Ao vivo: Jessé Souza e Luis Nassif debatem Subcidadania brasileira

Jornal GGN – Acompanhe agora, ao vivo, Jessé Souza, autor de A ELITE DO ATRASO, apresenta seu novo livro ‘SUBCIDADANIA BRASILEIRA’, em debate com o jornalista Luis Nassif.

 

A entrevista será a primeira de Jessé Souza sobre o novo livro, publicado pela editora LeYa, marcando seu lançamento digital  (link da pré-venda aqui).
 
A obra consolida o pensamento do autor – um dos mais profícuos e originais pensadores brasileiros – e o coloca definitivamente no rol dos grandes intelectuais que se dedicaram a buscar caminhos para a superação das grandes questões nacionais. 
 
Crítico severo da corrente que busca na herança colonial portuguesa e no patrimonialismo – pais do famoso “jeitinho” – as chaves para desvendar todos os males da sociedade brasileira, Jessé ousa ao afirmar que a soma incalculável de privilégios acumulados pelas elites, aliada a um racismo estrutural, são os verdadeiros responsáveis por nossas desigualdades. Esse racismo, considerado por ele implícito e permanente, cria cidadãos de segunda classe. Partindo de referências do porte dos sociólogos Pierre Bourdieu e Charles Taylor, Subcidadania brasileira busca explicar este conceito, quais são os pilares que o sustentam e como ele é utilizado politicamente para perpetuar o abismo social em que vivemos há séculos. 
 
Ao questionar o que chama de “sociologia do vira-lata”, que localiza o povo brasileiro num lugar de passividade e baixa autoestima, praticamente um país de conformados com sua exploração e inferioridade, o autor contrapõe teorias formuladas por grandes nomes da historiografia e sociologia brasileiras, tais como Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre e Florestan Fernandes. Problematiza também o pouco peso dado à escravidão por estes estudiosos e desloca a corrupção, vista pelo senso comum como a mais grave das mazelas, do centro do debate.
 
A avaliação é que Subcidadania brasileira chega aos leitores num momento crucial da vida nacional, às vésperas do processo eleitoral pós-impeachment de Dilma Rousseff, colocando Jessé Souza no rol dos grandes intelectuais que se dedicaram a pensar o país e refletir a fundo sobre o Brasil. 
Redação

5 Comentários

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  1. Boa noite! Por que Jesse

    Boa noite! Por que Jesse Souza não se refere a Caio Prado Junior, outro expoente da geração de 1930 de intérpretes do Brasil? A contribuição de Sérgio Buarque, um dos criadores do PT em 1982, é muito superior, fundamental, para a história do Brasil, do que a discussão sobre o homem cordial. Não dá para ser virulento contra quem escreveu Visão do Paraíso. Não dá para misturar um weberiano, como o grande Raymundo Faoro, como um expoente dos Annales no Brasil. 

    Saudações e parabéns pela iniciativa

  2. excelente!

    muito bom mesmo!

    pensar FHC como representante direto dessa ideologia escravocrata é perfeito, com verniz e tudo! impressionante que isso deixa muito mais claro pra gente a continuidade do golpe sob a batuta desse sujeito totalmente sórdido. eu sempre pensei nele como essa eminência parda – ma non troppo – porque nunca saiu da mídia hegemônica, é sempre acionado pra falar sobre qualquer assunto. e está aí o Parente dele cometendo esse grandioso crime de lesa pátria num jogada completamente arrojada, com essa velocidade e malignidade dilacerantes, com a certeza da impunidade – como um verdadeiro gângster.
    obrigada, Nassif! que tempos mais tristes… a percepção do quadro geral dá uma tristeza absurda!

  3. Jessé brilhante novamente!
    Jessé brilhante novamente! Agora a pergunta que vale todas as estatatis brasileiras. Quem é (ou são) o(s) Jessé(s) da Globo? Ali Kamel (Só ele?)

  4. Hoje pela manhã, sentado no

    Hoje pela manhã, sentado no ônibus lendo um livro, escutei a conversa de dois outros passageiros. O rapaz dizia o seguinte para sua a amiga.

    – Essa greve na Petrobras é um absurdo. A empresa vai perder 50 milhões por dia. Eu não aguento mais, os militares têm que intervir. Eu não consigo mais dormir, essa putaria tem que acabar. A intervenção militar é a solução, porque nós não podemos fazer nada para tirar os ladrões lá de Brasília. É preciso convencer as pessoas…

    – Como faremos isso?

    – Usando a internet para defender a intervenção militar, para convencer as pessoas. Com a internet é possível arregimentar pessoas e fazer uma ideia pequena ficar grande.

    A fala do rapaz confirma a interpretação de Jessé Souza. Ele fala em prejuízo como se fosse acionista da Petrobras e não é. Acredita que a empresa perderá o combustível que não vai vender e isso não ocorrerá. A ansiedade dele pode ser vista nas frases Eu não aguento mais e Eu não consigo mais dormir.

    Ele confunde a greve (um fenômeno trabalhista) com o problema da corrupção política. Ele acredita que a ditadura é intrinsecamente melhor do que a democracia. Não é capaz de imaginar que numa ditadura o direito dele de se expressar seria censurado.

    A ênfase que ele dá a corrupção política confirma o que Jessé de Souza disse. Ele é incapaz de ver o golpe neoliberal internacional bilionário que foi dado pelo mercado na Petrobras no momento em que a empresa passou a importar derivados de petróleo e a obrigar as refinarias brasileiras a operar abaixo de sua capacidade.

    Atenção: o vídeo do link começa apenas aos 9:30 minutos.

     

     

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