Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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As ilusões da conjuntura e o silêncio das esquerdas, por Aldo Fornazieri

As ilusões da conjuntura e o silêncio das esquerdas

por Aldo Fornazieri

A gravidade da delação premiada de Sérgio Machado deveria ter produzido o efeito de uma bomba termobárica sobre o governo e sobre o sistema político brasileiro. Não teve. Em qualquer país sério, os dirigentes dos principais postos políticos do país teriam sido obrigados a se afastar de seus cargos e estariam presos, inclusive o presidente ilegítimo Michel Temer, Renan Calheiros, Eduardo Cunha, vários ministros e as cúpulas dos principais partidos. Não estão. Se a delação tivesse ocorrido durante o governo Dilma, a mídia teria feito uma enorme escandalização, mas agora não fez. A oposição teria saído a campo para exigir explicações, demissões, afastamentos, renúncias. A oposição de agora mal se pronunciou. Como entender essa situação anômala?

Ocorre que a vitória do golpe foi também a vitória da hipocrisia e do cinismo. Nos ambientes cínicos impera a desfaçatez, não há mais mesuras com a moral e os bons costumes e nem sequer os políticos se importam com as aparências. Nem mesmo os colunistas e analistas políticos de plantão e a grande mídia em geral: todos foram tragados pelo cinismo ao ponto da grande mídia brasileira ver-se desmoralizada junto à mídia europeia e norte-americana.

No ambiente cínico as denúncias já não importam. Tanto faz ser considerado honesto ou corrupto. Os políticos, com Temer à frente, se dão uma qualquer missão autoatribuída e agem em nome dela ignorando as denúncias que os atingem. A grande mídia e boa parte da opinião pública, ambas desmoralizadas pelo monstro que ajudaram a produzir, procuram envernizar a aquilo que não comporta nenhuma aderência a qualquer produto lustroso. Mas tanto faz. Afinal de contas, a Dilma foi afastada e tenta-se dar a esse golpe desastroso para a democracia brasileira a aparência de normalidade.

A aparente inviabilidade do governo Temer produz todo tipo de ilusão na presente conjuntura. A primeira ilusão é a ideia da volta de Dilma. Nem mesmo o PT quer que ela volte. Basta conversar com dirigentes do partido ou mesmo ler as entrelinhas da reportagem da Folha de S. Paulo do final de semana que traz análises dos petistas indicando que não acreditam que as delações de Machado possam ajudar Dilma. As análises estão corretas. Ocorre que Dilma não oferece uma saída para a crise e para a governabilidade e o PT não a quer de volta. Mesmo que mais delações firam de morte o governo ilegítimo, o afastamento de Dilma parece ser um ponto de não-retorno.

Se o governo Temer se inviabilizar, a tendência é a de que o golpe se aprofunde, com a superveniência de um presidente escolhido pelo Congresso no início de 2017. Os golpes não retrocedem. Aprofundam-se. Lembremos que as promessas de eleições feitas por Castelo Branco em 1964 não se concretizaram. Ademais, se o impeachment for aprovado em definitivo, tendência mais provável, Temer tentará virar o jogo com uma reforma ministerial afastando os ministros mais incômodos visando preservar-se. A repressão aos movimentos sociais será a praxe para enfrentar a pressão das ruas.

A possível inviabilidade de Temer vem gerando a segunda grande ilusão: a ilusão do pacto. É preciso perceber que o pacto já foi feito: o pacto conservador das elites através do afastamento de Dilma. A área econômica do ministério Temer, com Meirelles à frente, é o rosto visível do pacto. Temer é um instrumento desse pacto. Se ele se tornar um estorvo, será removido.

Por outro lado, se o governo Temer é produto de um golpe, como de fato o é, o PT ou qualquer força democrática, progressista e de esquerda não pode pactuar com esse governo ou com as forças que apoiaram o golpe. O lugar dos progressistas, dos democratas e das esquerdas é na oposição ao governo ilegítimo ou qualquer subproduto que ele produza para continuar. Pactuar com essas forças representará uma traição aos movimentos sociais e aos progressistas que protestaram e protestam nas ruas contra o golpe. Será uma traição aos trabalhadores e aos mais pobres que terão direitos decepados e o desemprego crescente. O pacto conservador do golpe visa superar a crise com um brutal corte do delgado colchão de proteção social que se construiu desde a Constituição de 1988, garantindo os altos ganhos do rentismo e dos bancos. Não é outro objetivo da proposta de PEC de Meirelles, que limitará os gastos com o social, mas não o limitará com o pagamento de juros.

Os pactos nunca formam bons para os trabalhadores e para as forças populares e progressistas. Sempre representaram a continuidade da dominação das elites conservadoras. Foram “transições transadas”, na definição de Raimundo Faoro, para manter as mesmas elites no poder sob a aparência de uma falsa mudança. Os pactos expressam a velha e ludibriosa fórmula de produzir uma aparência de mudança para manter tudo como está.

O Solene Silêncio das Esquerdas

Não passou despercebida a reação quase protocolar dos partidos de esquerda – PC do B, PSol e PT – em face das estarrecedoras revelações da delação de Sérgio Machado. Temer foi citado e os partidos de esquerda não exigiram a sua renúncia imediata. Sequer foram ao Supremo Tribunal Federal exigir uma investigação formal de Temer, como fazia a antiga oposição com Dilma. A antiga oposição pediu que se investigasse até os gastos com cabeleireiro. Na verdade, agora, trata-se de um silêncio cheio de alaridos reveladores.

No jogo de acomodações, os partidos citados já encontraram o seu lugar: fazer oposição ao governo e tentar salvar, ao máximo, postos avançados de poder nas eleições municipais deste ano. Para alcançar este último objetivo, no cálculo desses partidos, chegou-se à conclusão de que é mais vantajoso estar em oposição a Temer do que ter a volta de Dilma. Mal ou bem é uma estratégia. Se vai dar certo ou não, o tempo dirá. Mas é preciso prestar atenção ao movimento de aprofundamento do golpe. O preço de sua viabilidade é muito alto para ser suportado apenas por cálculos eleitorais.

Outro solene silêncio das esquerdas diz respeito às iniciativas cada vez mais abertas para por um fim à Lava Jato. Iniciativas que vêm do PMDB, do PSDB, do chamado centrão e de analistas e comentaristas da grande mídia. Estes últimos começam a sugerir, de forma enviesada,  a tese de que a Lava Jato precisa chegar a um fim. Estão até mesmo definindo um prazo: dezembro de 2016. Não é um jogo simples: precisaria a conivência da Procuradoria Geral da República e do STF. É preciso perceber que o eixo principal da Lava Jato se deslocou de Curitiba para Brasília, de Sérgio Moro para Rodrigo Janot.

O caso da investigação de Lula agora está com Sérgio Moro, que tem se mostrado célere proferindo mais de 100 condenações  contra nenhuma do STF. As cúpulas do PMDB e do PSDB estão em Brasília, com Janot e o STF. Bastará Moro decidir alguma condenação contra Lula e a pressão para paralisar a Lava Jato aumentará. O jogo do abafa crescerá. Desta forma, é incompreensível o silencia das esquerdas ante as manobras e pressões contra a Lava Jato. Esse silêncio, que é omissão, tende a se tornar conivência. Poderá colocar no mesmo lado o PMDB, o PSDB, o PT e a rede Globo. Estariam os dirigentes do PT tomados pela Síndrome de Estocolmo?

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

30 Comentários

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  1. E depois não entendem – e
    E depois não entendem – e reclamam – porque Dilma dá ao PT um tratamento também protocolar, no âmbito das questões partidárias.

    Institucionalmente, o mesmo que para os demais partidos, uma vez que governa para todos.

    O PT não enxerga um palmo além dos interesses individuais e imediatos. E depois colocam a conta na “inabilidade” de Dilma. Cria de Brizola, transigir? Acho que não. Já o PT… Quem muito se agacha…

  2. Grande Midia

    “A gravidade da delação premiada de Sérgio Machado deveria ter produzido o efeito de uma bomba termobárica sobre o governo e sobre o sistema político brasileiro. Não teve… Como entender essa situação anômala?”

    Ora, ora, por causa do silêncio da grande mídia oligopolista. Fico espantado como as pessoas ficam falando que a grande mídia está encolhendo e a internet aumentando. 

    Tudo bem, esse movimento está acontecendo sim. Mas mesmo assim que a influência da grande mídia oligopolista ainda é enorme.  Enorme.

    Fico impressionado com a quantidade de analistas que parecem minimizar esse fato.

  3. “Silêncio da esquerda”.

    “Silêncio da esquerda”.  Será?  Quais os canais oficiais pela qual a esquerda reproduz a sua indignação?

    Até os protestos de rua são minimizados.

    Não ficaria nesta  questão esquerda e direita, mesmo porque, os da direita que foram pra rua pedir o afastamente da dilma não forma tantos assim. Eles foram sim ampliados e incentivados pela mídia.

    O que me deixa mais preocupada é a falta de uma grande mobilização  popular diante deste governo ilegitimo, desonesto e com claro objetivo de atacar os direitos.  

  4. Resposta: mídia

    Claudio Freire foi direto ao ponto. Ainda somos um país de bovinos que se informam, e deformam, através da televisão de sinal aberto, que tem apenas um dono e um ponto de vista único. O resto, incluindo a pouca capacidade dos intelectuais brasileiros de falarem com o povo, jamais trará qualquer mudança real para a situação nacional.

    1. Obrigado

      Agradeço pela citação, AAMJR.

      Fico impressionado como há vários analistas sérios que não levam devidamente em consideração um fato simplícimo e fundamental: informam-se e acompanham a política e seus desdobramentos um percentual ínfimo de cidadãos brasileiros.

      Sendo assim, os principais veículos da velha mídia oligopolista não têm nenhum pudor em deixar de informar, ou até mesmo distorcer informações que não os interessem comercialmente. E os interesses comerciais dessa gente, claro, são atingidos com suas articulações políticas, apoiando grupos políticos que interferem na nossa democracia através do poder econômico.

      As famílias proprietárias dos principais veículos da mídia oligopolista fazem parte da plutocracia que desde sempre interfere na vida política nacional através do poder econômico. Este é o principal problema que temos para ter uma democracia que realmente represente mais a contento a sociedade brasileira na sua diversidade mais próxima possível do que é real. 

  5. As ilusões da esquerda leniente

    Concordo com o texto de Fornazieri. Disse claramente nosso atual quadro político.

    Agora, se vamos fazer uma análise da conjuntura, temos que retroceder ao início do governo Lula.

    Já ali, no ato de posse, Lula pactuou com o passado cheio de roubalheiras do período FHC.

    Depois vieram os episódios da escuta ilegal no STF, uma patranha urdida contra Lacerda.

    Lula foi ingênuo e não percebeu a jogada por trás da “grampo”: deveria conhecer ou ser avisado do passado dos protagonistas, com especial atenção às palavras de Dalmo Dallari.

    O restante dos períodos Lula/Dilma – em que pese o tanto que o Brasil avançou no combate à corrupção, ao amparo aos desamparados de sempre, na proteção ao sallário minimo e outras iniciativas bem sucedidas – foram de não enfrentamento ao conservadorismo de 500 anos anos vigente.  As bandeiras foram esquecidas e as reformas – inclusive a mãe de todas, a da mídia – foram esquecidas.

    Dilma foi consequente e quando avançava no lado financeiro piscou e trouxe o cavalo de tróia Levy.

    Deu no que deu.

    As instituições estatais de controle = PF, MPF, PGR – inclusive o Ministério da Justiça, foram entregues aos apetites mesquinhos de seus integrantes.

    A mídia, largamente financiada pelo governo, dedicou-se ao ataque diário com acusações fundamentadas e inventadas.

    O Ministério da Justiça foi retumbantemente omisso.

    A PF teve como “garoto propaganda” o “japonês bonzinho”, elemento envolvido e condenado por mal feito.

    O MPF montou um “grupo” de messiânicos a pretender limpar o Brasil da base da forçação de barra.

    O PGR mostra uma retumbante dificuldade em incriminar tucanos.

    O STF sumiu. Foi dominado pelo desastre anunciado por Dalmo Dallari , por interesses menores e a tradicional leniência e incapacidade de finalizar processos contra políticos. Pelo que corre, já devem ser mais de 1000 que vivem de recursos e os longos, longos prazos judiciais. No caso. Para outros são céleres, rápidos no gatilho.

    Enfim a “operação lavajato”, agora “farsajato”, dedica-se ao desmonte de empresas brasileiras propiciando a entrada de outras, estrangeiras. Sem esquecer a farsa de atacar a Petrobras, vítima de bandidos desde sempre. Nunca teve um chamamento a observância do marco legal e as delações se tornaram “delações pressionadas”.

    Enfim o que vimos foi o avassalador ataque do conservadrismo, aos avanços sociais, ao desenvolvimento nacional e sem o necessário contraditório. O palco ficou livre para o protagonismo golpista contra os interesses maiores do país.

     

    1. Concordo muito

      Sobre a esquerda: A esquerda não apita nada no Brasil, quem apita é a mídia. A maioria da população brasileira é conservadora a única coisa que conta é se a política econômica favorece ou não a população.

      A história política brasileira é suja, o PT chafurdou na sujeira entendo para o bem da nação. Acho que a partir de hoje isto não deve mais acontecer para partido algum que quer fazer alguma mudança satisfatória no país.

      A grande lição que devemos tomar é que não se avança um país sem revolução pacífica ou guerra civil e a operação Lava Jato ou “farsajato” deve ser adotada pelos partidos políticos como a revolução pacífica brasileira.

      Agora a denominação de Cavalo de Tróia é de minha autoria, coloca os créditos aí…rsrs!!! A Dilma cair nesta armadilha inocentemente foi de doer… 

       

       

  6. “Não é outro objetivo da

    “Não é outro objetivo da proposta de PEC de Meirelles, que limitará os gastos com o social,…”

    Ora, o gasto público vem num crescendo muito maior que a arrecadação, o que inviabiliza o país. Não existe milagre. Temos que conter os gastos dentro do limite das receitas. A alocação pode ser feita da maneira que o Executivo e o Legislativo definirem: mais para um implica em menos para outro.

    O problema é que a esquerda não tem limites, vai até arrebentar o caixa e dar o calote. Essa é a regra.

    1. Estranho. Pelo aumento dado

      Estranho. Pelo aumento dado ao judiciário não me parece que está faltando dinheiro, muito pelo contrário, parece que está jorrando dinheiro pelo ladrão.

  7. Dispenso

    As análises pessimistas do prof. Aldo às vezes me cansam.

    Diz que a esquerda não gosta de Dilma e não a apoiará na sua volta ao poder. Coitada… Trocando em miúdos, afirma que a esquerda apóia o Golpe porque quer derrotar o Golpe. Espantoso!

    Um saco esses intelectuais de gabinete, que não pisam a lama das ruas. O Golpe correndo solto, a democracia em risco e os caras de esquerda que poderiam iluminar o caminho à frente fazendo o jogo da direita.

    Nesse momento de crise, queremos mais Marilena e menos Aldo. Mais  pé no chão e menos fantasia.

        1. argumentos de autoridade não

          argumentos de autoridade não me convencem. Tenho uma visão de mundo democrática e não aristocrática e por isso acho que todos são capazes de pensar por si mesmo, sem guias, vanguardas ou iluminados para mostrar o caminho. Alias, acho até o contrário: os intelectuais de esquerda é que deveriam ouvir o povo ‘comum’ para serem iluminados.

  8. Criticar é fácil


    A prática sistemática dos chamados intelectuais de esquerda é sempre bater no PT num jogo bem próximo do que a direitona faz. O objetivo pode não ser o mesmo, acabar de  vez com o PT, o único partido realmente de massa no país, mas é parecido: desmoralizar um partido de gente jovem não viciada nas velhas práticas dos politiqueiros tradicionais. O PT fez alianças no passado criticáveis? Fez pois se não fizesse nem chegaria à presidência. E acalmou temporariamente a direita brasileira e os EUA. Foi por ter chegado lá e mostraso à população destituída de qualquer direito real neste país que havia um meio para ela ter direitos que foi enforcado pela aliança Direita Verde Amarela-EUA. Atacar o PT neste momento é dar razão ao golpe, à direita, aos instintos guerreiros americanos que precisam de petróleo e outros minérios abundantes por aqui. Ignorar isso é não conhecer nada de história e de geo-política.

  9. Criticar é fácil


    A prática sistemática dos chamados intelectuais de esquerda é sempre bater no PT num jogo bem próximo do que a direitona faz. O objetivo pode não ser o mesmo, acabar de  vez com o PT, o único partido realmente de massa no país, mas é parecido: desmoralizar um partido de gente jovem não viciada nas velhas práticas dos politiqueiros tradicionais. O PT fez alianças no passado criticáveis? Fez pois se não fizesse nem chegaria à presidência. E acalmou temporariamente a direita brasileira e os EUA. Foi por ter chegado lá e mostraso à população destituída de qualquer direito real neste país que havia um meio para ela ter direitos que foi enforcado pela aliança Direita Verde Amarela-EUA. Atacar o PT neste momento é dar razão ao golpe, à direita, aos instintos guerreiros americanos que precisam de petróleo e outros minérios abundantes por aqui. Ignorar isso é não conhecer nada de história e de geo-política.

    1. Mais além das miragens conspiratórias

      No estado em que estamos, o PT já não precisa de mais ninguém que bata nele. O PT caiu de podre. Simplesmente não tem mais futuro político. A direção do partido está apenas buscando uma fuga para frente.

      Uma nova esquerda ainda está em gestação. Essa gestação (mais simbólica que institucional) começou em junho de 2013, mas ela já dispõe algo óbvio: o PT não tem mais o que teve ao longo de seus 20 primeiros anos: poder de aglutinação. O progressismo escapou pelos dedos do PT. O PT virou um partido zumbi, um PSOE recauchutado, um PS francês sem passado, um PRI pós-cardenista contente com os corredores dos palácios e as poltronas acolchoadas.

      O próprio Lula tornou-se apenas uma provisoriedade ambulante, parte dessa fuga desesperada para frente. Lula não tem mais nada a prometer senão o passado. Claro, diante da catástrofe instalada, o passado ainda é uma miragem promissora. Em breve será apenas objeto de saudosismo. Quando Lula for condenado pelo Moro (isso é só uma questão de tempo) aí talvez, quem sabe, caia a ficha dos petistas. Eles então vão descobrir que não têm mais nenhum projeto viável a oferecer além de bibelôs e espelhinhos.

      Uma nova esquerda só poderá vicejar então no bojo de uma promessa jamais cumprida: a da cidadania.

    2. quem dormiu com a direitona foi o governo do PT!

      Deve ser porque o PT se juntou a direita golpista para bater na esquerda: Temer foi vice de Dilma no primeiro mandato e no segundo; vários ministros do ‘governo interino’ foram também ministros dos governos do PT, inclusive o Meirelles que quando era presidente do BC no governo Lula foi incensado pelos seguidores do PT. Parece que os petistas que gostam de bater na esquerda e silenciar sobre a direita estão com um esquecimento seletivo.

  10. O incômodo silêncio do PT

    Espero pouco do PT, que infelizmente tem-se mostrado um partido acovardado pelos poderes que o cercam e se não tem coragem de lutar para recuperar o mandato de Dilma Rousseff e sua propria estima e com ela governar, não merece respeito. Quanto as “esquerdas”, elas so tem vozes apenas nas midias sociais, além da dispersão por causa da falta de rumo dos partidos que a representam. A imprensona esta focada em uma so coisa: manter Michel Temer no poder, custe o que custar, e através dele, levarem o Brasil para onde desejam.

  11. Não concordo. Não existe

    Não concordo. Não existe “silencio das esquerdas”. Em relação ao PT e PCdB grande parte está nas ruas junto com os movimentos sociais. Sim talvez tenha uma outra que prefira ser oposição pensando em 2018. Mas também é porque a situação é muito mais complexa do que coloca o Fornazierri.

    Não sei se é caso de “partir para dentro” no PGR e no STF. A judicialização da política está num nível tal que daqui a pouco, não restará político nem partido, e o país será comandado por procuradores, juizes, delegados e a mídia, claro.

    A criminalização da política está atingindo seu ponto máximo, e perigosamente podemos caminhar para outro tipo de arbítrio, sem os militares na dianteira, apenas na retaguarda para garantir a ordem.

    Fato é que, por mais que ninguém vá botar a mão no fogo pelo Jucá, Sarney, Renan e etc, o pedido de prisão do Janot não teve embasamento jurídico suficiente. Todos diziam que ele deveria ter cartas na manga. Parece que não tinha. Foi blefe? Se foi, não há dúvida que era uma jogada que se bem sucedida, deixaria a classe polítca a beira da extinção e as corporações jurídicas midiáticas com um poder sem retorno. A partir daí, eleições seriam quase irrelevantes

  12. E atenção caro Fornazieri.

    E atenção caro Fornazieri. Notícia dada pela Vera Magalhães do Radar-Veja, e reproduzida pelo Tijolaço, diz que a PF acredita que Janot quer ser candidato a presidente em 2018. 

    http://www.tijolaco.com.br/blog/politica-tomou-conta-da-pf-do-mp-e-de-quem-mais/

    PS: Não creio, mas acho que é um aviso da PF para que o Janot se contenha em suas arrojadas performances políticas. Como se a PF não as fizesse também. Mas é aquele negócio, com todos os políticos desmoralizados, caberá aos “puros” nos governar. Sendo eleito ou não

  13. Discordo.

    Não vejo como falar de silêncio das esquerdas quanto ao estado de coisas tão deprimentes que estamos vivendo . Na aceitaçao e apatia tanto esquerda.s como centro, e  direitas por certo estão irmanadas e desconfortáveis. Estamosvivendo  numa época em que o país se encontra aprisionado por uma quadrilha de malfeitores instadada em omissões de cidadania históricas neste nosso imperfeito Brasil.

  14. Discordo. O PT cresceu depois

    Discordo. O PT cresceu depois dessa enorme crise. Está mais forte do que antes das eleições.

    Como Dilma, sua honestidade e a perseguição que  sofreu, a fez crescer.

    Não adianta tentar, mais uma vez, culpar o PT porque o PGR e o STF estão permitindo toda essa bosta.

    Golpe não respeita nada. Nunca. Em lugar nenhum.

    Que mania de jogar “dúvidas” sobre as posturas do PT.!!!!

  15. Ah o PT
    A crise,o golpe ….. ah se o PT isto,ah se o PT aquilo.Sem alinças e recuos estariamos ainda hoje sobre um governo do PSDB ou PMDB.O PT cometeu erros ,claro e Dilma tambem.Lembro bem dos primeiros dias do primeiro governo,o pau comendo no blogs e ela nos rapapés da velha midia.Ah é estrategia,ah vai ver o espirito de escorpião,vai se fuder depois.Os fatos é que na America Latina governos de esquerda fizeram bem mais que o PT em avanços politicos,institucionais e mesmo assim o continente esta em vias de naufragar e virar de novo um quintal Yanke.A turma da bufunfa,da midia e um expressivo percentual da classe media latina nunca aceitou os governos de esquerda,e todos os avanços não foram suficientes para ate em um o outro pais a direita não ter forças para voltar.Com ajuda de todo aparato de espionagem,informação,dinheiro e apoio de grandes forças internas,as democracias latinas estão ruindo.Os interesses economicos e estrategicos são enormes,esta a se moldar um caminho para o futuro do planeta e das forças que estarão no comando e o Brasil e a America Latina são peças estrategicas.Muito simplista a analise,muito rasa.O contexto do que acontece é maior,e os erros e acertos das esquerdas se tornam pequenos.E agora o autor pinta um cenario no qual eu não vejo,aprendendo com a velha midia ? Fazendo escola ? Tem um monte decepcionado com o PT (pode e deve criticar o partido) mas tira a o microscopio que a ameba é bem maior.

  16. Discordo

    Discordo. Dilma deve voltar. É a única salvação não para a democracia, o PT ou o Estado de Direito. É a única salvação para o Brasil por pelo menos 20 anos. Se o impeachment se concretizar, tudo que ocorrer nos próximos 20 anos, que não seja uma revolução popular para varrer os imbecis fascistas, será somente a destruição da nação e o caos.

  17. O acordo foi feito. E exclui o PT.

    O acordo foi feito. E exclui o PT. Simples. E o PT demonstra mesmo tibieza sobre o lado em que deve ficar. Não há pactuação possível com a situação. Daí o estranhamento que causa a timidez do PT de hoje em dia.

  18. Não sei o que acontecerá com

    Não sei o que acontecerá com o PT caso Dilma volte. Não sei para onde acham que as coisas andarão caso se dê o seu retorno.

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