O espaço virtual, um local para acumulação de capitais
O capital precisa ampliar continuamente os seus espaços de acumulação. Neste sentido, o espaço virtual é um destes lugares privilegiados de, por enquanto, uma ampliação infinita da mais-valia. Quando estão em esgotamento, as regiões do planeta onde o capitalismo ainda não chegou, se é que elas ainda existem. E, onde suas práticas se encarregam de alterar o modo de produzir das populações locais. O capital se volta para um espaço, em construção, onde as leis do capital têm dificuldade de se estabelecer hegemonicamente.
As novas tecnologias da informação impõem derrotas constantes ao capitalismo, pois aumentam as possibilidades de compartilhamento. Ao compartirmos, é como se tivéssemos a impressão de que os arquivos pertencem a todos indistintamente, constituindo-se não, em patrimônio de alguns, mas de toda a humanidade. Por conseguinte, podemos afirmar que na Web as forças produtivas contradizem continuamente as relações de produção.
Desesperados com este fato, impossibilitados de controlar a onda caótica das trocas de material digital, estratégias e mais estratégias já foram tentadas. Desde o uso de material infectado nos programas P2P até mais recentemente, o fechamento de “sites” como o Megaupload e a prisão de seu fundador, Kim Dotcom, além da tentativa de estabelecimento de leis de governança internacional como o Sopa (Stop Online Piracy Act), o Pipa (Preventing Real Online Threats to Economic Creativity and Theft of Intellectual Property Act) e o Acta (Anti-Counterfeiting Trade Agreement).
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