Banco de dados de pesquisadores valorizará inovação

Plataforma Lattes, sistema que agrega dados de pesquisadores de todo o país, passará a valorizar alunos e cientistas que tenham inventado algum procedimento, serviço ou produto inovador em empresas. A previsão do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), responsável pela plataforma, é que os novos dados estejam disponíveis no sistema até dezembro.

A mudança faz parte de uma proposta mais ampla que estuda a reconfiguração estratégica de todo o Conselho, objetivando melhorar o grau de inovação no país. O banco congrega hoje 1,8 milhão de currículos e tem mais de cem mil acessos diários.

Glaucius Oliveira, presidente do CNPq, explica que atualmente os critérios de avaliação do Lattes são fortemente acadêmicos, e exigem, por exemplo, a divulgação pública dos trabalhos de pesquisa em revistas científicas conceituadas.

“Nosso próximo passo será introduzir modificações cruzando dados dos currículos com os de empresas. O pesquisador irá informar a empresa que ajudou a inovar, cadastrando num campo o número do CNPJ dela, e indicar um parceiro dessa empresa que deverá entrar na página do seu currículo e indicar o quanto aquele projeto foi bom para aumentar o faturamento ou a geração de empregos”, completa.

Os dados divulgados na plataforma servem como critério para avaliação de professores e pesquisadores e se tornaram estratégicos, segundo o Ministério de Ciência e Tecnologia, para formulação de políticas nas áreas de ciência, tecnologia e inovação.

  

 

 

 

 

 

 

Fonte: CNPq, consolidação de dados da plataforma colabora com a elaboração de políticas

A Plataforma Lattes surgiu de outra base de currículos de pesquisadores brasileiros, a rede BITNET, criada nos anos 1980, e precursora da Internet no país. Qualquer pesquisador ligado a alguma instituição de ensino e/ou pesquisa pode se cadastrar seu currículo no endereço: lattes.cnpq.br. O nome Lattes, vem de Ceza Lattes, primeiro cientista brasileiro reconhecido  internacionalmente.

Espera-se que a introdução dos indicadores de inovação contribua para o fortalecimento da indústria nacional. “Hoje formamos 12 mil doutores, mas cerca de 80% estão se posicionando no setor educacional e não nas empresas”, justifica Oliveira.  

Redação

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