Alunos e jornalista torturado rebatem defesa da ditadura militar na USP

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – “Professor Gualazzi, por gentileza, retorne”, convida Antônio Carlos Fon. “Nós não concordamos com o que o senhor diz, mas ninguém trouxe máquina de choque, nem vai botar pau de arara. Por favor, volte. Vem ouvir quem não concorda com o senhor, mas que não vai fazer o que o regime que o senhor defende fazia”, acrescenta o jornalista preso e torturado por combater a ditadura militar (1964-1985), em um vídeo gravado por alunos da faculdade de Direito da USP.

Fon se dirigia ao professor Eduardo Lobo Botelho Gualazzi, defensor ferrenho do golpe que depôs o governo João Goulart, deflagrado 50 anos atrás. Há alguns dias, o acadêmico promoveu uma consulta entre seus alunos para saber se poderia ministrar, no emblemático 31 de março, uma “aula especial” totalmente dedicada a suas considerações sobre a “Revolução de 1964”.

“Os alunos concordaram em abrir o espaço, mas todos sabiam do apoio dele aos militares. Foi a partir dessa notícia que decidimos articular uma intervenção”, conta ao Jornal GGN a estudante do terceiro ano de Direito Beatriz Diniz, 19, membro do coletivo Canto Geral, responsável pelo manifesto.

“Fizemos uma intervenção artística [sonora e visual]. Renomeamos as salas do prédio da USP com nomes de pessoas desaparecidas na ditadura, espalhamos cartazes com palavras de ordem, encenamos um momento de tortura e iniciamos o grande ato cantando uma música [Opinião, conhecida na voz de Nara Leão]”, detalha.

As imagens disponibilizadas na internet denotam o esforço do grupo em sobrepor à opinião de quem acredita no uso de forças desmedidas contra uma “ameaça comunista” (ou “Peste Rubra”), a dor e a resistência de militantes presos e torturados pelo Estado ao longo dos anos de chumbo.

Tudo começa com Gualazzi lendo o manifesto intitulado “Continência a 1964”, no qual ele lembra que era um jovem com ideais direitistas quando destacamentos militares começaram a marchar visando a derrubada de Jango. 

No documento, escrito em papel timbrado e registrado em cartório, o advogado sustenta que em 1964, “o socialismo almejava apoderar-se totalmente do Brasil, mediante luta armada e subversão de todas as instituições”.

Contra o discurso do professor, os alunos reconstruíram, ainda do lado de fora da sala de aula, uma cena de tortura. Os gritos de uma mulher agredida para forçar alguma delação invadiram o discurso de Gualazzi. Quando a sala é tomada por estudantes encapuzados, o professor tenta revelar identidades e troca alguns empurrões com os jovens. Depois disso, deixa a sala e não retorna.

“O senhor tinha 17 anos em 64. Talvez a idade explique as tolices que o senhor disse. Tolices de juventude. Mas o triste, o perigoso, é que o senhor não mudou. Fosse um pouco mais velho, o senhor estaria, junto com João Marcos Flaquer, redigindo o AI-5. (…) Este é o tipo de democracia que o senhor quer. A democracia em que só o senhor tem direito a falar. Só suas opiniões merecem ser ouvidas”, dispara Fon contra Gualazzi.

Segundo Beatriz, Fon foi escolhido para participar do ato promovido pelo Canto Geral por ser uma figura importante para a história nacional, que poderia despertar o debate sobre a ditadura com o professor de Direito. “Ele foi um militante importante, participou da Aliança Libertadora Nacional, foi preso e torturado. Fon sofreu exatamente o que nós estávamos tentando fazer o Gualazzi enxergar e admitir”, explica.

A USP não impôs nenhum tipo de sanção a estudantes ou membros do Canto Geral por terem promovido o ato, mas também não se manifestou sobre o ocorrido. O grupo pretende entregar à comissão de ética da universidade o manifesto escrito por Gualazzi, com o intuito de conquistar, pelo menos, uma retratação.

“Nós não queremos necessariamente que o professor deixe de dar aula, mas que pelo menos façam uma nota de repúdio à postura dele em sala”, pontua Beatriz.
 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

69 Comentários

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    1. Não sei não…

      Neste caso estou com dúvida sobre sua tese, rsrsrsrs

      Uma coisa simples para qualquer radical, é por em prática tudo aquilo que ele defende contra ele mesmo, mas, não é correto temos que tolerar esses absurdos. Só não sei como ele pode ser professor de direito e rasgar a constituição desta forma.

    1. E precisa comentar ivan o ato

      E precisa comentar ivan o ato  auto denuncia a intolerância.

      O que hoje criticam a revolução de 1964 são os mesmos que aplaudem a ditadura na venezuela e Cuba.

      Eu so tenho que agredecer aos intolerantes.

      1. Uma ditadura não é bem isso

        Uma ditadura não é bem isso que você configura na sua cabeça. Ela funciona por decretos, ou Atos Institucionais, com força de leis que vem de cima para baixo, sem mediação alguma, sem debate, votação, e direito a contestação _ sem o Poder Legislativo ou eleitos por votação. É a decisão de uma pessoa ou grupo. O que tem a ver os governos da Venezuela ou Cuba com esse regime de governo ? Parece que para você, ditaduras são governos que decidem ao Seu contragosto; se lhe desagrada, é uma ditadura.

      2. “O que hoje criticam a

        “O que hoje criticam a revolução de 1964 são os mesmos que aplaudem a ditadura na venezuela e Cuba”:

        COM NOMES E LINKS, desgraca de comentarista, conte pra nos QUEM sao os que “aplaudem a ditadura de venezuela e Cuba aqui no blog.  De outra maneira, vai tirando o cavalinho da chuva e das costas dos “esquerdistas”, ta bom?  Ja encheu o raio do saco.

  1. Petulância!

     

     

    Só numa democracia um petulante desses pode escrever livremente essas asneiras, portanto, viva a democracia! Mas não custa manter olho vivo e faro fino…

     

     

  2. Antonio Carlos Fon participa

    Antonio Carlos Fon participa aqui do blogue. E só uma correção no texto acima: ele era da Ação Libertadora Nacional (ALN), que muita gente confunde com a Aliança Nacional Libertadora (ANL), bem anterior.

        1. Eu acho que tem sentido o que

          Eu acho que tem sentido o que ele diz. Porque o que os fascistas querem não é eles poderem falar, participar. Não, não lutam por seus direitos, eles querem é o direito de nos calar e nos oprimir. E quem quer poder para oprimir os outros deve estar sim sob controle, ou vamos nos pôr a defender os direitos de palavra e ação de fascistas, nazistas e obscurantistas que só pretendem destruir a cultura e a civilização ?

          1. Democratura.

            “Vou fazer deste país uma democracia, e, se alguém for contra, eu prendo e arrebento”. Frase do ex-general-presidente João Figueiredo.

          2. O fascista não sabe que é um

            O fascista não sabe que é um “fascista” nem que seu objetivo é oprimir as pessoas “justas”; ele pensa ser um salvador da civilização contra obscurantistas que querem oprimi-lo.

    1. Babaquice da sua

      Babaquice da sua parte.

      Contraditório foi o que eles fizeram. O professor usou sua posição na UNiversidade para fazer proselitismo político em defesa de um regime que não aceitou nenhum contraditório, que matou e torturou qualquer um que ousasse questionar, ou fazer o contraditório.

      Por tudo isso, meu amigo, o que você disse é uma tremenda asneira.

      1. Pela sua teoria, se o
        Pela sua teoria, se o professor estivesse defendendo a atuação da guerrilha de esquerda, deveria ter a sala invadida para o “contraditório” também?

        Eu, particularmente, prefiro deixar o cara ter o direito de falar suas barbaridades em paz e depois contra argumentar. Sem bumbo.

        Mas aí tem que saber ouvir e saber argumentar.. coisa que gênios que não fazem idéia do que seja democracia não são capazes.

        1. Quem silenciou o contraditório foi a ditadura.

          A guerrilha de esquerda, seu mentiroso, não silenciou o País inteiro na base da repressão, da tortura, dos sequestros, dos assassinatos e do terror de Estado, como fez a ditadura de direita.

          Sua tentativa desesperada de apresentar coisas completamente diferentes como sendo iguais é uma demonstração cabal de falta de argumentos, má-fé e completa ausência de valores democráticos.

          A ditadura usou o poder para coagir as pessoas a se calarem, o professor usou o poder conferido pelo cargo para impor proselitismo político (sem contraditório, pois ele não permitia ser questionado em sala de aula) defendendo o autoritarismo e a repressão a qualquer contraditório, em vez de dar aula.

          Em ambos os casos a resposta deve ser o protesto firme de quem não aceita a apologia ao uso da violência CONTRA O CONTRADITÓRIO.

           

    2. Contraditório????

      E se eles colocassem em prática o que o professor defende??? Entrasse lá armados praticando tortura??? Ou por em prática o AI-5 levando o professor sem o direito à habeas corpus ou data??? Ai sim seria uma coisa coerente.

      O que o professor defende é contra os princípios constitucionais, é e foi contra a dignidade humana. Quem foi que explodiu uma bomba de forma terrorista??? Um professor de direito defender isto!

  3.  
     
    Estudantes invadem sala

     

     

    Estudantes invadem sala de aula na USP após professor defender golpe de 1964

    Alunos de Direito fizeram ‘escracho’ em sala de aula no Largo de São Francisco após professor defender golpe de 1964por Renan Truffi — publicado 01/04/2014 12:37Reprodução/You TubeProfessor da USP

    Estudantes entraram na sala de aula durante discurso do professor

    Um grupo de estudantes da Universidade de São Paulo (USP) invadiu uma sala de aula da Faculdade de Direito na segunda-feira 31 depois que o professor de direito administrativo Eduardo Lobo Botelho Gualazzi tentou defender o golpe de 1964, que colocou o Brasil, há 50 anos, em uma ditadura civil-militar de 21 anos.

    O protesto dos alunos ocorreu no meio da aula e foi registrado em vídeo por um dos estudantes. Nas imagens, Gualazzi aparece lendo um texto que distribuiu para alunos do 3º ano. “A história informa que as tiranias vermelhas terminaram afogadas em um holocausto de sangue humano e corrupção total, material e espiritual. Em 1964, o socialismo comunismo esquerdista-totalitário almejava apoderar-se totalmente do Brasil”, diz Gualazzi no vídeo ao justificar o golpe de Estado contra o governo de João Goulart.

    Em função da postura do docente, os estudantes simularam uma cena de tortura fora da sala de aula para, em seguida, entrar na classe encapuzados. “Esse professor distribuiu antes da aula um texto para alunos explicando por que ele defendia a ‘revolução’ de 1964 (nas palavras do docente) e como isso foi bom para o Brasil. Então nos reunimos para fazer um escracho contra ele. Antes de entrar, fizemos um pequeno teatro de uma cena de tortura e entramos dentro da sala. O professor foi muito agressivo, empurrou alunos. Ele perdeu as estribeiras, quis expulsar os estudantes de dentro da sala, mas começamos a batucar e ele saiu muito nervoso”, explica o estudante do primeiro ano Marco Antonio Riechelmann, de 19 anos.

    Ainda de acordo com Riechelmann, Gualazzi continuou agressivo do lado de fora da classe e foi seguido por seus monitores. “Ele ficou discutindo com a gente no pátio, os monitores dele também peitaram, tivemos que separar por que queriam brigar”, afirma. O escracho foi organizado por um coletivo e apoiado pelo Centro Acadêmico 11 de agosto.

    O professor não conseguiu ler todo o texto, intitulado “Continência a 1964”. No documento, Gualazzi afirma, entre outras coisas, que a “revolução de 31 de março de 1964 consistiu na preservação da consolidação histórica do perfil brasileiro, assentado em nosso País desde 1500 (descobrimento do Brasil)”. Ele conclui ainda que, “graças ao bom Deus”, “os líderes civis e militares da Revolução de 1964 sabiamente consolidaram, ao longo de vinte e um anos (1964-1985), infraestrutura e superestrutura que tornaram o Brasil atualmente imune a qualquer tentativa de subversão”.

    No texto, o docente ainda traça um “perfil” da sua personalidade. “Durante minha infância/adolescência, consolidei em silêncio minha opção íntima pelo seguinte perfil de personalidade, em ordem alfabética: a) aristocratismo; b) burguesismo; c) capitalismo; d) direitismo; e) euro-brasilidade; f) família; g) individualismo; h) liberalismo; i) música erudita; j) panamericanismo; k) propriedade privada; l) tradição judaico-cristã. Nos tempos atuais, mantenho em meu íntimo, de modo pétreo, as doze opções da minha infância/adolescência”. A assessoria de imprensa da Faculdade de Direito da USP não quis se pronunciar sobre o assunto nem explicou se tomou algum tipo de providência em relação ao caso.

    http://www.cartacapital.com.br/sociedade/estudantes-invadem-sala-de-aula-na-usp-apos-professor-defender-golpe-de-1964-7620.html

     

  4. Ele se esqueceu do item m –

    Ele se esqueceu do item m – fascismo, que foi a forma como tratou os estudantes contrários às suas ideias.

  5. É duro apontar um erro de quem admiramos.

    Não se defende a democracia calando a voz dos seus adversários e sim calando seus argumentos com nossos argumentos.

    Os que defendiam as causas que Fon defendia em 64 também foram constrangidos e humilhados publicamente. Também foram impedidos de emitir sua opinião. Também havia os pelotões dos “justos” fazendo justiça com as próprias mãos.Quando Fon faz o mesmo, hoje, se iguala a eles.

    1. Fon não faz o mesmo, nem se

      Fon não faz o mesmo, nem se iguala a eles. Ouviu o que ele disse? “Nós não concordamos com o que o senhor diz, mas ninguém trouxe máquina de choque, nem vai botar pau de arara. Por favor, volte. Vem ouvir quem não concorda com o senhor, mas que não vai fazer o que o regime que o senhor defende fazia”. Aliás, o professor é que quase agride alguns alunos quando entram na sala, e então sai. Fon o chama para conversar. Ele se recusa. Queria continuar no seu monólogo de louvor à ditadura, sem ser interrompido. Foi justa e merecidamente interrompido, para que em vez de monólogo autoritário, houvesse diálogo. Mas isso ele não tem coragem, nem capacidade, de encarar…

      1. O Rei da Malandragem.

        Jair, eu, e creio que você também, não temos mais idade para nos fazermos de tolos.

        Vou chamar a minha turma agressiva com seus bumbos. Depois vou convidá-lo para um debate.

        Ah, você vai sozinho e sem nem uma caixa-de-fósforos para tamborilar.

        Se você não  aceitar, sempre vou poder dizer que você teve oportunidade de se manifestar.

        Viu? Sou tão malandro quanto o Fon.

        1. O bumbo não é pra ser usado

          O bumbo não é pra ser usado na conversa, mas na performance da tortura, do lado de fora. O profe, se tivesse pelo menos cintura, poderia debater em vez de ler um monólogo que fala na “Peste Rubra” e bater em retirada. Mas com aquela gravatona borboleta, sem chance…

        2. Se agisse…

          Se ele agisse conforme o que o Professor defende, deveria ter entrado com uma arma na mão, baixado de novo o AI-5, levado ele sem informa o lugar que ficaria preso, porque habeas data e corpus ele não teria diretio, estava extinto. Mas Bumbos não pode, os timponos do professor não aguentam é uma tortura muito grande, o correto é choque elétrico isto não é tortura??? mas bumbos…………..

  6. E não é que o prof. Gualazi

    E não é que o prof. Gualazi existe mesmo.

    Quando vi aquela figura de gravata borboleta falando na “Peste Rubra”, pensei que era algum tipo de aula trote.

    No Diário do Centro do Mundo, li que este senhor escreveu um livro em coautoria com Jânio Quadros:

    “Quando assumi a Presidência, eu não sabia da verdadeira situação político-econômica do país. A minha renúncia era para ter sido uma articulação: nunca imaginei que ela seria de fato aceita e executada. Renunciei à minha candidatura à Presidência, em 1960. A renúncia não foi aceita. Voltei com mais fôlego e força. Meu ato de 25 de agosto de 1961 foi uma estratégia política que não deu certo, uma tentativa de governabilidade.

    Também foi o maior fracasso político da História republicana do país, o maior erro que cometi (…). Tudo foi muito bem planejado e organizado. Eu mandei João Goulart (vice-presidente) em missão oficial à China, no lugar mais longe possível. Assim, ele não estaria no Brasil para assumir ou fazer articulações políticas.

    O livro em que Jânio se confessou

    O livro em que Jânio se confessou

    Escrevi a carta da renúncia no dia 19 de agosto e entreguei ao ministro da Justiça, Oscar Pedroso Horta, no dia 22. Eu acreditava que não haveria ninguém para assumir a Presidência. Pensei que os militares, os governadores e, principalmente, o povo nunca aceitariam a minha renúncia e exigiriam que eu ficasse no poder. Jango era, na época, semelhante a Lula: completamente inaceitável para a elite. Achei que era impossível que ele assumisse, porque todos iriam implorar para que eu ficasse (…). Renunciei no Dia do Soldado, porque quis sensibilizar os militares e conseguir o apoio deles.

    Era para ter criado um certo clima político. Imaginei que, em primeiro lugar, o povo iria às ruas, seguido pelos militares. Os dois me chamariam de volta. Fiquei com a faixa presidencial até o dia 26. Achei que voltaria de Santos para Brasília na glória. Ao renunciar, pedi um voto de confiança à minha permanência no poder. Isso é feito freqüentemente pelos primeiros-ministros na Inglaterra. Fui reprovado. O país pagou um preço muito alto. Deu tudo errado”.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-exotico-professor-da-usp-que-tomou-um-esculacho-por-elogiar-o-golpe/

     

  7. Façam a manifestação fira da
    Façam a manifestação fira da sala de aula.
    Deveriam ser suspensos da universidade.

    Quem demonstra falta respeito ao contraditório são os protestantes.

    1. e o “professor” também…

      Se faltar com o respeito (como você coloca) é motivo para ser suspenso, o infame “professor” deveria ser afastado de suas atividades também, por motivo muito mais grave, defender publicamente um regime que comprovadamente violou os direitos humanos por duas décadas. Aliás, deveria era ser preso mesmo por fazer apologia a tortura e outros crimes.

      1. Quer dizer que ele deveria
        Quer dizer que ele deveria ser preso por PENSAR assim?

        Pode ficar tranquilo que eu entendi perfeitamente o que vc diz.

        É por estas e outras que eu disse em outro tópico que está geração tem que morrer.

        1. Sinceramente, Athos, não vi

          Sinceramente, Athos, não vi atitude autoritária nos estudantes. O professor ministrava sua “aula”, onde estuprava a história. Mas certo, ele tem direito de ter uma visão “diferente” da ditadura militar.

          Mas imagino que espécie de Univerisdade seria essa, se alunos não promovessem um protesto contra esse tipo de visão. Estudantes que ouvem passivamente a defesa da supressão da liberdade, não sabem qual a finalidade excencial de uma Univesidade digna do nome.

          O protesto foi critativo e artístico. Não houve ofensa moral ao professor e nem agressão física. Os Black blocs deveriam aprender a protestar com esses alunos

          1. Ele poderia perfeitamente ter

            Ele poderia perfeitamente ter aproveitado o próprio teatrinho dos estudantes para colocar seus argumentos a respeito das torturas na ditadura.

            Mas pelo modo como ele fugiu do debate, parece que não tem esses argumentos.

          2. argumentar com pelego

            argumentar com pelego histerico?

            so voce mesmo para falar uma sandice dessa rs

            vcs pelegos sao totalitarios, nao há argumento possivel com totalitarios…

    2. Você está completamente

      Você está completamente errado. A participação política, a defesa da democracia, do Estado de direito e das leis é parte importante da formação universitária e mais ainda do Direito.

      A Universidade não é um colegialzão onde os alunos entram na sala de aula e abaixam a cabeça para tudo sem posição crítica.

      O professor defende uma posição de quebra do Estado de Direito e desrespeito às leis valendo-se de sua posição como docente, só que não é isso que ele  deve ensinar. De fato o que ele falava é contrário a tudo que a faculdade de direito deve ensinar.

      Não houve desrespeito à aula por parte dos que protestaram, pois não havia aula, mas apenas uma doutrinação proselitista de um professor que no lugar de dar sua aula, resolveu fazer doutrinação política.

      Contraditorio? Os alunos fizeram o contraditório, quem levou o proselitismo onde deveria haver uma aula foi o professor nazi-fascista.

          1. Por que o professor não ficou

            Por que o professor não ficou para debater? Ficou com medo do teatrinho ou quer usar o poder de professor para fazer proselitismo com os alunos calados?

            Um lado defende a tortura e morte dos opositores e quem protesta contra isso qé que está errado?

            No vídeo o professor foi convidado a debater, mas não quis. Queria que os alunos ficassem escutando calados com medo de perder nota por não ouvir suas asneiras feito vacas de presépio.

      1. O pelegao ai defende Cuba e

        O pelegao ai defende Cuba e se acha em condiçoes de dizer o que é democracia ou respeito ao contraditorio?

        rs

        faça-me o favor! rs

        1. Como esse troll é mentiroso e SAFADO!!!

          Boçal, ele só sabe um tipo de ataque:

          Você é contra mim, eu ataco Cuba, então você defende Cuba.

          E se você defende Cuba então nada do que você diz vale.

          Ridículo. Há mais democracia em Cuba do que em vários dos países que você defende. Mas como você vai fazer? Sendo tão boçal não consegue articular uma argumentação, então fica nessa estupidez de Cuba e anti-Cuba, como se uma ilha no Caribe fosse a baliza de todos os conceitos e valores da Humanidade.

          Troll ridículo usando uma desculpa esfarrapada para defender o regime militar e a sua patacoada nazifascista.

          1. O cara defende ditadura com a

            O cara defende ditadura com a cara de pau de falr que ha mais democracia em Cuba que qualquer lugar…

            kkkkkkkkkkk

            Ou é ditadura ou tem democracia pelego…rs

            Não da para ser a mesma coisa

            toma vergonha… 

    3. Você…

      Você têm razão “falta de respeito ao contraditório”, eles deveriam fazer igual na ditadura: arrancar unhas, cortar dedos, matar e desaparecer com os corpos, baixar de novo o AI-5 e tirar o professor da sala de aula sem direito a habes data e corpus, e torturar ele, simplesmente pela sua opinião.

      Ele é um professor de direito e sim devemos respeitar sua opinião, mas, a opnião dele vai contra a carta constitucional, vai contra a dignidade da pessoa humana, devemos respeitar quem tem base ideológica diferente, seja de direita ou esquerda, mas o que o Professor de direito defende é um absurdo! O golpe que houve foi de direita, o atentado de bomba “terrorista” foi dos militares, você defende isso????

      1. Múltipla escolha.

        Uma das frases abaixo é base da democracia moderna.

        ( ) Voltaire: “não concordo com nenhuma das suas palavras, mas defendei até a morte o direito que tens de dizê-las”.

        ( ) Weslei: “defenderei até a morte o direito que tens de dizer as palavras com as quais eu concordo”.

        1. Eu estou com Voltaire
          Eu estou com Voltaire nesta.
          E vcs ?

          Não existem limites para a liberdade de expressão.
          Vou repetir porque está simples frase acima não é de fácil compreensão.
          Não existem limites para a liberdade de expressão.

          Aí vem um cara acima dizer exatamente isso é na mesma sentença ele alerta para o conteúdo que está sendo dito.

          Rsrsrs, ignorância tem limite. Tem que haver.

      2. Não é questão de defender

        Não é questão de defender tortura, cerceamento da palavra, atentados, manipulações, corrupção. É questão de ser melhor do que isso tudo e não igual.

  8. Comentário.

    Há quem diga que “a USP não merece um professor como este”. Bem, a USP é feita de professores, funcionários, alunos e o que mais tiver e vier; não se trata nem de merecimento. A USP é o que é pela ação interna daqueles que a constituem.

    Da USP surgiu o Gama e Silva, autor do AI-5. Ele foi professor da Faculdade de Direito. O digníssimo professor merece um esculacho póstumo.

    A USP não consegue montar uma Comissão da Verdade de modo decente. Não consegue encarar seu passado recente com o Rodas. Ana Rosa Kucinski, se não me falha a memória, é encarada pela Universidade como alguém que abandonou o emprego.

    Para quem quiser um pouco mais, recomendo em http://www.adusp.org.br/files/cadernos/livronegro.pdf

     

  9. sendo ele, um dos que

    sendo ele, um dos que avaliam

    um aluno bem avaliado por ele e outros semelhantes, seriam bons exatamente para que ou quem?

     é serio que 9% do icms vai direito pra eles com autonomia, inclusive financeira?

    enquanto isso, faculdade de medicina da unesp botucatu aberta antes da ditadura com 90 vagas, continua ate hoje com 90 vagas ano,,,,

  10. Pessoalmente não gostei da

    Pessoalmente não gostei da atitude de invadir a aula, mas se os alunos concordaram com ela, deveriam pelo menos propor um debate verdadeiro entre os alunos que realmente são da turma.

    Ficou claro que a preocupação é filmar e colocar na internet e promover o tal grupo, só idiota pra achar que um professor como este do vídeo vai moldar a opinião de algum aluno na USP.

    Álias, quem aqui nunca ouviu um professor com opinião contrária e nem por isso invandiu a aula e acabou com ela ? Ele vai morrer com suas ideias ultrapassadas, mas perderam uma oportunidade de aos menos ouvir e debater com uma pessoa de opinião contrária. Será que se fosse um tio com esta opinião, iriam agir como crianças ? Batuques e etc ? Está longe de ser um ambiente de Universidade, ainda mais do porte da USP, tanto pelo professor como por estes ‘alunos’ do tal grupo.

  11. Pois acho que os estudantes

    Pois acho que os estudantes agiram mal, uma vez que demonstraram tanta intolerância quanto a direita. Depois que aceitaram a proposta do professor deveriam ter ouvido e questionado sua posição, questionado duramente, mas jamais fazer um escândalo impedindo que falasse. Se fossem espertos o suficiente teriam tentado entender o que pensava a direita de ontem para poder entender a direita de hoje, já que suas idéias, sua ignorânia e sua bestialidade continuam idênticas.

  12. O professor repetiu o

    O professor repetiu o discurso de muitos antes e depois da ditadura, no sentido de engambelar os incautos. Igual a ele estão outros tantos espalhados Brasil afora. Talvez por isso muitos jovens, que também não tem em suas casas pessoas esclarecidas, críticas, ficam, no mínimo na obscuridade, sempre se questionando sem, contudo, obterem as devidas respostas.

    Sou a favor do protesto da meninada, que deram o que tinham pra dar naquele momento, e serviu, sim, pra mostrar àquele professorzinho que um bom mestre é aquele que, no contexto de uma democracia, aceita o debate, o contraponto. 

    Pra mim, nem mesmo o que os joranlões escreveram, ou o que mostraram as televisões, valeu mais que essa manifestação. Senti-me acarinhada por ver que os jovens não são tão bobos como se tem pensado. 

  13. Professor Gualazzi, um saudosista da tristeza.

    Caro Nassif, muito embora esteja do lado dos que interviram na aula do professor Guallazi, devo dizer que não foram nada democráticos, pois interromperam o argumento do racionário, mestre , com bombos, gritos e tudo o que o direito lhes permitiu usar. Penso que uma das belezas da democracia é seu viceral princípio da conviência com o antahgônico, assim, em baixo de suas asas, cabem até discursos patológicos, como o do professor em questão.

    Ao meu ver , bastava um contra contradiscurso mostrando que o argumento de combate ao comunismo é uma ideologia falsa, foi e é, pois, em primeiro lugar, nunca houve na histótria do Brasil a mais remota possibilidade de os comunistas chegarem ao poder, segundo, tem o objetivo inconteste de preservação da demonização da imgagem do comunismo, terceiro, se for e um dia,  da vontade suprema do pocvo brasileiro eleger o comunismo para presidir o país, esta vontae terá de ser respeitada a qualquer preço, repito: A QUALQUER PREÇO.

    Se será bom ou ruim, não é a bola de cristal da Cia nem dos professores Guallazis  que tera de nos dizer.

  14. O professor achou mesmo que

    O professor achou mesmo que esses caras sao mesmos democraticos?

    rs

    Entao mereceu passar por isso.

    Esses imbecis nao sao democratas nunca foram, se fossem nao apoiariam Cuba ou ignorariam decisao coletiva para invadir reitoria

    esses panacas sao estao dispostos a ouvir o que acham ser o certo nao importa o assunto

    O professor lida com esses caras todo o dia e ainda nao entendeu que a esssencia da esquerda é ser totalitaria e que nunca teve ou tera interesse em considerar o contraditorio?

    rs 

    1. Um professor universitário,

      Um professor universitário, sobretudo no campo do Direito, deve apresentar aos seus alunos todas as teorias que incidem sobre determinada questão, podendo até expressar o seu apego por uma delas, mas jamais ministrar apenas esta com a qual se identifica, sob pena de deixar os seus alunos ignorantes sobre pontos de vista divergentes com os quais irá se deparar quando no exercício de sua profissão.

      Sobre o golpe militar de 64, muito se produziu em matéria de Direito sobre a instituição de leis e suas aplicacões nesse período, inclusive alguns direitistas aceitam as teorias que demonstram a total transgressão de normas elementares sobre os Direitos Humanos. Sobre o professor Gualazzi, o mínimo que se pode dizer é que sequer leu os livros, especialmente os de História e de Direito, que foram escritos sobre a ditadura militar. Ele simplesmente os ignora, demostrando estar preocupado apenas com seu ponto de vista pessoal. Trata-se de um completo ignorante sobre um período relativamente recente do país e que, portanto, não deveria se dedicar ao ensino do Direito. Que vá lecionar no clube dos militares extremistas ou em locais em que seu posicionamento político encontra eco.

      1. “Sobre o professor Gualazzi,

        “Sobre o professor Gualazzi, o mínimo que se pode dizer é que sequer leu os livros”

        Acho que por ler os “livros” ele tomou posição, não o contrário.

      2. O mais engraçado desse
        O mais engraçado desse comentário é que condena justamente o que certos professores militantes vem fazendo de maneira descontrolada. Levam até assuntos sindicais para dentro de sala de aula e nada é feito para impedir isso.

  15. Defendo o professor

    Defendo o professor. Usou da democracia para fazer sua explanação. Os alunos aceitaram a ideia e só estavam presentes quem queria estar. Defendo a Revolução de 1964 e não a considero um “golpe”, pois foi um movimento popular que levou milhões às ruas no desejo de mudança. Graças à Revolução a democracia existe hoje, pois combateu o comunismo iminente, com apoio inclusive estrangeiro. Desde o início, os militares assumiram o poder com intenção de o devolverem aos civis, mas no tempo certo. Obrigado militares por encabeçarem o movimento que nos garantiu um Brasil hoje, diferente de Cuba. Sobre as possíveis “torturas” e “mortes”, aconteceram de ambos os lados esquerda e direita e ambas têm suas culpas, ninguém é inocente. A Lei da Anistia veio para passar uma borracha nessa história.

    1. Movimento popular.

      Engraçado…. Um movimento popular, mas sabe-se hoje que pesquisa da época atestava os altos níveis de aprovação do Jango. Um movimento popular que não pôde esperar mais um ano para que, no voto, essa “insatisfação” fosse levada às urnas.  Defendo a democracia, e assim sendo, acho que quem não a quer, não tem o direito de se manifestar. Quem quer a volta da ditadura deveria ser considerado criminoso, porque atenta contra os princípios fundamentais dos Estado Democrático de Direito. É um contrasenso defender quem se utiliza da liberdade de expressão para tentar caçar a dos outros. O governo Dilma vai mal em fazer vistas gorssas as esses absurdos. Por fim, posso até acreditar que ambos os “lados” mataram pessoas durante a ditadura, mas jamais posso deixar de considerar que a pior violência, aquela que não tem perdão, a pior injustiça. a maior barbárie, é aquela cometida pelo próprio Estado contra o cidadão.

      1. Democracia?

        Que contradição é essa?:  “Defendo a democracia, e assim sendo, acho que quem não a quer, não tem o direito de se manifestar.” Pois justamente a democracia vem para permitir e respeitar o direito de opinião dos outros, mesmo que contrária. Ir contra essa verdade é ser sim um verdadeiro ditador.

        “Pesquisas da época”? Ora, basta ler os jornais da época que saberemos a verdade, verdade essa que a mídia de hoje está trabalhando para mudar, sabe lá por qual interesse escuso. Defendo, como você, a democracia, mas a democracia séria, não essa existente hoje, tendenciosa, cujas autoridades legislam em causa própria, buscando seus interesses e enriquecendo às custas do dinheiro público. O que falta no Brasil é um Governo sério (e não estou criticando a Dilma) que valorize o nosso Estado.

        As pessoas hoje, manipuladas pelos órgãos (mal) formadores (e tendenciosos) de opinião pública, insistem em dizer que houve no Brasil uma DITADURA. Não sabem de fato defini-la. Coitados de nós brasileiros se realmente houvesse um regime ditatorial e torturador nesse país durante os governos militares!!!

        Tenho é saudade de ver um governo sério nesse país!

  16. Nassif……..estou de Alma

    Nassif……..estou de Alma lavada……..esse Energúmeno do Gualazzi dar aulas nas “Arcadas”, ………é de cair o cú da bunda……..

  17. d<17m

    Ao fazerem a escamoteada defesa dos assassinos, torturadores, estupradores, inceneradores e esquartejadores da redentora, as hienas ululam o mais alto possível esperando ecos de Cuba.

  18. Adorei, adorei. O professor

    Adorei, adorei. O professor ainda tentou contrabalançar mas não coseguiu os,

    meninos não deram a mínima chance e ele ficou com uma enorme cara de bobo.

    Viva a meninada da USP!

  19. Na Alemanha é crime alguém

    Na Alemanha é crime alguém afirmar que não houve holocausto. Deve ser horrível viver num país tão ditatorial né? Se a liberdade de expressão for considerada um valor absoluto em si mesmo, então não pode haver crime de racismo, por exemplo. Acho que há muito perdemos a noção do que é liberdade, mas tem umas gentes boas que insistem em nos ensinar.

  20. Bom entao vamos lá… Voce
    Bom entao vamos lá… Voce pode ter razao; vc até poderia ter razao… se nao fosse por alguns detalhes.1- o titulo da noticia: “alunos invadem sala de aula..” invadir sala de aula nao é liberdade de expressao é desrespeito e é imoral. 2- o subtitulo “Alunos de Direito fizeram ‘escracho’ em sala de aula” pensa junto comigo… se os alunos fizeram aqueleteatrinho, as brincadeiras e o dito “escracho” entao significa que eles se prepararam, e se eles se prepararam eles sabiam o que seria dito… logo ao inves de elaborar argumentos, e se expressar de forma cívica e exemplar, eles resolveram fazer “escracho”. e isso nao é liberdade de expressao. 3- já ouvi algumas pessoas dizerem “Em defesas a ditadura militar, não existe conversa, tem que calar a boca do professor sim!” entao quer dizerque tem alguns assuntos que nem podem ser questionados é isso??? Quem vai definir o que pode ser questionado ou nao? isso é muito perigoso…  4- a liberdade de expressao só existe para discordar, para arriscar, para errar. De nada adianta condicionar a livre expressao a algum criterio, qualquer que seja elepois ele nao será mais livre. Se exitir temas que “nem tem conversa” quem vai definir quais sao esses temas? eu? voce? o bispo macedo? o governo? perigoso… 6 – pode ser pessimo ouvir alguem defender uma ditadura, como é horrivel ouvir um raciscta ou entao um homofobico, ou entao um preconceituoso qualquer,mas fazer o certo pelos meios errados continua sendo errado. 

  21. O regime militar foi aprovada
    O regime militar foi aprovada por toda sociedade inclusive os militares que também saíram às ruas. João Goulart foi deposto pelo congresso Nacional. Caso tais fatos não ocorressem seríamos um país comunista.

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