Anastasia entrega hoje relatório do impeachment de Dilma

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A comissão especial do impeachment de Dilma Rousseff retoma os trabalhos nesta terça (2), às 12h, com a apresentação do relatório final de Antonio Anastasia (PSDB). Durante a reunião, deve ser feita apenas a leitura do documento, ficando a discussão e a votação para quinta (4). O PT, PDT, PCdoB e Rede, no entanto, devem apresentar votos em separado.

O relatório de Anastasia admite que existem elementos suficientes para que Dilma vá a julgamento. A previsão é de que sejam apresentados dois votos em separado, ou seja, com conclusões diferentes das apresentadas pelo relator.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT) deve afirmar que Dilma não cometeu crime de responsabilidade a partir de uma contextualização das circunstâncias que provocaram o afastamento da presidente do cargo. Ao citar nomes do PMDB e da oposição, o voto, em conjunto com o PDT, sustentará que o processo é político.

“Tem uma crônica do golpe anunciado. Desde quando isso começou a ser gestado, desde o final das eleições, as coisas feitas, as articulações na Câmara, o posicionamento do ex-presidente da Câmara, do presidente interino, do PMDB, de líderes da oposição”, disse Gleisi, segundo anotações da assessoria do Senado.

Já a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) defenderá o arquivamento do processo em voto conjunto com a Rede Sustentabilidade. “Ele já deveria descartar de pronto as pedaladas, não só pelo laudo pericial, mas pela decisão do Ministério Público Federal, que disse não ser operação de crédito. No que diz respeito aos decretos, [decretos] idênticos a esses foram assinados pelo vice-presidente da República e por presidentes anteriores. E não há que se falar que decreto de abertura de crédito tenha ferido a meta fiscal”, declarou Grazziotin.

Senadores favoráveis à saída de Dilma, porém, consideram que os votos não mudarão a decisão da comissão. A senadora Ana Amélia (PP) minimizou a apresentação de outros votos em separado. “Faz parte do jogo. Acho bom isso porque assegura a ampla defesa. É natural e não vejo nenhum risco. Isso é a continuidade. Está dentro do Regimento. É uma votação histórica e eles precisam firmar posição.”

Requerimentos

Aliados de Dilma também devem apresentar requerimento para que a comissão ouça o procurador da República no Distrito Federal Ivan Marx, que recomendou o arquivamento de um processo que investiga a prática de crime de responsabilidade no atraso de pagamento da União ao BNDES. Na avaliação do procurador, não existiram pedaladas fiscais nesse caso.

Com base nesse parecer, os aliados de Dilma solicitarão a retirada da denúncia relativa às pedaladas do Banco do Brasil relacionadas ao Plano Safra.

O senador Alvaro Dias (PV) descartou a retirada da denúncia e a aprovação de oitiva do procurador. “São expedientes protelatórios para obstruir o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.”

Próximos passos

No relatório a ser lido nesta terça, Anastasia dará parecer favorável ou contrário à continuidade do processo. Os debates ocorrerão no dia seguinte. E a votação deve ser na quinta-feira (4). Caso o relatório seja aprovado, deve ir a votação no Plenário do Senado em sessão prevista para ter início na próxima terça (9).

Em Plenário, caso a maioria simples dos senadores decida pela continuidade do processo, a presidente afastada vai a julgamento final em data a ser definida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que comandará o rito. Segundo cronograma divulgado no último final de semana, Lewandowski pretende marcar o início do julgamento (caso este aconteça) entre os dias 26 e 29 de agosto.

Com informações da Agência Senado

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Só faltou o delator dizer o

    Só faltou o delator dizer o rg

     

    Mas muita gente correu para defender esse senhor, a pf ainda tentou abrir de novo o caso com novas denuncias para para a turma que bate o bumbo para Asmodeus a vida é boa. Quem anida tem duvida sobre o conteudo do tal relatorio??

  2. A Globo e a mídia em geral

    A Globo e a mídia em geral transformaram o Brasil num país sem rumo, dividido, sem esperanças. Nem a mídia internacional detrata tanto o país e seu povo quanto a mídia nativa. Os jovens e até as crianças não entendem o que acontece.  Em suma, a grande mdia leva-nos para as trevas cujos camihos são obscuroa e tenebrosos. Alguém precisa dar um basta nesses canalhas.

  3. Minas segue sendo o único

    Minas segue sendo o único Estado da Federação que não tem nenhum representante na Câmara Alta. Um é CARIOCA, outro é Despachante de Luxo do CARIOCA e um terceiro é FORNECEDOR do CARIOCA.

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