A vitória de Gilmar

O ministro Gilmar Mendes conseguiu o que queria, livrar-se do incômodo de ser convidado ou até convocado para dar explicações a CPMI do Cachoeira devido ao famoso grampo feito pela PF (…Gilmar (Mendes?)) em que é citado e sabendo que Demóstenes iria confirmar o uso de avião “ajeitado” por Cachoeira para levá-lo no fatídico 25/04/2011 de São Paulo para Brasília.

Todo o resto como a conversa com Lula e as luzes sobre novamente  o julgamento do mensalão são ganhos extras.

Gilmar já tinha pronto todas as “provas” necessárias para mostrar no dia seguinte em rede nacional e horário nobre para comprovar sua inocência. Foi aceito com bom grado por todos e morreu o assunto, o que ficou foi o possível achacamento que a vítima, no caso Gilmar, sofreu do ex-presidente Lula. Gilmar.

Saiu chamuscado? Sim.

Mas foi muito menos que poderia ser numa CPMI e as suas “provas” poderiam ir por água abaixo como não foram ao aparecerem no Jornal Nacional. Ele mostrou as “provas”, então ponto final na dúvida se voou ou não em avião “ajeitado” por Cachoeira junto com seu amigo Demóstenes.

Mas existem inconsistências graves nestas “provas” que no fundo não provam nada e aliás, provam uma armação.

Primeiro, quanto as milhagens que são mostradas logo de cara quando você abre o arquivo pdf disponível no site do Conjur (http://s.conjur.com.br/dl/todos.pdf), elas são adquiridas na confirmação da reserva ou checkin conforme o próprio site TAM Fidelidade:”Para acumular pontos voando conosco ou por nossas companhias parceiras, cliente titular devidamente cadastrado no Programa, é só apresentar seu Cartão TAM Fidelidade nas reservas ou durante o check-in.”

Então não é necessário o embarque para receber os pontos como queria o senador Agripino Maia em entrevista.

E mais o vôo de Gilmar chegou a São Paulo às 5:00hs do dia 25/04/2011, aproximadamente e o de Demóstenes deve ter chegado quase neste mesmo horário. Acontece que o vôo do ministro Gilmar sairia as 7: 20hs ( TAM – JJ 3562), ele poderia muito bem pegar o avião “ajeitado” pelo Cachoeira para o Demóstenes que já deveria estar esperando o senador e voltar para Brasília mais cedo. É possível? Sim.

Se ele não tivesse com tanto medo ele não teria dado enfase ao este trecho da viagem de volta, seria simples, era só pedir a TAM a confirmação do embarque neste vôo, acabaria este imbróglio.

Mas porque tantas provas se somente uma bastaria?

Outros pontos a serem questionados no que apresentou.

1 – A milhagem foi no programa Multiplus e não no extrato TAM Fidelidade;

2 – O extrato dao cartão de crédito foi tirado no dia 30/03/2012 ( uma segunda-feira) e mostra os dados da fatura fechada de 03/06/2011. Porque esta data? Mais de um mês antes do tal encontro? Lembrando que a exposição das ligações de Demóstenes começaram a aparecer uma semana antes.

3- Faltou os cartões de embarque especialmente do vôo JJ3562.

E assim com a polêmica causada e até com ganhos extras (Lula e julgamento do mensalão) devidamente aproveitados pela “grande mídia livre” ou como nós conhecemos G.A.F.E, o ministro Gilmar colecionou a vitória que buscava, podemos ver isto porque logo após mostrar suas “provas” incontestadas,  ele baixou o tom contra Lula. Volto a dizer saiu machucado mas livrou-se de um problemão.

Redação

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