Aécio usou supermercado em BH para lavar dinheiro e comandou esquema de R$ 110 milhões, diz PF

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Aécio Neves (PSDB) liderou uma organização criminosa com a intenção de comprar apoio político de outros partidos para sua candidatura à presidência, em 2014. Para isso, captou junto ao grupo que controla a JBS cerca de R$ 110 milhões em doações legais e ilegais. O dinheiro foi distribuído entre aliados do tucano no DEM, Solidariedade e PTB. Para entregar os recursos, o esquema teria usado até supermercados de Belo Horizonte. É o que afirma a Polícia Federal no âmbito da Operação Ross.

“O grupo criminoso liderado pelo senador Aécio Neves teria agido de forma a ‘comprar’ o apoio de diversos partidos e candidatos para a campanha presidencial do PSDB nas eleições de 2014, como o PTB, com a interlocução dos deputados federais Cristiane Brasil e Benito Gama, além do tesoureiro do partido Teixeira Magalhães Filho, o Solidariedade, com o envolvimento do deputado federal Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), além do DEM, em que houve a interlocução com o Senador Agripino Maia, e outros já referidos”, afirmou a PF.
 
Para a PF, Aécio “solicitou e recebeu direta e indiretamente o valor indevido de pelo menos R$ 128.049.063,00 do grupo J&F, sendo R$ 109.344.238,00.” Os recursos foram repassados aos partidos alinhados com Aécio: “R$ 20 milhões para o PTB, R$ 15 milhões para o Solidariedade e R$ 2 milhões para o DEM, além de R$ 9 milhões para “diversos candidatos e partidos menores”.
 
“O recebimento dos recursos indevidos pelos membros da associação criminosa foi embasado na prática de crime de corrupção e viabilizados por intermédio da lavagem dos recursos financeiros, seja pela realização de doações eleitorais oficiais, por meio da simulação da prestação de serviços e emissão de notas fiscais fraudulentas, pela utilização de doleiros para a realização de entregas em espécie e depósitos em contas correntes de pessoas físicas, ou ainda pelo emprego de supermercados para a realização de entregas em espécie”, escreveu a PF.”
 
Em troca, Aécio prometeu a Joesley Batista “influência no futuro governo federal, que seria viabilizada pelo grupo político ‘comprado’, além de ter atuado para a restituição de créditos de ICMS junto ao governo de Minas Gerais”, acrescentou a PF.
 
Nesta terça (11), a PF fez operação de busca e apreensão em endereços de Aécio, de sua irmã Andréa Neves e do deputado federal Paulinho da Força (SD-SP). Houve pedido de prisão preventiva mas a Justiça negou.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

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  1. Podem anotar: não vai dar em

    Podem anotar: não vai dar em nada.

    Esse sujeito é imprendível. O que garante ele é a quantidade de segredos que tem sobre a política brasileira, especialmente do PSDB.

    É um gangster perigoso que mataria até a própria mãe para não ir para a cadeia.

  2. operação ofusca Bozogate

    Marmita requentada para ofuscar o BOLSOGATE. Até parece que os  Neves deixariam algum pozinho de evidência depois da matriarca ter sido presa.

  3. seção de recados

    São um dos mais importantes exemplos, dos tempos atuais, de que: A justiça tarda, mas não falha; de que galinha de casa não se corre atrás; de que com ferro fere, com ferro será ferido; de que quem tanto faz, tanto leva; de que olho grande não entra na China; de que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura; que castigo anda a cavalo; etc…

  4. Ontem …
    Ontem este site criticou O Globo pelo tratamento dado ao juiz Darlan.
    Hoje usa os verbos no passado para o senador Neves…
    Não que eu goste dele.

  5. Comprou todo o estoque de óleo de peroba e outros produtos para

    lustrar os caras de pau. Que tenha deixado um tanto nas prateleiras para novos governantes

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