Bolsonaro se preocupa mais com a economia do que em conter pandemia

Em entrevista, presidente diz que país não pode parar por causa do coronavírus, e que o PIB “dificilmente” crescerá 2% neste ano

O presidente da República, Jair Bolsonaro, cumprimenta populares no Palácio da Alvorada. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil (via fotospublicas.com)

Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro tem usado a economia como justificativa para muitas das medidas que tem tomado, e com relação ao coronavírus não tem sido diferente – ao ponto de o presidente estar mais preocupado com os efeitos sobre o crescimento do país do que em garantir o bem-estar da população.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente se disse preocupado com os efeitos da pandemia sobre a atividade econômica, e foi claro ao afirmar que o país não pode parar por conta disso. “Vai ter um caos muito maior se a economia afundar. Se a economia afundar, afunda o Brasil. E qual o interesse dessas lideranças políticas? Se acabar a economia, acaba qualquer governo. Acaba o meu governo”, disse, segundo informações do jornal Folha de São Paulo.

Embora tenha citado em entrevistas anteriores que a crise “não é isso tudo que dizem”, o presidente reconheceu que deve ocorrer uma sobrecarga no sistema de saúde, e que acionou os hospitais militares para o atendimento de pacientes que não conseguirem ser atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Bolsonaro disse ainda que a equipe econômica avalia medidas para ajudar as empresas aéreas, evitando que elas sofram perdas. Mas fica uma pergunta: e os trabalhadores autônomos? E as empresas de pequeno porte? Também não podem receber algum tipo de socorro federal para garantir sua sobrevivência em tempos de maior resguardo?

Redação

1 Comentário

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  1. Sim por que mesmo não tendo noção sobre ela, conforme ele já assumiu. Sabe que a cobrança principal a quem ele presta contas é através do bolso. Também os rendimentos dos ilícitos milicianos dependem de uma economia em fluxo. Logo, vai ficar difícil até para seus seguidores, aceitarem que em uma grave crise, os protegidos sejam apenas familiares, comparsas e capangas. Até mesmo para as categorias do sistema de repressão (PMs, militares e “justissa”), quando a coisa começar a não ser mais garantida, cobranças virão. E ai quero ver quando cobrarem a “responsabilidade” aos covardes e eles a negarem.

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