As razões da opinião pública querer mudança com Dilma

A última pesquisa IBOPE traz duas informações relevantes – que precisam ser analisadas em conjunto para a pesquisa ser melhor compreendida. O resultado que interessa aos jornais mostra de dezembro para cá a queda na aprovação do governo Dilma Rousseff – de 43% para 39%. O resultado que não interessa é que o percentual de aprovação de Dilma Rousseff é de 55%, contra 56% em dezembro – estatisticamente o mesmo.

Significa que está mantida a mesma tendência das últimas pesquisas: o eleitor quer mudanças, mas com Dilma Rousseff.

Daí volto à questão do fim do ciclo.

No último artigo que escrevi sobre o tema, alguns de vocês julgaram que afirmei que esgotaram-se as políticas de inclusão social. Longe disso. O que procurei mostrar é que essas políticas são irreversíveis, transitaram em julgado, jogaram o país em um novo patamar de cidadania. Mas mudaram radicalmente a cara do país. Depois da inclusão o país é outro, exigindo novas políticas.

Na etapa anterior havia multidões de desassistidos cuja única demanda era a de recursos para comer e, garantida a subsistência, tornar-se um consumidor. Podia-se olhá-los de cima.

O novo cidadão que emerge não tem nenhuma semelhança com o anterior. Descobriu o consumo, a cidadania, a reivindicação, a possibilidade de crescer. Tem que ser olhado de frente.

O cidadão pré-inclusão era passivo, recebia a benesse e tornava-se grato; depois da inclusão, é cobrador de direitos.

Na etapa de inclusão, houve ferramentas eficientes e um conjunto de políticas sociais articuladas criadas sob o signo do assistencialismo: Bolsa Família, a coordenação dos diversos ministérios em torno do Ministério do Desenvolvimento Social, as políticas integradas de melhoria do salário mínimo e dos benefícios de prestação continuada, as políticas compensatórias para minorias sociais de todos os níveis.

Foram esboçadas, também, organizações destinadas a aprofundar a participação geral nas políticas públicas, do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), às diversas secretarias de inclusão social e ao esboço de conselhos de participação empresarial além da nova dimensão conferia às Conferências Nacionais. Estavam dadas, aí, as sementes para a nova etapa, que exigiria o aprofundamento de várias dessas formas de participação.

O governo Dilma significou um retrocesso quando abriu mão desses instrumentos de participação. Foi desoladora a maneira como desconsiderou as conclusões das Conferências de Educação para satisfazer as pretensões paroquias de sua Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann, e da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário. E também o esvaziamento do CDES e dos conselhos empresariais.

Esse fenômeno ocorre no mesmo momento em que o mundo é sacudido pelos ventos da cidadania e da participação através das redes sociais e em que ocorre um esgarçamento rápido da autoridade – entendido aí presidências da República, poder judiciário, poder legislativo, mídia, sindicatos etc.

As pernas do novo ciclo

O novo ciclo tem duas pernas umbilicalmente ligadas. No plano social, a cobrança cada vez maior de melhoria dos serviços públicos, reivindicação crescente de participação nas decisões públicas. A segunda perna é da definição de um modelo de desenvolvimento que permita compatibilizar as políticas distributivistas com o desenvolvimento econômico.

O governo Dilma tem problemas de implementação de programas, sim; e tem problemas sérios decorrentes da completa despolitização, do uso exclusivo da bandeira do gerencialismo de gabinete – que atropela até os conceitos da boa gerência.

Mas tem visão de futuro muito mais apurada que os seus competidores.

A ênfase na infraestrutura, nas parcerias público-privadas, na inovação, nas políticas setoriais, o uso do pré-sal para políticas públicas, o aprofundamento da inclusão, atacando os últimos bolsões de miséria absoluta, a criação de um ambiente econômico civilizado, nas pernas de juros e câmbio, são princípios definidores da nova etapa.

E a oposição? 

Ontem, Eduardo Campos e Aécio Neves bateram na tecla do fim de ciclo e início de novos tempos. Mas o que propõem? Seu discurso é pré-inclusão e suas propostas não avançam além do gerencialismo puro e simples, da visão estática de um PIB (Produto Interno Bruto) descolada da condição dos cidadãos ou do próprio ambiente econômico, de um fiscalismo despregado da visão estratégica de país. No campo econômico, não conseguiram se libertar de um neoliberalismo que já morreu com a crise de 2008 e apenas não foi enterrado.

Mais do que tudo, é o que explica essa sensação de mudança com Dilma.

Esta semana tive oportunidade de conferir esse sentimento em uma palestra para os revendedores de uma empresa de maquinário de limpeza.

O público era fundamentalmente conservador e anti-petista.

Depois da palestra, seguiu-se um debate aceso sobre as condições do país, a segurança, saúde, educação, corrupção etc. O sentimento anti-petista é nítido, assim como o sentimento pessimista em relação ao país – revelando dois pontos em que a campanha midiática é eficiente.

Mas a campanha do anti não chegou a Dilma. Consideram o PT como o grande obstáculo à Dilma. O discurso de ameaça às instituições não pega mais, o da corrupção sim. No caso, de Dilma, o pecado menor da teimosia. Mas há a sensação – muito mais nítida do que em outros tempos – que a corrupção é um problema inerente ao modelo político brasileiro.

Para aquele público, a oposição é inexistente. O discurso de Eduardo Campos e Aécio Neves passa a léguas de distância daquele que deveria ser seu público preferencial.

Dilma chega às eleições dependendo apenas dos seus pontos para vencer o campeonato. Basta entender que o país não precisa de um presidente gerente, mas de um presidente político que saiba articular os diversos setores do país, disponha de tempo para compreender o novo e tenha, debaixo de si, gerentes eficientes, que transformem as propostas em planos factíveis.

A chegada de Aloizio Mercadante à Casa Civil, acompanhado de um grupo de economistas de boa formação, é um alento, um sopro de racionalidade. Participar de um campeonato nacional tendo Guido Mantega como centro-avante seria definitivamente o cúmulo da teimosia.

 

Luis Nassif

110 Comentários

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  1. Não basta substituir o centro-avante.

    Há uma nítida mudança na concepção do “novo” cidadão brasileiro, e esta concepção passa pela continuidade deste processo de inclusão social, ora andando a passos lentos, porem distante de ser interrompido, pela Pres. Dilma, que se não tem o melhor “time” nem o melhor “centro-avante” tambem não está dirigindo nenhum Íbis da vida, com as devidas desculpas pela citação, aos torcedores do simpático time pernambucano.

    Claro que com a chegada ao “paraíso da cidadania” de uma grande maioria dos brasileiros, que nos últimos 12 anos, sairam da inexistencia como ator da economia, e passaram a querer não somente manter o atual status quo, como querem que ele avance, e este avanço, certamente só será conseguido, com a continuidade deste governo popular.

    Não foi somente o Nassif, que percebeu este fenomeno, ele pode ser enxergado em todos os segmentos sociais, que jamais trocarão esta condição, por uma aventura qualquer, ainda mais com a falta de “coisa melhor”.

    1. Otimismo cego é PERIGOSO!

      Sem essa de que nao há volta atrás possível. Basta o PSDB voltar ao governo. Ele nao vai acabar de cara com os programas sociais, claro. “Só” deixá-los à míngua, desfazendo-se com o tempo. E sem implementar nada no lugar, deixando de aumentar o mínimo adequadamente, etc. Sem falar na volta da privataria. É muita cegueira pensar o contrário. 

      1. Exatamente

        Quando que o povo brasileiro sabe reinvindicar algo? Olha o exemplo de SP. Roubalheira da grossa, total falta de sentimentos de humanidade do governador que desce o pau nos drogados, queima favelas e expulsa sem tetos, pratica os pedágios mais exorbitantes do planeta, sem competência administrativa que vai provocar um novo apagão no estado o de água mas está em primeiro lugar nas pesquisas para o mesmo posto. Nas passeatas de junho do ano passado seu nome mal foi lembrado e agora os zé coxinhas estão preocupados com a copa mas nem lembram da exposição da roubalheira no metro paulista e da falta de água. Foi como disse no post anterior sobre a situação social do país. Ainda somos um país ignorante politicamente e nossa classe média é reaciuonária e desinformada. Acreditam piamente na mídia PIG e quando eu tento argumentar, partem para a ignorância. Chamam o PT de ladrão, pergunto exemplos que dê ao PT esta fama mas não tem. Exponho por que o PSDB rouba descaradamente, mas não acreditam. Acham que o bolsa familia é para vagabundos, não tem emprego e o país está em crise. Caraio, é dificil demais argumentar com este povo. Eles vão aceitar caladinho a volta do Status Quo do PSDB se eles voltarem. E os programas sociais vão para a lata de lixo da história brasileira.

  2. Sentimento anti-PT

    Excelente análise. Descolar PT da Dilma é que a oposição não quer (talvez nem o próprio PT). Olham para a situação do Brasil como se fosse um mundo isolado do mundo real, que vive uma crise economico-financeira gigantesca (ainda assim com taxas de crescimento ainda boas e a menor taxa de desemprego da história, além de reduzir radicalmente a miséria).

    Mas PT tem pisado na bola constantemente, ao se colocar com práticas idênticas ao de outros partidos. E Dilma está se equilibrando, apesar disso. O enfrentamento da corrupção é a tarefa mais urgente e só se fará isso com uma profunda e radical reforma politica e eleitoral. Lobbies de bancos, empreiteiras, religiosos não podem ser maior que a força da sociedade, senão nenhum governo acaba com a corrupção.

    O PSDB, também, não tem mais nada a oferecer em matéria de mudanças, bem como o PSB, cujo dono, tem uma candidatura natimorta. Em Mionas Gerais, a gestão tucana aparelhor os órgãos de estado muito mais que o governo federal, mas tem discurso contrário. A área de Segurança Pública e Saude em Minas é a prova do governo desastroso daqui. 

    1. Corrupção

      Esse e o maior desafio de qualquer Governo, atualmente no Brasil, acabar com  a corrupção .

      Nao sei se isso será possível, porém se tivermos  leis e um Judiciário eficiente, com certeza, se diminuirá muito  a prática desse crime (hediondo, na minha opinião) e haverá mais credibilidadedo povo nas Instituições .

      1. Em casa de enforcado não se fala de corda

        A mera pergunta sobre corrupção ao PT causa urticária e explosões de ira contra quem pergunta.

        Fico a pensar, que se a carapuça serviu e o o acordo do Lula com o Bancão americano para manietar o processo democrático da última eleição presidencial, levanta a lebre.

        Olho vivo, que cavalo não desce escada.

  3. Até que enfim uma declaração

    Até que enfim uma declaração de menos gestão e mais política.

    Aí é que ferra com Campos e Aécio com os seus discursos de gestão, bem característico do PSDB.

    É nítida em todas as pesquisas a vitória de Dilma, alguns demoraram a perceber e fizeram fogueira na época da manifestações de junho, quando alertei que Dilma era a ampla favorita mesmo com a queda nas pesquisas (Nassif elevou a post) A queda na avaliação de prefeitos e governadores  e em Novidade?

    Um recado

    Neoliberalismo e política pública não coexistem.

  4. Quando Lula lançou a
    Quando Lula lançou a candidatura de Dilma para a sua sucessão, tinha certeza que a pessoa escolhida tinha várias virtudes, mas sabia também que os problemas seriam sérios em relação à articulação política e a forma como Dilma a compreende, ou não compreende. O problema ainda torna-se mais evidente se levarmos em conta a quem ela sucedeu, Lula é craque e graças a sua capacidade política seu governo atravessou as tormentas, com habilidade extrema em algumas situações e coragem em outras.
    Outra área onde Dilma andou muito mal foi a comunicação, negligenciou sua importância e deixou a pasta entregue à pessoas que pareciam mais identificadas com os adversários do que com o governo, está pagando um preço alto por isso e acho que a correção de rumo veio tarde demais.
    Resta-nos trabalhar e torcer para que o capital político acumulado nestes onze anos pelos inúmeros êxitos em várias políticas públicas, principalmente na área social possa nos levar a mais uma vitória em outubro e que no próximo mandato ela possa corrigir alguns rumos.

    1. NInguém responde?

      Na minha percepção, se o custo for de R$10,00 ou R$100,00 (cem Reais), não existe problema de monta com a corrupção, fora o ético é claro.

      Mas o número que tenho é de que a currupção no Brasil é da ordém de R$ 300.000.000.000,00 (TREZENTOS  BILHÕES DE REAIS),  que significam a grosso modo, para que se possa entender este número astronômico , mais ou menos:

      12.000.000 (doze milhões) de casas de R$ 25.000,00 do minha casa minha vida;

      30.000 hospitais de R$10.000.000,00 (Dez milhões de Reais) ou 3.000 de R$ 100.000.000,00 (Cem milhões de Reais);

      Dá fácil para levantar em um ano uma região inteira do país.

      Concordar com a corrupção é fazer o jogo do inimigo, que nos quer fraco, endividado, burro e fracassado, assim continua mamando por aqui sem encontrar resistência.

      Ps. deram uma estrela para a pergunta acima, o tema indigesto para o PT este dá corrupção.

    2. E como combater esta corrupção se

      O judiciário é totalmente conivente com a corrupção grossa de partidos que não seja PT. O trensalão tucano, a cascata em Goias, o Aócio e o helicoptero de pó, o senador do PSOL pego na corrpção e absorvido, a roubalheira do DEM no Distrito Federal e no RN e todos outros escândalos com provas e que não seguiram adiante no judiciário. O unico escândalo de corrupção que foi adiante foi o sem provas mentirão do PT. Se o PT sair do governo o que vai acontecer vai se que a corrupção vai desaparecer. Da mídia claro, por que vai voltar a ser como era antes do PT. Então ao menos sabemos que ela existe, agora falta é vergonha na cara da população brasileira não eleger estes ladrões.

  5. As opções de voto começam a aparecer

    Candidatos 2014 – o quadro real

    Nassif, vamos discutir o que vem por ai para a eleição de 2014, ficar girando em cima do que não vai dar em nada e olvidar o verdadeiro movimento pode colocar o blog na rabeira da credibilidade, uma vez que os fatos estão ai e não considerá-los é covardia.

    O Requião já lançou sua candidatura a presidência e disse que vai à convenção pela legenda, o Ciro também está esperando a deixa para se manifestar.

    Na minha opinião, a chapa PMDB + PROS com Requião na cabeça e Ciro de vice é imbatível.

    Não discutir não quebra o galho de Dilma e mostra a fraqueza do PT, que o Aécio vêm cantando em prosa e verso pelo Brasil e ontem aqui em Santos.

    A situação dos candidatos está longe de estar definida e a possibilidade desta bancada de 8 partidos mais o PMDB é real e forte.

    8 partidos aliados de Dilma declaram independência e criam blocão de 290

    do blog do Josias

     

    Rodolfo Stuckert/Ag.Câmara

    A semana termina com uma novidade incômoda para Dilma Rousseff. O condomínio partidário que dá suporte legislativo ao governo entrou em ebulição na Câmara. Deu-se na noite de quarta-feira (19). Num encontro que teve a participação de dois generais do PMDB —o presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves e o líder da bancada Eduardo Cunha— representantes de nove partidos, oito dos quais governistas, decidiram reunir suas tropas num mesmo bloco. Juntos, compõem uma infantaria de cerca de 290 votos num colégio de 513.

    Os integrantes do bloco autoproclamaram-se “independentes”. Significa dizer que condicionarão os votos em plenário aos seus próprios interesses eleitorais, não às conveniências do Planalto. O blog conversou com Henrique Alves na noite passada. Ele disse ter comparecido à reunião como “convidado”. Mas endossou a iniciativa. “Todo movimento que busca a afirmação dos partidos por meio da atuação na Câmara conta com o meu apoio. A presidenta Dilma faz o melhor para se reeleger. É lícito que os deputados queiram fazer o melhor para se reeleger também.”

    O encontro ocorreu no apartamento funcional do deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG). Terminou perto da 1h, já na madrugada de quinta (20). Além do PMDB, estavam representados os pseudogovernistas PP, PR, Pros, PDT, PTB, PSD e PSC. Lá estava também o deputado paranaense Fernando Franscischini, líder do recém-fundado Solidariedade, hoje alinhado à candidatura presidencial do tucano Aécio Neves.

    A novidade coincide com a reforma ministerial de Dilma, empacada há duas semanas. Após promover na Esplanada as acomodações que interessavam ao PT, Dilma pisou no freio. O PMDB, seu principal parceiro, encontra-se no freezer há duas semanas. Foi contra esse pano de fundo que os supostos aliados da presidente decidiram isolar o PT na Câmara e priorizar os seus interesses em detrimento dos pedidos do governo.

    Generalizou-se entre os sócios do condomínio governista a impressão de que Dilma trata o seu partido de modo diferenciado. Na fachada do governo, o PT e seus 17 ministérios. Nos fundões da Esplanada, o PMDB e o resto —em pastas que, além de tidas como “secundárias”, são compartilhadas com outras legendas e coabitadas por olheiros da presidente.

    Nos últimos dias, acumularam-se os sinais de irascibilidade e impaciência. Em nota, a bancada do PMDB abriu mão dos dois ministérios que ocupa: Agricultura e Turismo. O PTB informou que também já não fazia questão de ocupar um ministério. E se Dilma concluir a reforma? Bem, nessa hipótese quem assume compromisso com ela é o partido, não a bancada. Dito de outro modo: Dilma pode levar o tempo de propaganda eleitoral dos partidos na tevê. Mas os deputados consideram-se desobrigados de votar com o governo em todas as matérias submetidas ao plenário. A ver.

    Os operadores do novo bloco marcaram para terça-feira (25) a segunda reunião, dessa vez na casa de Eduardo Cunha, o líder do PMDB. Nesse encontro, o grupo deve esboçar uma pauta de projetos que interessam a todos —da reforma política ao piso nacional dos agentes comunitários de saúde. Se soubesse o que vem por aí, Dilma talvez tivesse um ataque de Dilma.

     

          1. Sou justa, nao disse q vc nao sabe discutir civilizada/, vc sab

            Só disse que vc nao diz coisa com coisa, o que é diferente de nao discutir civilizadamente. Vc é educado, sim. Só que vive num mundo mágico, em que Astrologia e Tarô explicam coisas. 

          2. Julgando os outros pelas próprias deficiências

            Só porque você não detêm conhecimentos para trabalhar de forma articulada a Astrologia, o Tarot e a Geometria não quer dizer que não funciona.

            Mas eu entendo seu problema, a pesquisa feita  pelo departamento de psicologia  com o que não sabemos recentemente postada aqui no blog, fala justamente desta deficiência.

            No mais eu não vejo justiça alguma em ser citado de forma incompleta e erronea tentando levar a erro quem lê e interpreta o que escrevo, o Campos de forma deselegante usou o mesmo termo magia para desqualificar ainda ontem o Governo do PT com a Dilma.

          3. Bom se nao lidar c/ Astrologia e Tarô é deficiência, eu assumo..

            Eu prefiro a lógica e argumentos baseados na realidade. Cada um faz suas escolhas. E nao te citei de forma incompleta, disse exatamente o motivo pelo qual era inútil discutir com você. Contra pensamento mágico nao há argumentos. 

          4. Tarô e astrologia

            Pois é, Anarquista, tarô e astrologia também fazem parte da realidade. É pena que poucos conhecem esses assuntos e muitos os vêem com preconceito. Isso também não quer dizer que concordo com tudo que diz o Alexandre Weber.

          5. Tarô e astrologia

            Pois é, Anarquista, tarô e astrologia também fazem parte da realidade. É pena que poucos conhecem esses assuntos e muitos os vêem com preconceito. Isso também não quer dizer que concordo com tudo que diz o Alexandre Weber.

    1. Vejo com bons olhos o Requião

      Vejo com bons olhos o Requião entrar na disputa, nos 8 anos do governo Lula, o Paraná foi o estado com maior crescimento industrial.

      Não sei se a insatisfação desse bloco parlamentar permitirá mais uma candidatura, no PT cresce a pressão por mais candidaturas próprias e menos coligações proporcionais com partidos de direita. Isso é muito positivo, pois ajudaria a melhorar a atual correlação de forças no parlamento.

    2. Sem nexo

      Alexandre, vc citou o Requião (como possível candidato) e depois postou um texto que revela o verdadeiro manda-chuva do PMDB. Não conjumina, percebe?

      O Requião até que anda lúcido, melhorou muito depois que deixou o governo paranaense – ao menos no discurso. Só não vejo como reverter a imagem dele perante o Deus mercado.

      O problema todo, aparentemente, é o fisiologismo do PMDB, o qual eu carihosamente apelido de Partido Mais Dividido do Brasil.

      Quando se queixam que Dilma não é política, creio que usam o fisiologismo como sinônimo de política. Ela realmente não parece afeita a essa prática.

      Quando o Nassif fala em “gerentes competentes” não explica como nomeá-los e ao mesmo tempo contentar o apetite por cargos dos peemedebistas fisiológicos.

      O Brasil precisa de uma alternativa ao PMDB. Esse partido é a praga nacional.

       

  6.  
    Dilma vai iniciar a

     

    Dilma vai iniciar a campanha ao som de Comida do Titãs.

    ….

    A gente não quer só comida
    A gente quer comida
    Diversão e arte
    A gente não quer só comida
    A gente quer saída
    Para qualquer parte…

    A gente não quer só comida
    A gente quer bebida
    Diversão, balé
    A gente não quer só comida
    A gente quer a vida
    Como a vida quer…

  7. Um absurdo

    Não posso concordar com os elogios a Mercadante e a critica irônica ao Mantega. O Mercadante se notabilizou pelas declarações de simpatia à FSP ou  pela ajuda à Editora Abril dona da Veja, comprando milhões de suas revistas sem licitação ou ainda pelos elogios da direita, o que já é suspeitode! 

  8. Comento

    Nassif escreveu:”Dilma chega às eleições dependendo apenas dos seus pontos para vencer o campeonato. Basta entender que o país não precisa de um presidente gerente, mas de um presidente político que saiba articular os diversos setores do país, disponha de tempo para compreender o novo e tenha, debaixo de si, gerentes eficientes, que transformem as propostas em planos factíveis.”

    Para quem leu a notícia acima do bloco dos 300 da Câmara, o que está acontecendo não é um balde é uma caixa d’água de água fria.

    Dilma, acorda!

  9. Requião Candidato?

    Alguém Realmente acredita que o PMDB lançará candidato? Ainda mais o Requião / Ciro, uma dupla explosiva e independente. Tudo que o PMDB abomina.

      1. Requião / Ciro está mais é para impossível

        Oi Weber, uma chapa Requião / Ciro seria até bom para dar uma chacoalhada, mas o PMDBão deixar são outros quinhentos. Nem o próprio Requião tem essa esperança. Nesse caso está mais para impossível. Abraços.

  10. Eu quero mudança sim!

    Que LGBTs passem a ser tratados com respeito, porque o modo como tem sido nos últimos anos é ofensivo, o governo nos trata como se fôssemos um traste que atrapalha.

    1. Curioso é que nas redes

      Curioso é que nas redes sociais, os seguidores do Bolsonaro e Feliciano acusam o PT de fortalecer o “lobby gay”.

      Se os governistas tem interesse de se aproximar ainda mais dos religiosos, não acredito, não há clima político para isso.

      Eleitoralmente para o governo, o inteligente hoje seria o contrário, recuperar pelo menos um pouco dos LGBTs insatisfeitos.

      1. Eu entendo isso.

        É um problema de comunicação.

        O PT pode querer ganhar a simpatia dos conservadores morais, mas não convence por esse lado. Não é porque as cúpulas do PP ou PSC elogiam Dilma que os fãs desses partidos irão acompanhar isso. 

        A recíproca não é verdadeira: quem acredita em algumas coisas e vê o PT abandonando ou retrocedendo fica indignado.

        (É o contrário do que acontece em SP: Alckmin não está indisposto nem com evangélicos nem com LGBTs que não sejam de esquerda.)

        Agora o PT inventou de recuperar a CDHM, beleza, mas não quer colocar algum deputado conhecido por ser simpatizante. Falam em alguém ligado a Gleisi e frente da Agricultura…

        Qualé? Vão ficar a vida toda nessa tentativa de agradar coisas incompatíveis? Precisa escolher algumas vezes. (Na verdade nem precisaria escolher, pois todas as propostas das frentes fundamentalista e ruralista são absurdas mesmo, até a classe média coxinha percebe isso.)

        Eu acho que seria inteligente para o governo recuperar não só LGBTs mas também defensores de Povos Indígenas, Meio ambiente, direitos humanos de presidiários.

        Ou pelo menos investir um pouco em pesquisas de opinião.

        Mas o governo acha que 3 ou 4 minutos de TV são melhor para esse ano…

        Paciência.

        Eu até gostaria que o PT voltasse a ser simpatizante. Não quer, não é problema meu.

        Eu não vou deixar de criticar o que eu acho que eu devo.

        1. LGBT

          Gunter,

          Não me interprete mal, mas você mistura os assuntos para defender uma “minoria” que tem mais força e mídia que até mesmo os ruralistas. Opção sexual é questão de foro íntimo, não vejo como algo a ser “enfiado goela abaixo” nas outras pessoas.

          Sou negro e como tal, posso dizer hoje que a própria Rede Globo, pensa que o Brasil tem mais público LGBT que negros, pois se você observar a distribuição de personagens das novelas existem mais LGBTs que negros, você ainda acha que precisa levantar essa bandeira toda hora? 

          O governo precisa sim olhar para todas as minorias, mas existem questões mais complicadas neste momento que requerem mais “suor” da Dilma e dessa forma nós precisamos fazer a nossa parte sem criticar o governo, por não conseguir ser perfeito.

          Criticar é um direito seu, mas busque soluções, faça a diferença, caso contrário fica parecendo oposição, mas uma oposição desleal, pois diz ser aliado e “mete o pau”.

          Sou de Campinas, e pode ter certeza que esse negócio de ser uma cidade com muitos LGBTs é balela, mas me diga qual é o nível de politização da minoria que você coloca em pauta toda hora, para os problemas que não estejam ligados ao próprio umbigo?

          Características positivas e negativas, segundo a avaliação da sociedade todos temos e de forma simplista chamam de defeitos e qualidades, temos que aprender a fazer sobressair em nós as positivas e ficar resmungando não ajuda em nada, fica até meio chato.

          De qualquer forma, siga em frente com sua luta e me desculpe se achar meu comentário inoportuno.

           

           

           

  11. Ajuda.

    Caro Luís Nassif e amigos que comentam no ggn. Sou eleitor do PT e nascido em um municipio de boa renda do estado de SP, ou seja, sou o único eleitor do PT entre vários amigos (inclusive dentro da minha família) e por isso sofro uma verdadeira campanha de perseguição. Gostaria da ajuda de voces no sentido de como lidar com essa situação agravada agora por essa campanha de destruição do Partido pela midia em geral. Sempre bato na tecla da melhora de vida da população das classes mais baixas mas isso parece não aplacar a fúria dos anti petistas. por favor, não entendam esse texto como uma ironia. Agradeço a atenção de todos!

     

    1. Caro Marcello
      Nem gaste seu

      Caro Marcello

      Nem gaste seu tempo nem se indisponha mais, continue na sua,  fortaleça as suas convicções, tem coisa que é bobagem a persistência, como essa de ficar colocando números, para quem não quer ouvir, e ainda sairem como seres humanos superiores.

      Infelizmemente,sei bem do que você fala. Antes eu era a ovelha negra, agora, continuo sendo.

      Guarde na carteira seu boleto de doações. 

      Costumo comentar em casa, eles são católicos, que se todos fossem vivos, durante o julgamento de Cristo, eles gritariam, a todo pulmão, Caifás, Caifás. Eu sou ateu.

      Saudações

       

       

       

       

       

       

    2. impossivel

      senhor Marcello,

      quer dizer que o sr, assim como eu, está querendo ir contra o plim plim?

      o sr, por acaso, acha que o sr. sabe mais do que o plimplim? (essa ouvi ontem).

      o PT todo, até a Dilma já estão acreditando no plim plim. não perdem uma novela nem bbb.

      como é que a Dilma não tem 94% de aprovação? (6% é o pessoal da kombi, lembra?).

      estamos na mão do zé povinho. tenho esperança que o zé povinho do qual fazemos parte, vote certo.

      porque se depender dos coxignas, estamos fritos.

      plim plim

    3. Cara, estamos juntos

      Cara, estamos juntos nessa….. Moro num bairro prédio de classe média alta na Capital, vizinha de desembargador militante  do Opus Dei, entre os poucos colegas de profissão poucos são aqueles com quem discuto minhas convicções políticas – votei no Lula sempre , votei na Dilma, e vou votar de nvo !! . Não vale a pena… os caras todos com 50 anos ou muito mais, eram eleitores da Ademar de Barros, do Maluf, do Jânio, do Serra…. não dá para argumentar com esse pessoal… Economize sua saliva e seu fígado… porque pra esse pessoal o PT mesmo quando dá certo, está errado….

  12. PT esqueceu seu passado,

    PT esqueceu seu passado, abandonou a politização dos sujeitos que tanto se vangloria em dizer que elevou à categoria de cidadãos e agora estes se dão conta de que para esse partido eles são apenas votos. Oras, votar por votar não importa quem está no governo, basta que prometa manter o Bolsa-Familia, seja PT, PSDB, PSoescambau.

  13. A inadiável alvorada de uma

    A inadiável alvorada de uma quarta-feira de cinzas

     

    Nassif, encaminho um post de Lula Miranda que li hoje, 22 de fevereiro, no Brasil 247, que considero de leitura obrigatória.

     

    jairo arco e flexa

    Nem tucano nem petista.

    Não houve “mensalão” tucano. Assim como não houve “mensalão” petista. Não se pode negar um sem negar o outro. Ou condenar um e inocentar o outro, como fazem alguns hipócritas, jornalistas e juízes que, desgraçada e despudoradamente, assumiram inconfessáveis preferências partidárias; abandonaram os fatos e os autos para macular a toga, a magistratura e o jornalismo. Para, assim procedendo, estuprar a verdade e a Justiça.

    Tá certo que, no salve geral do “jornobanditismo” organizado brasileiro, o caixa dois do PT tornou-se o “mensalão” petista”. Isso todos sabemos. Já o tucano foi eufemisticamente batizado de “mensalão mineiro”. Notou a “sutil” e conveniente distinção? Um é “petista”; o outro é “mineiro”. Sei…

    Mais: o do PT foi “compra” de deputados; o do PSDB foi “financiamento de campanha”. Simples assim.

    Somos todos incautos?! Ou somos todos hipócritas?

    Ora! Sejamos honestos! Basta de parcialismo e/ou hipocrisia! Ambos são clássicos casos de caixa dois para financiamento centralizado de campanhas de partidos aliados!

    É um absurdo condenar Eduardo Azeredo a vinte e poucos anos de prisão? Concordo. Mas não se preocupe, pois este dificilmente será julgado ou condenado – muito menos sofrerá achincalhes e linchamentos públicos diuturnos, cotidianos no horário nobre das TVs ou nas capas e nas manchetes dos jornais e revistas.

    Porém, este importante político tucano de Minas terá que ser julgado pelo Supremo. Da mesma forma como foram julgados os petistas. Mas com direito à TV, teatral indignação e espalhafato? Convém duvidar.

    O Supremo, na primeira e interminável etapa do julgamento da AP 470, desgraçadamente, fez “chacrinha”, mas não fez justiça. Transformou suas herméticas e áridas sessões num triste e esdrúxulo espetáculo de auditório, para uma classe média conservadora, de duvidoso senso (e gosto) e cultura mediana, refestelar-se, inculta e bela, nas suas macias poltronas e cômodos sofás. “Tão somente” para condenar “exemplarmente” os líderes petistas.

    Deplorável exemplo e “espetáculo” deu o STF na ocasião. Nobres e provectos juristas escandalizaram-se.

    É um absurdo condenar Azeredo à prisão?! Assim como foi um absurdo condenar José Dirceu, Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha, cada qual com seu crime e castigo, por peculato, lavagem de dinheiro e… FORMAÇÃO DE QUADRILHA!!! Esta última condenação então é o absurdo dos absurdos! Chega a ser inacreditável. Inaceitável! Remete-nos à obra de Franz Kafka, mas sem o aviso prévio e tranquilizador de que estamos diante de uma obra de ficção do gênio humano.

    Absurdo! Reitero, com necessária e indignada ênfase. ABSURDO!

    Condenar históricos líderes e referências do petismo e da política brasileira por peculato e lavagem de dinheiro pode até ser considerado, com muito boa vontade, vá lá, um viés de interpretação do magistrado, para uns; ou um suposto erro de avaliação/julgamento, para outros. Ou – por que não? – até mesmo um excesso de rigor dos ministros da Corte que, na condição de juízes, viram crime onde delito havia.

    Mas, cá entre nós, condenar por formação de quadrilha, repito, é ABSURDO, e, mais que isso, é gritante e aviltante injustiça, visto que, além de corromper os autos e os fatos, foge à lógica elementar e ao bom senso.

    Quadrilha?! Faça-me um favor!!!

    Vivemos num mudo de rábulas e verdugos?

    A classe média, despolitizada, gorda e burra, bela e inculta terá conhecido finalmente o seu paraíso?

    Vivemos num reinado de hipócritas?

    Cabe-nos perguntar.

    Cabe-nos perguntar ainda e por último: o que é afinal o Supremo?!

    O Supremo é uma “muralha inexpugnável” que serve para zelar pela interpretação e aplicação dos ditames da Carta Magna; que serve para proteger os direitos dos indivíduos do arbítrio e desmandos do Estado e do poder econômico? Ou é apenas uma canhestra cidadela do establishment, com suas masmorras inacessíveis e ar lúgubre, infecto, inacessível, incompreensível, cheio de sombras, onde se escondem vilezas, torpezas, hipocrisias e dosimetrias que utilizam pesos e medidas de flagrante incongruência, ao gosto do freguês da ocasião?

    O Supremo terá, na próxima semana, portanto bem antes da tão esperada “folia momesca”, a oportunidade de se redimir de fragoroso e ignominioso erro histórico; de fragorosa e ignominiosa injustiça e, por que não dizer, maldade.

    E assim, quem sabe, mostrar, para a sociedade brasileira, não somente para os correligionários do partido “x” ou “y”, que seus ministros, ao menos os mais honrados, virtuosos e humanos, não devem servir como heróis caricatos, como “Chacrinhas” e ou “chacretes” para desfrute e entretenimento de uma sociedade hipócrita, ou, tampouco, como meras máscaras a serem utilizadas pelos falsos virtuosos, os hipócritas, que pululam por aí, em eternos carnavais, nessa nossa sociedade farsesca, de duas faces e pouca moral. Para que estes “heróis” de um triste e catártico espetáculo não mais se esbaldem em sua débil e fugaz alegria, que não mais se assumam e celebrem a sua mediocridade foliã apenas no carnaval – de qualquer maneira, a qualquer tempo.

    Quem sabe um ou outro ministro, de preferência um dos mais novos, imune aos vícios e pretensas virtudes dos velhos, traga um pouco de luz àquela Corte de sombras?

    Quem sabe um destes não diga para a sociedade toda ouvir, agora, para valer, em caráter definitivo, em alto e bom, a verdade que já não pode calar: que o país necessita de uma reforma política URGENTE; que o financiamento privado de campanhas manieta e criminaliza a política – pois as instituições, os políticos, a mídia, os jornalistas, os promotores, o Judiciário inclusive, são, muitas vezes, tratados como meros títeres do poder econômico.

    Pois a realidade, a verdade tarda, mas chega. Algum dia. Por vezes, logo depois de breve “desconforto”, ou mesmo ressaca de um “porre” de civismo, como nas Diretas Já. Mas vem acompanhada/seguida de irrefreável e libertadora alegria.

    Pode até tardar, demorar aos olhos e expectativas dos mais impacientes, mas sempre há de vir o sol, por mais longa e tenebrosa que tenha sido a noite.

    E, com ele, sempre chega a luz, que a tudo ilumina, esclarece, redime.

    Como a inadiável, inconveniente e inexorável alvorada de uma quarta-feira de cinzas.

     

  14. Na questão da participação

    Na questão da participação popular Dilma poderia usar da experiência de Tarso Genro, governador do RS – depois das manifestações de junho ele implantou algo inovador e muito bem visto pela população em matéria de participação. 

  15. A Arte da Política

    Interessante esse pessoal, batem no PT mas votam no… candidato do PT. Só isso já mostra a força da visão política do PT. Continuem batendo, o PT tem couro duro. Enquanto batem, o PT está mudando o país. Viva o PT, viva o Brasil.

  16.  
    Nassif, esta é uma mensagem

     

    Nassif, esta é uma mensagem que não tenho a menor satisfação em enviar mas que reflete com precisão o que penso do atual quadro político.

    Se os índices de aprovação a Dilma estiverem efetivamente em queda e ela não vencer a eleição no primeiro turno (ou vencê-la somente no segundo turno após compromissos que irão tornar seu mandato praticamente frágil e inoperante) não será preciso nem a ela nem às cúpulas do PT e do governo federal procurar muito a quem responsabilizar pela decepção: a culpa deverá ser dividida em doses iguais entre a atual presidente e os figurões de seu partido e de sua administração.

    Porque é preciso mesmo muita disposição e coerência, ao exercer o mais alto cargo do país, cuidar da imagem de sua administração com tanta negligência e passsividade.

     

     

     

     

     

  17. Disse tudo, Nassif. Menos

    Disse tudo, Nassif. Menos gerência de gabinete e mais política!

    Esse é o ponto. Ninguém em sã consciência desconsidera que Dilma é honesta e bem intencionada. A desqualificação moral não cola nela. O problema é que ela não tem nem um décimo da cabeça política do Lula. E o PT não tem quadros. Os melhores, Dirceu e o Genoino foram inteligentemente abatidos pela direita/pig.

    Agora também já não adianta mais. Mas mesmo assim Dilma é favorita. Se melhorar um pouco a comunicação, desmontando o movimento #nãovaitercopa, ganha. O povão apoia a Copa, e está satifeito com o pleno emprego, o aumento do salario e controle da inflação. Reclama dos serviços públicos, mas não é besta de arriscar com o Aécio (FHC) e Dudu. 

    Está lá no Cafezinho: 67% dos que ganham salario mínimo aprovam a presidenta. Contra apenas 31% dos acima de 5 salários.

    Luta classe na veia: Povo brasileiro X coxinhas (do Faceburro)

  18. Novo é aprofundar as mudanças iniciadas por Lula em 2003

    PORQUE O CICLO PETISTA TEM QUE CONTINUAR?

     

    1- Eleição é uma contingência. A vida não se resume a uma eleição. A eleição é o momento do escrutínio, do aferimento dos processos políticos, econômicos e sociais verificados entre um pleito e outro. Não se sai de um suposto imobilismo única e exclusivamente em função de um processo eleitoral, mas sim através da luta política que se trava cotidianamente entre os vários segmentos da sociedade, muitos deles com interesses antagônicos e irreconciliáveis.

     

    2- O novo apareceu nas “manifestações” de junho de 2013? Onde? O novo são estes grupúsculos (de fantasiados ou não), cuja plataforma política é ser contra a Copa, contra a PEC 37 (sem nem saber do que se trata), contra o IPTU progressivo em São Paulo? Isto não tem nada de novo! Ao contrário, é mais velho do que andar para a frente. É a reação mostrando as garras através de novas formas de luta política.

     

    Há milhares de canais de participação popular no Brasil, são eles os sindicatos, ONGs, diretórios acadêmicos, diretórios centrais de estudantes, associações de bairro, milhares de outras associações, sindicatos, organizações e movimentos sociais diversos. Só não participa quem não quer participar. Quanto ao gre-NAL da disputa eleitoral, não há nada de mal nisto, faz parte do jogo político.

     

    3- O cenário político do ano é paupérrimo ou desinteressante? Não concordo, aliás, acho que é um dos cenários mais interessantes desde a volta da redemocratização.

     

    4- Uma pitada sobre a Copa: imaginar que o sucesso ou não do Brasil na Copa será determinante para o processo político é subestimar a capacidade do povo brasileiro. Evidentemente que se o Brasil não terminar com o Hexacampeonato mundial de futebol, as mesmas forças políticas que fazem do ódio ao PT uma profissão de fé, tentarão instrumentalizar este fato para bater bumbo dizendo que o país é uma desgraça. Já fazem isto desde 2003, então, nenhuma novidade. Uma coisa é certa, a batalha eleitoral de 2014 será renhida, dura e disputada palmo a palmo, e isto independe dos resultados da Copa do Mundo.

     

    5- A política brasileira não está subordinada aos resultados da Copa, isto é uma visão equivocada e que, como disse antes, subestima a própria inteligência do povo brasileiro, como se este povo não soubesse separar o que vive e sente no cotidiano e os acontecimentos do Mundial de futebol.

     

    6- O novo governo que surgirá das urnas vai administrar o país de acordo com a correlação de forças que a sociedade brasileira vai legar para o vencedor, mediante o sufrágio popular. De que “nova utopia” estamos a falar? Passei décadas da minha vida lendo e ouvindo sobre a necessidade de se construir um amplo mercado interno de massas, sobre a necessidade de se diminuir a brutal concentração de renda existente no país, sobre a necessidade de se perseguir a todo custo o pleno emprego, sobre a necessidade de aumentar o poder de compra da classe trabalhadora através da valorização do salário mínimo (históricamente aviltado). E também sobre a necessidade de se fazer isto mantendo a democracia política que tanto sangue, suor e lágrimas custaram ao povo brasileiro. Pois é justamente isto que estamos presenciando hoje!

     

    Aliás, é um fato inédito na história do país que se faça tudo isto mantendo a democracia política e o controle inflacionário. Esta é a nova utopia que durante décadas foi sonegada ao povo brasileiro. Esta é a nova utopia que está sendo construída com dificuldades inauditas. Esta é a nova utopia que deixou de ficar somente no campo da utopia e que passou para o campo da materialidade a partir dos governos de Lula e de Dilma Rousseff. E é esta utopia que está sendo construída com êxito que uns e outros pretendem destruir em nome do “novo”…

     

    7- Mais uma vez, o que é este “novo” de que tanto falam? Quem é o portador desta “boa nova”? Quais são as propostas deste “novo” programa que é tão falado mas que ninguém diz o que é? A depender da oposição fracassada, da mídia venal, da ‘nova’ oposição esverdeada ou dos fantasiados, esta “nova utopia” não passa de uma farsa reacionária, que pretende destruir todas as conquistas sociais acumuladas pela população brasileira nos últimos dez anos.

     

    8- Agora surgem problemas com a falta de representação política. Pois bem, este problema também não é novo. O diagnóstico já foi feito há muito e muito e muito tempo. O problema não é o diagnóstico em si, que todo mundo já sabe, mas sim a correlação de forças que impede que se faça uma ampla reforma política! Lula mandou o projeto de reforma política (voto em lista e financiamento público) para o Congresso Nacional em 2007. A proposta foi derrotada no parlamento. No rescaldo das “manifestações” de junho, a Presidenta Dilma Rousseff aventou a possiblidade de se fazer uma Assembleia Nacional Constituinte Específica para o tema da Reforma Política. E o que houve quando a Presidenta defendeu esta tese?

     

    Ela foi massacrada pela oposição partidária e máfio-midiática, não recebeu o apoio de absolutamente ninguém e até mesmo em alguns blogs progressistas a excelente proposta de Dilma foi intensamente bombardeada! Esta é a verdade que precisa ser dita. Não há mágica em política, há o confronto entre teses e grupos de poder distintos. Ninguém fará uma reforma política neste país com uma varinha mágica de condão, mas quando se vê que nem mesmo a esquerda tem acordos mínimos em torno deste tema, percebe-se com clarividência ímpar que o problema não é e nunca foi a “falta de vontade política”, mas sim a precária correlação de forças, dentro e fora do parlamento, que bloqueia esta e outras reformas estruturais.

     

    9- Os partidos estão desgastados? Pode até ser, mas isto é consequência do sistema político e eleitoral brasileiro, que por sua vez é consequência do que saiu da Constituinte de 1988. E não são todos os partidos que estão desgastados. Partido que tem militância não se desgasta, ao contrário, segue lutando em busca das reformas que entende serem necessárias.

     

    O PT, por exemplo, já deveria estar extinto, morto e enterrado para todo o sempre, tamanho é o grau de virulência que sofre durante 24 horas por dia, tamanho é o grau de insanidade advinda desta política de extermínio da qual o partido é vítima desde 2003, mas que se acentuou em 2005 e, em especial, a partir da farsa da AP 470. E porque o PT ainda não está morto e enterrado? Porque é hoje o único partido com profundas raízes fincadas em todo o território nacional, porque é um partido que surgiu das lutas sociais e porque é um partido que tem história e militância política. Aliás, a militância do PT está pronta e ávida por participar de todos os processos políticos deste crucial ano de 2014. 

     

    10- A ditadura militar nunca se legitimou através do processo político livre e desimpedido do povo brasileiro. Esta comparação entre a suposta “legitimidade” da ditadura, que nunca existiu, com o momento atual, é precária até não poder mais. O PT tem legitimidade porque apanha que nem um cachorro sarnento todos os dias, todas as semanas, todos os meses e todos os anos. E apanha com ampla liberdade de imprensa, e apanha impiedosamente e convive com este arsenal que tenta destruí-lo. E apanha e trabalha e tem a confiança majoritária do povo brasileiro que a tudo assiste, que a tudo avalia, que a tudo mede e que, depois de tudo isto, de forma livre, soberana e desimpedida, segue votando no PT.

     

    A legitimidade do PT vem das suas realizações, vem do saldo político, econômico, social e lúdico que acumulou ao longo das décadas. Saldo este que é amplamente positivo quando se faz a conta entre os créditos e os débitos até hoje atingidos. Esta é a força do PT, ao contrário da ditadura que se legitimava pelas armas, pelo terrorismo de estado e pela censura. A legitimidade do PT é real, não uma fabricação de papel ou um origami. A legitimidade do PT se conquistou e se conquista a cada dia, debaixo de pauladas de gregos e troianos, e é isto o que o diferencia de outros partidos.

     

    11- Como já disse antes, o novo é a democracia política, a distribuição de renda, a diminuição das desigualdades sociais e regionais, o controle inflacionário, a construção de um amplo mercado interno de massas, a valorização do salário mínimo e dos dissídios das classes laborais! Isto é o novo, isto é a nova utopia que foi sonegada ao povo durante décadas. E é isto que está sendo construído hoje no Brasil, tudo ao mesmo tempo, num processo político ímpar, conturbado, cheio de contradições é inédito na história do Brasil.

     

    12- Por tudo o que foi exposto é que os governos petistas devem continuar. O ciclo atual está longe do fim e somente Dilma Rousseff é que tem a capacidade de dar continuidade ao processo econômico, político e social que estamos presenciando. 

  19. Eu não consigo entender

    Eu não consigo entender porque o Governo Dilma é tão incompetente na comunicação com o povo. Eu tenho a impressão que a Dilma só tem assessores incompetentes ou assessores traíras ou as duas coisas. Que dúvida cruel.

     

    1. Eu gostaria de saber se foi a

      Eu gostaria de saber se foi a Dilma mesmo que nomeou essa equipe ou apenas atendeu reinvidicações, ela mostra que apesar de ocupar um cargo político não sabe nada de política.

  20. Eleição é influenciada pelo que acontece no mundo.

    Num possível 2º turno, a rejeição as candidaturas neoliberais será maior. Se em 1989, a crise do Leste Europeu prejudicou Lula, hoje, países até então avançados com 20 ou 30% de desemprego vão queimar o filme das candidaturas pró-mercado.

    Nos EUA, a popularidade do Obama está em queda, o desemprego cai lentamente e o que segura a economia americana é a posição de sua moeda. Cresce no partido Democrata uma ala “socialista”, pois num sistema distrital é mais cômodo militar nos partidos tradicionais do que criar um novo.

    A Alemanha é beneficiada pela sua posição privilegiada na União Européia, uma mudança de tratado na UE pode abalar a economia alemã. Na França, a Frente Nacional de Le Pen lidera as pesquisas de preferência partidária, apesar do discurso fascista, na economia são mais próximos do PT do que o Tea Party.

     

  21. O que aguarda Dilma

    O que aguarda Dilma

    Se pensarmos no que esta acontecendo na Ucrânia e na Venezuela, podemos antecipar o que pode acontecer caso Dilma vença a próxima eleição.
    Qualquer mínima oposição ao rentismo e a austeridade imposta aos povos esta sendo severamente punido, quantos grupos de extrema direita podem estar dormindo  esperando apenas serem acordados, financiados pela CIA para desestabilizar o pais.
    Segundo Saulo Leblon, Edmar Bacha, assessor de Aécio, flerta com a austeridade nos moldes de Portugal e Espanha

    …Os paladinos do capitalismo pró-cíclico, a exemplo de Edmar Bacha, formulador tucano e assessor especial de Aécio Neves, tem a receita na ponta da língua.
    A depender deles, o Brasil iniciaria desde já um tratamento feito de intermináveis doses de ajustes e arrochos recessivos, com a revogação maciça de tarifas protecionistas e alta sideral dos juros.
    O país que sobrar disso poderá estacionar a carcaça no cemitério da paz salazarista que hoje abriga os metabolismos exauridos de Portugal, Espanha e assemelhados…

    Junte-se a isso a propagação pela velha midia do mito da corrupção generalizada para desqualificar o processo politico, e temos o ambiente perfeito para se repetir no Brasil os golpes que acontecem na Ucrânia e Venezuela.
    Seguem três textos, incluindo o de Saulo Leblom, dentro do contexto do que aguarda Dilma na próxima eleição.

    A única força capaz de resistir aos mercados

    Do site “Envolverde”

    http://envolverde.com.br/economia/unica-forca-capaz-de-resistir-aos-mercados/

    A desordem financeira global não cederá tão cedo, nem tão facilmente, avisam os solavancos recorrentes das bolsas mundiais e a volatilidade dos mercados de câmbio.

    Dia sim, dia não, sirenes alertam para as intempéries de uma transição em curso: é só o começo.

    Quando os EUA elevarem a taxa de juro (hoje negativa) o sacolejo pode piorar com congestionada migração de capitais ao bunker de origem. É o vaticínio do jogral que nunca desafina.

    A precificação desse futuro inspira cautela mas não pode significar imobilismo.

    O cerco pela adoção da vacina ortodoxa é cada vez mais asfixiante.

    Entende-se por isso prevenir a fuga de capitais, e a retração dos investidores, entregando por antecipação o que eles cobram: novas altas nos juros e cortes robustos no gasto fiscal.

    O conjunto precipitaria a emergência de uma economia entrevada em desemprego e recessão que se pretende evitar.

    Capitais viciados na alfafa suculenta da arbitragem de juros, e na aveia fina da volatilidade das moedas, cobram rapidez na liberação de novos piquetes.

    Nações estremecem; o bucho protuberante do rentismo estica e brilha: grandes bancos quadruplicaram seu lucro na Espanha no ano passado; os suicídios bateram recorde no país, com alta de 11%.

    O Brasil iniciou uma ziguezagueante correção da taxa de câmbio em 2012.

    A desvalorização acumulada do Real é superior a 17%.

    A meta do governo é equilibrar a paridade em R$ 2,45 (bateu em R$ 2,43 nesta 3ª feira).

    Busca-se superar uma valorização que esfolava a indústria e golpeava o comércio exterior do país.

    O déficit de US$ 4 bi em janeiro foi fortemente pressionado pela importação de bens de consumo, cujo similar nacional foi preterido pelo diferencial do preço.

    A taxa de juro brasileira já é a 3ª mais alta do mundo (superior a 4% em termos reais)

    Nada disso adianta e não adiantará, assegura a emissão conservadora.

    Mesmo abrigado em um lacre de reservas equivalente a 13 meses de importações, a julgar pela vontade do mercadismo, o país deveria cumprir a penitência prescrita a outras praças infinitamente mais fragilizadas.

    Os paladinos do capitalismo pró-cíclico, a exemplo de Edmar Bacha, formulador tucano e assessor especial de Aécio Neves, tem a receita na ponta da língua.

    A depender deles, o Brasil iniciaria desde já um tratamento feito de intermináveis doses de ajustes e arrochos recessivos, com a revogação maciça de tarifas protecionistas e alta sideral dos juros.

    O país que sobrar disso poderá estacionar a carcaça no cemitério da paz salazarista que hoje abriga os metabolismos exauridos de Portugal, Espanha e assemelhados.

    É o que os mercados podem fazer pelo Brasil.

    E o farão, se não forem contidos.

    O fatalismo do receituário conservador exprime uma tendência mais geral de um capitalismo que, deixado à própria sorte, mais que nunca vai operar em condições de baixa demanda efetiva, elevado desemprego e especulação solta na esfera financeira (leia a análise de Michael Roberts; nesta pág; bem como a entrevista de Marcelo Justo com chefe de investigação do Conselho Europeu de Relações Exteriores, Hans Kundnani, e a nota neste blog ‘Obama: o mercado vai bem, o povo vai mal’).

    Se quiser resistir ao rodo nivelador, o Brasil terá que calibrar os ajustes que precisam ser feitos –como o do câmbio e a maior ênfase no investimento– a contrapelo dos automatismos de mercado.

    Só existe uma força capaz de fazer frente a eles: a política.

    A política contribuiu de maneira inestimável para o modo como essa lógica se impôs.

    Só ela poderá reverter a brutal agonia da decadência atual.

    A espoleta da maior crise do capitalismo desde 1929 foi o recuo desastroso do controle da Democracia sobre o poder do Dinheiro. Seu vetor, o desmonte das travas regulatórias do sistema bancário consolidado no pós-guerra.

    Recuos e derrotas acumulados pela esquerda mundial desde os anos 70, sobretudo a colonização de suas referências pelos valores neoliberais, alargaram os vertedouros para o espraiamento da dominância financeira atual.

    A queda do Muro de Berlim em novembro de 1989 simbolizou a supremacia de uma ordem regressiva que agora vive a sua fase crepuscular.

    A sociedade que cedeu a soberania ao suposto poder autorregulador dos mercados perdeu a capacidade institucional de gerar antídotos às degenerações intrínsecas a essa renúncia.

    A democracia terá que se reinventar para que tal possibilidade se recoloque no horizonte da ação política.

    Não é uma agenda protelatória à espera de um alvorecer redentor.

    É um imperativo à negociação política do passo seguinte do desenvolvimento brasileiro.

    Caminhar em busca desse ponto de mutação requer, ademais do discernimento do governo, a prontidão das forças sociais para trilhar o caminho.

    Faz parte do trajeto um salto na compreensão das interações perversas que subordinam o emprego, o salário e a própria sobrevivência operária à corrosão industrial em marcha batida na economia.

    Juros altos e cambio flutuante transformaram-se em armadilha contra a produção e o emprego.

    A valorização cambial nos últimos anos beneficiou o poder de compra dos salários.

    Mas o crescimento desbragado das importações vazou a demanda para a China e transferiu vagas para a Ásia.

    Retificar o curso dessa sangria tem um preço.

    Se o ajuste for feito via mercado, será descarregado integralmente no bolso do assalariado.

    Num processo de repactuação política , ônus, bônus e prazos serão ordenados pela correlação de forças em movimento –que terão nas eleições de outubro um de seus moduladores.

    Uma certeza emerge das tensões e impasses refletidos nos indicadores econômicos: o capitalismo aceita tudo.

    Menos a violação do seu impulso vital imiscível, como água e óleo, com ideais de harmonia e estabilidade.

    Não é a necessidade que comanda a produção. É o oposto.

    É nesse percurso avesso a convergências sociais que regurgitam as bolhas constitutivas de uma crise permanente de superprodução –de capitais fictícios e não de mercadorias.

    Desmontar essa usina efervescente, repita-se, não é obra técnica para os mercados.

    Ela tampouco será revertida em um só país e delimita a correlação de forças em cada um deles.

    Mas há mais a ser feito do que simplesmente sancionar a fatalidade ortodoxa.

    O que há para ser feito é romper a caixa preta do economicismo com uma repactuação progressista do desenvolvimento brasileiro.

    A premência desse mutirão político soou a sua hora e a eleição de outubro se oferece como seu catalisador no país.

    A ver.

    * Saul Leblon é colunista da Carta Maior.

    ** Publicado originalmente no site Carta Maior.

    Mentiras propagadas pelo pensamento econômico dominante

    Do site “Envolverde”

    http://envolverde.com.br/economia/mentiras-propagadas-pelo-pensamento-economico-dominante/

    Grande parte dos argumentos mostrados pelos meios de informação e persuasão econômicos para justificar certas políticas são pura ideologia cheia de mentira

    Permita-me, senhor leitor, que eu converse com você como se estivéssemos tomando um café, explicando-lhe algumas das maiores mentiras apresentadas diariamente no noticiário econômico. Você deveria ter consciência de que grande parte dos argumentos mostrados pelos maiores meios de informação e persuasão econômicos do país para justificar as políticas públicas ora implementadas são posturas claramente ideológicas, que não se sustentam com base na evidência científica existente. Vou citar algumas das mais importantes, mostrando que os dados contradizem aquilo que se diz. E também tentarei explicar por que continuam repetindo essas mentiras, apesar de a evidência científica questioná-los, e com que finalidade elas são apresentadas diariamente a você e ao público.

    Comecemos por uma das mentiras mais importantes, que é a afirmação de que os cortes de gastos nos serviços públicos do Estado de bem-estar social – tais como saúde, educação, serviços domésticos, habitação social e outros (que estão prejudicando enormemente o bem-estar social e a qualidade de vida das classes populares) – são necessários para que o déficit público não aumente. E você se perguntará: “E por que é tão ruim que o déficit público cresça?”. E os reprodutores do senso comum lhe responderão que o motivo de se reduzir o déficit público é que o crescimento desse déficit determina o crescimento da dívida pública, que é o que o Estado tem que pagar (predominantemente aos bancos, que têm uma quantia em torno de mais da metade da dívida pública na Espanha) por ter pedido emprestado dinheiro dos bancos para cobrir o rombo criado pelo déficit público.

    Reforça-se, assim, que a dívida pública (considerada um peso para as gerações futuras, que terão de pagá-la) não pode continuar crescendo, devendo-se, para isso, reduzi-la diminuindo o déficit público. Isso quer dizer, para eles, cortar, cortar e cortar o Estado de bem-estar até o ponto de acabar com ele, que é o que está acontecendo na Espanha.

    Os argumentos utilizados para justificar os cortes não são críveis.

    O problema com esta postura é que os dados (que o senso comum oculta ou ignora) mostram exatamente o contrário. Os cortes são enormes (nunca foram tão grades durante a época democrática) e, ainda assim, a dívida pública continua crescendo e crescendo. Veja o que está acontecendo na Espanha, por exemplo, com a saúde pública, um dos serviços públicos mais importantes e mais demandados pela população. O gasto público com saúde enquanto parte do PIB se reduziu em torno de 3,5% no período 2009-2011 (quando deveria ter crescido 7,7% durante esse mesmo período para chegar ao gasto médio dos países de desenvolvimento econômico semelhante ao nosso), e o déficit público diminuiu, passando de 11,1% do PIB em 2009 para 10,6% em 2012. A dívida pública não baixou, mas continuou aumentando, passando de 36% do PIB em 2007 para 86% em 2012. Na verdade, a causa do aumento da dívida pública se deve, em parte, à diminuição dos gasto público.

    Como isso pode acontecer?, você se perguntará. A resposta é fácil de enxergar. A diminuição do gasto público implica a redução da demanda pública e, com isso, a diminuição do crescimento e da atividade econômica, fazendo com o que o Estado receba menos recursos através de impostos e taxas. Ao receber menos impostos, o Estado de se endivida mais, e a dívida pública continua crescendo. Desnecessário afirmar que o maior ou menor impacto que estimula o gasto público depende do tipo de gasto. Mas os cortes são nos serviços públicos do Estado de bem-estar, que são os que criam mais emprego e que estão entre os que mais estimulam a economia. Permita-me repetir essa explicação devido à sua enorme importância.

    Quando o Estado (tanto central como autônomo e local) aumenta o gasto público, aumenta a demanda de produtos e serviços, e com isso, o estímulo econômico. Quando reduz, diminui a demanda e o crescimento econômico, fazendo com que o Estado receba menos fundos. É aquilo que, na terminologia macroeconômica, se conhece como o efeito multiplicador do gasto público. O investimento e o gasto público facilitam a atividade da economia, o que é negado pelos economistas neoliberais (que se promovem, em sua grande maioria, pelos maiores meios de informação e persuasão do país), apesar da enorme evidência atestada pela literatura científica (veja meu livro Neoliberalismo y Estado del Bienestar, editora Ariel Económica, 1997. Em português, Neoliberalismo e Estado de bem-estar).

    Outra farsa: gastamos mais do que temos

    O mesmo senso comum está dizendo também que a crise se deve ao fato de termos gastado demais, acima de nossas possibilidades. Daí a necessidade de apertar os cintos (que quer dizer cortar, cortar e cortar o gasto público). Via de regra, essa postura é acompanhada da afirmação de que o Estado tem que se comportar como as famílias, ou seja, “em nenhum momento pode gastar mais do que recebe”. O presidente Rajoy e a Sra. Merkel repetiram essa frase milhares de vezes.

    Essa frase tem um componente de hipocrisia e outro de mentira. Deixe-me explicar o porquê de cada um deles. Eu não sei como você, leitor, comprou seu carro. Mas eu, como a grande maioria dos espanhóis, comprou o carro a prazo, quer dizer, usando crédito. Todas as famílias se endividaram, e assim funciona o orçamento familiar. Pagamos nossas dívidas conforme entram os recursos que, para a maior parte dos espanhóis, vem do trabalho. E daí surge o problema atual. Não é que as pessoas gastaram além de suas possibilidades, mas foram suas rendas e suas condições de trabalho que pioraram mais e mais, sem que a população fosse responsável por isso. Na verdade, os responsáveis por isso acontecer são os mesmos que estão dizendo que é preciso cortar os serviços públicos do Estado de Bem-estar e também diminuir os salários. E agora têm a ousadia (para colocar de maneira amável) de dizer que você e eu somos os culpados porque gastamos mais e mais. Eu não sei você, mas eu garanto que a maioria das famílias não comprou e não acumulou produtos como loucos. Pelo contrário.

    A mesma hipocrisia existe no argumento de que o Estado gastou muito. Veja você, leitor, que o Estado espanhol gastou muito – não muito mais –, mas muito menos do que outros países de nível de desenvolvimento econômico semelhante. Antes da crise, o gasto público representava somente 39% do PIB, enquanto a média da UE-15 era de 46% do PIB. Na época, o Estado deveria ter despendido, no mínimo, 66 bilhões de euros a mais no gasto público social para ter gastado o correspondente ao seu nível de riqueza. Não é certo que as famílias ou o Estado tenham gastado mais do que deveriam. Apesar disso, continuarão afirmando que a culpa é da maioria da população, que gastou muito e agora tem que apertar os cintos.

    Você também provavelmente escutou que esses sacrifícios (os cortes) precisam ser feitos “para salvar o euro”.

    Novamente, esta ladainha de que “estes cortes são necessários para salvar o euro” se reproduz. Contudo, ao contrário daquilo que se anuncia constantemente, o euro nunca esteve em perigo. Não há sequer uma mínima possibilidade de alguns países periféricos (os PIGS, Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha) da zona do euro serem expulsos da moeda. Na verdade, um dos problemas entre os muitos que estes países têm é que o euro está excessivamente forte e saudável. Sua cotação esteve sempre acima do dólar e seu poder dificulta a economia dos países periféricos da zona do euro. E outro problema é que o capital financeiro alemão lhes emprestou, com grandes lucros, 700 bilhões de euros, e agora quer que os países periféricos os devolvam. Se algum deles deixar o euro, o sistema bancário alemão pode entrar em colapso. O setor bancário (cuja influência é enorme) não quer nem ouvir falar da saída dos países devedores da zona do euro. Eu lhes garanto que é a última coisa que eles querem.

    Essa observação a favor da permanência no euro é certamente óbvia, e não um argumento. Na verdade, acredito que os países PIGS deveriam ameaçar sair do euro. Mas é absurdo o argumento que se utiliza de que a Espanha deve, ainda mais, reduzir o tempo de visita ao médico para salvar o euro (que é o código para dizer, “salvar os bancos alemães e lhes devolver o dinheiro que emprestaram obtendo lucros enormes”). São essas as falácias constantemente expostas. Eu lhes garanto que são apresentadas sem que sejam comprovadas por nenhuma evidencia. Isso é claro.

    A causa dos cortes

    E você se perguntará: Por que então fazem esses cortes? A resposta é fácil de encontrar, ainda que raramente seja vista nos grandes meios de comunicação. É o que se costumava chamar de “luta de classes”, mas agora a mídia não utiliza essa expressão por considerá-la “antiquada”, “ideológica”, “demagógica” ou qualquer adjetivo que usam para mostrar a rejeição e desejo de marginalização daqueles que veem a realidade de acordo com um critério diferente, e inclusive oposto, ao daqueles que definem o senso comum do país.

    Mas, por mais que queiram ocultar, essa luta existe. É a luta de uma minoria (os proprietários e gestores do capital, quer dizer, da propriedade que gera rendas) contra a maioria da população (que obtém suas rendas a partir de seu trabalho). É aquilo que meu amigo Noam Chomsky chama de guerra de classes – conforme expõe em sua introdução ao livro Hay alternativas. Propuestas para crear empleo y bienestar social en España, de Juan Torres, Alberto Garzón e eu (Em português, Há alternativas. Propostas para criar emprego e bem-estar social na Espanha).

    Desnecessário dizer que essa luta de classes variou de acordou com o período em que se vive. Esta que está acontecendo agora é diferente daquela da época de nossos pais e avós. Na verdade, agora está inclusive mais ampla, pois não é somente das minorias que controlam e administram o capital contra a classe trabalhadora (que continua existindo), mas inclui também grandes setores das classes médias, formando as chamadas classes populares, conjuntamente com a classe trabalhadora. Essa minoria é fortemente poderosa e controla a maioria dos meios de comunicação, e tem também grande influência sobre a classe política. E esse grupo minoritário deseja que os salários diminuam, que a classe trabalhadora fique aterrorizada (daí a função do desemprego) e que perca os direitos trabalhistas e sociais. E está reduzindo os serviços públicos como parte dessa estratégia para enfraquecer tais direitos. A privatização dos serviços públicos, consequência dos cortes, também é um fator importante por permitir a entrada do grande capital (e muito particularmente do capital financeiro e bancários, e das seguradoras) nesses setores, aumentando seus lucros. Você deve ter lido como, na Espanha, as companhias privadas de seguro de saúde estão se expandindo como nunca haviam conseguido antes.

    E muitas das empresas financeiras de alto risco (quer dizer, altamente especulativas) estão atualmente controlando grandes instituições de saúde do país graças às políticas privatizantes e aos cortes feitos pelos governos, que justificam essa medida com toda a farsa (e acredite que não há outra forma de dizer) de que precisam fazer isso para reduzir o déficit público e a dívida pública.

    * Vicenç Navarro é catedrático de Políticas Públicas da Universidade Pompeu Fabra e Professor de Políticas Públicas na Johns Hopkins University. Site pessoal http://www.vnavarro.org.

    ** Publicado originalmente no site Carta Maior.

    A oligarquia internacional deseja a depressão e o caos político

    Do blog “Redecastorphoto”

    http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/02/a-oligarquia-internacional-deseja.html

    [*] Adriano Benayon − 12.02.2014 Credores da Dívida Interna do Brasil – 11/2013 (não auditada)   É hora de abrir o olho. Estamos no Brasil e no Mundo em situação especialmente perigosa, de que há copiosas manifestações, cujas causas são sistematicamente ocultadas, pois os que estão por trás delas, querem operar despercebidos.    2. As potências hegemônicas, suas associadas e satélites seguem em depressão econômica, com aspectos mais perversos que os da iniciada em 1930 e que só terminou, em 1943, nos EUA – com a mobilização de dezenas de milhões de combatentes na Segunda Guerra Mundial, mais os vultosos investimentos para produzir armas. Na Europa e na Ásia, a depressão foi substituída pela devastação.   3. A terrível Guerra de 1939 a 1945 não foi desencadeada para acabar com a depressão, pois sempre os móveis são obter mais poder, arruinar potências vistas como rivais e desviar o foco dos reais problemas sociais e econômicos.   4. Agora, desde a contra-revolução liberal dos anos 80, a financeirização e a concentração do poder econômico e da renda deram grandes saltos, enquanto decai o patrimônio e a renda real, no caso da grande maioria dos que trabalham e no da crescente massa dos desempregados.   5. Essa iniquidade jamais poderia ser tolerada sob sistemas democráticos. Assim, quase nada resta do pouco de democracia, antes presente nos sistemas políticos representativos, hoje mera embalagem, com rótulo falso, de um sistema tirânico, que investe massivamente em contracultura, desinformação e alienação, há mais de século.   6. Assim, institucionalizou-se a mentira, e a verdade é reprimida através de instrumentos totalitários, radicalizados desde os ataques 11/09/2001.   7. O terrorismo de Estado dirige-se contra os cidadãos e é usado para marquetar, como justas, agressões militares genocidas contra países alvos da geopolítica da oligarquia angloamericana: Afeganistão, Iraque, Somália e Líbia.    8. Além disso, EUA, Reino Unido, Israel e satélites têm intervindo em numerosos países com golpes e pretensas revoluções suscitadas por serviços secretos, mercenários e organizações terroristas. Síria e Ucrânia são alvos preferenciais dessas agressões, sem falar nas permanentes pressões e falsas acusações contra o Irã.   9. O prelúdio da Segunda Guerra Mundial, nos anos 30, também apresentou invasões e conflitos localizados, e a ascensão de regimes fascistas (Itália, Alemanha e Japão), além de na Espanha, após sangrenta guerra civil, de 1936 a 1939, com participação de forças militares estrangeiras.   10. No presente, a depressão econômica prossegue, bem como suas trágicas consequências sociais. A oligarquia financeira está cada vez mais concentrada e tem cada vez mais poder sobre os governos – à exceção dos demonizados, por não se submeterem − pela mídia e pelas demais instituições formadoras de opinião.   11. A oligarquia não deseja acabar com a depressão − tarefa fácil, se fosse decidida – e visa concentrar mais poder e tornar irreversível o controle totalitário sobre o Planeta, seus recursos e habitantes. Isso envolve desumanizar os seres humanos, inclusive acabando com as sociedades nacionais.   12. As soluções para recuperar a economia podem ser entendidas por qualquer pessoa sensata, não bitolada por lugares comuns disseminados pelos economistas mais renomados (justamente por agradarem a oligarquia).   13. A depressão dos anos 30, explodiu com violência, notadamente na Alemanha, exaurida pelas reparações da Iª Guerra Mundial. Ali o desemprego atingiu 6 milhões em março de 1932.   14. Economistas competentes, como Lautenbach, alto funcionário do ministério da economia, mostraram o caminho correto, apoiado pela federação das indústrias, semelhante ao plano de Woytinski, sustentado por sindicatos de trabalhadores.   Wilhelm Lautenbach15. Em 1931, Lautenbach apresentou o memorandum “Possibilidades para reviver a atividade econômica, através do investimento e da expansão do crédito”. Afirmou:   O curso para superar a emergência econômica e financeira não é limitar a atividade econômica, mas aumentá-la, porque o mercado não mais funciona nas condições de depressão e crise monetária mundial.   Neste momento, temos situação paradoxal, na qual, apesar dos cortes extraordinários na produção, a procura ainda está defasada em relação à oferta. Assim, temos excedentes crônicos da produção, com os quais não sabemos lidar. Encontrar algum modo de transformar esses excedentes em valor real é o problema real e o mais urgente da política econômica.    Excedentes de bens físicos, capacidade não-utilizada dos equipamentos produtivos e força de trabalho não-aproveitada podem ser aplicados para satisfazer uma nova necessidade, a qual, do ponto de vista econômico, representa investimento de capital.    Podemos conceber tarefas como obras públicas, ou obras realizadas com apoio público − que para a economia significariam aumento da riqueza nacional − e que teriam de ser feitas de qualquer modo, quando se voltasse a ter condições normais (construção de estradas, expansão do sistema ferroviário, melhoramentos na infra-estrutura, etc.).    Com tal política de crédito e investimentos, será remediado o desequilíbrio entre a oferta e a procura no mercado interno, e toda a produção terá ganhado direção e objetivo. Se, todavia, deixarmos de instituir tal política, estaremos encaminhados para inevitável e continuado colapso e para a completa destruição da economia nacional, levando-nos a uma situação que nos forçará, para evitar uma catástrofe, a assumir dívidas de curto prazo meramente para fins de consumo; enquanto que hoje, está ainda em nosso poder obter esse crédito para fins produtivos e, assim, recolocar em equilíbrio tanto a economia como as finanças públicas.   W. Woytinsky16. Woytinski recomendou explorar oportunidades de complementar as iniciativas das empresas privadas com a criação de empregos, através de investimentos públicos. Propôs, ainda, a liberação de fundos, via políticas de expansão monetária para a reconstrução da Europa.   17. Em janeiro de 1932 foi apresentado o plano de criação de empregos WTB (Woytinski, Tarnow e Baade) para criar 1 milhão de novos empregos, com investimentos financiados por créditos de longo prazo, a juros baixos, pela Reichskredit AG, descontáveis no Reichsbank.   18. A Confederação Geral dos Trabalhadores Alemães aprovou esse plano, recusado, entretanto, conforme o parecer dos “peritos economistas” Hilferding, Naphtali e Bauer, pelo Partido Social-Democrata.   19. Schäffer, secretário de Estado do ministério das Finanças, apoiou o plano de Lautenbach. Moção similar partiu de Wagemann, chefe do Escritório Nacional de Estatísticas que, em janeiro de 1932, publicou seu plano que incluía emitir 3 bilhões de reichsmarks para criar empregos.     20. Nada disso foi adiante, pois não interessava à oligarquia angloamericana. Esta armava a subida de Hitler ao poder, mesmo tendo os nazistas perdido 2 milhões de votos nas eleições de 6/11/1932.   21. Após essas eleições, o presidente, marechal Hindenburg, nomeou chanceler o chefe do Estado-Maior, general von Schleicher, que propunha pôr em execução as políticas recomendadas por Lautenbach, Woytinski e Schäffer, e apoiadas por entidades de classe patronais e dos trabalhadores.   22. A oligarquia financeira tratou de evitar que von Schleicher sequer as iniciasse, minando-lhe a sustentação política, enquanto conspirava na chantagem junto ao marechal-presidente para nomear Hitler, consumada em 30.01.1933.   23. O objetivo era a Segunda Guerra Mundial, pois Hitler anunciara no “Mein Kampf” seu desígnio de atacar a União Soviética. Finalidade: empregos e recuperação econômica só mediante a mobilização para a guerra, que destruiria mutuamente Alemanha e Rússia.   IIa. Guerra Mundial24. Hoje, o Estado é enfraquecido como agente de desenvolvimento econômico e social. Ele serve, nos países-sede da oligarquia, para erguer enormes arsenais de armas destrutivas e hipertrofiar órgãos de repressão, serviços secretos e meios tecnológicos de desinformar.   25. Nos países periféricos, como o Brasil, o Estado, empobrecido pelo serviço da dívida e pelas privatizações, funciona para arrecadar recursos para a dívida e subsidiar empresas transnacionais.   26. Com a política econômica dominada pela oligarquia financeira, a concentração não cessa de crescer. No trabalho TheNetwork of Global Corporate Control, publicado em 2011, os matemáticos suíços, Vitali, Glattfelder e Battiston, demonstraram a interligação das corporações econômicas e financeiras por laços diretos e indiretos de propriedade.   27. Com dados sobre 43.000 transnacionais (ETNs), chegaram a 1.300 maiores companhias com fortes elos entre si, núcleo refinado para um de só 737 companhias, que controlam 80% das 43.000. Mais elaboração permitiu chegar a 147, detentoras da propriedade quase total sobre si mesmas, mais 40% das 43.000.   28. As 147 são basicamente controladas por somente 50, das quais 48 são financeiras. Apenas duas envolvem-se diretamente com a economia real (Walmart e China Petrochemical Group).   Susan George29. Susan George, do Transnational Institute, Amsterdam, conclui:   Nossos problemas originam-se do 0,1%, na verdade do 0,001%.   Mas essa fração não retrata a dimensão infinitesimal, em relação à população da Terra, da minoria que concentra o poder econômico, financeiro e político.   30. De fato, existe hierarquia entre os donos das companhias mais poderosas, e, entre esses, muito poucos exercem comando sobre bancos centrais, instituições financeiras multilaterais e mercados financeiros.   31. George aponta as interligações entre a finança e as corporações de petróleo e gás, e seus vínculos com a indústria automotiva, gastadora de combustíveis fósseis.   32. O poder dos concentradores financeiros manifesta-se, inclusive, pelo fato de o 1% do topo pagar percentual de tributos inferior ao de qualquer época desde os anos 20, apesar da enorme elevação de seus ganhos e de seu patrimônio nos últimos 35 anos.   33. Mais: dezenas de trilhões de dólares/euros das emissões dos bancos centrais e das receitas tributárias foram usados para salvar da bancarrota instituições financeiras cujos controladores e executivos haviam lucrado dezenas de trilhões com jogadas financeiras, em operações alavancadas, sobre tudo com o quatrilhão de derivativos criados a impulsos de chips, antes do colapso de 2007/2008.   34. Pior: o dinheiro posto nos bancos é aplicado em novas especulações, criando novas bolhas, prestes a estourar. A conta fica para os cidadãos dos países endividados, inclusive dos EUA, e maior para os dos menos privilegiados que não podem emitir dólares.    35. No Brasil, recordista mundial de juros altos, só dois bancos, Itaú e Bradesco registraram R$ 28 bilhões de lucros em 2013.   [*]Adriano Benayon: Consultor em finanças e em biomassa. Doutor em Economia, pela Universidade de Hamburgo, Bacharel em Direito, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Diplomado no Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco, Itamaraty. Diplomata de carreira, postos na Holanda, Paraguai, Bulgária, Alemanha, Estados Unidos e México. Delegado do Brasil em reuniões multilaterais nas áreas econômica e tecnológica. Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na área de economia. Professor da Universidade de Brasília (Empresas Multinacionais; Sistema Financeiro Internacional; Estado e Desenvolvimento no Brasil). Autor de Globalização versus Desenvolvimento, 2ª ed. Editora Escrituras, São Paulo.

     

     

  22. O ciclo da anti-História.

    Há questões interessantes propostas pelo texto.

    Eu não sei bem, pode ser excesso de minha parte, mas o editor do blog considera que o ciclo está fechado, dentre outras coisas porque temos uma parcela considerável da população trazida a algum tipo de consumo e com parte de suas demandas mais urgentes satisfeitas.

    Neste raciocínio linear, este povo agora vai de cidaão-necessitado para cidadão-demandante. Pode ser.

    Quer dizer, poderia ser: Se fosse esta faixa de cidadão que esteve nas ruas em Junho de 2013. Não foi.

    Tampouco há uma “explosão” de participação ou contestação social amplificada pelas mídias virtuais e redes sociais.Há o que sempre houve em cada crise cíclica capitalista, onde parte de alguns estratos sociais, como magma instável, são jogados para cima com o movimento das placas tectônicas da economia.

    O derretimento da “autoridade”, da política e sindicatos vem desde a década de 90 do século passado, a bordo da brutal desregulamentação da vida promovida pelo neoliberalismo. 

    Em outros temas, o editor do blog insiste em demarcar a História e o perído lulodilmopetista no poder com fases estanques.

    Respeito a escolha, mas acho sempre um risco alto.

    Primeiro é de se perguntar se as premissas que tornaram o Estado brasileiro em um produtor de desiguldades já foram superadas, isto é, se as pessoas que forma transferidas de um estrato social a outro “já estão seguras”? Só uma determinada resposta a esta incerteza delimitaria, de fato, “um ciclo”.

    Eu suponho que o PT, Lula e Dilma fizeram muito, mas ainda falta muito a ser feito, até porque as forças políticas que se beneficiaram da desigualdade não parecem ter “se convertido”. Em suma, se as causas geradoras de desiguldade permanecem, não ha de se falar em “fim de ciclo”.

    Não é assim que a História de comporta, embora tenhamos a inclinação quase patológica a querer aprisoná-la em “ciclos”. Alguns decretam até o seu “fim”.

    Outro ponto sensível no texto é a percepção sobre PT ou sobre a corrpução no país.

    A visão sobre o PT devemos dar um desconto, afinal, foi colhida dentre setor que organicamente já detesta o partido. Não consta que o editor do blog dê palestras nas periferias, nos rincões do Nordeste, alguns sindicatos, etc.

    Desde Lula, o problema sempre foi o PT. E será para o Haddad, para o Genro, etc. 

    O editor não enxerga que a elite (ou parte mais remediada da sociedade) só enxergar partido de duas formas: Ou como um clube de disputas pessoais e legitimação de capitais políticos hereditários, como PSDB, PMDB e DEM (e agora o PSB) ou como resto a ser execrado. Partido como ferramenta política anti-establishment é um pecado mortal.

    O dado relevante para qualquer análise é que o PT (de acordo com IBOPE) detém 37% da preferência do eleitorado. O partido mais próximo, acho que o PMDB, tem algo entre 15 ou 11%.

    Isto em um universo de linchamento cotidiano dos partidos.

    Recentemente, este partido (odiado) reuniu alguns milhares de reais para saldar multas do esquartejamento 470. Simbolicamente, não acho pouco.

    Dias destes, aqui neste blog, um interessante texto falava sobre a instrumentalização da corrupção. Creio que o editor não teve tempo de lê-lo.

    Não vamos repetí-lo aqui, mas em suma aquele ótimo artigo nos trazia uma percepção distinta desta que é repetida em seminários, debates e palestras, reprodutoras de um senso comum com verniz mais empolado.

    A corrupção é um ente orgânico capitalista, ferramenta primária para sequestrar orçamentos públicos e tornar as escolhas públicas suscetíveis as demandas dos negócios, e que, de certa forma, já está implícita em cada decisão, antes mesmo que se consumem as negociatas, “molha-mão” ou caixa-dois.

    Quando uma sociedade escolhe fazer viadutos ao invés de metrôs ela já está corrompida. Quando ela prefere a especialização e o hospitalocentrismo ao invés da atenção básica primária e a clínica geral, ela já corrompeu seus sistemas de saúde. Quando tributamos os ganhos de um dono de banco na mesma faixa de um engenheiro, de um professor universitário, ou de um petroleiro, já enviamos a mensagem duvidosa sobre nossos sistemas e instituições.

    O dinheiro por fora é só exaurimento.

    Mas os palestrantes e seus ouvintes insistem na cantilena da corrupção como problema de “caráter”. Ou na palavra da moda: “endêmico”.

    Não senhores, a corrupção é a endemia do sistema capitalista. Estão aí Siemens e Alstom que não nos deixam mentir.

    Ou o HSBC pego com a boca na botija lavando grana dos cartéis de Ciudad Juarez e Tihuana.

    Nossa educação vem andando a passos lentos, mas muito mais rápidos se considerado o passivo legado. Saúde? Idem.

    Segurança? Ainda é muito ruim.

    Porém boa parte dos entraves para avançarmos nestes quesitos encontra-se na rede de privilégios e financiamentos públicos a sistemas privados, como o caso das deduções da saúde e educação do IRPF que sangram orçamentos para garantir uma estrutura de castas sociais.

    Na segurança, a parte da sociedade com mais capacidade de influenciar os ânimos governamentais (classes média e elite) só o faz para garantia de sua proteção como classe, e cada passo na direção de uma nova abordagem sobre os problemas encontra um muro de ódio e pregação de Talião.

    A população não quer mudança com Dilma.

    Ela quer continuidade com Dilma.

    Nenhuma das conquistas elencadas pelo editor do blog se fará sem mantermos um pé firme e vigilância permanente do que já está feito.

    Já em relação a Mantega, Gleisi, Rosário ou outro ministro qualquer, não cabe debate, é só opinião do editor, apenas isto e mais nada.

     

     

     

     

      1. Água mole em pedra dura, tanto bate até que…

        Olhado por este foco (eleição) o texto perde ainda mais em densidade.

        De todo modo, faz tão pouco sentido tentar isolar o processo eleitoral do processo político cotidiano e as disputas de modelos, como de fragmentar os processos históricos em ciclos, eras, etc.,

        Didaticamente, para alunos secundaristas até funciona, mas para uma análise mais estruturada, como já disse, tem pouca serventia, porque estrangula o fluído essencial das coisas: a dialética.

        O texto bate em uma tecla amarelada do piano, que por sua vez toca apenas uma nota:

        Dilma é boa, mas…Dilma tem predicados, mas o PT…O país avança, mas…

        A necessidade de impor ciclos como lógica de avaliação tem mais a ver com o sonho inconsciente do autor de estabelecer pequenas “fissuras temporais”, brechas entre ciclos, onde algum personagem mais domesticado do cenário político (mineiro ou pernambucano) assuma o leme da continuidade.

        É legítima esta posição, mas precisa ser explicitada, porque senão fica desleal o combate.

        Embora eu conheça o fim do provérbio, eu prefiro assim:

        Água mole em pedra dura tanto bate até que…evapora.

    1. Resposta a Altura

      Com frequencia vemos comentários desairosos ao PT dizendo da fraqueza dos militantes e quadros do partido, mas você é a prova de que o ciclo do Partido dos Trabalhadores está apenas no começo.

       

  23. se falta algo……………………..e falta muito

    nada melhor para identificar do que um mergulho de cabeça nos microcosmos municipais, onde a desigualdade social ainda persiste………………………

     

    mergulho já foi dado, principalmente na saúde e na educação, mas ainda há algo muito preocupante no tocante a preparação para o trabalho que não chega nem aos pés do que foi feito nos grandes centros

     

    salários ainda entre 200 e 2000, com 80% de aproximação quase vertical para 200 entre os não parentes ou amigos dos cabras safados de sempre

  24. Eu quero mudança, mas NÃO COM DILMA ROUSSEFF

    Todos têm suas preferências ideológicas e eu não discutirei as minhas aqui. Mas é importante lembrar que Dilma Rousseff passou 5 anos na Casa Civil e está há 4 anos como presidente. Agora que ela teve lampejos ( isso foi em Davos e teve gente que achou que a comunidade econômica internacional achou fantástico o discurso da presidentA) de que o Brasil precisa de uma política desburocratizante?

    O estado fazia obras públicas de um jeito tão ruim quanto agora e o que ela fez para melhorar isso?

    O novo passa necessariamente pela reestruturação desse estado para garantir eficiência e eficácia em suas ações, enfrentando, desse modo, os desafios que se impõe com mais celeridade. Muito se falou no ínicio deste mandato sobre estado mínimo e estado forte. 

    O Brasil não é nenhuma das duas coisas. É um estado grande, obeso, perdulário, ineficiente, ineficaz e improdutivo. Olhem o nosso judiciário e me digam como é?

    O jeito de se tocar projetos de infraestrutura. O estado faz projetos em 2 semanas para obras que demorarão 3, 4 anos e aí começa a ciranda de atrasos e aditivos para as empreiteiras, encarecendo obras e jogando o custo final no lombo da população.

    Olhem a estrutura de fiscalização que temos. Quantos litros de combustível adulterado são vendidos no Brasil TODOS os dias e a fiscalização não se faz presente por falta de estrutura.

    Eu destaquei esse trecho do texto:

    “A ênfase na infraestrutura, nas parcerias público-privadas, na inovação, nas políticas setoriais, o uso do pré-sal para políticas públicas, o aprofundamento da inclusão, atrás dos últimos bolsões de miséria absoluta, a criação de um ambiente econômico civilizado, nas pernas de juros e câmbio, são princípios definidores da nova etapa.”

    Com um governo que tem extrema incapacidade de planejar é, no mínimo, perigoso falar em “pernas de um novo ciclo” achando que isso dará certo de primeira e será um processo célere. Engraçado que no começo, no parir desse novo, a presidentA prometeu gestão mais técnica em alguns setores. Estranho é ver personagens aliados de Sarney e de ACM’s da vida em postos que DEVERIAM ser entregues exclusivamente à técnicos. Acho que o novo que tanto falam, não é tão novo assim. O novo, pelo menos na arte de se fazer política, se repete pelo que vimos até aqui. E quando se fala em ambiente econômico civilizado, sobretudo, quando se fala em juros menores para propiciar o florescimento de novos negócios e do câmbio desvalorizado para auxiliar a competitividade da indústria, a presidentA já fez isso e FRACASSOU. A SELIC estava  em 7,25% em março de 2013. Em qual valor está agora? O câmbio ainda precisa ser corrigido para devolver a competitividade da indústria. Porém, creio eu, que ainda isso não basta. É preciso uma efetiva política industrial não só um monte de desonerações. É preciso uma interligação entre o empresariado e o governo e privilegiando setores que possam agregar maior valor ao produto exportado.

    Vejo com preocupação o modo como se observa a economia. Dá a impressão de que o governo vê a economia de modo estático ou influenciado para conter a inflação apenas no curto prazo. Os preços de alguns alimentos básicos aumentam e o governo que poderia atuar no sentido de se buscar um equilíbrio de mercado, principalmente quando se trata de milho e feijão, nada faz. A carestia castiga o povo depois. Foi assim com o feijão e o milho em 2013 e será novamente daqui um pouco.

    Ainda levamos 119 para abrir uma empresa, temos uma carga tributária altíssima e que, novamente, não se traduz em serviços públicos decentes!

    Li em outro post que a campanha da presidentA seria de prestação de contas, sendo assim, já que ela leva em consideração a educação pública brasileira gostaria de perguntar:

    Onde estão as creches que ela prometeu em 2010 e entregou um número insignificante?

    A presidentA prometeu quadras esportivas cobertas espalhadas pelo Brasil, onde estão?

    Deveria explicar o que o governo fez para coibir a sonegação fiscal? Inclusive deveria explicar o caso de uma grande mineradora que devia R$ 45 bilhões em tributos, essa mineradora perdeu 2 disputas na justiça para a Receita e o governo se intrometeu e “entraram num acordo” reduzindo a dívida pela metade, sendo uma parte da dívida paga em dezembro e o restante em 180 meses, pois o governo incluiu a empresa no Refis.

    Já que é prestação de contas, eu como pagador de impostos exijo que ela se explique.

    Por que eu votaria em Dilma se ela não acrescentou muita coisa em matéria de economia, legando um país com sucessivos pibinhos ( provavelmente 2014 teremos mais um) e uma inflação na casa dos 6%?

    Eu quero mudança sim, mas NÃO COM DILMA ROUSSEFF

     

     

    1. Vou votar na Dilma.

      Caro Abdias

      Se o sr perguntar aos petistas jurássicos, se eles querem mudanças, não tenha duvida, todos responderão que sim, quer mudanças mais radicais, mas quero para isso, é necessário, mais deputados, mais senadores, mais vereadores, mais prefeitos. Vejo as mudanças dentro do possível. 

      E vou votar na Dilma, pois vejo nela, a capacidade de aprofundar essas mudanças.

      Mas precisamos de mais deputados e senadores. 

      Considerando apenas o caminho eleitoral.

      Saudações

  25. já eu quero mudanças, mas não de presidente…

    4 anos é pouco para tudo que se quer, para tudo que precisa ser feito ainda, justamente pelo país ser um gigante

     

    1. governo precisa se livrar de muita coisa ainda…

      melhorar sua comunicação de norte a sul……………

       

      se livrar do engodo da velha mídia, que das suas preferências e ideias o que mais se destaca é um perfil ideológico visando apenas tomar o poder………………………………………………….

      engodo clássico de quem busca apenas tomar o poder: enaltecer a busca permanente da perfeição

       

       

       

  26. Eu quero mudanças com Dilma

    Eu quero mudanças com Dilma Roussef!

    Não ha nada melhor no horizonte  , o Brasil de hoje é  tremendamente melhor que

    o Brasil de 12 anos atrás  , muita a coisa a ser feita , revista e ampliada  mas    o

    caminho e  é este. Temos uma oposição quando não anêmica, viciada e atrasada,

    ainda não há nada mais eficiente que o PT, rolem no chão , babem..ou melhor que se 

    crie uma nova oposição que considere que o Brasil não é só São Paulo .

     

    Obs. Sendo objetivo: ” que jamais o PSDB  retorne  ao governo .

     

  27. Se tiver 2º turno ela perde…

    … de qualquer um. Governo fraquíssimo. Pior do que essa administração, só mesmo o Ministro da Fazenda, o pior da história deste país.

    1. Neoliberais querem o extermínio de Guido Mantega

      Guido Mantega é Ministro da Fazenda desde o dia 27 de março de 2006. Ou seja, desde o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Sua chegada ao Ministério da Fazenda foi efusivamente saudada, afinal de contas o antecessor, Antonio Palloci, era um entrave à política econômica que o governo Lula pretendia implementar para superar a herança neoliberal de FHC e do PSDB.

       

      A chegada de Guido Mantega marcou a benéfica e fundamental inflexão na economia política do governo Lula.

       

      Desde 27 de março de 2006, passando pela reeleição de Lula e pelo Crash de 15 de setembro de 2008 (maior crise econômica existente desde o Crash de outubro de 1929), até chegar ao fatídico ano de 2013, Guido Mantega foi festejado em todos os círculos econômicos de Pindorama.

       

      Apenas agora, a partir de 2013, e sem nenhuma razão factível para tanto, Guido Mantega passou a ser o alvo preferencial dos críticos. Ora, onde já se viu um Ministro da Fazenda que expressa publicamente as suas preocupações com relação aos empregos de tais ou quais categorias? 

       

      Mas é preciso ir mais além, afinal de contas as platitudes, apesar de serem apenas platitudes, quase sempre encontram eco junto aos inocentes úteis. Falemos um pouco também sobre o Secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

       

      Fica parecendo que Arno Augustin fora nomeado Secretário do Tesouro Nacional em 2013, e que em função disso o caos cataclísmico está definitivamente instaurado em Pindorama! Só que não. Arno Augustin é Secretário do Tesouro Nacional desde o mês de junho de 2007. Ou seja, é Secretário desde o início do segundo mandato de Lula.

       

      Da mesma forma que Guido Mantega, Arno Augustin nunca foi contestado desde a sua nomeação, feita por Lula em junho de 2007, até o fatídico ano de 2013. Ele e Guido, junto com Dilma e a implementação do PAC, em 2007, foram os responsáveis diretos pela inflexão desenvolvimentista operada no governo Lula. Isso qualquer observador mais atento conhece desde sempre.

       

      Foram eles que varreram do Ministério da Fazenda os restos mortais do neoliberalismo fracassado dos idos tempos tucanos, representados por Pedro Malan e Antônio Palloci, e também por Fabio Barbosa e Joaquim Levy. Prestaram e prestam um enorme e indesmentível serviço ao Brasil por terem mandado para bem longe as teses fracassadas que deram origem ao Crash de setembro de 2008.

       

      A urubologia reinante que se verifica atualmente no Brasil nada tem a ver com o ‘perfil’ deste ou daquele ministro. Tem a ver com a sanha do neoliberalismo, que não admite e quer absoluta distância da atual política econômica, calcada no pleno emprego, nos aumentos reais do salário mínimo e na distribuição de renda.

       

      É por isso que Guido Mantega e Arno Augustin são tão odiados pelas viúvas do tucanato neoliberal e pelo capital financeiro. Sofrem pela correção das políticas públicas que estão implementando, com absoluto sucesso, desde o final do primeiro mandato de Lula (Guido Mantega) e desde o início do segundo mandato de Lula (Arno Augustin).

    2. Tá tudo errado, né ?

      Governo fraquíssimo. Resposta: Esta é a administração com melhor avaliação da história republicana, conforme os últimos números do IBGE;

      O pior Ministro da Fazenda, da história deste país. Resposta: Pesquise e responda, qual foi o ministro desta pasta, que ficou mais tempo, neste cargo(e em duas adms.) e que conseguiu sem nenhum malabarismo, fazer a economia brasileira,”navegar” com tranquilidade e sem sobresaltos, e crescendo com sustentabilidade, em toda a nossa história ?

      Lembra-se dos “milagres” do Delfim Neto, e  catedrático Mário H.Simonsen ?

      E do congelamento do Funaro ?

      E do Maílson da Nóbrega ?

      Eda Zélia C.de Melo ?

      E do Ibrahim Abi Ackel ?

      E do Ricúpero ?

      E do FHC, ministro do Itamar ?

      E do Ciro Gomes ?

      Agora, some todos estes “notáveis” juntos, suas realizações e compare-as com as do Ministro Mantega.

      Ponto final. 

  28. QUE NADA! A MÍDIA E A REDE FIZERAM A CABEÇA DO POVO

    A grande verdade é que a mídia golpista e a rede. Esta inclusive se vê que invadiram-na, como constatei no facebook e, no  compartilhar a mentira se transformou em verdade. É muito difícil desfazer o desencanto que milhares de brasileiros tiveram com os factóides, manipulações e mentiras contadas pela imprensa. Eles mostram o lado negativo do país, repete e repete todo o santo dia. Não dá mais: mensalão virou sinônimo de corrupção. Então é isto.

    Abrir os olhos para a comunicação. Era necessário que os governantes atuais tivessem democraticamente seus meios de  comunicação, para mostrar o outro lado da moeda. Mas acredito que é tarde. Talvez possa ser melhorado  isto tudo no horário eleitoral. E o desencanto, felizmente, tomou conta também com os candidatos da oposição. Então,  neste caso, há grandes esperanças.

    Até no tempo da UDN, sou idoso e posso confirmar, havia imprensa “vermelha” que falava a língua do povão e mostrava o outro lado. Hoje, a mídia é uníssona. O pouco de espaço encontramos ainda na internet. Há que se mostrar o lado positivo do governo.

  29. Nassif;
    Se mudanças vierem

    Nassif;

    Se mudanças vierem ótimo, mas não quero retroceso,  jamais!!!.

    Todas as forças que se opõem ao ciclo PT  levam a um retrocesso inadmissível.

    Vamos analisar friamente o contexto do governo Dilma, não houve sequer um dia de trégua, tanto por parte da oposição como também da base “aliada”. Esta vigilancia constante para apagar fogo, consome uma energia imensa do governo e dificulta o atingimento dos objetivos.

    Alem disto a presidenta foi infeliz na escolha de alguns ministros que alem de não remarem no mesmo sentido muitas vezes jogaram contra, por exemplo José Cardoso, Paulo Bernardo, Aluisio Mercadante, Gleisi Hofman, o da pasta das cidades, etc etc. Sem contar que tem um vice que se vacilar ele esfaqueia.

    Como se comporta a imprensa golpista, o judiciario, o tcu ?? É só problemas. Se existe corrupção onde está o judiciário??

    Essa nossa presidenta é uma mulher de muita raça, graças a Deus, e não tenho duvidas de será reeleita para o bem do Brasil.

    sds

    Genaro

     

  30. Na minha opinião o ciclo do

    Na minha opinião o ciclo do PT no governo vai durar uma geração, 20/25 anos.

    Sinceramente não vejo por enquanto, nenhum vestígio de programa de governo das oposições, que possam abalar o que o PT vem fazendo.

    Esse papo que ” vamos conversar”, ” o Brasil pode mais”, ” sou amigo do Lula desde criancinha”, discurso vazio sem conteúdo,  não convence mais ninguém.

    O PT só vai perder o governo, quando algum partido apresentar um programa de governo, que dê mais vantagem a nova classe média, um contingente de 40 milhões de pessoas.

    O PIG não elege mais ninguém, senão o Lula não seria reeleito no auge do estouro do mensalão.

    O PT leva fácil 2014, 2018 vai depender do que a Dilma fizer no seu segundo mandato. Como em regra geral, o segundo mandato do PT tem sito melhor que o primeiro, foi assim com o Lula, espero que as portas estejam abertas em 2018, para quem sabe o Haddad assumir.

    Creio que os politicos que vão assumir o governo pós PT, não será nenhum desses de oposição. Na minha opinião, esses politicos ainda estão em gestação, e será uma nova geração de jovens politicos, com maior sensibilidade no social. E mais, não devemos esquecer que grana eles terão, via pré-sal.

  31. Quero mudanças, MAS NÃO COM DILMA!

    Quer dizer que ela como ministra da Casa Civil por 5 anos e presidente desde 2011 não teve tempo de fazer “nada de novo”?

    Quer dizer que é tudo culpa da mídia golpista?

    Quer dizer que é tudo culpa de seus próprios ministros?

    Por que votaria em alguém que depende umbilicalmente de seu criador, não tem luz própria, é covarde, pois não consegue enfrentar seus medos ou, pior ainda, “forças ocultas” que a obrigam a manter um arranjo político?

    O que era Palocci na Casa Civil no começo de seu mandato? O ministro dos transportes que caiu? O atrapalhado e nó cego Mantega? Não há uma “força oculta” pra supergestora garantir espaço no ministério pra esse pessoal?

    Quer dizer que a gerentona, mãe do PAC é a melhor gestora do sul do mundo?

    Pelo menos, no meu post coloquei as deificências desse governo e coisas concretas e não palavras de ordem e discursos vazios. 

    Talvez eu seja um  burguesinho rebelde sem causa, um coxinha miserável, que reclama de barriga cheia. Afinal de contas, eu vivo em uma Suíça, onde há segurança, saúde, educação e transporte de qualidade pra todos.

    1. Xô Dilma!!!!

      A efetiva inclusão social se dará com o aumento da estrutura do Estado, garantindo a expansão dos serviços públicos para a população. A DESIGUALDADE SE ACENTUA quando uma grávida não consegue um hospital pra fazer um pré-natal, quando não há uma maternidade para ela parir, não há uma creche pra ela pôr o rebento, o que lhe causará problemas em sua reintrodução no mercado de trabalho. Quando essa criança cresce, não encontrará uma escola boa, ainda mais na periferia!

      Dilma prometeu creches e quadras cobertas espalhadas pelo Brasil e NÃO CUMPRIU!

      Isso é culpa da mídia? Do seu ministério? Dê quem é a culpa?

      Eu quero mudanças e essa senhora não é qualificada para realizá-las!

       

      Eu reitero que quero mudanças, mas NÂO COM DILMA ROUSSEFF!

      1. Cite um nome

        Agora fiquei curioso, por favor, cite pelo menos 1 nome viável que seja alternativa à Dilma Roussef. Quando digo viável, não falo só em termos de possibilidade de vencer as eleições, mas também que tenha um projeto capaz de atender aos seus anseios.

        1. Há uma campanha pela frente.

          Meu amigo

          Desculpa perguntar, mas a doutora Rousseff tem projeto de país, por acaso? Não, não tem.

          Já ficamos 4 anos com Dilma, e o resultado econômico foi medíocre. A previsão de crescimento esse ano é de ridículos 1,79%, conforme pesquisa Focus! 

          Não irá superar a média de crescimento de FHC no 1º mandato.  Se você acha a Dilma Rousseff a mãe do PAC, uma gerentona, problema é teu. 

          1. Cite o nome.

            Como foi perguntado: Cite um nome que seja melhor que a Dilma.

            Ressalto que o do Lula não vale.

            O país avançou muito, mas não conseguiu corrigir os erros herdados de 500 anos de usura de uma elite, que ainda encara o Brasil, como uma colonia monoculturista, que só serve para ser explorada e fornecer dinheiro para dar um pulo em Miami e comprar bugigangas (fabricadas na China por sinal).

            A Dilma tem um propósito claro, desenvolver o Brasil com distribuição de renda e melhoria do nível de voda da população, seu ponto fraco é exatamente o conhecido por todos, sua falta de traquejo político, o que explica o fato de sua única disputa a cargo eletivo ter sido a Presidência da República, até onde eu sei.

             

          2. Brasil fazendão?

            Olha até bem pouco tempo atrás o PT também governou com câmbio apreciado. Isso foi determinante para a redução do peso da indústria no PIB.

          3. Dilma e o PT tem projeto de Brasil

            Caro Abdias

            A Dilma tem um projeto de Brasil, e não é por acaso, mas ela é também do PT, que também tem um projeto de Brasil, e que também não é por acaso, é fruto de muito debate, de muitas discussões, mas ela tem o discernimento e a garra para levar isso em frente.

            Não é ridiculo o crescimento de 1,79% quando se tem um torcida grande contra. Veja o caso do banc(d)o Itaú, que é contra Dilma e o PT, mas ganha verdadeira  fortuna. Tem empresários, brasileiros e internacionais, que investem contra as mudanças, por mais que ganhem,  e ela tem ser superior a tudo isso. É como querer ensinar a um grupo que não quer aprender e depois cobrar conhecimento dele. A torcida do contra, é gigantesca e poderosa, o ela jpá conseguir isso, por menor que seja, já é uma coisa fantástica.

            O FHC não tinha essa oposição empresarial, mas a economia não produzia para todos. Isso satisfazia aos empresários mas não ao povo. Apesar dos grandes lucros empresariais, por motivos éticos, eles querem o PSDB, ou qualquer outro partido empresarial, no governo.

            Quanto ao gerentona, se cobra é gerentona, se não cobra, não sabe admistrar, e ela cobra, de qualquer forma ela, sofre criticas.

            Saudações

             

             

        2. Há uma campanha pela frente.

          Meu amigo

          Desculpa perguntar, mas a doutora Rousseff tem projeto de país, por acaso? Não, não tem.

          Já ficamos 4 anos com Dilma, e o resultado econômico foi medíocre. A previsão de crescimento esse ano é de ridículos 1,79%, conforme pesquisa Focus! 

          Não irá superar a média de crescimento de FHC no 1º mandato.  Se você acha a Dilma Rousseff a mãe do PAC, uma gerentona, problema é teu. 

          1. Não respondeu

            Desculpa amigo, mas você não respondeu à pergunta, mesmo te dando a liberdade de achar alguém que não tenha chances vencer as próximas eleições.

            Quanto ao projeto de país, basta ver o que mudou no Brasil à partir de 2002. 

            PIB de 1,79%, para mim, vale menos do que 5% de taxa de desemprego e aumento da renda da população menos assistida.

            Vamos lá, vou te dar outra chance, cita um nome aí. Qualquer um vai, mas como alguém já comentou, o Lula não vale.

          2. Um fracasso de gestão: Dilma Rousseff

            Amigo

            1º)Já respondi sim. Temos uma campanha eleitoral pela frente e irei analisar qual o melhor ( eu prefiro dizer o menos pior) dos candidatos.

            2º) A bonança do governo Lula é conseqüência das reformas feitas até o seu 1º mandato e a o panorama econômico mundial favorável na época, com influência no preço das commoditties, que permitiu uma expansão do consumo maior que o crescimento do PIB.

            3º) A valorização do salário mínimo e a expansão dos programas sociais dependerão ainda mais do crescimento econômico. Temos um ambiente debaixo desemprego, até o presente momento, e um crescimento lento da força de trabalho. Portanto, a continuidade da expansão econômica se dará pela produtividade..

            4º) Será cada vez mais difícil manter a queda no ritmo da desigualdade e da pobreza simplesmente aumentando gastos sociais. Dilma é retrato disso. Em um país que cresce 2% ( ou tem PIB maquiado) a despesa não financeira do governo DILMA, em 3 anos, aumentou 1,6% do PIB! Maior valor desde 1999 quando foi implantado o regime de metas.

            5º) Se quiser manter o ritmo de expansão dos programas sociais mantendo os ridículos 1,79% de crescimento do PIB (que para você não tem nenhum valor) é inescapável um forte aumento na carga tributária.

            6º) Reiterando o comentário que fiz acima, para manter o ritmo de queda da desigualdade, em um país que cresce 2% ou menos, o próximo presidente terá que encontrar o caminho para o Brasil crescer mais vigorosamente. Caso contrário, haverá um forte aumento da carga tributária, uma revisão nos programas sociais existentes ou uma reavaliação das regras de reajuste do salário mínimo.

            7º) Se você acha que um país com expectativa de crescimento de 1,79%, em 2014, poderá sustentar a médio e a longo prazo um país com uma taxa de desemprego de 5% está pensando errado. A economia não é estática. Um PIB anêmico por muito tempo tende a engordar a fila dos desempregados.

            Espero ter satisfeito a sua curiosidade e reitero que QUERO MUDANÇAS MAS NÃO COM DILMA

          3. Sr Abdias

            Sr Abdias, também fiquei curiosa….

            Por favor nos aponte quem é a pessoa que atenderia plenamente ao seu anseio por mudanças… Uma pessoa que conheça profundamente os problemas do Brasil e que tenha um projeto político ( de nação seria pedir muito!) para fazer as mudanças e os avanços necessários…

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

             

          4. Preguiça ou dificuldade cognitiva?

            Eu já respondi em post abaixo! Há uma campanha eleitoral pela frente e prefiro decidir qual é o melhor candidato analisando a campanha de cada postulante.

            Agora referente ao seu post :

            1º) Há mãe do PAC tem projeto de nação por acaso? Não, não tem!

            2º) Há mãe do PAC foi no Fórum Econômico em Davos e disse que faria uma reforma para desburocratizar o país. Não deu tempo para ela contribuir com projetos ou idéias, mesmo sabendo que de 2005 até 2010 ela era ministra da Casa Civil e de 2011 em diante ocupa a Presidência? Uma década não é tempo mais do que suficiente para pensar o Brasil? Preguiça? Má vontade? Falta de vergonha na cara? Incompetência? Culpa da mídia? Dos EUA? Qual seria a justificativa pra isso agora?

            3º)  A mãe do PAC está entregando um país com uma média medíocre de crescimento de 2%. É possível em um país carente de TANTAS coisas, sustentar um cenário com  taxa de desemprego de 5%, sustentar essa política de abono salarial e as regras do reajuste do salário mínimo apenas com um micro PIB de 2%? Acorda! Já se fala a boca pequena em mudança no reajuste do mínimo para o próximo ano.

            4º)É duro discutir com Alices e Polianas da vida! Não enxergam um palmo a frente do nariz. Tudo está uma maravilha! Há “gênios da economia que são partidários do PT” em posts abaixo que disseram: “Para mim é mais importante taxa de desemprego de 5% do que crescimento de 1,79% (conforme estimativa Focus em janeiro)”. Como um país sustentará uma taxa de desemprego se não possui vigor econômico, se não cresce, se não aumenta a velocidade na geração de riqueza, se não é produtivo? Quer me explicar isso?

          5. Mãe do PAC precisa de óleo de peroba pra passar na cara!

            Isso sem falar na coleção de programas sociais. Louvável reduzir a desigualdade. Todos queremos ver um país mais justo. Mas se o governo que aí está continuar no mesmo ritmo da diminuição da miséria e da pobreza será inevitável um aumento da carga tributária, já que para muitos daqui está ótimo crescimento de 2%. Já somos ricos!

            Para presidente vote na ilusionista que prometeu 50 bilhões em mobilidade durante as manifestações do ano passado!

            Onde estão os projetos? As obras? O dinheiro? Bastou as manifestações e brotou dinheiro em árvore!

            A grande gestora é que precisa comprar óleo de peroba pra passar naquela cara de pau feia dela!

    2. Xô Dilma!!!!

      A efetiva inclusão social se dará com o aumento da estrutura do Estado, garantindo a expansão dos serviços públicos para a população. A DESIGUALDADE SE ACENTUA quando uma grávida não consegue um hospital pra fazer um pré-natal, quando não há uma maternidade para ela parir, não há uma creche pra ela pôr o rebento, o que lhe causará problemas em sua reintrodução no mercado de trabalho. Quando essa criança cresce, não encontrará uma escola boa, ainda mais na periferia!

      Dilma prometeu creches e quadras cobertas espalhadas pelo Brasil e NÃO CUMPRIU!

      Isso é culpa da mídia? Do seu ministério? Dê quem é a culpa?

      Eu quero mudanças e essa senhora não é qualificada para realizá-las!

       

      Eu reitero que quero mudanças, mas NÂO COM DILMA ROUSSEFF!

      1. Não se desespere. A Dilma

        Não se desespere. A Dilma está quase chegando lá. E vai chegar. Tem sofrido calada uma longa caminhada dentro de um corredor polonês de ataques por todos os lados: Juventude sem propostas, conservadores sem propostas, esquerdistas de fins de semana, extrema direita feroz, políticos fisiológicos sorrateiros, economistas com antolhos, economistas sem antolhos. Os grandes líderes amadurecem na passagem dos sessenta para os setenta anos. Dilma é inteligentíssma, vai ser uma das maiores figuras políticas do Brasil de todos os tempos. Quem pensa que a Dilma é tapada, limitada, está comentendo um erro banal. Não se desespere.

        1. Como viver uma 3ª década perdida, by Dra. Rousseff!

          Grandes líderes fazem o que precisa ser feito. Nem que para isso precisem ir contra a vontade da população. Roosevelt e Churchill foram assim. Achei interessante um trecho de seu comentário:

          “Os grandes líderes amadurecem na passagem dos sessenta para os setenta anos.”

          De onde tirou isso? Pinochet deu um golpe de estado e trucidou muita gente beirando os 60, Stalin matou ainda mais pessoas depois dos 60, Mao Zedong ( sem comentários), Fidel castro ( sem comentários), Mussolini ( com 60 anos fez pilha de corpos na II Guerra ).

           

          Por favor! Não meta na cabeça que a dra. Rousseff  é grande líder, pois isso ela não é. A patrulhinha não é capaz de reconhecer que esse foi um governo fraco, que não conseguirá superar a fraca média de crescimento do PIB do 1º mandato de FHC. 

          Se, infelizmente, essa madame se reeleger teremos 4 anos de economia anêmica com inflação na casa dos 6%.

  32. w.ó

    Concordo com a visão do Nassif. Dilma está só no campo, a vitória só depende dela mesmo. O problema é que está só no governo também, não vejo nenhum grande ministro, talvez o Mercadante (esperando resultados). Eu tiraria o Mantega já fez sua parte, o Bernardo tem dois senhores, tem que sair. Não sei se a presidenta é teimosa, se for espero que seja teimosa do bem, daquelas que teimam até conseguir alcançar um objetivo. Se for este o caso, ta aprendendo fazer política, espero que de tempo até a eleição. 

    OBS: Dilma deveria pedir ajuda ao maior político desse início de século, o seu mentor Lula.

  33. A Banca ama o Lula, por que será????????
     

    COM AMEAÇA DE CRISE, EMPRESÁRIOS E INVESTIDORES RESSUSCITAM O VOLTA LULA

     

    Apesar de toda a desenvoltura que tem procurado mostrar como candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff voltou a conviver com um fantasma: a possibilidade de seu criador, o ex-presidente Lula, retirá-la de campo e assumir a disputa pelo Palácio do Planalto neste ano. Diante da onda de pessimismo que se espalha pelo país e do distanciamento cada vez maior entre o governo e empresários e investidores, dentro do PT, no mercado financeiro e no entorno da própria Dilma voltou-se a cogitar a hipótese de ela não concorrer a mais quatro anos de mandato, para não pôr em risco o projeto de poder dos petistas.

     

    Lula, no entanto, resiste. Em viagem nesta semana a Nova York, ele foi instado a assumir a candidatura do PT por grandes investidores, que andam receosos com os rumos da economia brasileira. Para eles, desde que Dilma tomou posse, houve uma decepção generalizada com o governo, sobretudo depois de o Planalto endossar o projeto da “nova matriz econômica” criado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

     

    Em vez de a nova matriz incrementar a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), como desejava a presidente, o crescimento encolheu e está na menor média em 20 anos — apenas 1,8% anual. Mesmo com o ritmo fraco do PIB, a inflação se mantém próxima do teto da meta, de 6,5%, e o rombo das contas externas é o maior da história. São esses indicadores, por sinal, que levaram o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, a classificar o Brasil como o segundo país mais vulnerável entre os emergentes neste momento, atrás apenas da Turquia.

     

    Empresários e banqueiros que tentam seduzir Lula a voltar ao poder reconhecem que Dilma herdou muita coisa ruim do antecessor, principalmente no que se refere às contas públicas. Para reduzir os impactos da crise de 2008, o então presidente abriu os cofres para reanimar a economia. A gastança, porém, se intensificou em 2010, quando o Planalto agiu com todas as forças para eleger a atual presidente. Esperava-se que, com a fama de gestora, Dilma arrumasse as contas para manter a credibilidade do país. O que se viu, contudo, foi um festival de maquiagens contábeis e a redução das taxas de juros mesmo com a inflação dando sinais de repique.

     

    Empresários e banqueiros que têm liderado o movimento “volta Lula”, no qual se inclui o presidente da Cosan, Rubens Ometto, estão ciente de que não haveria uma mudança radical na política econômica num eventual governo lulista. Mas reconhecem que teriam de volta um bem preciosos para eles: o diálogo com o Planalto. Apesar de Dilma assegurar que as portas de seu gabinete estão abertas ao capital e que não é contra os lucros, os contatos com o empresariado têm sido escassos, o que tem aproximado o mercado dos dois principais candidatos presidenciais de oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

     

    Discrição

     

    Lula acredita que ainda há tempo para restabelecer a ponte entre Dilma e empresários e investidores. Primeiro, porque ninguém no governo acredita na explosão de uma crise a curto prazo, que possa abalar as chances de reeleição da presidente, conforme mostram as pesquisas de intenção de voto e indicam os palanques montados pelo PT nos estados. O discurso de Lula não impede, porém, que ele ouça de um empresário próximo o risco de insistir no atual projeto de governo. Em meio a um restrito grupo, esse industrial disparou para o ex-presidente: “Seu maior erro até hoje foi eleger Dilma. Mas será um erro ainda maior reelegê-la”.

     

    Além das conversas entre os empresários, o assunto é tratado com discrição, mas com determinação, dentro do próprio PT. Políticos da cúpula do partido atestam que o agente dessa articulação é Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda no governo Lula e chefe da Casa Civil no início do governo Dilma. Procurado pelo Correio, Palocci informou por meio da assessoria de imprensa que está “completamente dedicado” às atividades de sua consultoria empresarial, a Projeto. Acrescentou que “desconhece qualquer iniciativa para que Lula seja candidato à presidência em 2014”.

     

    Que Dilma enfrenta resistências dentro de seu partido é, porém, inegável. Em primeiro lugar, por não ser uma petista histórica e por ouvir pouco as lideranças internas. Mas ela tem recuado alguns passos no permanente embate com o PT. A saída a ministra-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, Helena Chagas, foi o capítulo mais recente. A comunicação do Planalto — portanto de todo o governo — tornou-se mais afinada com a estrutura partidária, que já está envolvida na campanha. Se dependesse de Dilma, essa mudança ocorreria mais tarde.

     

    1. Não siga a “manada”

      Alexandre, não existe nenhum movimento por menor que seja, dentro do partido, no sentido de retirar o apôio total e irrestrito, da direção partidária, dos parlamentares nem das facções do partido, tampouco da militancia, no sentido deste “horizonte” que num primeiro momento, seria mais fácil, para continuarmos no poder federal, pois acreditamos, assim como boa parte do empresariado nacional, que num 2º mandato, a Pres. Dilma. conseguiria completar os avanços prometidos em campanha. e que por motivos mais políticos que financeiros, ainda não puderam ser concretizados, porem este “lenga-lenga” de que o empresariado preferiria o Lula, não procede, embora pareça a princípio, tentador.

      Quanto aos banqueiros preferirem o ex-presidente, de volta ao Planalto isso é coisa da cabeça de quem segue a manada. 

  34. Estou numa baita saia justa

    Estou numa baita saia justa aqui em casa; ontem a noite (sesta) depois do lanche, encetei uma discussão com minha filha que é bióloga, que não liga prá política e muito menos economia e me chama de “sofomaniaco”! Pois bem o assunto era uma “lição” que eu estava dando enaltecendo a economia do México, comparativamente a do Brasil, alegando, didático, que o PIB deles era o dobro do nosso. Me assustei quando ela, desafiadoramente me confrontou, irônica, me mandando acessar no google; “PIB do México” . Temeroso consultei e fiquei vermelho com a pegadinha. Estou muito mal informado, inclusive aqui no Nassif , onde nunca vi nenhuma contestação aos muitos artigos e programas de televisào” que enaltecem diariamente;”o novo queridinho do mercado”. Me ferrei!
    PIB do México em 2013= 1,1%

  35. Precisa-se atentar as qualidades, defeitos e circunstâncias

     

    Luis Nassif,

    A cada texto você aprofunda um pouco mais, mas fica um aprofundamento perfunctório.

    Não vejo você falar dos defeitos de Dilma Rousseff, tal qual a total ausência de carisma. Não vejo você apontar qualidade nela, principalmente o salto de racionalidade que o governo dela representou em relação ao governo de Lula. Defeitos e qualidades que se deve reconhecer contam pouco no resultado do governo. Nem vejo você mencionar as circunstâncias que fazem em muito o governo de Dilma Rousseff ter apresentado pífios resultados na economia.

    E não há também uma apresentação abrangente da realidade política brasileira para mostrar que há alguma especificidade aqui que transforma a disputa presidencial em uma disputa feita com candidatos de esquerda apoiados um lado pela esquerda e o outro lado pela direita. No mundo todo a direita é quase maioria, mas aqui no Brasil, a direita só tem direito de votar, mas não tem direito de escolher o candidato dela.

    As circunstâncias que de certo modo criam uma camisa de força no governo são muitas e menciono algumas delas a seguir: 1) mandato político de prazo reduzido; 2) o intituto de reeleição que fazem um governante direcionar as políticas públicas para a reeleição: 3) Dívida pública de curto prazo em razão de ter-se optado em 1993 em acabar com a inflação em 1994 de uma vez, em época eleitoral, para eleger um candidato e um candidato que não fora sequer presidente de um grêmio recreativo na mocidade e de mais à frente ter utilizado esta redução rápida da inflação para apoiar a emenda da reeleição e para reeleger o candidato sem experiência gerencial ao longo da vida; 4) a existência de um instrumento poderosíssimo de combate à inflação que é o regime de metas de inflação, sendo que a inflação, sob o aspecto econômico não é em absoluto este monstro que a pintam; 5) a existência de câmbio flutuante em um país pobre, 6) a existência do livre fluxo de moedas em um país pobre; 7) a opção pela liberalização do comércio em um momento de aumento dos preços das commodities agrícolas que valorizou o real e penalizou a indústria; 8) a necessidade de disparar o crescimento econômico em 2009 e no primeiro trimestre de 2010 para eleger a Dilma Rousseff; 9) a necessidade de estancar de modo gradual a bolha da construção civil que veio na esteira da recuperação da economia e inflou mais ainda com o crescimento muito rápido de 2009 e primeiro semestre de 2010; 10) a seca no oeste americano em 2012 que pressionou a inflação no Brasil e não permitiu a desvalorização do real e 11) a circunstância das manifestações de junho de 2013 que não só afetou a popularidade de Dilma Rousseff, como também parece que teve reflexo nas expectativas gerais do país afetando sobremaneira o PIB de julho de 2013 e estancando um processo de recuperação que fizera iniciar no ano anterior.

    Há ainda em relação à pesquisa recente mostrando a queda de popularidade do governo de Dilma Rousseff a necessidade de considerar as circunstâncias da inflação de 2013 ter sido maior do que a inflação em 2012 e o reboliço que tem sido o início do ano de 2014, em especial com a questão da previsível valorização do dólar. Além disso houve as circunstâncias dos problemas com os médicos cubanos e dos problemas com a geração de energia.

    A circunstância da inflação crescente com a discussão da crise das moedas dos emergentes atrelada à pesquisa que mostra a queda de popularidade de Dilma Rousseff deve ser considerada com muito cuidado. Quem acompanhou o governo de Fenando Henrique Cardoso em que o Brasil vivia uma crise depois da outra deve recordar, e se não recorda pode buscar nos jornais da época informações a este respeito, que a popularidade de Fernando Henrique Cardoso caia sempre que uma crise se aproximava do Brasil. Só que logo após, quando a crise chegava, mas afetando apenas o crescimento, sem que a inflação aumentasse (A crise ao reduzir a liquidez da economia reduzia a inflação), a popularidade de Fernando Henrique Cardoso voltava a melhorar.

    Infelizmente a inflação que pode até ser necessária para um país, é ruim para o povo e como o povo em um regime democrático é quem manda, os governantes não tem alternativa se não combater a inflação. E em regime de metas de inflação é isso que eles fazem.. Então à medida que a inflação for menor este ano, a popularidade de Dilma Rousseff voltará a subir. E as análises feitas em muito baseadas na queda de popularidade dela se mostrarão um tanto inconsistentes.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 23/02/2014

  36. Vou botar o retrato da Dilma no mesmo lugar

    Bota o retrato do velho outra vez
    Bota no mesmo lugar
    Bota o retrato do velho outra vez
    Bota no mesmo lugar
    O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar
    O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar
    Eu já botei o meu
    E tu não vais botar
    Eu já enfeitei o meu
    E tu não vais enfeitar
    O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar.

    Retrato do velho
    (Francisco Alves)

  37. Getúlio Vargas, Luiz Inácio e Dilma! Outra vez!

    Se nos anos 50 as pessoas simples colocaram o retrato do velho no mesmo lugar, se em 2006 colocamos o retrato do pernambucano no mesmo lugar. Em 2014 vamos colocar o retrato da Dilma no mesmo lugar.

  38. O texto é muito bom até sua

    O texto é muito bom até sua metada. De fato, a institucionalização dos cuidados com a população carente foi o que de melhor aconteceu no período petista de poder. Faço entretanto a ressalva importante, pouco notada, essencial: inclusão através da ampliação de programas de combate à miséria não significa política efetiva de redução das desigualdades, o mal maior do país.

    Reduz as diferenças por meio de respingos das consequências, não porque objetiva a solução principal. Na prática, a obtusidade em relação ao conceito significa não agir sobre a regressividade dos tributos, complexo educacional pobre, regras de jogo político elitistas, judiciário lentíssimo, dentre outros.

    Cada um desses responde, com intensidades variadas, porém não excludentes, pelo vigor social. Nem ao menos trazer a lume tais questões de fundamento de nação permanece como grande equívoco dos formuladores de opinião denominados progressistas e ao mesmo tempo me permite o seguinte: não é deste ou daquele grupo político prevalecente que devemos tratar, mas dos sérios riscos que corre o Estado sem estrutura apropriada.

    A metáfora é de muitas formas. Uma simples, não adianta muita coisa colocar na direção o melhor piloto que se dispõe a tal se o caminhão na pista é uma furreca carregada de bananas. Daí, pode estabelecer conselhos de discussão e debate em cada esquina, norte a sul, aperfeiçoar os canais de contato, agilizar demandas… Sem reformas que realmente importam o Estado continurá – como sempre, e independente de ciclos – com mau desempenho. Disfuncional, caoticamente organizado, impotente.

  39. Não adianta complicar. Quando

    Não adianta complicar. Quando se consegue realizar mudanças importantes em um país, profundas e em curto espaço de tempo, o pais muda, vira outro país. E novas necessidades surgem. Os antigos dirigentes ressurgem então, já que são donos da televisão e só o que diz a televisão é importante, para tentar falar que são os mais habilitados para satisfarem a essas novas exigências, confiantes de que o povo não se lembra mais da catástrofe que foi o governo deles. Mas acontece que o projeto de transformarmação do país está apenas no meio. Falta ainda muito tempo para se completar: Reforma agrária, reforma política, reforma judciiária, construção da infraestrutura para a bcirculação de mercadorias, muita coisa. E será impossível para a oposição interromper esta trajetória com balelas.

  40. Por que continuam a condenar Dilma?

    A Dilma se define pela filiação do PT?

    As funções que ela desempenha pode tornar-se valor da sociedade, e este fato do valor de espécie seria sua virtude?

    Dilma é mais resultado de sermos objetos sem valor em nós mesmos, que  se constituiu a sua revelia, do que este princípio de casuas da sociedade em si mesma.

    Quem não fracassa com o devir de valor do mercado finananceiro que transporta a forma inteira da condição humana para um jogo que lhe permite ser todo-poderoso? no qual irá fundamentar os nossos valores a seu respeito: capitalismo = captar valor.

    Não seria, ao contrário, a culpa de quem, por força de sua crueldade, cria nos investimentos externos o senhorio como se fosse a criação de nossos valores; e  temos que manter Dilma com fidelidade submissa aos deveres de criada e criadora, condenada pelos juros e tutelas irracionais do superávit fiscal?

    Ela é o que a faz, porque é, primeiramente , aquilo que a faz.

    “Lamento a sorte da humanidade, escrevia La Mattrie, em estar, por assim dizer, em tão más mãos como as suas”. Mas não temos outras: a nossa solidão também dirige os nossos deveres. O que as ciências humanas nos ensinaram sobre nós mesmos, precioso como é, não pode substituir-se a moral (valor). O que sabemos do homem nada diz, ou quase nada, sobre como queremos que seja. Mesmo que o egoísmo, a violência ou a crueldade sejam cientificamente explicáveis (e porque não o seriam, visto que são reais?), isso nada nos ensina sobre o seu valor.”

     

     

     

  41. Alguém conteste esses fatos

    A esmagadora maioria dessa lista não é apenas culpa da Dilma, mas ela tb tem sua parcela. Após os xingamentos de praxe, gostaria que alguém contestasse as afirmações.

     

    Publicado na Revista FRANCE FOOTBALL de 28/01/14

     “Peur sur le Mondial” – Medo do Mundialhttp://pt.scribd.com/doc/205694254/Peur-sur-le-Mondial-France-Football-pdf  “Atingido por crise econômica e social, o Brasil está longe de ser o paraíso imaginado pela FIFA para organizar uma Copa do Mundo; a menos de 5 meses do mundial, o país é uma terrível fonte de angústia”…. – A FIFA não pediu o Brasil para sediar a Copa, foi o Brasil que procurou a FIFA e fez a proposta…. – A burocracia é cultural, tudo precisa ser carimbado, gerando milhões para os Cartórios. – Tudo se desenvolve a base de propinas. – Todo o alto escalão do governo Lula está preso por corrupção, mas os artistas e grande parte da população acham que eles são honestos, e fazem campanhas para recolher dinheiro para eles. – Hoje, tudo que acontece de errado no Brasil, a culpa é da FIFA, antes era dos EUA, já foi de Portugal, o brasileiro não tem culpa de nada. – O Brasileiro dá mais importância ao futebol do que à política…. – O Deputado mais votado do Brasil é um palhaço analfabeto e banguela, que faz uma dança ridícula, com roupas igualmente ridículas, e seu bordão é: “pior que está não fica”. Será? – Em uma das músicas deste palhaço analfabeto ele diz: “Ele é ladrão mas é meu amigo!”, Isso traduz bem o espírito do Brasileiro. (‘http://letras.mus.br/tiririca/176533/ ) – Brasileiros se identificam com analfabetos. – A carga tributária do Brasil é altíssima maior que a da França, e os serviços públicos são péssimos comparáveis aos do Congo. – Mas o Brasileiro médio pensa que ele mora na Suíça. Quem está lá, na verdade, é a FIFA…. – A Presidente Brasileira parece estar alienada da realidade e diz que será o melhor mundial de todos os tempos, isso, melhor que o do Japão, dos EUA, da França, da Alemanha. (‘http://www.youtube.com/watch?v=urmR5fXMJu8- Só ela pensa assim, na FIFA se fala em maior erro estratégico da história da Instituição.  CONFRONTOS:… – Os próprios brasileiros pedem para os estrangeiros não irem para o Brasil. Há milhares de vídeos feitos por brasileiros neste sentido: (‘http://www.youtube.com/watch?v=0A-mFVEE7Ng) … OBRAS: – O Brasil foi o país que teve mais tempo na história de todos os mundiais para prepará-lo: 7 anos, mas o Brasil é o mais atrasado. … – A França teve apenas 3 anos, e finalizou as obras 1 ano e 2 meses antes. – A África do Sul teve 5 anos, e terminou com 5 meses de antecedência. – Há pouco mais de 3 meses da Copa, o Brasil ainda tem que fazer 15% do previsto. – O custo do “Stade de France” foi de 280 milhões de Euros(o mais caro da França), uma vergonha se comparado ao “Olimpiastadium” sede da final da Copa da Alemanha em 2006, que consumiu menos de 140 milhões de Euros. – Mas perto do Brasil isso não é nada. Cada estádio custa em média mais de 1/2 bilhão de Euros. – E o dinheiro sai do bolso do Brasileiro. Tudo é financiado com recursos públicos. Na França tudo foi financiado com recursos privados. – Mas o custo não é alto porque os trabalhadores recebem muito. Os trabalhadores recebem salários de fome. – As empreiteiras é que ganham muito e há muita corrupção para os políticos. – Não há segurança para os trabalhadores, acidentes e mortes são comuns. Na França o número de mortes nas construções foi 0(zero) – Mesmo com os milhões a mais, os Estádios são ruins. – Em 2007 o Brasil construiu um estádio para o Panamericano do Rio e homenageou quem???? Um diretor da FIFA, um brasileiro, corrupto para variar: João Havelange! No Brasil corruptos recebem homenagens. – O estádio era tão ruim que não durou nem 6 anos. Isso mesmo, 6 anos……. – Em Brasília estão construindo um Estádio para 68.000 pessoas, sendo que o time local está na quarta divisão do campeonato brasileiro e tem média de público de 600 pagantes. Tudo com financiamento público. – Em São Paulo há 2 estádios, Morumbi e Pacaembú, ao invés de reformá-los, construíram um 3o. estádio, Itaquerão, 23km do centro da cidade e sem metrô até lá. – O ex-presidente Lula, torcedor do Corinthians, empenhou-se pessoalmente para que construíssem este estádio em vez de reformar um dos outros 2 já existentes…. – Lula é amigo íntimo de Marcelo Bahia, Diretor da Odebrecht, vencedora da licitação. Um reforma custaria menos de 100 milhões de Euros, um novo estádio tinha previsão de custo inicial de 300 milhões de Euros (mas já passou de 500 milhões) um dos mais caros da história da humanidade. Lula e Marcelo são constantemente vistos em caríssimos restaurantes de Paris, tomando bons vinhos franceses. Lula, claro, se declara socialista. – Este estádio é igualmente ruim, alagamento, péssima infraestrutura, e antes mesmo de inaugurar já caiu, matando funcionários. (‘http://oglobo.globo.com/esportes/video-mostra-momento-do-acidente-no-itaquerao-10911765)  TRANSPORTES: – A atual presidente Dilma Rousseff garantiu que faria um trem-bala, nos moldes do TGV Francês, que ligaria 4 cidades-sede: SP-RJ-BH-Brasilia. A promessa está gravada em redes sociais. (‘http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,governo-garante-trem-bala-pronto-ate-a-copa-de-2014,381839,0.htm) – Em 2009 foram aprovados 13 bilhões de Euros no PAC, uma soma gigantesca de dinheiro, suficiente para construir um TGV de Paris a Cabul no Afeganistão. Nunca se viu um orçamento tão alto. – Mas o dinheiro desapareceu e nem um único centímetro do TGV brasileiro foi construído. – Nenhum brasileiro cobra da Dilma a responsabilidade sobre a promessa do trem bala…. – Para os taxistas não há cursos de inglês financiados pelo governo, mas para as prostitutas sim. Parece piada, mas é verdade: (‘http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/01/1211528-prostitutas-de-bh-tem-aulas-gratis-de-ingles-para-se-preparar-para-a-copa.shtml) – É assim que o Brasil está se preparando para receber os turistas, ensinando inglês para as prostitutas. Pergunte se há um programa assim para policiais???… – Como o Brasil não tem infraestrutura, não aproveitará a alta demanda, devendo permitir que empresas aéreas estrangeiras atuem durante a Copa, o lucro virá para a Europa ou os EUA…. – Faixa de pedestre não serve para nada, não espere que os carros parem. Atropelam, matam e fogem. – Não tente andar de bicicleta, será atropelado ou roubado. – As estradas estão caindo aos pedaços, sem sinalização e o número de mortes em acidentes de trânsito em 2008 foi de 57.166, na França, 399, ou seja, quase 15.000% a mais de mortes, e levando em conta que no Brasil não há acidentes por neve ou gelo na pista. – Apesar do Brasil ser autossuficiente em petróleo e estar do lado de países da OPEP, como Venezuela e Equador, a gasolina uma das mais caras do mundo, e de péssima qualidade, misturada com etanol e solvente de borracha, não há fiscalização nos postos. – Mas o Brasileiro defende o monopólio do petróleo. É o único país do mundo onde os consumidores acham que o monopólio é bom para o consumidor, e não para o monopolista. – Não existe transporte fluvial, apesar de ser o país com mais rios no mundo. O Brasil deveria investir em barcos, todo ano as cidades alagam. (‘http://www.youtube.com/watch?v=aNHnPUcZOFA) – As autoridades dizem que foram pegas de surpresa!- Não há transporte por trens. SAÚDE:… – Use repelentes, no Brasil ainda há pessoas morrendo com dengue, malária ou doença de chagas, já erradicadas na França no século XVIII. – Faça um seguro de saúde privado antes de ir ao Brasil. – Médicos privados cobram mais de 100Eurs por consultas de 20minutos. – Os hospitais públicos são péssimos, comparáveis a zonas de guerra. (‘http://www.youtube.com/watch?v=cE9znkKV–k) – Nos últimos 10 anos o número de leitos em hospitais públicos caiu 15%. (‘http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/em-11-anos-taxa-de-leitos-hospitalares-caiu-15-no-brasil-o-bravateiro-no-entanto-dava-licoes-a-obama-vinda-de-cubanos-serve-para-demonizar-medicos-brasileiros-e-e-projeto-ideologico-dos-paises-do/) – O Brasil precisa importar médicos de Cuba, já que não tem competência para formar médicos no próprio país. Acredite: Há um programa governamental para isso. – O Brasil gasta apenas 4% do seu PIB com saúde, e 12% com pagamentos de funcionários públicos. Nos últimos anos o gasto com funcionários cresceu, e com saúde encolheu. – A França gasta 12% com saúde e 4% com funcionalismo. – Resultado: Brasil é 72. entre 100 países pesquisados pela OMS, a França 7. HOSPEDAGEM: – São Paulo perde para Buenos Aires, Cuzco e outras cidades Sulamericanas. – Nem no Brasil é a mais visitada. Ninguém faz turismo em São Paulo. – Amarga o posto 68 na lista das mais visitadas do mundo. – No entanto, um hotel em São Paulo custa em média 40% mais do que se hospedar em um equivalente hotel em Paris. – Na época da Copa, um hotel de baixa qualidade em São Paulo chega a pedir 800Euros por noite…. TELECOMUNICAÇÕES: – Minuto de celular mais caro do mundo. (‘http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/10/1352956-minuto-do-celular-no-brasil-e-o-mais-caro-do-mundo.shtml) – O sinal é péssimo, um dos piores do mundo. – 4G não existe na maioria das cidades. – A internet é horrível e caríssima. Para o Brasil chegar aos níveis do Iraque deveria dobrar o investimento em banda larga. (‘http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/conexao-de-internet-no-brasil-e-mais-lenta-que-no-iraque-e-cazaquistao) SEGURANÇA: – Se você não gostou do que leu até agora, o pior está aqui. – No Brasil há mais assassinatos que na Palestina, no Afeganistão, Síria e no Iraque JUNTOS. – No Brasil há mais assassinatos que em toda a AMÉRICA DO NORTE + EUROPA + JAPÃO + OCEANIA. – A guerra do Vietnã matou 50.000 pessoas em 7 anos. No Brasil se mata a mesma quantidade em um ano. – Ano passado foram 50.177 segundo o governo, segundo a ONGs superam 63.000 mortes. – Todo brasileiro conhece alguém que foi assassinado….- Recomenda-se levar uma pequenas quantidade de dinheiro para caso de assaltos. É comum assassinarem as pessoas que nada tem para o assalto. – Não leve o cartão consigo, você pode ser vítima de uma espécie de sequestro que só tem no Brasil: “Sequestro Relâmpago”. – Não use relógios, máquinas fotográficas, celulares, pulseiras, brincos, colares, anéis, bolsas caras, bonés caros, óculos caros, tênis caro, etc… vista-se da forma mais simples possível. – Se for assaltado, não reaja. – Não ande pelas ruas após as 22hs…. – Há falsas blitz para assaltar pessoas. CONCLUSÃO:- O que falta no Brasil é educação. Os números são assustadores, mesmo quando comparados com seus vizinhos sulamericanos. – O Brasil tem uma porcentagem de universitários menor que o Paraguai; – Apenas 3% dos Brasileiros são bilingues. – A Argentina tem 5 prêmios Nobel, a Colombia 3, o Chile 3, a Venezuela 1, a Colombia 4, o Brasil??? Zero! – Entre as 300 melhores Universidades do mundo, não tem nenhuma Universidade Brasileira. – O país tem 9% de analfabetos; – No Brasil há 33.000.000 de analfabetos funcionais. – Ano passado surgiram 300.000 novos analfabetos. – No ranking da ONU de 2012 o Brasil, que já estava mal colocado, caiu mais 3 posições, e hoje é o número 88 no mundo. (A França é 5.) – O Brasil fica atrás de Belize, Ilhas Fiji, Tchad, Azerbaijão, Ilhas Maurícios, Uzbequistão, Mongólia, Paraguai, Trinidad e Tobago, Belarus, Tijiquistão, Botswana, São Tomé e Príncipe, Namíbia, Santa Lúcia, Moldavia…. até atrás da Palestina em guerra, o Brasil conseguiu ficar. – UMA VERGONHA INTERNACIONAL mas o brasileiro está muito feliz de ser pentacampeão de futebol. Nos corredores da FIFA já se admite que foi o maior erro da história da Instituição eleger o Brasil como sede.

    1. Obrigado, LC.  Eh uma delicia

      Obrigado, LC.  Eh uma delicia ler cada sentenca desse artigo.

      Podem ate ir pro Brasil, mas intactas nem a copa nem as olimpiadas sairao de la.

    1. Ninguém falou que mudar o Brasil é fácil.

      Ninguém falou que mudar o Brasil é fácil. Mas o fato de não se prosseguir com a agenda de reformas, o fato de não se pensar em uma grande reforma desse estado ( o que implica em VÁRIAS COISAS e poderia citar algumas), de forma a dar agilidade, eficiência e eficácia já seria um bom começo. O problema é discutir com Alices e Polianas que acham que um país que cresce 2% ao ano irá conseguir fazer tudo o que precisa ser feito, manter a queda da desigualdade, sustentar uma taxa de desemprego de 5% e continuar com a política de reajustes salariais ao mesmo tempo.

  42. O PT precisa revisar seu discurso
    Uma coisa é a ideologia. De sua fundação à vitória nacional em 2002, o PT gradualmente mudou sua posição ideológica de esquerda (socialismo) para centro-esquerda (social-democracia). E continua sendo esta a posição do partido. Outra coisa é a forma de governar. Lula abdicou dos discursos históricos de revolução e reformismo, e optou pela conciliação e pela agenda de microrreformas. Essa escolha divide opiniões até hoje, inclusive dentro do próprio PT. O circo que se formou em torno do tal “mensalão” reforça a tese dos conciliadores: “Imagine se fosse um governo de enfrentamento.” Aceitemos, por enquanto. Os governos petistas foram bons, transformaram o Brasil e colocaram na agenda o combate à nossa maior chaga, a desigualdade social. Lula certamente passará para a história como o maior de todos os nossos presidentes, ao lado de Getúlio Vargas. Dilma também faz um bom governo, apesar da conjuntura internacional. Mas nos seus 12 anos de poder o governo petista não conseguiu emplacar nenhuma das ansiadas reformas: política, tributária, da mídia, agrária, etc. E isso se deveu, também, ao tom conciliatório, à ausência de um discurso reformista mais incisivo, que teria lhe dado legitimidade para realizar um governo mais ambicioso. O risco de uma derrota de Dilma nas próximas eleições, apesar de pequeno, deve ser considerado. Vamos supor que isso aconteça. Com que discurso o PT pretenderia voltar ao poder? O de reformas? Quem iria acreditar? A essa altura do campeonato, não é mais possível preparar um novo discurso para as próximas eleições. O PT precisa primeiro torcer para que as urnas não preguem nenhuma surpresa, para em seguida se conscientizar de que precisa revisar seu discurso para as eleições seguintes, inclusive para lidar com a tão propalada fadiga de material. Assim, terá um discurso pronto que: caso perca em 2018, lhe credencie para a luta de retomada do poder; e caso ganhe, legitime seu desejo de fazer o Brasil dar o próximo passo.

  43. pizzolato e o assassinato de reputações

    Os imóveis de Pizzolato na Espanha

    Enviado por  on 22/02/2014 – 4:11 pm18 comentários

    Bem, como estou meio que colecionando as histórias de Pizzolato, que se tornou um personagem constante nesse blog, comento a matéria da Folha publicada hoje, com destaque na primeira página, sobre a compra, pelo ex-diretor de marketing do BB, de três imóveis na Espanha. 

    Os adversários de sempre logo passaram a usar a informação para atacar o Pizzolato e o partido dos trabalhadores. Só que, até agora, não se encontrou nada demais. A compra dos imóveis é compatível com o patrimônio de Pizzolato, até porque ele havia, nessa mesma época, vendido seus bens no Brasil.

    Reproduzo abaixo matérias da Folha, de hoje, e do Correio Braziliense, publicada há mais ou menos 30 dias, que se complementam e ajudam a explicar a vida “imobiliária” de Pizzolato.

    Vou resumir o que eu penso e o que descobri, lendo essas matérias, acrescentando-lhes algumas coisas que sei por outras fontes.

    Pizzolato e sua esposa, Andrea Haas, praticamente viveram na Espanha, entre 2006 e 2012, numa região litorânea onde mora, ou morava, uma parente, que enfrentou sérios problemas de saúde nesse período, tendo sido esse um dos motivos  que levou Pizzolato a passar um tempo por lá.

    A repórter do Correio Braziliense, Ana D’angelo, sabe-se lá como, teve acesso ao histórico fiscal de Pizzolato, cuja vida foi devassada em quase 20 anos pelas várias CPIs do mensalão. Pesquisando em cartórios do Rio de Janeiro e do sul do país, ela descobriu que dos 11 imóveis que ele possuía em 2005, adquiridos antes de assumir o cargo de diretor de marketing do Banco do Brasil, ele começou a vender todos a partir de 2006, com exceção de três.

    Enquanto esteve na Espanha, escreve a repórter, de 2006 a 2012, Pizzolato continuou o processo de alienação de seus imóveis. Nessa época, comprou os três imóveis no país, que na verdade são dois. Dois imóveis são colados, formando uma só casa, onde ele efetivamente morou com sua esposa. Ambos estavam devidamente registrados nos cartórios da cidade. O terceiro é um apartamento mais simples, que Pizzolato provavelmente adquiriu para sua parente.

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    A reportagem do Correio informa que, segundo a Receita, Pizzolato tinha R$ 2,2 milhões em imóveis até julho de 2005, em valores não atualizados. O valor real de venda deve ter sido três vezes superior.

    A Folha, por sua vez, diz que o imóvel mais caro adquirido por Pizzolato na Espanha, conforme avaliação de corretores consultados, custaria 450 mil euros. Em valor do câmbio de ontem, isso corresponderia a R$ 1,5 milhão. Mas no valor do câmbio de 2010, talvez custasse bem menos.

    A compra dos imóveis na Espanha me parece perfeitamente compatível com o patrimônio de Pizzolato, acumulado ao longo de 40 anos como executivo graduado no Banco do Brasil, em conjunto com Andrea, arquiteta talentosa que sempre exerceu a profissão.

    Não há crime nenhum aqui. Pizzolato e sua esposa tinham um bom patrimônio, sim, mas adquirido – até onde consta – com trabalho, visto que jamais sofreu qualquer processo na Justiça ou na Receita e seus sigilos fiscal e bancário foram devassados com pente fino por autoridades sedentas de sangue.

    Naturalmente, os detratores de sempre querem fazer de tudo para ridicularizar as campanhas de solidariedade aos outros petistas, e entendem que a melhor forma é usar as desinformações sobre Pizzolato. Só que vão se lascar.

    Pizzolato é a peça chave para derrubar a Ação Penal 470. Essa é a razão, como já expliquei em outro post, pela qual a mídia fará de tudo para desacreditá-lo. Todos os seus atos são criminalizados. Vendeu um imóvel? É ladrão. Comprou outro imóvel? É ladrão. Na verdade, hoje em dia, a mídia nem precisa fazê-lo. Basta dar a notícia que Pizzolato comprou um imóvel em algum lugar, que o senso comum, envenenadíssimo, dá conta do resto.

    Pizzolato era livre durante o período em que morou na Espanha, e podia abrir contas e comprar imóveis. Os preços na Espanha, em função da crise vivida pelo país, talvez estivessem interessantes. Talvez fosse um bom negócio.

    Ciente da tempestade que se aproximava, e não percebendo apoio em nenhuma parte a seu caso, acho que é compreensível que tenha decidido vender seus imóveis no Brasil.

    É isso o que eu acho, mas posso estar enganado. As informações de que dispomos até agora ainda me permitem manter a teoria de que Pizzolato é inocente, um perseguido político, talvez até mesmo uma ótima pessoa, honesta e pacata, que se viu, à sua revelia, no meio da maior tempestade política do século. Espero não me decepcionar. Mas prefiro correr esse risco a entrar no jogo medíocre e sujo da nossa mídia, que julga, acusa e lincha, sem provas.

    Abaixo as matérias mencionadas, da Folha e do Correio Braziliense, que estão até razoáveis, com doses controladas e inevitáveis de veneno.

    *

    Pizzolato comprou três imóveis em cidade do litoral da Espanha

    Dois apartamentos ficam em condomínio de classe média-alta com vista para o mar Mediterrâneo

    Mulher do ex-diretor do Banco do Brasil esteve num dos imóveis 15 dias antes de ele ser preso na Itália

    GRACILIANO ROCHA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MÓDENA

    Antes de ser preso na Itália, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato comprou três imóveis –dois deles apartamentos em um condomínio de alto padrão–na cidade litorânea de Benalmádena, no sul da Espanha.

    A compra dos imóveis foi descoberta pela polícia espanhola nas investigações para localizar Pizzolato, que passou mais de três meses foragido na Europa.

    Segundo a polícia espanhola, dois apartamentos foram comprados em um condomínio chamado Urbanización Costa Quebrada, colado ao mar, com piscina e entrada de visitantes controlada 24 horas por dia por um sistema de interfones e câmera.

    O condomínio fica no distrito de Torrequebrada e ocupa o alto de uma colina. Com perfil de classe média-alta, os moradores têm vista para as águas do Mediterrâneo.

    “Estes dois apartamentos foram unidos em um só e foram a residência do casal na Espanha. Quinze dias antes da prisão do Pizzolato na Itália, a mulher dele esteve neste local”, disse à Folha Olga Lizana, chefe do grupo de localização de fugitivos da polícia espanhola.

    Ela não informou se os imóveis foram registrados em nome de Pizzolato ou de sua mulher, Andrea Eunice Haas, nem a data de aquisição.

    Corretores de imóveis ouvidos pela Folha informaram que um apartamento de 140 m² –tamanho padrão do condomínio– são negociados por € 450 mil (equivalente a R$ 1,5 milhão pelo câmbio de ontem). Os apartamentos de cobertura, com 200 m², podem custar € 600 mil (R$ 1,9 milhão) no mesmo local.

    O casal constava no cadastro de cidadãos estrangeiros residentes em Benalmádena desde 2010, mas o endereço registrado como o de moradia foi o de um terceiro apartamento, em outro condomínio, de classe média.

    A Folha visitou esse imóvel –sem portões, nem câmeras de segurança– em dois dias deste mês. Ninguém atendeu ao interfone. Moradores do mesmo prédio contaram que no local vive um casal de sul-americanos que há meses não aparecia por lá.

    Segundo Olga Lizana, o rastreamento de outros bens de Pizzolato no país depende de pedido formal de autoridades brasileiras. Na semana passada, a Folha revelou que o casal operou ao menos três contas bancárias na Espanha.

    Também partiu de Lizana a informação que levou à localização de Pizzolato na Itália: a existência do Fiat Punto comprado por Andrea e usado pelo casal na Europa.

    No dia 3 de fevereiro, a polícia italiana esteve na casa do sobrinho de Pizzolato em Maranello e viram o Punto na garagem. O ex-diretor do BB foi preso, para fins de extradição, no dia 5 de fevereiro.

    Colaborou LUISA BELCHIOR, em Madri

    ***

    O milionário Pizzolato se diz inocente

    Uma fuga planejada há oito anos. Livre, rico e com passaporte italiano

    Ana D’angelo, do Correio Braziliense

    Condenado na Ação Penal 470, Henrique Pizzolato iniciou ainda em 2006 o plano para escapar da futura punição da Justiça, com a transferência e a venda de imóveis. Em 2013, a estratégia teve fim com a saída clandestina para a Itália. …

    Fiel amigo de Henrique Pizzolato, o blogueiro Alexandre Teixeira garante que o réu do processo do mensalão, hoje com 62 anos, só decidiu fugir do país em cima da hora, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) negou, em 4 de setembro do ano passado, os embargos de declaração à condenação de 12 anos e 7 meses de cadeia em regime fechado. O ex-diretor do Banco do Brasil (BB) não tinha direito aos embargos infringentes, a exemplo de José Dirceu e Delúbio Soares. O Correio apurou, no entanto, que os planos de Pizzolato para escapar da mão da Justiça começaram oito anos atrás.

    O passo inicial foi se desfazer de quase todos os 11 imóveis que possuía em 2005. Uma busca feita pela reportagem nas últimas três semanas em cartórios do Rio de Janeiro e de cidades no Sul do país revelam a movimentação imobiliária de Pizzolato desde o início de 2006. O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, divulgado em 28 de março daquele ano, confirmou o pior, embora já esperado por Pizzolato, conforme as sinalizações recebidas. Ao indiciar 60 pessoas, o ex-tesoureiro da campanha de 2002 de Luiz Inácio Lula da Silva foi enquadrado pela CPI nos crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e peculato.

    “Nesse momento, ele identificou que o mundo estava caindo em cima dele”, contou o amigo. Duas semanas depois, a Procuradoria-Geral da República ofereceu a denúncia contra 40 réus ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Ele trabalhou com planos A, B e C”, reconheceu o amigo de Pizzolato, após questionamentos do Correio sobre a desmobilização do patrimônio. O ex-diretor do BB ainda acreditou que pudesse ser inocentado no fim, mas não deixou de se preparar para o extremo, a cadeia. E dela escapar. Petistas ouvidos pela reportagem descreveram Pizzolato como uma pessoa meticulosa, disciplinada e excelente estrategista.

    Quando soube que o relatório da CPI viria implacável, o ex-diretor do BB deu início a um dos planos, que era livrar os bens de um eventual bloqueio judicial para a fuga. Ele já havia tido uma experiência nada boa. Entre junho de 2002 e fevereiro de 2003, ficou com os bens indisponíveis por ordem judicial, por conta de uma intervenção do governo federal na Previ, o fundo de pensão do BB, do qual foi diretor de 1998 até maio de 2002.

    Em julho de 2005, quando veio à tona que ele recebeu R$ 326,6 mil em dinheiro sacados da conta da agência de propaganda de Marcos Valério no Banco Rural, que lhe foram entregues por um contínuo da Previ, ele possuía 11 imóveis, entre casas e apartamentos, declarados à Receita Federal. À época, estavam avaliados, de forma conservadora, em R$ 2,2 milhões, conforme levantamento feito pelo Correio em cartórios do Rio e de algumas cidades do Sul.

    Na lista, está inclusa a cobertura em Copacabana, adquirida em fevereiro de 2004, por R$ 400 mil (hoje avaliada em quase R$ 4 milhões), 35 dias após receber os R$ 326 mil, dos quais R$ 100 mil foram pagos em dinheiro. À Receita, além dos imóveis, ele declarou, no final de 2004, cerca de R$ 500 mil em investimentos (incluídos R$ 100 mil em nome da mulher, sua dependente na declaração) e R$ 81 mil em dólares e euros. Seria o correspondente a ter atualmente R$ 1 milhão em conta e em moeda estrangeira.

    Partilha

    Em abril de 2006, Pizzolato e a mulher, Andrea Haas, 51 anos, foram parte num processo judicial de partilha de bens, na 4ª Vara de Família do Rio. O casal, que se juntou ainda na juventude, se separou no papel, mas nunca deixou de estar junto. Andrea mora com Pizzolato na Itália. Uma procuração firmada em cartório no Rio indica que eles se casaram novamente, desta vez, com separação de bens. Na partilha, homologada em dezembro de 2006, ela ficou com três dos imóveis mais valiosos.

    Coube a ela a casa luxuosa de 310 metros quadrados num condomínio de alto padrão no bairro Lagoa da Conceição, em Florianópolis. Construída entre julho de 2003 e 2004, à época, era avaliada em mais de R$ 600 mil, e hoje, em torno de R$ 2,5 milhões. Andrea ficou também com o apartamento de cobertura de 102 metros quadrados num prédio de quatro andares também na Lagoa da Conceição — em 2006, avaliado em R$ 300 mil e, hoje, em cerca de R$ 800 mil. Ainda teve direito ao apartamento duplex de 158 metros quadrados na Rua República do Peru, em Copacabana, a uma quadra da praia, que valia R$ 500 mil à época e hoje, R$ 2,5 milhões.

    Naquele ano de 2006, em que a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra 40 réus foi apresentada e recebida pelo Supremo Tribunal Federal, Pizzolato vendeu três apartamentos: dois em Curitiba e um em São Leopoldo, totalizando R$ 203 mil, conforme está no registro em cartório. Outros dois, também localizados no município do interior gaúcho, foram transferidos a terceiros em 2009, por R$ 118 mil registrados no total. Embora declarasse à Receita como seus integralmente, esses dois apartamentos estavam também em nome de um amigo.

    Exterior

    Enquanto desmobilizava o próprio patrimônio, entre 2006 e 2012, Pizzolato passou a maior parte do tempo no exterior. A justificativa foi amparar uma sobrinha, filha da irmã que morava no sul da Espanha, com problemas de saúde e em tratamento. Foi nesse período que ele providenciou a cidadania italiana e um passaporte daquele país. Questionado, Teixeira disse que ele obteve a cidadania “há uns cinco anos”.

    Em novembro de 2012, encerrada a primeira fase do julgamento que resultou na condenação de 25 réus, Pizzolato entregou ao STF os dois passaportes que tinha, o italiano e o brasileiro. E afastou eventual suspeita de que pudesse fugir. Na ocasião, seu advogado, Marthius Sávio Lobato, declarou ser absurda a ordem do STF de recolher os passaportes, pois a sentença não transitara em julgado, e anunciou que a contestaria no próprio STF.

    Naquele fim de ano, Pizzolato quase não conseguiu executar o plano de fuga, quando o procurador-geral da República decidiu pedir a prisão antecipada dos condenados, às vésperas do Natal. “Em 22 de dezembro (de 2012), fiquei na casa dele esperando a polícia chegar. Ele estava em pânico. Não conseguia entender como recebeu a maior condenação e a maior multa”, relatou o amigo Teixeira. Passado o susto, Pizzolato pôde aplicar, em 2013, o que ele considerou o pulo do gato e, assim, tomar um voo legalmente para a Itália (leia mais na página 3).

    12 anos e 7 meses. Tempo de prisão imposto a Pizzolato pelo STF.

    Pedido por um novo julgamento.
    Confiante de que não há a menor possibilidade de ser extraditado da Itália, por ser cidadão italiano e sem qualquer restrição ou condenação naquele país, Henrique Pizzolato tenta levar o processo do mensalão para lá e ser julgado novamente pela justiça local. Para isso, o Ministério da Justiça tem que iniciar o processo de extradição e enviar a íntegra do processo para o país europeu. O primeiro passo é confirmar e avisar ao STF que Pizzolato está na Itália.

    Procurado, o Ministério da Justiça informou que não há nenhum processo de extradição aberto ainda em relação a Pizzolato, que é considerado foragido e está na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional. O Correio perguntou se o órgão informou o STF acerca da localização do ex-diretor do BB na Itália, mas não houve retorno.

    Ao ser questionado sobre o risco de Pizzolato sofrer condenação também no país europeu e, assim, perder a oportunidade de viver livre por lá, o amigo Alexandre Teixeira respondeu que ele tem a certeza de que será inocentado. Os amigos que defendem o ex-diretor do BB em blogs na internet questionam o fato de o STF ter cravado que os R$ 326 mil que ele recebeu em dinheiro das mãos do contínuo da Previ são propina por ter prorrogado contrato da agência DNA, de Marcos Valério.

    “Só que a prorrogação foi feita em 11 de fevereiro de 2003, e ele tomou posse no BB em 17 de fevereiro de 2003″, disse Teixeira. “Ele fez de tudo para divulgar os documentos que provavam sua inocência, achando que a Justiça pudesse ser efetiva”, comentou. (AD)

    Em 2013, quando fugiu, só restavam em nome de Henrique Pizzolato três dos 11 imóveis que ele tinha em 2005, declarados à Receita Federal. Há uma casa em Concórdia, onde mora o pai e alguns parentes, e outra em Toledo, no interior do Paraná. Há suspeitas de que não mais lhe pertençam, mas as eventuais escrituras de compra e venda não foram registradas nos respectivos cartórios de registro de imóveis.

    Também continua em nome de Pizzolato o apartamento mais valioso, uma cobertura na Rua Domingos Ferreira, em Copacabana, a uma quadra da praia, de quase R$ 4 milhões. Em relação a esse imóvel, a decisão foi estratégica. Ao mantê-lo em seu nome, não despertou suspeita de sua intenção de fugir, pois era sua residência conhecida desde a eclosão do escândalo do mensalão. Conforme informações obtidas pelo Correio, ele fez um contrato de comodato, que é um empréstimo gratuito de coisa não fungível (caso do imóvel), com um casal de amigos antigos, com registro de divisão do imóvel. Pizzolato teria só metade do apartamento.

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  44. “O cidadão pré-inclusão era
    “O cidadão pré-inclusão era passivo… depois da inclusão, é cobrador de direitos.” Essa engenharia de obra feita foi bem ajudada pelos protestos de junho.E pensar que a oposição era acusada de anti-patriótica quando cobrava portas de saída do assistencialismo.Hoje isso são “os novos tempos”…. Dilma chega às eleições dependendo apenas […] de entender que o país não precisa de um presidente gerente, mas político, que saiba articular os diversos setores do país, compreender o novo e tenha…gerentes eficientes, que transformem propostas em planos factíveis” Resumindo, basta uma lobotomia…. “A chegada de Aloizio Mercadante à Casa Civil, é um alento….” Ledo engano. Ele é considerado culpado pela rebelião do PMDB, articulando um novo centrão….

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