Bolsonarismo de Skaf envergonha São Paulo, por Celso Rocha de Barros

Presidente da Fiesp amarra elite paulista ao que existe de pior na política

Jornal GGN – Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), envergonha o setor ao trabalhar pela organização do partido do presidente Jair Bolsonaro, Aliança pelo Brasil, no estado.

Ao se aliar ao presidente, Skaf amarra a elite paulista “ao que há de mais imundo e atrasado na tradição política brasileira”, diz Celso Rocha de Barros, doutor em sociologia pela Universidade de Oxford, em sua coluna no jornal Folha de São Paulo.

“A elite paulista, que já financiou a Semana de Arte Moderna de 1922, a USP e o Masp, agora patrocinará a doença mental de Olavo de Carvalho? Os empreendedores bandeirantes defendem o negacionismo climático? Aliás, que modelo de empreendedorismo os federados de Skaf pretendem oferecer aos jovens paulistas, a startup “Escritório do Crime”?”, lista o articulista, entre outras barbáries defendidas pelo presidente e seus correligionários.

Caso o empresariado paulista siga Skaf rumo ao bolsonarismo, pode-se dizer que assinaram sua desistência: segundo Barros, os segmentos econômicos que não foram capazes de competir globalmente se uniram ao populismo autoritário.

“Talvez a indústria brasileira, em franco declínio, abrace o bolsonarismo como os antigos mineiros do norte da Inglaterra abraçaram o brexit. Vale lembrar, o bolsonarismo se distingue de outros autoritarismos da mesma safra pelo apoio que tem nas elites”, pontua o articulista.

Embora Bolsonaro tenha vencido a eleição em São Paulo, ele representa o contrário da visão que São Paulo já foi. “São Paulo é suas universidades, é o centro da ciência nacional, é a Fapesp. Bolsonaro é censura ao Inpe, guerra às universidades e negacionismo climático”, afirma Barros. “São Paulo foi o berço dos dois melhores partidos que o Brasil já teve, PT e PSDB. Bolsonaro é uma infecção oportunista nascida das crises dos dois”.

Redação

2 Comentários

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  1. São Paulo FOI. Pretérito perfeito do verbo ser! Indica uma ação que ocorreu num determinado momento do passado, passado este cada vez mais distante.

  2. A Liberdade é Paulista. Não à toa um Presidente Paulista depois de 90 anos de doutrinação de Estado Ditatorial Caudilhista Absolutista Assassino Esquerdopata Fascista implantados num Golpe Civil Militar. Coincidência, um Presidente Paulista depois de 90 anos? Afinal Somos a Pátria das Coincidências. Pobre país rico. Mas de muito fácil explicação.

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