Auto de crítica e fé na vida – Sérgio T.

Não existe um caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho (Mahatma Gandhi)

Nesses tempos de “informação de massas” e “cultura de massas”, cada vez mais entendo as ideias de Naomi Klein em seu livro “A Doutrina do Choque”. Graças a ela e mais alguns outros autores, vejo o quanto muitas pessoas são enganadas, se tornam previsíveis, vivem em estado de ignorância e por consequência se tornam ingratas. Estou vendo no meu dia a dia que normalmente são os que mais tem, que querem tudo o que não tem, enjoam de tudo o que conseguem, e só valorizam o que tem depois que perdem…

Sou um leitor voraz e sou o suficientemente viajado e experiente para afirmar sem medo de errar, que absolutamente toda a informação que recebemos das grandes empresas é viciada (não só as de mídia, elas apenas são o “carro chefe”), tem “viés” e é parcial, isso quando não é apenas fofoca (mentira) que acaba se esvaindo, esquecida na semana seguinte dessa vida sufocada de “informação”. É a ideologia da “crise permanente” que nos mantém escravos dos verdadeiros donos do mundo, pois quem se sente sufocado está sempre precisando de mais pré-condições para sua felicidade. Hoje te preocupam com tudo de errado que pode acontecer, quando na realidade o que acontece de errado é percentualmente imutável a décadas, nós apenas aumentamos em número absoluto de pessoas no planeta. Isto é estatístico, existe como informação, mas não é dado a nós na chamada “informação fácil”, colocada nas manchetes de jornais, ou pelos porta vozes da dominação como o medonho Bonner. Isso faz com que ocorra um fenômeno psico sociológico junto a classe média, quer seja, os que mais tem são os que mais reclamam, que mais se sentem inseguros, que mais vivem preocupados com o porvir.

Bertrand Russel afirmou com propriedade, que as pessoas não querem o verdadeiro conhecimento (esse dá trabalho), as pessoas querem certezas (essas as grandes empresas, principalmente as de mídia, dão). Atualmente no ramo cultura e informação, me dedico a poucas leituras de grandes autores, vários filósofos e pensadores de verdade, e alguns jornalistas confiáveis, mas que ainda assim no meu critério, erram bastante. Até aí tudo bem, pois definitivamente não existem unanimidades, quem tenta agradar a todos acaba só e desacreditado.

Pessoalmente, hoje me dedico a uma ajuda aqui ou ali aos que realmente necessitam (há os que parecem ter a necessidade de carregar os pecados da humanidade, dou valor mas não é o meu caso, porque sei que nunca haverá o paraíso na Terra). Perco muito o meu tempo junto aos verdadeiros amigos, a viver e aproveitar a vida, pois vejo que ela no mínimo já está em seu terço final. Mais dedicação ainda dou a minha família, que é a base do meu edifício. Invisto numa coisa chamada momentos felizes, porque sei que não existe vida em estado permanente de felicidade, ou seja, também procuro me preparar com humildade e resiliência para os momentos ruins e infelizes, que eu sei, em algum momento virão e espero ter força para suportá-los…

O importante é que não choro de barriga cheia, nem vivo preocupado com o que ainda não aconteceu…

A Bíblia cristã diz que a vida é uma dádiva, Niemeyer um ateu, disse que ela é um sopro, eu acredito em ambas as definições e vou embora ser feliz, aproveitar enquanto há tempo.

 

Redação

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