Apesar de tudo, a torcida está de volta, por João Sucata

Estão certas as críticas aos excessos despendidos com estádios para a Copa do Mundo. Toda aquela grana está fazendo falta agora. Pior é que parece que tudo vai se repetir na preparação das Olimpíadas.  Bilhões serão gastos.

Ressalte-se que o São Paulo continua com seu velho estádio, onde deveriam acontecer os jogos da Copa em São Paulo. Construiu sem ajuda oficial. Por que os demais não conseguem?

Nada contra o Corinthians, mas se os tricolores construíram o estádio sem ajuda chapa branca, assim deveria acontecer com o clube da Zona Leste. O alvinegro foi atrás de bancos e ficou endividado até a cabeça;  terá que fazer força para não ver o estádio leiloado, como aconteceu com o Guarani, este devido a indústria das reclamações trabalhistas. Por sua vez, uma fórmula melhor ainda aconteceu com o Palmeiras. Ganhou seu estádio e os investidores um tremendo lugar para ser explorado para shows e outros eventos. A torcida, a mais sofrida dos grandes clubes nos últimos anos, voltou a lotar as arquibancadas.

Os novos estádios estão sendo fundamental no movimento que tem feito a torcida voltar a ver in loco partidas de futebol. A média de público se tornou espetacular e pode ser mantida com os clubes reforçando seus elencos, venda de ingressos pela internet etc.

O ruim é o preço do ingresso, salgado. Com isso, cada vez mais a assistência é composta por classe média. O povão mesmo, segue pela TV e quando é pay per view, tem que fazer vaquinha. É o regime de mercado: quem pode paga e tem; mais procura, maior preço.

Outra fator que tem ajudado é o metrô. Nos estádios do Corinthians e do Palmeiras, chega-se de forma barata e rápida. Todo mundo sabe a dificuldade de chegar ao Morumbi, ou até no Pacaembu. Se tiver uma vaga, tem que pagar o flanelinha, que cobra o valor de outro ingresso, enquanto a polícia assiste.

 

Redação

13 Comentários

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  1. Um reparo importante

    Caro Sr João Sucata.

    Há uma grave reparo a se fazer logo no início do seu texto. O São Paulo não tem todo este mérito que apresenta, pois a construção de seu estádio têm diversos elemenos obscuro envolvidos, a começar com a ocupação de antigas áreas públicas, envolvimento direto do ex-governandor Laudo Natel em facilitações e outras coisas nem tanto republicanas que favorecerem o erguimento do estádio, e em uma época em que a repressão não permitia sequer a divulgação de notícias sobre envolvimento de governantes tutelados do regime em ilícitos.

     

  2. Eu ia dizer o mesmo

    Prezado:

     

    Sou são-paulino, mas deixo meu amor pelo time de lado quando o assunto é o estádio. O Cícero Pompeu e Toledo é um caso clássico de compadrio com o poder público e sua concretização não foi nada privada. 

    Ressalta-se que o São Paulo é um clube que parece ter uma gestão moderna, mas está longe disso.

    Em relação ao campeonato brasileiro, acredite, esta é uma fase sazonal. Nada garante que este relativo sucesso se repetirá no ano que vem, pois temum fator que é desencorajador para garantir um torneio minimamente equânime: quem organiza o campeonato é a CBF.

    Não custa lembrar que há dois anos a CBF não rebaixou o Fluminense no tapetão, usando um artifício escandaloso para rebaixar a Portuguesa.

    Se o sistema fosse capitalista, a CBF estaria fora da organização há muuuuuuuuito tempo. Como é clientelista…

  3. Estádio do Guarani

    “este devido a indústria das reclamações trabalhistas.” O que é essa afiarmação?

    O Guarani é notório não pagador de direitors trabalhistas. Deixa de cumprimir com compromissos de todos os seus empregados, desde guardador de roupas até dos próprios jogadores.

    Querer depreciar o acesso do trabalhador ao judiciário é má-fé e criminoso. O time de Campinas hoje está na situação em que se encontra foi por má gestão de suas diretorias que só se importaram em sangrar o clube.

    Inadequada a colocação no texto.

  4. O Grêmio também construiu um estádio moderno,

    bonito e aconchegante sem dinheiro público diretamente envolvido. Foi uma parceria e está por adquirir o direito total da arena Grêmio. E tem levado bom público aos jogos, mesmo tendo adotado uma política de redução de custos e dispensa de medalhões caros.

  5. Cabe no Morunbi

    tanto cinismo?

    “Ressalte-se que o São Paulo continua com seu velho estádio, onde deveriam acontecer os jogos da Copa em São Paulo. Construiu sem ajuda oficial. Por que os demais não conseguem?”

    He he….

  6. Apesar de tudo é um jeito

    Apesar de tudo é um jeito engraçadíssimo de enxergar as coisas, um tanto ahistórico.

    E como o saopaulino coerente já demonstrou o Morumbi foi construido em condições bem pouco claras. O palestra pode até ser um modelo possível, mas pelo estado do gramado pode-se ver que o estádio não é do clube que corre o risco de não poder definir o valor das cadeiras, nem seu programa de sócio torcedor.

    Nós gostamos de futebol, independente da CBF e do patrimonialismo em geral, acabou de rolar uma copa aqui, todos os times tiveram evolução tática, os clubes grandes tiveram suas receitas dobradas, ou triplicadas nos últimos dez anos… suas dívidas aumentaram na mesma proporção que seus gastos.

    Ortega y Gasset ensina que os objetos orientam a ação. Lula em sua inteligência intuitiva mudou o macro objeto do futebol brasileiro: o estádio. É esse estádio novo, com essa grama baixinha (que a bola corre mais), com zona mista, com espaço adequado para coletiva, com banheiro, com o fetiche do “moderno”, do organizado, é que atrai o público.

    Em alguns anos nosso futebol estará melhor, apesar do patrimonialismo, esse em ruínas.

     

  7. Nem a Veja consegue ser tão tendenciosa…

    “A média de público se tornou espetacular”
     

    Hein?

    De onde tirou isso?

    Brasileirão estreia com pior público dos últimos 3 anos

     

    http://esporte.ig.com.br/futebol/2015-05-11/brasileirao-estreia-com-pior-publico-dos-ultimos-3-anos-palmeiras-e-excecao.html

    2015 – Média de ocupação 40%

    http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/publico-brasileirao.html

    2014 – Média de ocupação 40%

    http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/publico-brasileirao.html

    2013 – Média de ocupação 38,6%

    2012 – Média de ocupação 38%

    2011 – Média de ocupação 44%
    http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2014/07/mais-um-7-1-ocupacao-de-estadios-tem-alemanha-no-topo-e-brasil-em-34.html

    Sem contar que do ano passado prá cá, a ocupação no estádio do Corinthians caiu de 66% para 63%

    Do São Paulo caiu de 45% para 34%. 

     

     

     

  8. ignorância ou má fé ?

    A construção do Morumbi (ou Natelzão) é um dos episódios mais obscuros da história do estado de São Paulo. Há declarações de que até materiais de obras publicas foram desviados para o estádio. É de dominio publico que na época o São Paulo não tinha torcida ou recursos para pagar as obras.

    A Arena Corinthians é a obra mais transparente entre os estadios da copa. Com 190 mil m2, é o metro quadrado mais barato entre todos os estadios. E tudo com acabamento em mármore. É a unica obra em que o BNDES terá 100% de recuperação do investimento. 

  9. ignorância ou má fé (II) ?

    Que o sr. João Sucata se comporte como torcedor, é problema dele. Curioso é o blog dar destaques a tantos absurdos. Diferentemente do que alega o sr. João Sucata, o Corinthians já acumulou reservas para o pagamento da Arena para até outubro de 2016. Reclamações trabalhistas são responsabilidade da construtora (Odebrech). E mesmo pagando a Arena e todos os encargos, o Corinthians fecha o ano de 2015 com lucro de R$ 19 milhões (fonte Itaú). Times como Cruzeiro e Atlético MG devem fechar 2015 no vermelho.  

  10. Nossa, arena do grêmio! Só

    Nossa, arena do grêmio! Só será do grêmio no próximo século e olhe lá! O odone fez a maior sacahagem com esse clube. por isso, é sempre bom se INFORMAR DA VERDADE sobre a construção dessa arena. 

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