Advogada de Bolsonaro pede que TSE não misture inquérito das fake news com processo de cassação

Jornal GGN – A advogada Karina Kufa, que faz a defesa de Jair Bolsonaro, enviou aos ministro do Tribunal Superior Eleitoral uma manifestação apelando para que as provas colhidas no chamado “inquérito das fake news”, do Supremo Tribunal Federal, não sejam admitadas na ação que pede a nulidade do resultado da eleição presidencial de 2018.

Conforme o GGN explicou na semana passada, o compartilhamento de provas é viável, já foi solicitado pelo PT no final de maio, e pode encorpar o processo de cassação de Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão, levando a novas eleições.

Em manifestação enviada nesta sexta (5), Karina sustentou que a ação eleitoral, por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação, não tem relação com o objeto do inquérito das fake news.

“Em nada corrobora com esta ação a investigação capitaneada pelo Colendo Supremo Tribunal Federal sobre notícias falsas direcionadas à figura dos insignes Ministros daquela Egrégia Corte”, sustentou.

O inquérito das fake news apura ataques à honra e ameaças à segurança de ministros do STF. Mas em despacho que autorizou uma série de buscas e apreensões contra empresários e influenciadores bolsonaristas, o ministro relator Alexandre de Moraes anotou que os investigados têm conexão com o “gabinete do ódio”, a central de fake news que sustenta o governo Bolsonaro.

Para Kufa, requerer que as provas colhidas pelo Supremo sejam adicionadas ao processo de cassação “em nada acrescenta aqui”, porque “em nada um perfil falso se assemelha a contratação de empresas que realizem disparos de mensagens em massa via WhatsApp, foco da presente ação.” A advogado ainda argumentou que há “princípio da independência” entre as esferas “cível, penal e eleitoral.”
No documento, a defesa de Bolsonaro pede que o requerimento para juntar provas colhidas na CPMI das fake news, do Senado, também seja rejeitado pelo TSE.

AIJE 0601771-28.2018.6.00.0000

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  • Vamos por parte. Cada crime é independente; uma coisa é uma coisa, como dizem os fisólofos brasileros, outra coisa é outra coisa
    Se Bolsonaro tiver noticia que o Queiroz foi assassinado por saber demais, ele vai dizer que foram as comorbidades e que cloroquina trata todas as comorbidades. Logo, se o Queiroz tivesse comprado sua cloroquina... eu não sentiria muito mas todo mundo vai morrer um dia. Portanto, adquira seu cartão do melhor plano de saúde, nada obstante, é só uma gripezinha e nóis, nóis vive na fossa e não se esgota, não é um viruzin véi desse, talkey?

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