Bolsonaro vai salvar Temer com embaixada na Itália

Recebo este texto de uma jornalista e professora universitária que não pode se identificar, mas asseguro que é uma fonte confiável.

Bolsonaro e Temer

A quem serve o ex-capitão!

No dia 19 de julho de 2018 o bloco de parlamentares chamado de centrão (DEM, PP, PR e grande parte do MDB e PSDB) definiu que iria abraçar a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) em detrimento da candidatura de Ciro Gomes (PDT). O principal motivo foi que Ciro não aceitou a principal condição do bloco parlamentar que deu sustentação ao Impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT). Na barganha de apoios que faz o dia-a-dia da política nacional o centrão pedia uma posição inconfessável: garantir a indicação do atual presidente da República, Michel Temer (PMDB), para ocupar o posto de embaixador na Itália, com nomeação no dia 1 de janeiro de 2019. Motivo: fugir da ordem de prisão que já se encontra nas mãos da Polícia Federal (PF), aguardando apenas o término do mandato para ser cumprida.

Ciro não aceitou, jogando longe sua chance de ir para o segundo turno da eleição presidencial. A barganha do centrão foi levada a Alckmin que aceitou a missão impopular de salvar da cadeia o presidente mais impopular da república, da mesma forma que Henrique Meirelles (MDB). Mas Meirelles, atual ministro da economia não estava de verdade no jogo eleitoral. Cumpria o ingrato dever de defender sua própria atuação e buscar um posto no próximo governo. Como Alckmin não decolou e não passou dos 10% de intenção nas pesquisas, o oportunista centrão negociou com o candidato a vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB).

O acordo foi fechado e Temer, para escapar da cadeia, passou a contar com o apoio do candidato que lidera as pesquisas de intenção de voto a poucos dias do pleito de 7 de outubro de 2018. A informação do acordo foi repassada por um membro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a um jornalista de Brasília. O agente trabalha próximo ao gabinete presidencial e presenciou a negociação. A conversa vasou.

No dia 22 de setembro, o secretário de assunto estratégico de Temer, Houssein Kalout, se reuniu no Rio de Janeiro, no Gávea Golf  Clube, com Mourão e o economista de Bolsonaro Paulo Guedes. Após a conversa, até a proposta de reformar a previdência este ano ressurgiu no Planalto. Os mecanismos de proteção existem há muito tempo e servem há políticos de todos os credos. A despeito de tudo, Temer mantém muita proximidade com os principais candidatos. A conta é grande, até para o grande negociador que o presidente de fato é. Mas a sombra da PF já está sobre o Planalto. Temer não pode deixar Brasília depois da posse. O que vazou na mídia até hoje não é nem um terço das acusações contra o presidente. Como o próximo presidente precisará do centrão para governar e dominar o Congresso Nacional, o pacto está fechado. O capitão serve a Temer.

Redação

3 Comentários

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  1. Erro no texto

    O que esse segundo “há” faz nessa frase? Os mecanismos de proteção existem há muito tempo e servem há políticos de todos os credos.

  2. Mas se é uma fonte confiável,
    Mas se é uma fonte confiável, porque não pode se identificar?

    Me soa estranho a falta de comprovação da fonte.

    Pode ser uma história contada por um amigo de um amigo.

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