liga dos Campeões. E o mesmo vale para Willian, que está “carregando o Chelsea nas costas”. No Santos, Lucas Lima poderá ajudar a equipe a conquistar a Copa do Brasil. E eles estão certos em se pouparem, pois a Seleção não paga o salário deles.

    E não vai ser o Galvão que irá fazê-los jogar, só porque a Globo precisa recuperar a audiência perdida pela novela da Record.

  2. jabuca

    hj, conversando com amigo jabaquarense (o antigo “espanha” festeja seu centenário) falávamos do futebol horrível da seleção.

    a conclusão foi a mesma: “tatudu” errado.

    lucas lima, oa enceradeira, “m,erece outra chance?

    considerando e rever e jo foram convocados para uma copa do mundo, por que não.

    o problema do futebol brasileiro são os urubus que se enfiam nele para faturar, associados com a rede cancro de televisão.

    uma das soluções seria: jogador que atue fora do país não ser convocado.

    se a mafifa não aceitar, o brasil não disputa nada.

    a outra é acabar com esse negócio (e não passa disso mesmo: negócio) de sub 10, 12, 15, 17, 18, 19, 20, 23 ….

    com 23, o pelé era bicampeão mundial de clubes e seleções.

  3. Nike ou Dunga?

       È preciso ,esclarecer quem escala a Selecinha. O Zangado ou a Nike? São oito ,ou quantos, os titulares que o Zangado tem a obrigação de escalar? Verdade esta cláusula?

  4. Espero estar enganado. . .

    Espero estar enganado, mas nunca confiei no Dunga. Ele, como se diz no Paraná é um técnico meia boca. Depois que fracassou na África do Sul e não levou o Neymar só para fazer birra com a imprensa que clamava pelo jovem craque, que só ele não enxergava, eu não daria uma nova chance a ele. Tite, Marcelo Oliveira e até mesmo Dorival Júnior para mim são superiores ao Dunga.

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