Amazonia: Bolsonaro lança pacote de obras em reservas ambientais e áreas de povos isolados

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Obras de infraestrutura anunciadas até o momento já foram tentadas no passado, mas não saíram do papel justamente por causa dos entraves socioambientais

Jornal GGN – Jair Bolsonaro começará seu “plano de desenvolvimento” pela Amazônia. Nesta quarta (13), uma comitiva formada pelos ministros Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) desembarcam no Pará (Tiriós) para discutir com “líderes locais” um pacote de obras que atinge reservas ambientais e áreas onde vivem povos isolados.

Segundo informações do Estadão, no pacote está incluso “uma ponte sobre o Rio Amazonas na cidade de Óbidos, uma hidrelétrica em Oriximiná e a extensão da BR-163 até a fronteira do Suriname.”

“A área delimitada para o início do plano estratégico é formada por reservas ambientais e territórios de comunidades isoladas, como a dos índios zoés, na região de Santarém”, acrescentou o jornal.

O governo sabe que haverá resistências justamente por causa dos entraves socioambientais. Há temor de qual será a reação de países da União Europeia, “que têm ligações com as entidades mais influentes da área de defesa da preservação da floresta”.

Além disso, os projetos já foram tentados em outros governos, mas não saíram do papel por causa do impacto.

“A viabilidade dos projetos de infraestrutura na Amazônia desenhados pelo Planalto esbarra numa série de dificuldades. As tentativas de se instalar uma usina no Rio Trombetas já fracassaram em outros governos por obstáculos socioambientais. O mesmo problema já comprometeu a continuidade da BR-163. A região é de mata densa, sem estradas. Seria necessário abrir uma rodovia na floresta, região marcada por áreas protegidas.”

Bolsonaro quer começar as obras do governo pela Amazônia para enfraquecer a corrente internacional que quer criar uma gigantesca área de preservação chamada de Triplo A. “Trata-se de uma área que se estende dos Andes ao Atlântico, onde organismos internacionais supostamente pretendem criar uma faixa independente para preservação ambiental.”

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. Em cada ato uma provocação, e criação de mais um ponto de conflito. Sempre querendo impor o seu discurso, que muitos, justificando o voto, diziam ser apenas discurso de palanque.
    Agora avança sobre a Amazônia e seus povos, enquanto bisbilhota Bispos e o Papa, exigindo que fiquem quietos.

  2. A destruição da Amazônia vai aumentar numa época que cientistas avisam que temos até 2030 para reversar o aquecimento do mundo.
    Esta extrema direita agenda irá isolar o Brasil do mundo.
    Europa e o futuro governo Americano irão terminar negócios no Brasil?

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