Alunos viram repórteres durante Seminário de Educação Integral

Por Ana Luiza Basílio, do Centro de Referências em Educação Integral

A entrevista cedida pelo educador Miguel Arroyo antes do início do Congresso Marista de Educação Integral, em Florianópolis, no último dia 31 de julho, seria rotineira se não fosse a curiosidade de encontrar dois adolescentes como repórteres, Igor Santos, 16 anos e Heitor dos Santos Miguel, 17. Atentos, os alunos que cursam o ensino médio queriam entender do palestrante convidado quais pontos seriam debatidos em sua fala sobre educação integral, e o que de fato, o tema implicaria no cotidiano das crianças e adolescentes brasileiros.

Por meio de entrevistas, fotos e filmagens, também procuravam desvendar o ambiente do congresso,  Geovanna Weber, 11 anos, Steffani de Oliveira, 14, e Eron Bianco, 11, estudantes do ensino fundamental. Juntos, os estudantes do Centro Educacional Marista, em São José (SC), compunham o grupo de imprensa do evento, e tinham como missão produzir conteúdos para serem divulgados nos veículos da Rede de Solidariedade Marista.

Alunos durante cobertura jornalística.

Alunos durante cobertura jornalística.

Para Eron, 11, estudante do ensino fundamental, a experiência em comunicação dialoga diretamente com as aulas regulares, ampliando seu repertório cultural e convidando-o a perceber o mundo de outras formas. “Depois da atividade consegui perder a vergonha e isso me ajudou muito ao apresentar trabalhos”, comemora.

Leia +: Educação integral, suas linguagens e territórios: de quais desafios falamos?

Segundo Igor e Heitor,  as oficinas são um espaço de participação, em que o estudante pode e consegue afirmar o que pensa e deseja. ”Temos um espaço de pensamento”, avalia Igor. ”É uma somatória de ideias”, complementa Heitor.

 

Aluno durante oficina da Jornada Ampliada.

 

Aluno durante oficina de comunicação na Jornada Ampliada. Foto: Reprodução

Jornada Ampliada

Conduzidas por educadores sociais, as oficinas são voltadas para todos os alunos, do ensino fundamental ao médio, que podem cursar até três atividades por ano. Para Stefani, 14, a mistura de idades entre o grupo é uma característica muito importante do programa, possibilitando a troca de experiências entre os adolescentes e a aprendizagem coletiva.A atividade em campo é um desdobramento das oficinas de televisão e rádio, parte integrante da Jornada Ampliada, uma proposta de educação integral da rede. Na dinâmica oferecida, os alunos cursam o ensino regular e, no contraturno, permanecem na unidade para cursar outras atividades, como expressão corporal nas modalidades teatro e dança, mídia e comunicação, artes visuais e pastoral juvenil marista, na qual são trabalhadas dinâmicas para fortalecimento do protagonismo e cidadania.

Na oficina de mídias, parte-se da proposta da educomunicação, em que o estudante aprende na prática, assumindo o fazer como uma experimentação educativa. Nas atividades, os jovens passam por todo processo de construção jornalística – da proposição da pauta (o que será discutido) à produção e edição da mesma. “Nossa ideia é justamente valorizar a produção deles na íntegra”, justifica Cleibiana Seibel, coordenadora do Jornada Ampliada em São José, ressaltando a avaliação do trabalho como um processo construído dialogicamente entre educadores e estudantes, a partir da experimentação e dos desafios do processo.

Rede Marista

A Rede Marista de Solidariedade (RMS) atua em diferentes eixos, sempre com foco na promoção e defesa dos direitos das crianças, adolescentes e jovens, com foco no desenvolvimento integral dos indivíduos, garantindo sua plena participação e emancipação.

 
Redação

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