Bolsonaro não destinou nem 1% de suas emendas para segurança pública

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Folha de S. Paulo publicou nesta quinta (4) um levantamento que mostra que Jair Bolsonaro, enquanto deputado federal, não destinou nem 1% de suas emendas parlamentares para a segurança.
 
Nos últimos quatro anos, o hoje candidato à Presidente remeteu apenas R$ 200 mil para ajudar na compra de coletes e armas para os policiais de Resende, cidade onde passou vários anos de sua formação militar no Rio de Janeiro. O valor corresponde a 0,3% do total de emendas apresentadas por Bolsonaro.
 
De acordo com o jornal, Bolsonaro dividiu as emendas do último mantado em 5 áreas: Justiça (R$ 200 mil), Ministério Público da União (R$ 300 mil), Ciência e Tecnologia (R$ 300 mil), Defesa (R$ 30 milhões) e Saúde (R$ 30,8 milhões).
 
Pelos valores, é possível ver que o deputado quis privilegiar o apoio a militares, repassando metade do total em emendas para a Defesa. “Do total destinado à Defesa, mais da metade, ou R$ 16,5 milhões, são emendas para estabelecimentos de saúde que atendem militares das Forças Armadas, como R$ 300 mil para o hospital escolar da Aman, também em Resende, ou R$ 1,3 milhão para o Hospital Central do Exército, no Rio”, apontou a Folha.
 
Dos R$ 30 milhões para a Saúde, R$ 6 milhões foram, de fato, repassados para “melhorias no SUS”.
 
Folha anotou que Bolsonaro poderia, pela lei, ter destinado emendas “a órgãos dedicados ao combate ao narcotráfico internacional, ao contrabando de armas que alimenta o crime nas grandes cidades, à corrupção e à fiscalização da fronteira, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional”, mas não fez isso.
 
Procurado, o coordenador da campanha de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, disse que o presidenciável não enviava recursos para o Estado do Rio porque possivelmente não confiava no governador Sergio Cabral. Sobre os órgãos federais que não foram beneficiados, o deputado alegou dificuldade em definir o uso das emendas nessa esfera.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. Boçalnaro: A farsa de mais um picareta apoiado pela globo

    DIVULGUEM!!!!

     

    Olha como o fanfarrão Boçalnaro, o Tiririca de coturno, que só sabe falar que “vai mudar tudo que está aí”, votou na Câmara:

    .

    Acabar com o nepotismo no serviço público: CONTRA

     

    .

    Fim da aposentadoria especial para deputados e senadores: CONTRA

    .

    Aumento de salário para deputados e senadores: A FAVOR

    .

    Fundo de combate à pobreza: CONTRA

    .

    Além de fascista, é obtuso, limitado.

  2. pelos seus pronunciamentos belicosos…

    confirma a impressão de que o que ele quer mesmo é que todos se matem, do policial ao bandido

    muito mais barato, rápido e sem muito o que investir na área

  3. “Onyx Lorenzoni, disse que o
    “Onyx Lorenzoni, disse que o presidenciável não enviava recursos para o Estado do Rio porque possivelmente não confiava no governador Sergio Cabral”

    A boçalidade e o cinismo sao a marca sessa turma.

    E o nucleo mais ativo de eleitores é igualzinho. A nova vestimenta “liberal”, o discurso contra a corrupçao, pela familia, sao pura fachada retórica do antipetismo. Qualquer coisa serve para o acerto de contas com o inimigo; é como quem pega um pau, uma pedra ou uma arma qualquer que estiver à mao.

    Nao adianta somente mostrar contradiçoes ou inconsistencias. Nao é um debate acadêmico; nao é um debate habermasiano. Nao há consenso sobre coisa alguma com essa turma, nem sobre Direitos Fundamentais.

    Acham que estão na Montanha Magica, em algum estado “poético-kantiano” (entre matar ou morrer, morrer), é?!

  4. Ironia do destino…

    Foi salvo pelo SUS e pelos médicos do mesmo.

    Caso seja “eleito” devido ao golpe, muita mentira e eleições corruptas, como têm sido o exercido os três poderes, virará ditador com certeza. E na prática de sua violência investirá em um bunker pessoal, pois nem todos aprendem as lições dadas pela história e pela própria vida.

    Se o suceder o vice, aí será o FIM…

     

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