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Existem uma guerra surda e uma ameaça rondando o mandato de Bolsonaro à presidência da República. Como em uma novela – inclusive, com um capítulo final alongado para aumentar a audiência… ou o valor.
Trata-se de caso de caixa-2 para fins eleitorais – o impulsionamento em massa nas redes sociais, pago por empresários, com fake news prejudiciais à campanha de Haddad do PT. E beneficiando a campanha de Bolsonaro.
Caixa-2 é motivo para cassação da chapa vencedora. Nas eleições de 2014, foi o galho onde Gilmar Mendes se dependurou para buscar um 3º turno que desse a vitória a Aécio Neves. Foi atropelado pelas manobras da Máfia de Temer – muito mais eficazes – e acabou tendo que pedir para que esquecessem o que havia escrito.
Pois bem, o caso Bolsonaro-Empresários sumiu dos noticiários, mas a guerra surda continua.
Em 18 de novembro de 2018, a Folha de São Paulo traz mais dois novos capítulos dessa história. Mas é preciso saber ler as entrelinhas.
O primeiro: existe documentação comprovando a prática do caixa-2. O recado está dado na coluna da ombudsman. Aliás, razão pela qual, apesar das ameaças e arreganhos, a Folha não foi processada por calúnia, pelos citados na reportagem.
O segundo, um biscoito fino da ironia no mestre Janio de Freitas: não deve dar em nada, mas Bolsonaro fica mais ainda nas mãos de Sergio Moro.
Há por fim, neste momento, mais um capítulo – o capítulo final? – sendo escrito no TSE. As perguntas que ficam no ar são: quanto essa redação irá custar e para quem?
PS: para resumo da ópera, consulte a Oficina de Concertos Gerais e Poesia.
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