Jornal GGN – A recente atuação do procurador-geral da República, Augusto Aras, contra a operação Lava Jato levou a formação de um casamento de conveniência entre aliados do presidente Jair Bolsonaro, o centrão e até mesmo representantes da esquerda.
Essa união, que busca esvaziar a operação, ganhou força depois que Aras questionou pontos fundamentais da operação, como a autonomia da força-tarefa dos procuradores e a exclusividade sobre o uso de provas.
Desde então, o procurador passou a ser elogiado pelo PT, por exemplo – a ofensiva ganhou força na última semana, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu retirar a delação do ex-ministro Antonio Palocci de um processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao mesmo tempo em que uma CPI da Lava Jato está dormente na Câmara desde 2019.
Já os representantes do centrão, que reúnem partidos como PP, PTB, PL, Solidariedade, Republicanos e PSD, sempre resistiram à investigação, uma vez que alguns de seus líderes são alvos de processos. Entre os bolsonaristas, o rompimento é mais recente e foi motivado pela saída do ex-juiz Sergio Moro do Ministério da Justiça. As informações são do jornal Folha de São Paulo.