A sindrome do guarda da esquina se espalhou pelo país

Aqui, um exemplo nítido do que o Brasil foi convertido, depois que o Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça em geral desmoralizou os princípios do garantismo. É a selvageria em estado puro.

As cenas são da polícia invadindo uma escola e prendendo um professor que ousou defender seus alunos da sanha dos agressores.

Luis Nassif

11 Comentários

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  1. É por covardias e abusos ilegais como este que a população desacredita cada vez mais na autoridade e na isenção das policias brasileiras.

  2. Estas coisas são a mando de superiores ou os soldados estão insurgindo e colocando a filosofia anti-humana bolsonariana em ação por conta própria. Quando estes senhores retornam para suas casas como conseguem manter uma relação saudável consigo e com seus familiares?

    1. Acredito que sejam as duas coisas:paus mandados e paus que mandam. Sofrem da síndrome do “um dia eu chego lá”, ou, hoje sou soldado raso mas amanhã serei um bozo capitão.

  3. Acrescente-se aos causadores da violência exposta no vídeo, o presidente da república, produto do mesmo judiciário criminoso. Os criminosos dominam todas as esferas do poder.

  4. De causar indignação mas infelizmente não me surpreende – voltando da manifestação por Lula Livre em 07/04/2019 presenciei cena de arbítrio na qual me meti sem avaliar as consequências, entre uns poucos da turma do “deixa disso”, e que felizmente terminou sem mais violência que a que deu início ao ato de resistência de um único cidadão contra quase 10 seguranças, entre eles alguns armados…, mas a impressão que tive é que de fato as bestas estão soltas e a população, inerte, com raras exceções. Tive medo de verdade e um misto de raiva, indignação, desprezo pela/os outra/os pobres lacaia/os que são indiferentes ou coniventes com o abuso de poder (na carta da professora Chauí a Lula é relembrada uma explicação para tirania que de tão reveladora, não utilizamos na vida prática por medo do espelho: La Boetie, ainda jovem, entendeu que todo/as temos o potencial de ditadorxs e se acumpliciar com atos de violência é uma forma delegada de exercê-lo). Por isso ser realmente justo e democrata é um desafio e politicamente tão difícil, e minoritário, porque depende da coragem de amadurecer a própria individualidade em contato com a/o Outra/o em si mesma/o e fora de si (triplo sentido, rs).
    Quem nunca foi vítima ou presenciou abuso de poder de fardado/as, concursado/as, contratado/as, encarregado/as de qualquer atividade que lhes permita tomar decisões sobre a liberdade ou qualquer direito de terceiro/as? Quem nunca foi este/a, em dúvida sobre o limite entre autoridade e arbítrio no uso da própria força ou em reação à de outro/as?
    Sobre o vídeo, se as pessoas ao invés de gritarem “é professor, professor de História”, gritassem “é filho de general, parente de PM, votou no coiso”, certamente a situação seria diferente – ser professor/a, e de História, com certeza é agravante do crime de ser cidadã/o neste país de mentira – agora um tal de Kamel vai escrever um livro comprovando que não há abuso de poder no Brasil da democracia racial, ou o chefe da corregedoria dos trogloditas do vídeo vai dizer que não viu nada de errado no fato além de alguns xingamentos, inclusive que será aberta apuração de desacato à autoridade e um auto de resistência verbal coletivo contra esses mineiros “kumunistas”, todos com sotaque castelhano-russo (“muito suspeito, serão membros da Ursal? – cuidado para não confundir com a Universal que é nossa parça”, rs).
    A PM no Brasil é um excrescência mas infelizmente não há registro de uma única força de segurança no mundo que não faça o papel deplorável de feitor/a contra o/as cidadã/os – acho muito interessante quando em manifestações há fileiras de policiais fazendo escolta de agências bancárias…, e não de outros estabelecimentos comerciais – se a desculpa é defender o patrimônio “de outro/as cidadã/os”, por que bancos têm preferência? Isso é uma lição exemplar de como os donos do poder e do dinheiro vêem e tratam o/as pessoas comun(a)s, como inimigo/as, o que, se fossem civilizados, poderia ser resolvido por uma tal de “luta de classes” by Karl Marx, o moderado. Eu prefiro chamar o que vivemos de lei da selva onde algumas espécies esqueceram seus instintos ou foram por demais domesticadas por seus predadorxs.
    Parabéns à/os cidadã/os que reagiram, o que é um alento e uma demonstração de que o povo está quieto mas não perdeu a noção do certo e do errado. Só que precisa agir de maneira mais empoderada, mais ativa e não tentar dialogar com esses bandidos de uniforme. Aulas de capoeira, minha gente. Estou criando coragem para tentar krav-magá, rs. Gente da resistência, aulas de artes marciais orientais (que não são desculpa para porradaria) são uma iniciativa muito útil para o exercício de desobediência civil, precisamos de coletivos gratuitos (exceto para a esquerda “quinoa”) para treinar nosso exército civil, porque infelizmente será necessário um upgrade nas técnicas de não-violência (a gente não deve bater mas nada impede que se defenda de agressões). E tudo se encaminha pra isso, confronto aberto.
    Salvo engano, o rapaz identificado como professor de história e arrastado por esses trogloditas é negro, o que pode ser apenas coincidência, desmentida pelas estatísticas, mas pode ser que não.
    Seria interessante acompanhar estes casos até seu desfecho porque apenas a divulgação das arbitrariedades sem desdobramentos acaba como as estatísticas, números que aumentam e se perdem como ferramenta de compreensão dos fatos, imagens que perdem o contexto na memória, e que se repetem de maneira a serem normalizados como “mais um caso de”, qual é mesmo?

    Sampa/SP, 18/04/2019 – 20:02

  5. De causar indignação mas infelizmente não me surpreende – voltando da manifestação por Lula Livre em 07/04/2019 presenciei cena de arbítrio na qual me meti sem avaliar as consequências, entre uns poucos da turma do “deixa disso”, e que felizmente terminou sem mais violência que a que deu início ao ato de resistência de um único cidadão contra quase 10 seguranças, entre eles alguns armados…, mas a impressão que tive é que de fato as bestas estão soltas e a população, inerte, com raras exceções. Tive medo de verdade e um misto de raiva, indignação, desprezo pela/os outra/os pobres lacaia/os que são indiferentes ou coniventes com o abuso de poder (na carta da professora Chauí a Lula é relembrada uma explicação para tirania que de tão reveladora, não utilizamos na vida prática por medo do espelho: La Boetie, ainda jovem, entendeu que todo/as temos o potencial de ditadorxs e se acumpliciar com atos de violência é uma forma delegada de exercê-lo). Por isso ser realmente justo e democrata é um desafio e politicamente tão difícil, e minoritário, porque depende da coragem de amadurecer a própria individualidade em contato com a/o Outra/o em si mesma/o e fora de si (triplo sentido, rs).
    Quem nunca foi vítima ou presenciou abuso de poder de fardado/as, concursado/as, contratado/as, encarregado/as de qualquer atividade que lhes permita tomar decisões sobre a liberdade ou qualquer direito de terceiro/as? Quem nunca foi este/a, em dúvida sobre o limite entre autoridade e arbítrio no uso da própria força ou em reação à de outro/as?
    Sobre o vídeo, se as pessoas ao invés de gritarem “é professor, professor de História”, gritassem “é filho de general, parente de PM, votou no coiso”, certamente a situação seria diferente – ser professor/a, e de História, com certeza é agravante do crime de ser cidadã/o neste país de mentira – agora um tal de Kamel vai escrever um livro comprovando que não há abuso de poder no Brasil da democracia racial, ou o chefe da corregedoria dos trogloditas do vídeo vai dizer que não viu nada de errado no fato além de alguns xingamentos, inclusive que será aberta apuração de desacato à autoridade e um auto de resistência verbal coletivo contra esses mineiros “kumunistas”, todos com sotaque castelhano-russo (“muito suspeito, serão membros da Ursal? – cuidado para não confundir com a Universal que é nossa parça”, rs).
    A PM no Brasil é um excrescência mas infelizmente não há registro de uma única força de segurança no mundo que não faça o papel deplorável de feitor/a contra o/as cidadã/os – acho muito interessante quando em manifestações há fileiras de policiais fazendo escolta de agências bancárias…, e não de outros estabelecimentos comerciais – se a desculpa é defender o patrimônio “de outro/as cidadã/os”, por que bancos têm preferência? Isso é uma lição exemplar de como os donos do poder e do dinheiro vêem e tratam o/as pessoas comun(a)s, como inimigo/as, o que, se fossem civilizados, poderia ser resolvido por uma tal de “luta de classes” by Karl Marx, o moderado. Eu prefiro chamar o que vivemos de lei da selva onde algumas espécies esqueceram seus instintos ou foram por demais domesticadas por seus predadorxs.
    Parabéns à/os cidadã/os que reagiram, o que é um alento e uma demonstração de que o povo está quieto mas não perdeu a noção do certo e do errado. Só que precisa agir de maneira mais empoderada, mais ativa e não tentar dialogar com esses bandidos de uniforme. Aulas de capoeira, minha gente. Estou criando coragem para tentar krav-magá, rs. Gente da resistência, aulas de artes marciais orientais (que não são desculpa para porradaria) são uma iniciativa muito útil para o exercício de desobediência civil, precisamos de coletivos gratuitos (exceto para a esquerda “quinoa”) para treinar nosso exército civil, porque infelizmente será necessário um upgrade nas técnicas de não-violência (a gente não deve bater mas nada impede que se defenda de agressões). E tudo se encaminha pra isso, confronto aberto.
    Salvo engano, o rapaz identificado como professor de história e arrastado por esses trogloditas é negro, o que pode ser apenas coincidência, desmentida pelas estatísticas, mas pode ser que não.
    Seria interessante acompanhar estes casos até seu desfecho porque apenas a divulgação das arbitrariedades sem desdobramentos acaba como as estatísticas, números que aumentam e se perdem como ferramenta de compreensão dos fatos, imagens que perdem o contexto na memória, e que se repetem de maneira a serem normalizados como “mais um caso de”, qual é mesmo?

    Sampa/SP, 18/04/2019 – 20:04

  6. Em algum momento do futuro, o Brasil vai recobrar, nem que seja um naco, da sua sanidade. Quando esse tempo chegar, STF, STJ, MPs, o sistema judiciário como um todo, vão ser responsabilizados e cobrados pela destruição do país.

    Se para os militares a Ditadura saiu barata, desta vez, vai ser diferente.

  7. Alguém – acesso e tempo – poderia somar as mortes de perseguidos em “confronto” com a polícia após primeiro de janeiro do corrente ano. Ontem, em São José, vizinha à Floripa, a polícia confrontou e matou dois assaltantes… Creio que o total, mesmo ainda em abril, já supera o ano passado.

  8. jamais imaginei que usaria essa frase –
    é o fim doi mundo….
    mas depois li o comentário de cristiane vieira,
    o qual me pareceu muito interessante….
    é possível que ainda possa ser seguido pelos jovens….
    uni-vos, portanto…

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