Aguinaldo Gonçalves lança dois livros simultaneamente: Coisas de Casa (de peles e de escamas) e Ozumanóides.

Aguinaldo Gonçalves, mais uma vez, nos surpreende e nos presenteia com dois livros que serão lançados nos próximos dias, são eles: Coisas de Casa (de peles e de escamas) e Ozumanóides, ambos publicados pela editora Nankin. Trata-se de produções ficcional, o leitor encontrará nas duas obras narrativas provocativas através de diversas experiências de estranhamento transfiguradas pelo olhar da arte.

Aguinaldo nasceu em Buritama, é Livre-docente pela UNESP, Doutorado em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada), pela USP e graduado em Letras, pela IBILCE de São Jose do Rio Preto. É poeta, escritor crítico da arte e teórico na área da Literatura e outros sistemas. Publica em áreas diversas da Literatura, com ênfase na Intersemiótica, nas relações homológicas entre palavra e imagem. É Professor titular da UNESP e da PUC Goiás, atuando nos cursos de Mestrado e Doutorado em ambas instituições. É, também, palestrante e conferencista nacional e internacional de temas abrangentes: literaturas e artes, entre outros.

Segundo o professor Sérgio Vicente Motta, do Ibilce/Unesp, assim como o título do livro ─ Coisas de Casa (de peles e de escamas) ─ os contos do autor apresentam um aspecto de familiaridade, de rotina, de cotidianidade, que atrai o leitor para uma aparente camada de referencialidade, identificada nessa tela familiar de “coisas de casa”. Entretanto, ao tecer as telas de “coisas de casa”, o narrador de cada conto vai compondo no tecido textual outras camadas de significação, que interferem na atmosfera das composições, instaurando o estranho no familiar. Essas interferências constituem os fragmentos “de peles e de escamas”, que insurgem por dentro do tecido narrativo, fazendo vibrar um tom de mistério pelos interstícios das camadas da atmosfera familiar.

Já Ozumanóides, segundo Motta, trata de uma narrativa que transgride todos os limites de gêneros para afirmar-se puramente como FICÇÃO. Essa ruptura com as formas é reforçada pelo hibridismo discursivo, que se metamorfoseia em filosófico, crítico, teórico, analítico e, sobretudo, poético e inventivo. Facetas com que a ficção se encena para colocar em cena “ozumanoides”, personagens transmutados em seres para vivenciarem simulacros humanos na aventura da condição humana. A metalinguagem é o fio de Ariadne que forma o novelo de fragmentos textuais, enredando e classificando “ozumanoides” em exemplares nada exemplares, uma legião de seres malignos, animalescos, monstruosos ou peçonhentos, que habitam as camadas do ser social. A revelação desses corpos nas almas desses seres compõe um inusitado “bestiário humano”, um retrato poético, fantástico, satírico e melancólico da condição humana.

Os lançamentos ocorrerão no próximo 1º de dezembro, às 19h30 no Museu de Arte Primitivista José Antônio da Silva, na Rua Voluntários de São Paulo, n.º (Rua Voluntários de São Paulo, n.º 3491 em São José do Rio Preto. Na cidade de São Paulo, ocorrerá no dia 07 de dezembro, no Bar Canto Madalena, na rua Medeiros de Albuquerque, 471 – Vila Madalena.

Redação

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