Biodiversidade no combate à pobreza

“Nosso estudo também mostra que a biodiversidade impulsiona o bem-estar econômico ao impedir surtos mais graves de doenças”, 

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,biodiversidade-ajuda-a–evitar-pobreza-diz-estudo-,978262,0.htm

Biodiversidade ajuda a evitar pobreza, diz estudo

Análise de dados do Banco Mundial relativos a 139 países mostra que doenças tropicais são um ‘fardo econômico’

28 de dezembro de 2012 | 2h 03

 

LOS ANGELES – O Estado de S.Paulo

Um novo estudo, com base na análise de dados do Banco Mundial relativos a 139 nações, diz que certas doenças infecciosas e parasíticas exercem influência significativa no desenvolvimento econômico e respondem por discrepâncias na renda per capita entre as populações de países tropicais e temperados. Os pesquisadores, em artigo na revista Public Library of Science (PLoS) Biology, também sugerem que ecossistemas saudáveis, com grande diversidade de plantas e animais, podem diminuir a transmissão dessas doenças.

 

Embora economistas reconheçam que doenças como a malária e o amarelão possam frear o desenvolvimento econômico, “permanece um intenso debate sobre a importância relativa do peso das doenças em geral nos padrões globais de riqueza e pobreza”, diz o artigo, assinado pela equipe liderada pelo economista e ecologista Matthew Bonds, do departamento de saúde global e medicina social da faculdade de Medicina da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.

 

O estudo, além de considerar como as diferenças na latitude se relacionam com doenças e pobreza, analisou outros quesitos que influenciam a economia, como o bom funcionamento das instituições governamentais, legais e econômicas. Para isso, usaram de estatística para avaliar a importância relativa de vários fatores e concluíram que “doenças parasíticas e transmitidas por vetores afetaram sistematicamente o desenvolvimento econômico”. “Também mostramos que o fardo trazido por essas doenças é determinado por condições ecológicas”, escreveram.

 

Segundo os especialistas, o estrago causado por essas doenças aumenta com a perda de biodiversidade. Isso porque moléstias como malária e doença de Lyme necessitam de hospedeiros, que aumentam de número com a queda na população de predadores ou competidores – por exemplos, populações de roedores crescem muito quando não há corujas para comê-los.

 

“Nosso estudo também mostra que a biodiversidade impulsiona o bem-estar econômico ao impedir surtos mais graves de doenças”, afirmou Andrew Dobson, coautor do trabalho e médico infectologista da Universidade de Princeton. / LOS ANGELES TIMES

Redação

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