Ala militar silencia enquanto perde posto de ‘garantidor’ do governo Bolsonaro

Enquanto presidente fica mais próximo do Centrão, militares silenciam sobre aliança fechada com grupo que sempre foi alvo de críticas

Jornal GGN – A guinada dada pelo presidente Jair Bolsonaro em direção ao Centrão tem sido vista sem contestação pelos militares, que veem seu posto de ‘garantidor’ do governo se esvaindo entre os dedos.

A postura silenciosa pode ser explicada pelos 6.157 cargos mantidos pela ala militar em todos os escalões da administração federal, enquanto o presidente se aproxima de quem sempre criticou. Sem contar as frequentes “cotoveladas” nos generais alocados na Esplanada dos Ministérios.

Parte dos eleitores via nos militares uma garantia de que Bolsonaro seria tutelado, mas o jogo virou após a eleição – depois de oferecer uma série de benesses, hoje o presidente recebe consentimento até mesmo ao dar um “cala a boca” em um general da ativa, como aconteceu recentemente com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.

A ala fardada do governo Bolsonaro também silenciou sobre a escolha do desembargador Kassio Marques para o Supremo Tribunal Federal (STF), e não se manifestou sobre o caso do então vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro na cueca pela Polícia Federal. Como aponta o jornal O Estado de São Paulo, a omissão dos militares sobre os últimos movimentos do governo acabou por virar motivo de meme nas redes sociais.

 

 

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Redação

4 Comentários

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  1. Pois é. Em campanha ele e os militares de pijamas se gabavam de serem separados da velha política. Agora, os militares que puderam cavalgar um pouco do burro chucro, entregam a sela ao que renegavam: ao centro do centrão.

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