Após polêmica, braço direito de Janot diz que está à disposição para esclarecimentos

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Procurador nomeado por Dodge a cargo no Ministério Público, que foi flagrado em conversa, pediu exoneração
 

Foto: Agência Brasil
 
Jornal GGN – Após a polêmica envolvendo uma suposta investigação do procurador braço-direito de Rodrigo Janot, Eduardo Pelella, um dos agentes que seriam responsáveis por apurar a relação de Pelella e irregularidades no acordo de delação da JBS, o procurador da República Sidney Pessoa Madruga, pediu a exoneração do cargo de coordenador do Genafe (Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral).
 
Sidney Madruga conversava com a advogada Fernanda Tórtima, que atua para a JBS, em um almoço em Brasília, mencionando a “tendência” da Procuradoria-Geral da República, agora sob o comando de Raquel Dodge, de investigar Pelella, ex-chefe de gabinete de Rodrigo Janot. Para o procurador Siney Madruga, o braço direito de Janot teria atuado na negociação do acordo da PGR com a JBS e precisaria ser investigado. 
 
“Não é para punir, é para esclarecer”, teria dito Madruga, para apurar “qual é o é o papel do Pelella nessa história toda, porque está todo mundo perguntando”. Na mesa ao lado, algum jornalista da Folha de S. Paulo estava presente no restaurante, escutando a conversa.
 
Após o anúncio de que a PGR, agora sob o comando de Raquel, investigaria o braço-direito de Janot no caso das irregularidades em delação da JBS, o procurador Sidney Pessoa Madruga pediu exoneração do cargo no Genafe. Ele tinha sido nomeado por Dodge para traçar as metas de atuação eleitoral do Ministério Público.
 
A justificativa de Madruga foi de que a saída teve “a finalidade de evitar ilações impróprias e indevidas”. Também após a divulgação da suposta apuração, o procurador Eduardo Pelella enviou ofício à Raquel Dodge se colocando “à disposição” para esclarecimentos.
 
“Tendo tomado conhecimento na manhã desta sexta-feira, 22 de setembro, da matéria intitulada ‘Braço direito de Janot pode ser investigado, diz procurador’ (Folha de S.Paulo), na qual membro de sua equipe de trabalho alude, ainda que, informalmente, à necessidade de investigação de supostos fatos envolvendo o subscritor no cumprimento de sua atividade institucional, informo a Vossa Excelência que, a exemplo do que ocorreu durante todo o período de transição, estou à disposição para qualquer esclarecimento que se entenda necessário”, disse Pelella no documento enviado. 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. Salafrario obstruindo a
    Salafrario obstruindo a justiça alertando a advogada. E ainda vou ter que ver aqui o recem querido do mpf, sr Nassif, passando pano pra mais essa

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