Aloysio quer que Gilmar arquive inquérito sobre caixa 2 de R$ 500 mil

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Senado

Jornal GGN – O ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (PSDB) enviou a Gilmar Mendes um pedido para arquivar um inquérito que tramita contra o tucano a reboque das delações da Odebrecht. Nunes foi acusado de ter recebido propina de R$ 500 mil da empreiteira em 2010, quando concorreu ao Senado. O pagamento foi feito via doação eleitoral em caixa 2, ou seja, sem registro ao Tribunal Superior Eleitoral.

Em petição ao Supremo Tribunal Federal, procuradora-geral da República Raquel Dodge  afirmou ser “incontroverso” o repasse ao hoje ministro e pediu novas diligências. Inclusive uma segunda oitiva de Nunes, que recorreu a Gilmar para não ser obrigado a depor.

A chefe do Ministério Público Federal quer que Nunes esclareça quem era o intermediário entre ele e o delator Carlos Armando Armando Paschoal, o CAP, executivo da Odebrecht.

Em resposta feita por seus advogados, Nunes afirmou “manifestamente incontroverso é o fato de que as acusações do delator Carlos Armando Paschoal a respeito do requerente – sem qualquer documento que pudesse, ao menos em tese, corroborar as suas alegações – não procedem, e sequer guardam qualquer lógica do ponto de vista cronológico com os fatos ocorridos no ano de 2010, tampouco com os próprios documentos por ele apresentados.”

Segundo o Estadão, o ministro tucano também apontou “contradições no discurso de seu delator. ‘Ora, evidente que não poderia o Requerente solicitar contribuição de campanha à Odebrecht para sua corrida ao Senado Federal no mês de abril de 2010, já que sequer havia decidido, à época, para qual cargo sairia candidato’.”

“Assim, tendo em vista a completa impossibilidade de a referida reunião ter ocorrido nos moldes delineados pelo delator Carlos Armando Paschoal, se mostra absolutamente desnecessária a reinquirição do requerente para os fins pretendidos pela PGR, isto é, para ‘declinar o nome da pessoa que apresentou ao colaborador Carlos Armando, na reunião em seu comitê eleitoral, para pedir recursos à sua campanha, já que referida reunião foi confirmada pelo parlamentar em seu depoimento”.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

13 Comentários

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  1. “Maloca o flagrante”, do Luis

    “Maloca o flagrante”, do Luis Melodia, deveria ser o hino oficial do PSDB e do PMDB, as maiores quyadrilhas do Brasil.

  2. Demérito

    É pouco!

    Chamar Aloysio de “Aloysio 500 mil” tem sido pejorativo diante outros caras como Roucha Loures, Cunha, Geddel, Aecim e outros.

    A justiça devia esperar mais algumas malas de dinheiro antes de indiciar Aloysio, por respeito ao seu passado e carreira política. 

    Já não há respeito com as pessoas…..rs, rs, rs

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