Dilma, vai deixar que acossem os seus?

Quem foi moleque até o final da década de 90 e início dos anos 2000, quando atividades fora da pretensa segurança do lar eram corriqueiras, sabe que uma das principais características frequentes desse período eram as brigas, da bola de gude até o futebol. As brigas eram, na maior parte das vezes, entre amigos, coisa que passava rápido. Dia seguinte era comum ver a cumplicidade de volta aos gestos e aos olhos.

O sentimento de lealdade aflorava de forma mais intensa quando não comuns a tribo cismavam de acossar um dos nossos, principalmente utilizando requintes de covardia. Aí o “pau quebrava”.

Dizem que com o passar do tempo tais sentimentos de lealdade fraternal vão sendo substituídos pelo conforto em ter que se importar e lutar somente pela sua família e nada mais. Os ideais vão sendo paulatinamente sobrepujados pelo conforto de não ter que se meter em confusão “desnecessária”. E o discurso vai moldando-se até que mesmo a chamada “boa batalha” represente um tremendo incomodo.

Contudo, não dá para se fechar e fingir que não é com a gente quando é patente a tentativa de abater um dos nossos. O que os outros vão dizer não importa. Como dizia um amigo meu nos tempos de faculdade: “amigo que é amigo não chega perguntando, chega de voadora  na briga paras defender os seus”. É simples, caso se sinta desconfortável em “brigar”, pense o seguinte: “minha reputação é a minha família”. A partir daí é partir para cima daqueles que tentam abater quem lhe deu a mão e pavimentou seu caminho.

Sim, para quem já entendeu, estou conclamando Dilma Vanna Rousseff a flexibilizar a liturgia do cargo máximo da nação. Seu amigo, um dos seus, Luís Inácio Lula da Silva, está sendo caçado pela República de Curitiba,  chefiada pelo excelentíssimo Sérgio Moro, e com o auxílio do MPF e seus exibicionistas. Dilma, vá a luta por ele. As evidências de perseguição política são claras em cada decisão lavrada pelo Sr. Moro, pois seus embasamentes para prender parecem não servir quando o acusado se relaciona com cores diferentes da cor de sangue, cor do seu partido.

Agora, com o passo mais ousado em relação à Odebrecht, fica claro que eles não têm mais pudores, e que Lula é a presa principal. O empresariado poderá ficar aliviado em ver que a ilegalidade foi combatida de forma frontal, aliviados por poderem formalizar contrato com a administração pública sem a insegurança jurídica gerada pelo espetáculo a serviço do antipetismo. Porém, para isso é preciso que a senhora saia da sua zona de conforto em afirmar a todo o momento a tal liturgia do cargo. Isso já não cabe mais!

Somos um país literalmente composto por hipócritas, que tem a lógica de gritar contra a corrupção alheia e separar grosseiramente o que é “pecadinho” e “pecadão”. O pecadão jamais é perdoável e atualmente só é associado aos atos de pessoas ligadas ao Governo, ao seu Governo, Dilma! O Sr. Moro usa dessa lógica, por exemplo, ao prender tesoureiro do PT e não de outro partido que, diga-se de passagem, recebeu a mesma coisa e das mesmas  fontes.

Não importa o que as bestas feras dos jornais, TVs, e os animaizinhos de rabo que leem tais conteúdos vão fazer, dizer, e encher a paciência com comentários pra lá de imbecis. Essa gente só quer moralidade alheia, não está preocupada com a corrupção e, muito menos, com o Estado de Direito. Todos eles só cometem pecadinhos, perdoáveis.

A senhora é desancada todos os dias por fogo inimigo, fogo amigo e fogo chovemaisnãomolha. Logo, o que temer? Ninguém está livre do julgo. Faça o que for necessário para que essa gente pouco brasileira não subjugue nossas riquezas a quem quer que seja.

Tenha certeza que se a senhora fizer isso e deixar claro que é essa sua intenção, mil ficarão contra você, mas milhões de brasileiros cerrarão  fileiras ao seu lado. Se mil lhe chamarem ditadora e aparelhadora do Estado, milhões irão agradecer por simplesmente defender o interesse nacional, os empregos. Eu serei um deles. Mas nos ajude para que possamos lhe ajudar. Lembre que eles querem pegar um dos seus, e com os nossos ninguém brinca.

Redação

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