As dúvidas sobre o caso Novojornal

Em Observação

Mantenho EM OBSERVAÇÃO ambas as matérias sobre o Novojornal. Há um tiroteio de informações cujo desfecho levará algum tempo.

O Ministério Público Estadual de Minas Gerais tem a obrigação de trazer a público documentos, testemunhas, indícios que justificariam a detenção de Carone, o dono do Novojornal, assim como a invasão da casa do repórter. A existência ou a inexistência desses dados ajudará a resolver a questão sobre o papel do Novojornal e do próprio MInistério Público do estado.

Por Mônica Sanches

comentário no post “As diversas hipóteses sobre a prisão do dono do Novojornal”

Não vou entrar em questões políticas, somente falar que esse senhor Carone é um bandido sim!!!  E as famílias que foram vítimas sabem bem. Esse senhor usa o jornal para denegrir imagens, extorquir. E é disso que se trata. (…). A ABI, Associação Brasileira de Imprensa, já havia feito um alerta contra ele, pela prática d eum jornalismo sujo. E olhem isso tb: http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/129090/Novo-Jornal-j%C3%A1-perseguiu-at%C3%A9-presidente-da-Fenaj.htm ele tb perseguiu o presidente da Fenaj.

É uma vergonha para os jornalistas. (…)

Do Brasil247

 

Minas 247 – Acusado de pertencer a uma quadrilha de falsários, suspeita de golpes de mais de um bilhão de reais, e preso, desde o dia 20 de janeiro, por tentar intimidar 10 das 11 testemunhas de acusação do processo, o proprietário do site Novo Jornal, Marco Aurélio Carone, perseguiu os jornalistas Geraldo Melo, atual assessor do Gabinete da Presidência da República, e Américo Antunes, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Além dos jornalistas, Carone também disparou contra o ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, e a sua ex-mulher, Thaís Velloso Cougo Pimentel, professora do Departamento de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG, e na época presidente da Fundação Municipal de Cultura, entidade vinculada à prefeitura de Belo Horizonte. Thais Pimentel foi acusada falsamente por Carone de manipular ata do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte – CDPCM-BH para atender a interesses de uma empresa vinculada ao ministro Pimentel.

O ministro Pimentel também foi alvo direto de Carone, que tentou envolve-lo com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. As notícias, como é facilmente comprovado, tentam envolver o ministro em uma série de escândalos desconexos, com o objetivo apenas de causar dano à sua imagem.

Na mesma matéria que o cita como envolvido na quadrilha de Cachoeira (veja aqui), ele afirma que Pimentel também teria relações com as atividades do grupo ligado à ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo:“Com a conclusão da Operação Porto Seguro da Polícia Federal e a prisão da chefe de gabinete  da presidência de república em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, o ministro Fernando Pimentel volta aser acusado de ter participado do esquema”.

Denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerais e aceita pela 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, aponta Carone como “relações públicas” da quadrilha comandada por Nilton Monteiro, atualmente preso suspeito de falsificação de documentos. O papel de Carone no bando, que se fingia de jornalista, seria o de difamar as vítimas e as autoridades encarregadas de apurar seus crimes, como juízes, desembargadores, promotores e policiais.

No dia 02/10/2007, Carone protocolizou uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha contra os dois jornalistas e diversas autoridades, entre elas políticos, juízes e membros do Ministério Público. No dia seguinte (03/10) Carone publicou em seu site matéria sobre a denúncia (veja aqui), omitindo que foi ele que quem fez a denúncia no STF. Carone dá a entender que a matéria tinha origem legítima.

Seguindo o modus operandi de Carone em suas ações de difamação, veja o alguns dos trechos da “reportagem” publicada no Novo Jornal:

 “Escrúpulo e ética não existia para estas autoridades, tratadas na denúncia como quadrilha. Faziam o que fosse preciso. A certeza da impunidade era tamanha que negociavam entre si sentenças, pareceres e despachos que criavam uma situação favorável à prática de um determinado crime.

Agora todos foram denunciados por práticas de crime, perante ao Supremo, que deverá encaminhar a denúncia para a procuradoria da República para que, a mesma, ofereça denúncia ou não. 

A grande maioria dos juristas consultados, não acreditam na punição dos denunciados, devido ao auto corporativismo existente no judiciário, porém, admitem que só a denúncia em si, já é uma grande conquista, pois irá tirá-los do anonimato, desta forma, impedindo que continuem atuando de maneira criminosa”.

Nesta “notícia” ele cita nominalmente as seguintes pessoas integrantes da “quadrilha” denunciada por ele ao STF: “procurador Jarbas Soares, a desembargadora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Márcia Balbino, o advogado e ex-juiz do TRE/MG, José Arthur de Carvalho Pereira Filho, o ministro do TST, Luiz Philippe Vieira de Melo Filho, os juízes federais do Trabalho Adriana Campos Souza Freire Pimenta e João Alberto de Almeida, o serventuário da Justiça Federal do Trabalho, Ricardo Lima, a oficial de Justiça Aline Lacerda Barbato Tanuri Roque, os jornalistas Geraldo Melo Correia e Américo César Antunis, além do ex-procurador do Estado de Minas Gerais Arésio Antônio D´amasio e Silva”.

A denúncia foi rejeitada em votação unânime pelo plenário do STF, em julgamento realizado no dia 12/06/2008, por não apresentar elementos que pudessem sustentar as acusações feitas contra os jornalistas e as demais autoridades (veja a decisão aqui).

No site do Carone, claro, nenhuma nota sobre a decisão do STF que inocentou suas vítimas.

Luis Nassif

26 Comentários

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  1. “Esse senhor usa o jornal

    “Esse senhor usa o jornal para denegrir imagens, extorquir.”

      Ou seja, na pior das hipóteses ele age como a grande mídia age. Nefasto, com certeza, mas pelo visto ele não tem os amigos que a grande midia têm.

    1. Nao.  Carone nao.
      O item eh

      Nao.  Carone nao.

      O item eh mentira ou seriamente falsificado.  E a redacao deixa a desejar:  dos 14 nomes do penultimo paragrafo, eh todo mundo peixe grande e quem foi parar na chamada?

      “Ate” o presidente da Fenaj que so aparece nos paragrafos 1 e 2???  Entao porque o caso dos 14 nomes esta sendo incluido, nao era esse que deveria estar na chamada?

  2. Agora faz mais sentido, pelo

    Agora faz mais sentido, pelo menos!  So que isso aqui ainda nao esta me convencendo:

    “Ministério Público Estadual de Minas Gerais tem a obrigação de trazer a público documentos, testemunhas, indícios que justificariam a detenção de Carone, o dono do Novojornal, assim como a invasão da casa do repórter. A existência ou a inexistência desses dados ajudará a resolver a questão sobre o papel do Novojornal e do próprio MInistério Público”:

    Eles nao vao existir por enquanto.  Desde quando o Brasil prende “falsarios”? Se ele esta preso eh por razao politica mesmo -independente de quem acha que eh “partidaria”, ele ja pisou em calos demais.

    So que eu ainda nao vou acreditar muito cedo que ele eh “falsario”…

  3. A velha luta patrão x empregado???

    É trivial essa disputa patrões x empregados(alguns que tem pequenos veiculos de imprensa são vistos pelos barões da mídia como empregados e os combatem):

    http://www.otempo.com.br/cidades/sindicato-dos-jornalistas-repudia-pris%C3%A3o-de-carone-1.777821

    Sindicato dos Jornalistas repudia prisão de Carone

    O sindicato afirma que prisão e tentativa de tirar o site do ar são ataques à liberdade de expressão

    12Promotor que pediu prisão teve o carro incendiado em atentadoPUBLICADO EM 23/01/14 JOSÉ VÍTOR CAMILO

    O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) emitiu uma nota de repúdio  à prisão do jornalista Marco Aurélio Carone, dono do site “Novo Jornal”, ocorrida na última segunda-feira (20).

    VEJA TAMBÉM

    video Comparsa de Nilton Monteiro é preso em Belo Horizonteinfografico Prisão de Marco Aurélio Caronevideo Jornalista preso pode ter mandado incendiar carro de promotorMais

     

    Confira a nota, publicada no site do sindicato na terça-feira (21), na íntegra:

    “O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) repudia, com veemência, a prisão de Marco Aurélio Carone, dono do site ‘Novo Jornal’, decretada pela juíza substituta da 1ª Vara Criminal de Belo Horizonte, na manhã do dia 20/1/2014.

    Para o SJPMG, tanto a prisão quanto a ordem de retirar do ar o site configuram ataques ao direito e à liberdade de expressão. Diante desses fatos, o SJPMG vem a público reafirmar sua posição intransigente na defesa da Democracia, da Justiça e das Liberdades Civis e Individuais.”

    Hospitalizado

    Segundo um advogado do jornalista, que não quis ser identificado, Carone precisou ser hospitalizado nesta quarta-feira (22), após sofrer um ataque de pressão alta. “A família está preocupada, pois o estado de saúde dele é precário, está tomando vários remédios”, informou. 

    O advogado ainda pediu que O Tempo entrasse em contato mais tarde, para saber se Carone já deixou a unidade de saúde. 

    Relembre

    O jornalista Marco Aurélio Carone foi preso pela Polícia Civil como um dos integrantes da quadrilha de falsários comandada por Nilton Monteiro. O chefe do grupo criminoso, que está preso desde maio do ano passado, é o autor da lista de Furnas e de cobranças judiciais milionárias falsas que tinham como credores políticos e empresários. Segundo a polícia, Carone usava seu site, o “Novo Jornal”, para fazer denúncias caluniosas contra as figuras públicas vítimas de Monteiro.

    Desde sexta-feira, a juíza da 2ªVara Criminal de Belo Horizonte, Maria Isabel Fleck, autorizou a prisão preventiva de Carone, ressaltando que ele seria uma espécie de “relações públicas” da quadrilha. A detenção só foi realizada ontem, quando o jornalista estava chegando para trabalhar no site, às 6p5. Carone estava sendo investigado há mais de um ano.

    De acordo com o promotor de Combate ao Crime Organizado André Luis de Pinho, a prisão foi autorizada devido à denúncia de que Carone estava fazendo matérias caluniosas e intimidadoras contra dez das 11 testemunhas de um processo no qual ele e Nilton Monteiro são réus. A ação reúne diversos crimes praticados pela quadrilha de falsários, como emissão de promissórias frias e denúncias caluniosas de figuras públicas dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, além de empresários.

    Dentre os atacados, estavam nomes de peso do PSDB mineiro, como o senador Aécio Neves, o secretário de governo de Minas, Danilo de Castro, e o deputado federal e ex-governador de Minas Eduardo Azeredo.

     

     

  4. Mensalão tucano na fita: Testemunha contra tucano vai prá cadeia
    Comparsa de Nilton Monteiro é preso em Belo Horizonte

    Marco Carone seria “relações públicas” da quadrilha

    12Promotor que pediu prisão teve o carro incendiado em atentadoPUBLICADO EM 20/01/14 – 18p9GUILHERME REISBRUNA CARMONA E JULIANA BAETA

    A Polícia Civil prendeu, ontem, em Belo Horizonte, o jornalista Marco Aurélio Carone, um dos integrantes da quadrilha de falsários comandada por Nilton Monteiro. O chefe do grupo criminoso, que está preso desde maio do ano passado, é o autor da lista de Furnas e de cobranças judiciais milionárias falsas que tinham como credores políticos e empresários. Segundo a polícia, Carone usava seu site, o “Novo Jornal”, para fazer denúncias caluniosas contra as figuras públicas vítimas de Monteiro.

    Desde sexta-feira, a juíza da 2ªVara Criminal de Belo Horizonte, Maria Isabel Fleck, autorizou a prisão preventiva de Carone, ressaltando que ele seria uma espécie de “relações públicas” da quadrilha. A detenção só foi realizada ontem, quando o jornalista estava chegando para trabalhar no site, às 6p5. Carone estava sendo investigado há mais de um ano.

    De acordo com o promotor de Combate ao Crime Organizado André Luis de Pinho, a prisão foi autorizada devido à denúncia de que Carone estava fazendo matérias caluniosas e intimidadoras contra dez das 11 testemunhas de um processo no qual ele e Nilton Monteiro são réus. A ação reúne diversos crimes praticados pela quadrilha de falsários, como emissão de promissórias frias e denúncias caluniosas de figuras públicas dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, além de empresários.

    Dentre os atacados, estavam nomes de peso do PSDB mineiro, como o senador Aécio Neves, o secretário de governo de Minas, Danilo de Castro, e o deputado federal e ex-governador de Minas Eduardo Azeredo.

    De acordo com o promotor André Luis de Pinho, o site “Novo Jornal” tinha a função de dar respaldo às ações fraudulentas de Nilton Monteiro. “Começamos a analisar que muitas falsificações de documentos que incriminavam pessoas públicas postadas no site eram divulgadas antes mesmo de Monteiro terminar a fraude”, explicou o promotor, que acredita que Monteiro, de dentro do presídio Nelson Hungria, continuava mantendo contato com Carone.

    As investigações vão continuar para descobrir quem são os financiadores do “Novo Jornal”, que tinha disponíveis, por mês, R$ 60 mil. “Ao que tudo indica, Monteiro e Carone agiam para ganhar dinheiro de financiadores que buscavam o prejuízo político de figuras públicas”, ressaltou André de Pinho.

    O deputado Eduardo Azeredo, que teve uma assinatura em um recibo fraudulento de caixa dois feito por Monteiro, afirmou que a prisão de Carone é mais uma prova de que as acusações feitas contra ele são falsas. “A verdade tarda, mas aparece. Mostra que sou inocente.”

    O advogado de Marco Aurélio Carone, Hernandes Purificação de Alecrim, afirmou que seu cliente pode sair da carceragem do Ceresp Gameleira, onde está detido, nós próximos dias, mas afirmou que ainda analisará os detalhes do processo para organizar uma linha de defesa.

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    1. Obrigada por compartilhar. É

      Obrigada por compartilhar. É uma reportagem muito importante, que não deixa a menor dúvida de que está sendo mantido como preso político. E, mesmo que tivesse falado mal de fulano ou sicrano não era motivo para prisão, e nem uma arbitrária desse modo, os da Veja fazem isso direto, nenhum está preso. Achei Nilton Monteiro um tanto quanto estranho. Há um contraste entre o tanto de coisas que sabe e a ingenuidade em que se mantém apesar disso, de, por exemplo, confiar em Joaquim Barbosa. Achei ingênuo também achar-se detentor de trunfos negociáveis numa delação premiada, sendo as informações contra os tucanos. Para mim, a posse de tais informações podem muito mais lhe trazer perigo que premio; só ele ainda não entendeu que querem informações, ou mesmo ilações, contra os petistas, e, justamente, para encobrir as peraltices tucanas. Posso imaginar ele lá, fazeendo essas revelações sobre todos tucanos que Barbosa tanto prestigia.

  5. Nassif,
    Não conheço esse

    Nassif,

    Não conheço esse jornalista, mas, se estah preso por chantagem, não deve ser chantagista. A grande mídia não faz outra coisa a não ser chantagear e não vi ninguém ser punido por isso.

    Ele estah preso por soltar os podres de Aecio Neves e isso eh o único motivo que justificaria esse judiciário nojento prendê-lo. Nem meia tonelada de cocaína fez eles se moverem para fazer um trabalho sério. Você quer que eu acredite que nesse caso, eles estão fazendo? Me da uma garapa!

    Sobre o Supremo inocentar as vítimas do jornalista, não tem o menor significado. O Superior Tribunal de Justiça inocentou um estrupador de uma menina de 12 anos. O Supremo eh esse bando de covardes que condenaram sem provas, comandados por tipos como Barbosa, Março Aurélio, Gilmar e a Rede Globo.

    Que moral tem uma Instituição dessas para inocentar ou criminalizar alguém? Se eles inocentaram, desconfio que são culpados.

  6. Me parece bem ingênua essa

    Me parece bem ingênua essa reportagem. Porque já vimos acompanhando algum tempo esse jornal, e pareceu confiável. Pelo menos o que ele publicava lá tinha respaldo por outros sites e blogs livres da internet. Inclusive, aparece nesse texto denúncia de que um monte pessoas teriam sido, por ele, caluniadas, mas não se sabe se as vítimas confirmam. E, oculta-se a tradição de luta da família do jornalista na ditadura militar, bem conhecida em BH, já que seu pai foi prefeito.  

    1. Bem postado. Eu leio esse

      Bem postado. Eu leio esse jornal a mais de cinco anos e não ví campanha nenhuma contra ninguém. A única diferença dele para os outros jornais mineiros é que ele critica o Aécio Neves e todos os outros simplesmente censuram qualquer notícia sobre o palyboy do Leblon, que não lhe seja favorável.

       

      1. Ruy, alguém postou aqui a

        Ruy, alguém postou aqui a reportagem feita pelo Viomundo. Leia. É muito interessante, e tem um link com entrevista com Nilton Monteiro, que sabe muita coisa.

    2. “parece nesse texto denúncia

      “parece nesse texto denúncia de que um monte pessoas teriam sido, por ele, caluniadas, mas não se sabe se as vítimas confirmam”:

      A palavra chave eh “famililas” no comentario, que foram “vitimas”.  So um problema:

      “Monica Sanches” nunca apareceu no blog antes, porem tem informacao nao falada a respeito de “familias” que foram “vitimas”, e tambem, coincidentalmente, tem um link de reportagem danosa a Carone.  O dano imediato que “Monica” poderia ter feito se contasse a respeito das familias?  Voce ta suposta a nao notar…

      Eh armacao.

  7. Se o Carone é um bandido,

    Se o Carone é um bandido, imagina os chefões do mensalão de Furnas que mataram aquela modelo que servia de mula para transportar o dinheiro de seus amantes poderosos?

    O MP ainda usou a história verídica da modelo para inventar a do Celso Daniel.

  8. A Reportagem do Viomundo foi fundo

    Preso diz que oferta de delação em MG buscava comprometer petista

    publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 12:33

    Por trás da apreensão de computadores, documentos e agendas de telefones  do Novo Jornal e seu dono, Andrea e Aécio Neves?

    Delação premiada: Em troca de acusações a Pimentel, Sávio e Protógenes, jornalista ficaria livre

    por Conceição Lemes

    Os bastidores da política mineira estão em ebulição. Na Justiça, o delator do mensalão mineiro, Nilton Monteiro, o jornalista Marco Aurélio Carone e o advogado Dino Miraglia são acusados de formar quadrilha com o objetivo de disseminar documentos falsos, inclusive por meio de um endereço na internet, com o objetivo de extorquir acusados. Os dois primeiros estão presos. Houve busca e apreensão na casa do advogado.

    Esta é a versão oficial, que tem sido noticiada em Minas Gerais.

    Mas há outra, que deriva de um fato político: Nilton, Carone e Miraglia se tornaram uma pedra no sapato dos tucanos em geral e do senador Aécio Neves em particular, agora que ele concorre ao Planalto.

    Nilton é testemunha nos casos do mensalão mineiro e da Lista de Furnas, esquemas de financiamento de campanha dos tucanos nos anos de 1998 e 2002. Carone mantinha um site em que fazia denúncias contra o ex-governador mineiro. Dino representou a família de uma modelo que foi morta em circunstâncias estranhas. O advogado sustenta que ela era a intermediária que carregava dinheiro vivo no esquema do mensalão mineiro e levou a denúncia ao STF.

    Desde 20 janeiro, quando ocorreu a prisão de Marco Aurélio Carone, diretor-proprietário do site Novo Jornal, o bloco parlamentar de oposição a Aécio Neves na Assembleia Legislativa Minas Sem Censura (MSC) denuncia: a prisão preventiva do jornalista é uma armação e tem a ver com o chamado “mensalão tucano” e a Lista de Furnas no contexto das eleições de 2014.

    Na última sexta-feira, 31 de janeiro, um lance evidenciou o roteiro. Segundo o Minas Sem Censura, há indícios de um amplo complô de políticos do PSDB e governo mineiro associados a setores do Judiciário e Ministério Público contra a oposição.

    O plano A, de acordo com a oposição mineira, era prender o jornalista e pressioná-lo a assinar uma falsa acusação contra vários adversários.

    A começar pelo ministro Fernando Pimentel, da Indústria e Comércio, que sempre foi muito próximo dos tucanos, mas se tornou uma pedra no caminho deles.

    Na eleição de 2008 à prefeitura de Belo Horizonte, o senador Aécio Neves (PSDB) e Pimentel apareceram juntos na propaganda eleitoral na TV, apoiando Márcio Lacerda (PSB).

    Porém, a relação começou a azedar, quando Aécio se colocou como candidato à presidência da República contra a presidenta Dilma Rousseff. E desandou de vez com disposição de Pimentel, nas eleições de 2014, ser o candidato do PT ao Palácio da Liberdade, ocupado há 16 anos pelo PSDB.

    Na lista de “incriminados”, também estariam, entre outros:

    * Rogério Correia, deputado estadual, líder do PT na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALEMG).

    * Durval Ângelo (PT), deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALEMG.

    * Sávio de Souza Cruz (PMDB), deputado estadual, líder da oposição na ALEMG.

    * Protógenes Queiroz, deputado federal (PCdoB-SP) e delegado licenciado da Polícia Federal (PF).

    * Luís Flávio Zampronha, delegado da PF, responsável pelo relatório do mensalão tucano.

    * William Santos, advogado, integrante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil– seção Minas (OAB-MG).

    Em troca da delação premiada, o jornalista ganharia a liberdade. A proposta teria sido lhe oferecida pelo promotor André Luiz Garcia de Pinho. O mesmo que pediu a sua prisão preventiva e já havia sido alvo de denúncia no site do próprio preso.

    Marco Aurélio Carone fez essas e outras revelações na quarta-feira 29 a Rogério Correia e Durval Ângelo. Junto com eles, representando a OAB-MG,  estava o advogado Vinícius Marcus Nonato.

    Os três ouviram-no no Hospital Biocor, onde ficou internado de 25 a 28 de janeiro, sob vigília policial.

    A conversa durou 31min15s.  Foi gravada e dividida em duas partes (na íntegra, sem qualquer edição, ao final desta reportagem).  É que aos 7min28s, a pedido da enfermagem, teve de ser interrompida, para o jornalista receber medicação.

    Carone recusou a delação premiada: “Sou filho de pai e mãe cassados, vou morrer, não tem problema. Mas de mim eles não conseguem nada, em hipótese alguma”.

    Segundo a oposição mineira, fracassado o plano A, partiram para o plano B, devassar os documentos do jornalista e do Novo Jornal, cujas matérias desagradam politicamente a cúpula do PSDB e do governo mineiro, para descobrir suas fontes de informação.

    Por determinação da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, agentes da Polícia Civil (Depatri) realizaram busca e apreensão de agendas, computadores e documentos na sede do Novo Jornal.

    Fizeram o mesmo na casa de Carone e na do jornalista Geraldo Elísio, Prêmio Esso Regional de Jornalismo e que trabalhou no Novo Jornal até sete meses atrás.

    “Uma equipe composta por um delegado e três outros investigadores do Depatri visitou-me com ordem de busca e apreensão de meu netbook, minhas cadernetas de telefone, CD’s e anotações, principalmente em um livro no qual escrevo poesias”, postou na sua página no Facebook . “Fizeram uma relação de objetos levados perante testemunhas legais, mas nada me mostraram.”

    “Esses atos são obra de Andréa [Andréa] e seu irmão [senador Aécio Neves, PSDB-M], para tentar desqualificar a Lista de Furnas e o mensalão tucano, para que não entrem em julgamento no STF”, afirma Geraldo Elísio ao Viomundo. “Para isso não estão titubeando em lançar mão de tentativas loucas e desmesuradas, inclusive incriminar os deputados Rogério Correia e  Sávio Souza Cruz, que certamente o doutor Tancredo Neves reprovaria. Eles não herdaram a inteligência nem o bom senso do avô.”

    LIBERDADE DE IMPRENSA VIOLADA COM A CUMPLICIDADE DA MÍDIA

    Rogério Correia está perplexo: “É estranho uma ordem de busca e apreensão na residência do jornalista Geraldo Elísio. Evidencia o caráter de censura da operação em curso”.

    O bloco Minas Sem Censura, integrado por PT, PMDB e PRB, denuncia:

    O bloco parlamentar Minas Sem Censura vem a público mais uma vez registrar sua perplexidade e sua indignação com mais essa atitude do Judiciário mineiro, no caso do Novo Jornal.

    A ordem de busca e apreensão expedida contra o diretor proprietário do Novo Jornal e contra o repórter Geraldo Elísio configura mais um absurdo do caso.

    Depois de vários dias da prisão de Carone, sem fato concreto que pudesse incriminá-lo, vasculhar sua residência e a de Elísio, só tem sentido como ato de intimidação.

    Se a credibilidade dessa atípica atitude de censura já era mínima,  agora chega ao limite da desmoralização. Não conseguindo forjar a delação premiada, só restou essa truculência: busca e apreensão.

    Qual será a próxima ousadia? Qual a credibilidade de supostas “provas” que eventualmente “apareçam”?

    Invadir casas de jornalistas é um precedente perigoso. Em Minas não se respira liberdade.

    Na verdade, nesse 31 de janeiro de 2014, Minas  sofreu um atentado à liberdade de imprensa digno dos tempos da ditadura civil-militar no Brasil.

    PRESO NO HOSPITAL

    Marco Aurélio Carone tem 60 anos, sofre de diabetes e hipertensão arterial há mais dez. Há cinco sofreu um acidente que lhe deixou uma perna menor que a outra e o obrigou a recorrer à bengala. Atualmente, usa muletas, mesmo assim  não consegue se locomover direito.

    Hoje, faz 14 dias que está em prisão preventiva.

    Primeiro, foi para o Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) Gameleira.

    No dia 21, ele passou mal no presídio e foi levado para a UPA mais próxima, a UPA Oeste. Como tem plano de saúde, conseguiu ser transferido para um hospital da rede.

    No dia 23, teve alta e voltou para o presídio. Passou mal de novo. Foi levado mais uma vez para a UPA Oeste.

    Nesse mesmo dia mais cedo, o doutor Edson Donato, médico do presídio, fez um relatório, alertando a direção a gravidade do caso. Dois pontos nos chamam particularmente a atenção:

    Hipertensão arterial maligna + diabético tipo II de difícil controle com medicamento, susp [abreviatura de suspeita?] de angina pectoris e necessitando de uso rigoroso dos medicamentos, em horários rigorosos.

    Paciente com risco de vida neste presídio sem condições de permanecer devido às precárias condições de assistência médica.

    O doutor Edson Donato foi preciso no seu diagnóstico.

    No início da madrugada  de  sexta-passada, 24 de janeiro, o quadro de saúde  do jornalista se agravou. Ele teve infarto. Foi para o CTI do Biocor.

    Na tarde da última terça-feira 28, ele foi transferido para um dos quartos do hospital.

    Um dia depois, os deputados estaduais Rogério Correia e Durval Ângelo, acompanhados de um representantes da OAB-MG, o interrogaram.

    Nota-se, pela gravação da conversa, que respira com certa dificuldade.

    “A pressão arterial do Carone estava 24 por 10, ele havia passado a noite no respirador artificial, devido à falta de ar”, atenta Durval Ângelo. “A saúde dele está muito fragilizada. Devido a problema no quadril, anda de muleta, precisa de ajuda para fazer as suas necessidades.”

    Nesse mesmo dia à tarde, os dois deputados estaduais tiveram audiência com presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Joaquim Herculano Rodrigues, solicitando a intervenção dele para que o jornalista não voltasse ao presídio. Eles não veem sentido na prisão preventiva. Mas se não for possível revogá-la, que a cumprisse em prisão domiciliar.

    Durval Ângelo e Rogério Correia no TJ-MG para audiência com o desembargador Herculano Rodrigues

    “É claro que o Carone não oferece risco. E muito menos após o infarto na prisão”, observa Rogério Correia. “Mesmo assim a Justiça não lhe deu sequer a prisão domiciliar.”

    Desde quinta-feira 30, o jornalista está na enfermaria da Penitenciária Nelson Hungria, Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, onde não recebe a visita da família. Segundo um dos seus advogados, Hernandes de Alecrim, ele está com a medicação inadequada.

    “Se o Carone morrer, a responsabilidade será do governo e do Judiciário mineiros, que já foram suficientemente alertados por nós”, avisa Correia.

    A seguir, os principais pontos do depoimento do jornalista aos dois parlamentares e ao representante da OAB-MG. As informações em itálico, entre colchetes, são nossas. São esclarecimentos sobre o contexto e/ou a pessoa mencionada.

    EM GRAVAÇÃO, JORNALISTA LIGA PRISÃO A MATÉRIA SOBRE O  HELICÓPTERO DO PÓ

    Carone diz que acredita que a sua prisão, ocorrida no dia 20 de janeiro, tem ligação com matéria que estava fazendo na semana anterior. No depoimento gravado, ele conta aos deputados e ao representante da OAB-MG:

    – Uma semana e meia antes da minha prisão, tinha um pessoal me pressionando pra eu ir na delegacia depor num processo em que são partes Dino Miraglia, eu e o Nilton Monteiro.

    [Dino Miraglia é advogado. Em entrevista exclusiva ao Viomundo, diz que morte de modelo em Belo Horizonte tem ligação com mensalão tucano. Nílton Monteiro está preso no Presídio Nelson Hungria, em Belo Horizonte. É o delator do mensalão tucano. Também em entrevista exclusiva ao Viomundo disse que é um homem com medo de morrer e é perseguido por Aécio Neves]

    – Uma denúncia anônima foi feita, dizendo que existiria um conluio entre eu, Dino Miraglia e Nílton Monteiro. O Dino criava o fato político, o Nílton Monteiro arrumaria o documento e eu divulgaria.

    – Eu fui a primeira vez e disse que eles estavam brincando. Isso não existe não. Até hoje vocês não mostraram nenhum documento falso, que história é essa de documento falso? Não tem isso, não.

    – O meu único negócio com o Nílton Monteiro é que eu noticio ele. Eu sou um dos que noticiam o Nílton Monteiro. Eu não tenho nada, nada, com o Nilton Monteiro.

    – E o Dino, vou mandar para os senhores… Eu mandei, através do dr. Hernandes [Hernandes de Alecrim é um dos advogados de Carone],  todos os contratos [Dino era advogado de Carone em várias causas, depois renunciou a todas].

    Na sexta-feira, 17, o Novo Jornal  estava fechando uma matéria sobre o possível envolvimento de parentes do Aécio com o helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrella, (SDD), flagrado com 445 kg de pasta base de cocaína, em novembro de 2013, no Espírito Santo.

    Na segunda-feira, o jornalista foi preso às seis horas da manhã, na porta do seu escritório. “Veja se um fato não tem ligação com o outro”, diz na gravação.

    “MARCO AURÉLIO? SOU, SIM, SENHOR.  MUITO PRAZER, ANDRÉ LUIZ”

    Diferentemente do que informamos inicialmente, a proposta de delação premiada, segundo Carone, não aconteceu na UPA Oeste, em 23 de janeiro, mas na delegacia, no mesmo dia em que o jornalista foi preso.

    Na noite do dia 23, muito tenso, ele fez a denúncia na presença dos profissionais de saúde que lhe prestavam assistência, de familiares, advogados, guardas penitenciários e outros transeuntes que observavam o local, já que sua permanência na UPA Oeste ganhara notoriedade e atraíra a atenção de outras pessoas.

    – Bom, me levaram preso… me levaram para a delegacia.

    – Eles te prenderam onde? – indaga Rogério Correia.

    – Na porta do escritório, às seis horas da manhã.

    – Quem te prendeu? – prossegue Rogério.

    – Um delegado, chama-se doutor Guilherme [Guilherme Santos, delegado da Polícia Civil]. Eu cheguei na delegacia, ele saiu [da sala], ficou um agente moreno de cabeça raspada, sentado na porta…  Eu sabia que estava preso, pois ele me deu ordem de prisão.

    – Assim que o delegado saiu, entrou um promotor, o doutor André Luiz, que eu não conhecia [pessoalmente]. Ele não gosta de mim, porque publiquei uma matéria a respeito do irmão dele que é advogado:

    – Marco Aurélio?

    – Sou sim, senhor.

    – Muito prazer, André Luiz. Você mexeu onde não tinha de mexer… Sim, você mexeu onde não tinha de mexer.

    – Como assim, doutor? — . Eu nem estava ligando uma coisa com  a outra.

    – Você mexeu com a delegacia de crime organizado, cara, e agora você vai ver o que tem para você. E, aí, citou aquela matéria que eu coloquei do Aécio Neves, da overdose, e da morte da modelo.

    – Aí, ele pegou e pôs um processo em cima da mesa. Bum! [com gesto, Carone mostra que é volumoso]

    – Você está querendo ficar livre disso?

    – Lógico, doutor.  O que está acontecendo, doutor?

    – Assina isso aqui. Se você assinar esta declaração, você está livre.

    – Declaração de quê, doutor?

    – Lê.

    – Eu não li totalmente, pois eram mais ou menos três páginas datilografadas frente e  e no verso.

    O jornalista diz que ficou na sala, sozinho, com o promotor André Pinho, das 6 às 8 da manhã, quando a sua filha chegou. O delegado Guilherme dos Santos levou-a até o pai.

    – Na hora em que minha filha entrou, ele [o promotor] desconversou e saiu. E o delegado, o doutor Guilherme, estava visivelmente constrangido com o que estava acontecendo ali.

    – Eu estava com essa sacola. Ele [o promotor]  falou: apreende essa sacola! Dentro da sacola, tinha a minha marmita [por causa dieta alimentar que faz], minha agenda e mais nada.

    – O delegado disse: o senhor me desculpa, eu não tenho ordem judicial. A ordem judicial não manda fazer isso.  Aí, ele [o promotor André Luiz] foi, datilografou uma ordem judicial para o delegado, disse que estava pedindo ad judicia, ad referendum, falando em nome da juíza, para que apreendesse aquilo ali.

    – Ele bateu um parecer para apreender…? – inquere Rogério Correia.

    – A agenda.

    – Essa agenda que ele levou, eles lacraram? –  acrescenta Rogério.

    – Não, não lacraram, não.

     AS ACUSAÇÕES QUE QUERIAM QUE O JORNALISTA “ASSINASSE” COMO SENDO O AUTOR

    O Minas Sem Censura denunciou: os termos da delação premiada chegaram prontos ao jornalista. Só faltava assiná-la. Carone registrou o que guardou na memória. As anotações serviram-lhe de guia na conversa com os dois deputados e o representante da OAB-MG, na última quarta-feira.

    – Mais ou menos eu vou dizer a vocês o que eu lembrei…

    – Em relação ao Rogério Correia, é como se fosse feita uma pergunta assim. Indagado [eu, Carone], informou que o deputado Rogério Correia, junto com Simeão [Simeão Celso de Oliveira, assessor do deputado] e o Nilton Monteiro tentaram desviar o que era o foco da Lista de Furnas, introduzindo novos elementos na mesma. E fazendo da mesma divulgação, autorizando a mim que fosse isso publicado no site.

    – Fiquei calado. Deixa eu ler o resto [pensou]. Esse troço está ficando esquisito.

    – Aí, colocou você [Rogério Correia], o  Simeão e o William, advogado [William  Santos, da Comissão de Direitos Humanos da OABMG].

    – Tem muita coisa, querendo incriminar você. Embaixo está lá assim: que a sua fonte junto à Justiça Federal e à Polícia Federal é o Álvaro Souza Cruz [procurador da República em Minas Gerais], irmão do deputado Sávio Souza Cruz, o Protógenes Queiroz  [delegado licenciado da Polícia Federal  e deputado federal (PCdoB-SP),  e o Zampronha [delegado da Polícia Federal Luís Flávio Zampronha, que investigou o mensalão do PT e o tucano; depois, como “prêmio” , foi rebaixado de função na PF] .

    – Eu publico documentos da Polícia Federal e de processos, eu tenho fontes lá dentro. Ele queria que eu assinasse que esses documentos me eram passados pelo Álvaro de Souza Cruz, irmão do Sávio, Protógenes e Zampronha.

    – Agora, você, Durval.  Todas as acusações contra o Danilo de Castro são trazidas pelo Durval Ângelo e quem manda é o prefeito de Visconde do Rio Branco. Que os documentos da Zona da Mata são enviados pelo PT de Visconde de Rio Branco, via você.

    [Danilo de Castro, que já foi deputado federal e presidente da Caixa Econômica Federal no governo Fernando Henrique Cardoso, é o homem forte do Aécio. Foi secretário de Governo na gestão Aécio e  hoje é secretário de Governo do Antonio Anastasia, governador de MG pelo PSDB].

    [O prefeito de Visconde do Rio Branco, município da Zona da Mata mineira, é Iran Silva Couri, do PT].

    – Eu nem converso com o cara [prefeito Iran Couri]. É inimigo meu, inimigo político.Eu falei: ‘doutor, isso é maluquice. Esse cara nem conversa comigo, nós quase saímos no tapa em  2004’.

    – Aí vem o pior, o financiamento do site é feito pelo Fernando Pimentel [petista mineiro, ministro de Indústria e Comércio] através da empresa HAP.

    – Consultado, diz que recebeu recursos da Assembleia Legislativa, via deputado Diniz Pinheiro. O Diniz Pinheiro, que é do lado deles [dos tucanos], eles estão envolvendo.

    [Diniz Pinheiro é deputado estadual (PP) e presidente da Assembleia Legislativa de Minas]

    – Ele [promotor André Pinho] falou de um rapaz que é da Polícia Civil, que não guardo o nome. Esse cara da Polícia Civil é do Sindicato até. Esse cara da Polícia Civil é quem me daria os documentos da Polícia Civil, principalmente da Corregedoria. Eu nunca ouvi falar o nome  do rapaz…

    O jornalista sustenta: tudo isso estava no “depoimento” pronto de três páginas, datilografadas frente e verso, que o promotor entregou para ele ler e assinar, como se tivesse feito tais declarações.

    “DOUTOR, O SENHOR ME DESCULPA, MAS EU NÃO VOU ASSINAR ISSO AQUI, NÃO”  .

    Na conversa gravada com os deputados e o representante da OAB na quarta-feira, o jornalista contou que, em vários momentos, tentou mostrar ao promotor André Pinho que ele estava enganado.

    – Doutor, nesse inquérito – é eu, Nílton Monteiro e o Dino Miraglia – eu já falei…

    – Ele olhou pra mim e disse: Dino Miraglia não bancou o idiota, não, já caiu fora. Falta você cair fora e deixar essa turma ir para o buraco. Só tem filho da puta.

    – Isso, o promotor?! – questiona Rogério Correia.

    – O promotor falando comigo, o André Luiz. E se vocês pedirem a fita do vídeo, vocês  vão ver que ele esteve lá falando comigo…na delegacia… na Nossa Senhora de Fátima.

    [É uma igreja bem perto da delegacia, por isso a população de BH a chama de Nossa Senhora de Fátima. Foi nesta delegacia que o promotor foi encontrá-lo. Depois, o jornalista foi transferido para o Ceresp Gameleira, a penitenciária onde ficou preso inicialmente. Ceresp significa Centro de Remanejamento do Sistema Prisional]

    – Ele falou: ‘não adianta não, cara, você querer proteger, nem nada, vai todo mundo em cana’.

    – Eu virei pra ele e disse: ‘o senhor está enganado. Primeiro, porque eu não conheço o Protógenes’.

    –  Eu sei que você  não conhece o Protógenes. O Protógenes é através do Geraldo Elísio [jornalista Geraldo Elísio, que trabalhou no Novo Jornal] – o promotor disse.

    – Mas eu também não conheço o Zampronha…

    – O Zampronha era através do Protógenes que veio para você…

    – Eu não entendi o que ele falou do Zampronha e do Protógenes… – interrompe Rogério.

    – A ligação é em função do mensalão mineiro. Porque eu publiquei a cópia do inquérito inteiro do mensalão mineiro… O relatório do Zampronha. E ninguém, segundo eles, tinha esse relatório.

    – Aí, o promotor disse: ‘e  não adianta você querer sair que nós não vamos soltar você. Tá aqui a oportunidade de você assinar isso agora e sair’.

    – Eu virei pra ele e disse: ‘doutor, o senhor me desculpa, mas eu não vou assinar isso aqui, não. Primeiro, porque isso não corresponde à verdade. E, segundo, eu já sou uma pessoa que já tem 60 anos de idade, sei o que estou fazendo e sei das minhas responsabilidades do que eu vou fazer…

    – Aí, ele veio com gritaria. Você é isso, aquilo, aquilo outro, tal, tal.

    – Ele me esculhambou na frente da minha filha. Ela entrou e ele não percebeu que era ela. Ela inclusive reclamou com o delegado.

    – Tinha alguém com você além dele? – pergunta Rogério.

    – Não!

    – O delegado não estava presente? – insiste Rogério.

    – Não. Ele saiu. O delegado só estava presente na hora em que o promotor falou: ‘eu preciso dessa agenda’

    Mas a filha, o genro e Hernandes de Alecrim, um dos advogados de Carone, viram-no com o promotor André Pinho. Haveria também a fita de vídeo da delegacia Nossa Senhora de Fátima, que poderia mostrar que André Pinho esteve lá falando com Carone.

    Com base no que ainda teria ouvido lá,  o jornalista alerta os dois parlamentares e o representante da OAB-MG:

    – ‘Eles [tucanos] estão querendo, eles vão por a mão’ no jornalista Leandro Fortes, de CartaCapital.

    – O esquema deles é tentar fazer uma conexão de que tudo nasceu em Minas Gerais. Inclusive, vários documentos, através do Dino, teriam chegado ao PT. O Dino seria o intermediário. Eu não sei até onde o Dino está nisso, não está. Eu não vou fazer falsa acusação contra ninguém. Mas me assustou esse fato de ele [o promotor] falar comigo que o Dino já saiu fora. Juntando o fato de ele ter renunciado em todos os processos meus…

    – Eles vão prender o William, vão prender o Simeão. No pedido para o juiz, eu vi, está o nome dos dois.

    – Agora, avisa todo mundo: eu sou filho de pai e mãe cassados, vou morrer, não tem problema. Mas de mim eles não conseguem nada, em hipótese alguma.

    “É cada vez mais nítida a armação dos tucanos, que querem desqualificar a Lista de Furnas e o mensalão tucano e incluir  a oposição numa fantasia desmoralizante”, conclui Rogério Correia. “Para limpar a barra do Aécio, vale tudo, até encarcerar um jornalista com risco de morrer.”

    Em tempo.

    Na gravação, como já mostramos um pouco atrás, o jornalista  disse aos deputados Rogério Correia e Durval Ângelo e ao representante da OAB-MG, doutor Vinícius MarciusNonato, que o promotor André Pinho, o mesmo que o denunciou, não gosta dele por causa de uma matéria que fez com o irmão.

    Durval Ângelo: O “promotor André Pinho (foto acima) não tem isenção para atuar no caso, é suspeito”

    O irmão chama-se Marco Antônio Garcia de Pinho, é  ex-policial. Ele procurou o deputado Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos da ALEMG, duas vezes.

    “O irmão contou que o promotor estava passando outros irmãos para trás numa questão herança, que havia sido vítima de prisão ilegal armada pelo irmão, que estava usando o cargo de promotor para persegui-lo. Disse inclusive que nem o pai queria vê-lo”, afirma o parlamentar. “Para não prevaricar, sem entrar no mérito de quem tinha razão, mandei o caso para a Corregedoria da Promotoria a fim de que o apurasse ”

    “O Marco Antônio procurou também o Carone, que fez uma matéria a respeito”, acrescenta Durval Ângelo. “O promotor André Pinho não tem isenção para atuar no caso, é suspeito. Contra ele, aliás, correm três denúncias no Conselho Nacional do Ministério Público.”

     

     

    1. Nassif, todas as informações

      Nassif, todas as informações que tenho sobre o Novo Jornal foram advindas do bloco Minas sem Censura. A princípio, não tem como suspeitar dos deputados Rogério Correia(PT) e Sávio Souza Cruz(PMDB), bem como da bancada estadual que compõe esse bloco. Por mais que haja contradições e incongruências na postura do Carone, não se pode desprezar a máquina aecista. Acompanho sempre a rádio Itatiaia, psdebista até os fios de cabelo. Já no governo Lula tinha acesso a conversas com o dono da rádio e nunca me esqueço da sua afirmação de que FHC era a personalidade mais importante do país. É desnecessário dizer que a mídia mineira é toda aecista. Portanto, tem que haver uma investigação séria e isenta. Por enquanto, mediante barbaridades cometidas a mando do Aécio, prefiro acreditar no Carone.

    1. Nassif, conversa com o Kajuru que vc entende esse babado..rss

      Se o Nassif conversar com Kajuru vai entender rapidinho

      [video:http://www.youtube.com/watch?v=DCtZcdnSCHA%5D

      Na 2ª parte da entrevista de Kajuru a TV Esporte Interativo, sempre polêmico afirma que seria capaz de assassinar friamente o atual governador de GO, Marconi Perillo (PSDB) por conta do estupro da ex-mulher de Kajuru, e Ricardo Teixeira, ex- mandatário da CBF, por tira-lo da TV Aberta.

        

       

  9. Qualquer semelhança não é mera coincidência

    09/05/2008 – 13:24 | EDIÇÃO Nº 520 
     

    MP denuncia Perillo e Alcides por caixa dois

    O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, denunciou o senador e o governardor de Goiás por fraude na campanha eleitoral de 2006

    MATHEUS LEITÃO E RODRIGO RANGELA vitória de Jorge Kajuru

     

     

     

    O senador Marconi Perillo, ex-governador de Goiás, foi denunciado pelo MP por corrupção.

    Ele é daquela raça de gente que faz política visando o benefício do próprio bolso.

    Antes ainda do Ministério Publico um corajoso jornalista já o havia desmascarado.

    Seu nome é Jorge Kajuru.

    Com muita coragem, Kajuru, em uma luta desigual, quase Brancaleonica, contava a todos cada ato sujo cometido por Perillo.

    Sofreu muito por isso.

    Perdeu a sua rádio em Goiás.

    Teve a sua saúde debilitada pelos inúmeros casos de injustiça de que foi vítima, por uma turma de juristas coniventes com o ex-governador corrupto.

    Perillo é uma desgraça para a sociedade, e a sua vida política parece estar chegando ao fim.

    A vitória de Jorge Kajuru tardou, mas está chegando.

    Parabéns bravo lutador.

    http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG83588-9295-520,00-MP+DENUNCIA+PERILLO+E+ALCIDES+POR+CAIXA+DOIS.html

      ESPECIAISRELEMBRE: em entrevista a ÉPOCA, Marconi Perillo, então governador de Goiás, disse que poderia ser um dos nomes tucanos na disputa presidencial de 2006.DEFESA: advogado de Perillo rebate às acusações.

     

    Até quinze dias atrás, o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) (à direita) e o governador de Goiás, Alcides Rodrigues Filho (PP), formavam uma dupla de sucesso no mundo político. Depois de governar o estado por dois mandatos, acabando com o domínio do PMDB local, Perillo elegeu-se senador, em outubro de 2006, com 75% dos votos, e ainda transformou seu vice, o então desconhecido Alcides Filho, o “Cidinho”, em seu sucessor no governo. Na manhã de 28 de março, o Ministério Público Federal finalizou uma denúncia devastadora contra os dois. Num processo que tramita em segredo de Justiça, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, denunciou os políticos ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, caixa dois, uso da máquina pública e utilização de notas frias e laranjas para fraudar a eleição de 2006. Se for aceita pelo plenário do STF, a denúncia vai desafinar o sucesso da dupla goiana.

    No documento de 16 páginas, ao qual ÉPOCA teve acesso com exclusividade, o procurador-geral descreve uma investigação da Polícia Federal que produziu cinco CDs com escutas telefônicas de uma dezena de pessoas, relacionadas em seis volumes. A denúncia foi distribuída ao ministro Ricardo Lewandowsky, que será o relator no plenário do STF. Por meio das escutas, a Polícia Federal detectou um esquema para transferir recursos da campanha de Cidinho para a de Perillo, e depois tentar encobrir essa manobra ilegal por meio de notas frias. As acusações mais graves são contra Perillo, suspeito de ter voado durante a campanha em aviões do governo do estado e ter utilizado policiais militares como seguranças pessoais. Por isso, o senador é acusado do crime de peculato (apropriação ilegal de recursos públicos), com pena de até 12 anos de prisão.

    “O senador Marconi Perillo e o governador de Goiás, Alcides Rodrigues, foram os mentores e principais beneficiários de um esquema de captação ilícita de recursos, utilização de notas frias, pagamentos de despesa de campanha por meio de ‘laranjas’ e outras fraudes eleitorais”, escreveu o procurador-geral Antonio Fernando. O advogado de Perillo, Antonio Carlos Almeida Castro, o Kakay, diz que o procurador errou ao basear a denúncia nas escutas telefônicas sem ter ouvido antes os dois políticos. “Só lamento que eu não tenha sido ouvido pelo Ministério Público, porque já teria esclarecido o que fosse necessário”, afirmou Marconi Perillo, por meio de sua assessoria. “Estou absolutamente tranqüilo porque chequei, rechequei e fui muito exigente com a minha prestação de contas”, disse o senador. De acordo com a defesa, Perillo utilizou apenas aviões particulares na campanha. ÉPOCA procurou a assessoria e os advogados do governador Rodrigues, mas não obteve comentários sobre a denúncia até a noite desta quinta.

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  10. Só um esclarecimento, uma vez

    Só um esclarecimento, uma vez que moro aqui: Minas não há mais. No lugar instalou-se a República Anti Democrática do Aócioquistão. E a prova maior são essas prisões arbitrárias e truculentas, acompanhadas de invasão de domicílio, patrocinadas pela Polícia Política do Quarto Senador do Rio de Janeiro, comandadas pela primeira irmã.

    1. Mas, com tudo isso, São Paulo

      Mas, com tudo isso, São Paulo ainda me parece pior: há uma medicina mais preventiva, não aparece esse tipo de jornal, sabem cortar o mal pela raiz. É preciso uma análise comparativa de todos governos estaduais tucanos, cada um reivindica ser o mais prejudicado, qual seria o pior desses: MG, SP, GO ? Aécio, Alckmin ou Pirillo ? É difícil.

      1. Quase todos os chamados blogs

        Quase todos os chamados blogs sujos são de SP. Em Minas nem isso há. Casos de corrupção envolvendo o Aócioquistão são enviados para o limbo político e, em questão de dias, engrossam a lista de “DESAPARECIDOS POLÍTICOS”. É o caso do escândalo do Caixa dois da primeira Irmã, montado na FIEMG/IMDC, o caso do helipóptero e até mesmo esse recente caso da prisão e invasão de domicílio de jornalistas. Na mídia provinciana e servil…..circulando….circulando…tudo normal…tudo normal. 

        1. É mesmo, Gardenal. Deve ser

          É mesmo, Gardenal. Deve ser um inferno ai. Aqui o mais ocultado é a ação da SSP, sempre com suas explicações absurdas já prontas para explicar as chacinas e assassinatos. Oculta-se a criminalidade, tanto que São Paulo nem consta do mapa da violência, e percebe-se bem a existência de esquadrões da morte, grupos de extermínio, e parecem vários com vários alvos: ninguém comenta nada.  

  11. só que….

    Sempre dou uma olhadinha no Brasil 247,…. alguma coisa se aproveita, … e outras coisas a gente joga fora ou ignora. Já o Azenha, quando aposta numa linha e publica, é porque investigou a fundo e analisou todas as possibilidades,….

    Fico com o Azenha do Viomundo, … é um jornalista de verdade, sem rabo preso.  A quadrilha que se instalou em Minas Gerais tem como base o executivo e o judiciário. É o “modus operandi” do PSDB.  Aqui em São Paulo temos o mesmo problema. Com o judiciário devidamente aparelhado, as falcatruas do executivo permanecem impunes. Quer um exemplo?…. Temos um procurador que engavetou por anos as denúncias de propina no Metrô. Ao ser cobrado pela imprensa disse candidamente:  ” o pedido de investigação da justiça Suiça sumiu,… algum funcionário havia arquivado numa pasta errada e acabou ficando anos esquecido”…

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