Jornal GGN – A Reitoria da Universidade Presbiteriana Mackenzie decidiu censurar a participação das editoras Boitempo e Contracorrente na Feira de Livros organizada pelo Centro Acadêmico João Mendes Jr, em São Paulo.
Segundo o Centro Acadêmico, órgão representativo dos alunos, a Reitoria alegou que ambas as editoras não possuem “livros doutrinários e legislação de uso acadêmico”.
Em nota de repúdio, Boitempo e Contracorrente afirmam que são “duas editoras que, de maneira aberta e franca, estão engajadas na disseminação de pensamento crítico no Brasil, inclusive no âmbito jurídico, são as atingidas pela decisão.” Além disso, “ambas as editoras ostentam um consistente catálogo na área do Direito, composto, aliás, por obras de professores da Faculdade de Direito do Mackenzie.”
No mês passado, a Reitoria da Mackenzie se envolveu em outra questão controversa. Com previsão de ser visitada pelo presidente Jair Bolsonaro, para conhecer projeto relacionado ao uso do grafeno, um comunicado foi emitido para que os alunos vestissem roupas verde e amarelo em apoio do ex-capitão. Bolsonaro acabou mudando a agenda para fugir dos protestos organizados por estudantes.
Leia, abaixo, a nota completa.
Feira de Livros do Centro Acadêmico João Mendes Jr. | Nota de repúdio
Nesta semana ocorre a Feira de Livros do Centro Acadêmico João Mendes Jr., órgão representativo das alunas e dos alunos da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Da lista de editoras convidadas a participar da feira, duas foram vetadas pela Reitoria: Boitempo e Contracorrente. Duas editoras que, de maneira aberta e franca, estão engajadas na disseminação de pensamento crítico no Brasil, inclusive no âmbito jurídico, são as atingidas pela decisão.
Segundo o Centro Acadêmico, a Reitoria assim o fez porque Boitempo e Contracorrente não trabalham com “livros doutrinários e legislação de uso acadêmico”. Talvez tivesse sido melhor não motivar a decisão, tamanho o absurdo. Ambas as editoras ostentam um consistente catálogo na área do Direito, composto, aliás, por obras de professores da Faculdade de Direito do Mackenzie.
Lamentamos profundamente a ocorrência de tal episódio no ambiente universitário, onde, por definição, deve prevalecer o pluralismo de ideias, e registramos publicamente o nosso mais veemente repúdio a este ato de censura.
Editora Contracorrente Boitempo Editorial
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Que não se credite aos alunos a estupidez da direção da Universidade.
“Vestir algo verde e amarelo”? Porra, nao seria bem mais apropriado solicitar que se vestisse algo rosa ou azul, fosse menina ou menino? Vai que o eleito vencesse a preguiça e aparecesse no pedaço acompanhado de seus “aceçores”, damares inclusa, nao seria muito cristão?
Mas querem falar de censura?
https://www.jb.com.br/pais/2019/04/995977-colegio-demite-professor-apos-video-com-critica-a-bolsonaro-viralizar.html
Na reportagem está registrado que o aluno que filmou também foi punido. Mas por que? Nao foi orientação de uma deputada do laranjal PSL?