Austrália reconhece Jerusalém como capital de Israel e é criticada

Para Liga Árabe decisão alimenta “hostilidade contínua e crescente” contra a população palestina
 
 
Jornal GGN – A Jordânia e a Liga Árabe criticaram a decisão do primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, em reconhecer Jerusalém como capital de Israel. 
 
O anúncio do governo australiano foi realizado neste sábado (15). Mas, apesar de reconhecer Jerusalém Ocidental como a capital de Israel, a Austrália continuará mantendo sua embaixada em Tel Aviv. 
 
O país da Oceania é o quarto a reconhecer oficialmente Jerusalém como capital israelense, no período recente. O primeiro foi os Estados Unidos, com o governo Donald Trump, em dezembro de 2017, transferindo sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. Logo após o anúncio norte-americano, Guatemala e Paraguai seguiram a decisão, mas Paraguai manteve sua representação diplomática em Tel Aviv.
 
Ainda no sábado, a Jordânia criticou a decisão da Austrália como sendo uma “violação” das leis internacionais e representando “um claro viés a favor de Israel, cujas políticas perpetuam a ocupação, alimentam a tensão e impedem uma paz ampla que assegure a criação de um Estado Palestino independente”, prosseguiu o país em nota por meio do seu Ministério das Relações Exteriores.
 
Em 2012, a Assembleia-Geral das Nações Unidas reconheceu a Palestina como Estado. Na ocasião, 138 países votaram a favor dessa decisão, contra nove  (Israel, Estados Unidos, Canadá, República Tcheca, Panamá, Palau, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru). Outras 41 nações se abstiveram. 
 
“Jesusalém é um dos assuntos de status final que devem ser decididos através de uma negociação direta, de acordo com as resoluções de legitimidade internacional”, pontuou a nota do governo da Jordânia. 
 
A Liga Árabe também criticou a decisão australiana nos mesmos termos. Em uma coletiva para a imprensa, o assistente do secretário-geral para os Assuntos Palestinos do grupo, Said abu Ali, declarou que a resolução australiana “representa uma escalada descarada com as posturas e políticas da ocupação israelense”.
 
A Liga ponderou, ainda, que o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel alimenta a “hostilidade contínua e crescente” na região contra os palestinos. 
 
Com informações da Agência EFE
 
Redação

2 Comentários

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  1. Estado de Israel e semelhanças com Nazismo

    Na minha opinião, o Estado de Israel adotou as mesmas políticas da Alemanha Nazista: território vital (lebensraum), raça superior ariana (judeus x palestinos), campos de concentração e extermínio (Gaza e Bantustões na Cisjordânia ocupada), discursos de ódio (Lieberman, Netanyahu), paranoia contra inimigo  externos (Irã e Rússia), corrupção nos porões do poder (Sara Netaniahu e Benjamin Netaniahu), gases venenosos (bombas de fósforo). A única diferença é que o nazismo acabou há quase 80 anos e o nazismo israelense acontece AGORA! Vergonha a Austrália apiar o neonazismo em 2018.

  2. Mais motivos para se aproximar dos árabes e muçulmanos.

    Um de cada quatro consumidores de produção agropecuárla é muçulmano. Está dando adeus desse mercado um grande concorrente nosso. Vai sobrar espaço para crescimento.

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