Ato Simbólico em Defesa do Ponto de Coleta da Igreja São João Vianney (Reciclázaro) e pela Permanência do Padre José Carlos na P

Ato Simbólico em Defesa do Ponto de Coleta da Igreja São João Vianney (Reciclázaro) e pela Permanência do Padre José Carlos na Paróquia – 16/01, domingo, 11:00 às 11:30, na Praça Cornélia
 
Caros e caras colegas,
 
Nosso movimento continua ativo e, conforme aprovado em nossa reunião deste domingo (09/01), na Praça Cornélia, temos as seguintes atividades pela frente:
 
1) Reiterar nossa solicitação de audiência com o Cardeal Dom Odilo Scherer para lhe entregar o abaixo-assinado (estamos empenhados nisso);
 
2) Continuar coletando assinaturas: contamos com 2.500 até este momento:
 
2) Promover um Ato Simbólico em Defesa de nossas Reivindicações: vamos imprimir sacos de lixo pretos com as palavras Ambiente e Inclusão Social (em branco), que serão distribuídos durante a semana pelos trabalhadores do ponto de coleta e por nós, e, no domingo (16/01), das 11h00 às 11h30, estaremos depositando esses sacos com lixo reciclável no ponto de coleta. Informaremos os veículos da mídia para que estejam conosco neste dia.
 
Colegas, é muito importante mantermos nossa mobilização.
 
Eu os avisarei quando os sacos de lixo já estiverem disponíveis para que venham buscá-los.
 
Fiquem atentos aos informes via Net.
 
Guardem seu lixo seletivo e não o entreguem em outros locais.
 
Precisamos guardá-lo para o próximo domingo.
 
Como conselheira da Região Macro Oeste 1 (Lapa, Pinheiros e Butantã), agradeço a todos e a todas pelo compromisso, pela ética e pelo apoio a um projeto que vai ao encontro de uma cidade justa, sustentável e inclusiva.
 
Abraço fraterno
 
Ros Mari ZenhaConselheira Cades SVMA (Macro Região Centro Oeste 1)9711.8339
 
Reciclázaro (informações recentes)
 
Caros e caras colegas,
 
Boa tarde!
 
Entro em contato para informar sobre os últimos acontecimentos em relação à desativação do ponto de coleta seletiva da Igreja São João Maria Vianney e a transferência do Padre José Carlos Spinola, seu fundador e coordenador.
 
Depois da troca de mensagens entre a sociedade civil (na minha pessoa, como conselheira da Região Macro Centro Oeste) com a Secretaria de Comunicação da Arquidiocese (leiam meu comunicado anterior abaixo), fomos convidados a participar de uma reunião, em 05/01, às 18h00, na própria Igreja.
 
Quem nos convidou? A SVMA, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, da prefeitura de São Paulo, na pessoa da Secretária Adjunta, informando que estariam presentes à reunião o Padre José Carlos e membros da Associação Reciclázaro.
 
Porém, ao chegarmos, encontramos, além dos citados, o Subprefeito da Lapa e assessoria e um advogado (assessor jurídico da Mitra) e 2 representantes da Secretaria de Comunicação – que se apresentaram como representantes do Cardeal Dom Odilo Scherer.
 
Enquanto sociedade civil, explicitamos, novamente, em detalhes e com documentos em mãos, nossas principais demandas, a saber: (1) a permanência do Padre José Carlos na paróquia e (2) a reativação do ponto de coleta seletiva da Reciclazaro na lateral da Igreja.
 
Não vou cansá-los, repetindo os inúmeros argumentos em favor dessas duas reivindicações e que são do conhecimento de todos e de todas vocês.
 
Na reunião, os representantes da Arquidiocese reiteraram o que eu já havia recebido por escrito (vide mensagem abaixo) de que a transferência do padre é decisão interna e que explicações não precisam ser dadas à sociedade civil.
 
Quanto ao ponto de coleta, ainda que saibamos que nenhuma atitude é tomada pela paróquia sem conhecimento de sua hierarquia, foi-nos informado, novamente, que o Cardeal desconhecia o fato e, apoiador que é dessas iniciativas, considerando a Campanha da Fraternidade de 2011, cujo tema é Meio Ambiente, até incentivaria a implantação de pontos de coleta nas demais paróquias de nossa querida e tão maltratada cidade.
 
Bem, se ninguém apoiou tal medida, nada mais justo do que voltarmos no tempo e retomarmos a atividade de coleta, retirando a faixa que avisa de sua suspensão e avisando aos trabalhadores que podem receber o material.
 
Pareceu-nos, ao final da exaustiva reunião, que haveria “uma luz no fim do túnel” e qual não foi nossa surpresa ao sermos informados, pela mídia, que tem acompanhado nossa luta, que contatando a Secretaria de Comunicação da Arquidiocese, no dia 06/01, à tarde, foram informados de que o ponto de coleta será fechado.
 
Que triste e lamentável episódio!!
 
Como pode uma experiência exitosa, respeitada internacionalmente, referência para a sociedade civil de bairros da zona Oeste, ser descontinuada dessa forma?
 
O ponto de coleta da Igreja não é só um ponto de coleta e ponto. Pessoas vêm de longe trazer seu lixo por conta da ligação que existe entre esta atividade de coleta e o trabalho social da paróquia com os menos afortunados que, inclusive, viviam, há 15 anos atrás, ao relento na Praça que circunda a Igreja e que, hoje, são zeladores desse espaço público resgatado para a comunidade e coletores dos recicláveis. Não fosse isso, entregaríamos o lixo em qualquer outro lugar que o recolhe até com finalidade de lucro, explorado por empresas.
 
Teria a Igreja tomado uma atitude equivocada, talvez sem a totalidade de informações sobre o assunto?
 
Pode ter acontecido e é natural, pois, nem sempre, a hierarquia de uma organização conhece tudo o que se passa em detalhes; porém, a humildade reza que, se foi o que aconteceu, façamos um mea culpa e, por meio de um diálogo fraterno, retomemos o trabalho com mais empenho e coesão.
 
Haveria setores de nossa comunidade que não querem este ponto de coleta funcionando ou querem utilizar o espaço lateral para outra finalidade?
 
Se sim, temos o dever de esclarecer essas pessoas, explicando que todos somos responsáveis pelo futuro do nosso planeta Terra, em especial para as futuras gerações pois, não podemos nos esquecer que não somos eternos e que nossos filhos e netos têm direito a uma cidade sustentável e com qualidade de vida. Produzimos o lixo e temos que nos preocupar com seu destino.
 
Nosso lixo (resíduos sólidos) é valioso, tem valor no mercado e é importante que ele seja tratado e gere recursos para incluir na nossa sociedade os despossuídos, os desafortunados, os Lázaros que nos cercam e que não são poucos. Era isso que tínhamos na Igreja São João Maria Vianney.
 
Hoje, aqueles trabalhadores que recebem nossos materiais, sabem da importância de seu trabalho para a sustentabilidade de nosso planeta. É só ouvir seus depoimentos nas reportagens que foram feitas pela mídia em relação ao assunto.
 
Por outro lado, preocupa-nos a falta de rendimentos que já estão sofrendo, e o destino que eles teriam a partir da cessação da coleta na praça.
 
Nossa inserção, enquanto profissionais e militantes da causa ambiental, não poderia deixar de ocorrer.
 
É uma luta pontual mas revestida de extremo simbolismo.
 
Continuaremos buscando o diálogo, queremos conversar com o Cardeal e lhe entregar o abaixo-assinado e queremos o ponto de coleta reativado, para, somando pequenas ações, transformar São Paulo em uma cidade sustentável, justa e inclusiva.
 
Neste domingo, das 11h00 às 11h30, faremos em encontro na Praça Cornélia para informações e para, juntos, definirmos nossos próximos passos.
 
Contamos com sua presença.
 
Abraço fraterno
 
Ros Mari Zenha
Conselheira Cades SVMA (representando a sociedade civil da Região Macro Centro Oeste 1 – Lapa, Pinheiros e Butantã)
 
Mensagem anterior que enviamos pela Net:
 
Temos mantido, enquanto sociedade civil organizada, contatos sistemáticos com o Secretário de Comunicação da Arquidiocese de São Paulo em relação aos seguintes pontos:
 
1) Solicitação de audiência com o Cardeal Dom Odilo Scherer para explicitarmos nossas demandas e entregar nosso abaixo-assinado (até agora a resposta foi negativa);
 
2) Solicitação para a reativação do ponto de coleta seletiva da Igreja São João Vianney, início e parte de um projeto maior que é o Reciclázaro, responsável, nos últimos 15 anos, pela educação ambiental da comunidade da Lapa e Região, pela inclusão social dos despossuídos que viviam na Praça Cornélia (onde se situa a Igreja) e pelo compromisso com a sustentabilidade ambiental de nossa cidade. A comunidade, responsável pela entrega de 40 toneladas de lixo reciclável/mês neste ponto de coleta, só o faz por conta de sua conexão com o Projeto Reciclázaro e o trabalho social de inclusão. Não fosse por isso, entregaria o lixo em qualquer outro ecoponto (deixamos claro, no e-mail e fax que a sociedade civil enviou ao Cardeal: “… Qual não foi a perplexidade da comunidade ao saber que a atividade da coleta seletiva será desativada e o padre José Carlos transferido de paróquia….”.
 
3) Solicitação de manutenção do Padre José Carlos na paróquia.
 
Ainda não conseguimos evidências palpáveis de que a Arquidiocese esteja repensando sua decisão, pelo que segue:
 
1) Após toda a mobilização da sociedade civil e a repercussão que o caso assumiu, inclusive na mídia, temos mantido contato, por e-mail, com a Secretaria de Comunicação da Arquidiocese. Em um deles, explicita a referida Secretaria: “Nem o Cardeal nem qualquer outra autoridadade arquidiocesana é responsável pela desativação do ponto do ponto de coleta seletiva do Reciclázaro na Igreja São João Maria Vianney. A Arquidiocese de São Paulo até desconhecia tal fato. Aliás, pelo contrário. Com a Campanha da Fraternidade deste ano (sobre meio ambiente), Dom Odilo Scherer será o primeiro a incentivar que as paróquias promovam e motivem ações como a coleta seletiva” –  “Não sabemos de onde veio tal ordem. Mas também agora isso não importa. A autoridade arquidiocesana (que é o senhor Cardeal) já disse que não orientou ou deu ordem para o fim da coleta. Portanto, a comunidade, se quiser, pode voltar a fazê-lo” ou seja, neste atual momento não há nenhum responsável pela decisão. Logo, a sociedade civil entende que ela não existiu e, portanto, o ponto de coleta deve ser reativado imediatamente. Nossa preocupação é a postergação dessa retomada até a vinda de um outro padre, apostando-se na desmobilização da comunidade, na medida em que a transferência se efetivará, de fato, em 06 de fevereiro. Senão vejamos o trecho seguinte de nova mensagem: “E, no limite, aguardem a chegada do novo pároco. Para que ele, com a comunidade, possa definir, de comum acordo, quais serão os projetos prioritários nesta nova etapa que a paróquia inicia, com um novo pastor”. A resposta da sociedade civil foi a que segue: “Confessamos que não conseguimos entender qual é o desdobramento deste episódio e lhe pedimos desculpas, pois pode ser ignorância de nossa parte por desconhecer como se dão as tramitações no contexto da Igreja Católica.1) A coleta seletiva da Igreja São João Vianney foi desativada não se sabe por conta de quem; 2) Mas, segundo o senhor, isso não importa; 3) A comunidade pode voltar a utilizar a Igreja como ponto de coleta.Perguntamos: 1) Já foi exarada orientação da Arquidiocese para a paróquia retomar o recebimento do lixo reciclável (considerando que há mais de uma semana está tudo parado, uma faixa avisa a suspensão das atividades, os pobres trabalhadores informam, consternados, a todos e todas que chegam que a coleta foi desativada)? 2) Será colocada uma nova faixa informando da retomada da coleta? 3) O padre José Carlos já foi avisado que o lixo reciclável pode ser novamente entregue na Igreja e será utilizado para as atividades do Projeto Reciclázaro? (cabe salientar que colocar um ponto de coleta em cada Igreja, como proposto pelo Cardeal, sem nenhuma vinculação com um trabalho social de inclusão mais efetivo, nada significa – a Campanha de Fraternidade, preocupada com o meio ambiente deve ir além.
 
Bem, acabamos de passar pela Igreja (04/01/2011, às 12h00) e nada mudou: a faixa continua, os trabalhadores não podem receber o lixo, o padre não foi avisado nem a comunidade. E a comunidade continua perplexa!
 
Atenciosamente

Redação

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