Após viralizar nas redes, Kátia Abreu diz ser injusto o título de “miss desmatamento”

"Por proteger e ser líder do setor agropecuário, mudei as minhas estratégias. Reconheci e vi a importância do meio ambiente", afirma a senadora

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Jornal GGN – A senadora Katia Abreu disse em entrevista ao portal Universa que revisou suas estratégias na área do meio ambiente e considera “injusta” a alcunha de “miss desmatamento” que recebeu do Greenpeace após sua passagem pelo Ministério da Agricultura no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

A entrevista foi divulgado pelo Universa um dia após Katia Abreu viralizar nas redes sociais com o vídeo de sua participação na CPI da Covid. Membro da bancada feminina, ela desabafou na sessão destinada a ouvir o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre seu papel na gestão temerária da pandemia de coronavírus.

Araújo negou que seus ataques à China tenham prejudicado a importação de vacinas e insumos. Integrante da comissão especial de relações internacionais do Senado, a senadora disse que o ex-chanceler fez pior do que transformar o Brasil em “pária”: por ideologia, ele colocou o País na posição de “irrelevância”. Assista ao vídeo que viralizou clicando aqui.

Para Katia Abreu, a pressão mundial por respeito o meio ambiente se impôs sobre o agronegócio. “Por proteger e ser líder do setor agropecuário, mudei as minhas estratégias. Reconheci e vi a importância do meio ambiente para os consumidores do Brasil e do mundo — são nossos clientes e temos que respeitar o desejo do consumidor. E se o desejo dele é preservar e não querer desmatar a Amazônia, quem sou eu para dizer o contrário? Isso sem falar na questão ambiental. Se os ruralistas querem plantar, produzir e vender, vamos começar por essa linha. Exatamente por querer proteger o interesse deles, estou resistindo na questão ambiental. Tem o componente comércio, mas tem o componente vital que é manter a biodiversidade da Amazônia, que é uma exigência da legislação brasileira. Eu votei pelo Código Florestal e não posso trabalhar contra ele”, declarou ao UOL.

Ela ainda negou que tenha praticado “desmatamento ilegal na minha vida. Desmatamento não é uma coisa ilegal propriamente. Existe a forma de fazer legalmente. Estamos trabalhando contra o desmatamento ilegal na Amazônia ou em qualquer outro lugar.”

Psicóloga de formação Katia Abreu se declarou na CPI uma “mulher do campo”. “Ela herdou uma fazenda com plantação de soja e criação de boi, no sul do Tocantins. Por conta dessa experiência em agronegócio, se tornou a primeira mulher líder da bancada ruralista no Congresso e, depois, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no segundo governo de Dilma Rousseff (PT). Em 2010, defendeu mudanças no Código Florestal, entre elas dar anistia a desmatadores e reduzir a área que o proprietário de terra e o Estado são obrigados a conservar, e recebeu do Greenpeace a réplica de uma motosserra de ouro e a a alcunha de ‘Miss Desmatamento'”, lembrou o Universa.

Redação

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