da Sputnik
Analista culpa gestão Bolsonaro por desaceleração da direita na América do Sul
No poder desde 2006, o atual presidente da Bolívia ganhou o direito, nesta semana, de governar o seu país por mais um mandato, derrotando, ainda no primeiro turno, o centrista Carlos Mesa, em uma disputa marcada por trocas de acusações e muitos protestos.
Morales, apesar de algumas críticas, se mantém no cargo com uma boa popularidade e amplo reconhecimento internacional por suas conquistas, que incluem um sólido crescimento econômico e políticas muito bem sucedidas de combate à pobreza e ao analfabetismo.
Escândalos de corrupção associados a alguns problemas econômicos levaram a um desgaste da esquerda sul-americana que, em muitos países, propiciou um crescimento bastante significativo de representantes da direita, culminando, por exemplo, na eleição de nomes como o de Mauricio Macri na Argentina, Mario Abdo Benítez, no Paraguai, e Jair Bolsonaro, no Brasil.
Passado pouco tempo do início dessa chamada guinada à direita na América do Sul, com boa parte desses governos em crise, já há quem veja, no entanto, uma tendência de interrupção desse processo, evidenciada pela vitória de Evo Morales e pelas posições de destaque nas pesquisas de intenção de votos de “esquerdistas” como o argentino Alberto Fernández e o uruguaio Daniel Martínez, além de recentes manifestações vistas por alguns analistas como protestos contra o neoliberalismo.
Candidato de esquerda declara vitória em eleições no Panamá – https://t.co/cY0IuH2Nz3 pic.twitter.com/3r72HYXOa1
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) May 6, 2019
Segundo Almeida, o atual governo brasileiro demonstra um “desconhecimento muito grande do mundo real”, o que acaba se refletindo em equívocos na relação com outros países. Um desses casos, ele destaca, é justamente o da Argentina, um dos principais parceiros do Brasil, onde a administração Bolsonaro chegou a tentar interferir demonstrando apoio a um dos lados em disputa na eleição e falando em possíveis represálias no caso de uma eventual volta do kirchnerismo.
“Isso é desconhecimento de muita coisa, né?”, comenta. “Houve uma ocasião em que o atual presidente disse que o fato de estarmos enviando três caminhões com abacate para a Argentina mostrava que o comércio exterior brasileiro com a Argentina ia muito bem. Eram três caminhões de abacate. Isso aí é abastecimento de feira. É um raciocínio ridículo.”
Ainda de acordo com o professor, a equipe que compõe o atual governo brasileiro vem errando tanto por falta de conhecimento quanto por “preconceito ideológico”.
“O nosso atual chanceler teve, em vários momentos, posições bastante radicais em relação a vizinhos. E até foi necessário que o vice-presidente, um general, interviesse, contendo esses impulsos um tanto belicosos. Espero que a coisa se desenvolva bem.”
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Penso que por dever de informar, o Jornal GGN deveria publicar o pronunciamento de Ciro Gomes feito hoje pelo Twitter. Não é possível não denunciarmos a omissão criminosa de Jair Bolsonaro.
Ciro mente sobre jornalistas do campo progressista e quer seguir em “brancas nuvens”?
Marcos, esquece o Ciro, ele já mostrou para o que veio, para atrapalhar a todos e não trazer nenhuma solução.
É interessante, o chamado opressor da esquerda, começa a ser o exemplo de comportamento completamente equivocado da direita.
Ou seja, Bolsonaro é o mau exemplo do que a extrema direita pode fazer num país qualquer, o pior é que o país exemplo é o nosso. É o verdadeiro mal que veio para o bem.
Fora Bolsonaro. O mais rápido possível.
GESTÃO de Bolsonaro? Gestão?
Isso nunca existiu.
Novidade? Nenhuma.
O sujeito sempre foi um pária, incapaz de entender o mundo ao seu redor quanto mais exercer algum tipo de gestão sobre qualquer coisa.
O Jair Bolsonaro, realmente, detonou a direita.