BC vende dólares das reservas cambiais para conter volatilidade

Objetivo é conter volatilidade do dólar; entre segunda e terça-feira, US$ 5 bi foram injetados no mercado

Em dois dias, Banco Central injetou US$ 5 bilhões no mercado em venda de reservas cambiais

Jornal GGN – O Banco Central tenta controlar a volatilidade do dólar vendendo mais moeda no mercado. Hoje, serão negociados mais US$ 2 bilhões, retirados das reservas cambiais – operação semelhante foi realizada na segunda-feira, quando US$ 3 bilhões entraram no mercado.

O diretor de política monetária do Banco Central, Bruno Serra Fernandes, declarou durante evento em São Paulo que as intervenções podem a “eventos e disfuncionalidades específicas, mas podem durar o tempo que for necessário para o retorno do regular funcionamento do mercado de câmbio”.

A autoridade monetária deu a entender que, embora defenda o câmbio flutuante, a elevada volatilidade do dólar passou a incomodar, seja pelo fato de a moeda norte-americana ultrapassar a barreira de R$ 4,70, seja pelo impacto que essa instabilidade gera no risco Brasil – nesta segunda-feira, a cotação da moeda norte-americana chegou a ultrapassar a marca de R$ 4,70 no começo das negociações.

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o economista da BlueMetrix Ativos, Renan Silva, explica que o BC vinha deixando o câmbio flutuar de forma mais livre devido aos juros baixos e a inflação mais controlada.

Contudo, o analista diz que uma espécie de teto está se desenhando – que, na visão dele, pode estar entre R$ 4,60 e R$ 4,80, um patamar que já assusta os consumidores e afeta as empresas que possuem dívidas em dólar.

Redação

1 Comentário

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  1. Vamos fazer umas contas simples pra entender quanto e se gasta (no fajuto mercado financeiro brasileiro) para enfrentar a disparada da cotação: U$ 44 bilhões desde o início do governo Bolsonaro, a uma cotação de R$ 4,70/ U$ 1,00, então temos R$ 206,8 bilhões. Se considerarmos a população do Brasil em 210 milhões, logo temos aproximadamente R$ 985 per capita gasto em adiar o inevitável, para uma turma que não deve passar de mil pessoas.
    O que será mais efetivo numa economia estagnada como a atual brasileira? Fica o questionamento.

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