‘Bombardeamos tudo que se movia’

Um breve relato da BBC sobre a guerra da Coreia

No ano de 1950, tropas americanas, apoiadas por uma coalizão internacional, tentaram rechaçar uma invasão na Coreia do Sul.

Pouco depois do início da guerra, a China, temendo o avanço dos Estados Unidos rumo às suas fronteiras, decidiu sair em defesa da Coreia do Norte, sua aliada.

Foi o marco do início da guerra total contra a Coreia do Norte. A partir desse momento, todas as cidades e vilarejos passaram a receber a visita diária dos bombardeiros americanos B-29 e B-52 e sua carga mortal de napalm, todas as cidades e vilarejos da Coreia do Norte foram reduzidos a escombros.

O chefe do Comando Aéreo Estratégico durante o conflito, declarou muitos anos depois: “Aniquilamos cerca de 20% da população”.

Segundo estimativas dos pesquisadores, nos três anos de guerra, foram lançadas 635 mil toneladas de bombas contra a Coreia do Norte. De acordo com Pyongyang, 5 mil escolas, mil hospitais e 600 mil residências foram destruídos. Um documento soviético redigido pouco antes do cessar-fogo de 1953 fala em 282 mil civis mortos pelos bombardeios.

O então ministro de Relações Exteriores norte-coreano, denunciava na ONU o “bestial extermínio de civis pacíficos pelos imperialistas americanos”. Seu relato contava que, para garantir que Pyongyang ficasse sempre cercada por incêndios, os “bárbaros transatlânticos” a bombardeavam com artefatos de ação retardada que detonavam de forma alternada, “impossibilitando que as pessoas saíssem de casa”.

Fica mal direcionado o ridículo que os meios de comunicação tentam atribuir ao heroísmo de um povo que insiste em resistir.

Improvável, para os que vivem há quase 70 anos sob tais ameaças, que manifestações de impaciência como o “ataque histérico” cometido pela representante americana na ONU cause qualquer comoção.

Os norte-coreanos nunca se entregaram, continuam lutando até hoje.

Redação

7 Comentários

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  1. É mais complicado a história

    Que este simples relato, principalmente na parte política e estratégica.. Sugiro a quem tenha interesse, devido a pobreza de literatura sobre esta guerra, ao menos publicado por aqui em português, o livro Yalu do alemão Jorg Friedrich. Como há pouca coisa para ler por aqui e meu inglês é apenas para artigos científicos na minha área de atuação, não posso confirmar sua imparcialidade, mas me pareceu bem próximo da realidade. Politicamente ninguém no lado ocidental tinha interesse na Coreia até a invasão por Kim Il Sung com apoio logístico e estratégico de Stalin da Coreia do Sul. Também os EUA não pretendia invadir a China após o desembarque em Inchon em setembro e a ocupação da Coreia do Norte em novembro de 1950. As nações Unidas já tinha recomendado a montagem de um anel e uma terra de ninguém de alguns km nas margens do Yalu. A Coreia do Norte também massacrou a população da Coreia do Sul. As covas coletivas em Seul e outras cidades sul coreanas também são descritas no livro. O povo coreano tinha ódio do norte. A melhor discrição da culpa de cada lado sobre o massacre na Coreia está citada na página 260 do livro. Em 1948 a Coreia do Norte recusara uma eleição nacional controlada pela ONU. Em setembro de 1950 foi a ONU que recusou a proposta de retirada dos militares e as eleições gerais e governo Coreano único. Com isto, asseguraram a instabilidade interna da Coreia que perdura até hoje segundo o autor. Militarmente os EUA atuou na sua forma tradicional de força bruta. Existe um ditado na segunda guerra mundial sobre isto. Quando os britânicos bombardeavam, os alemães encolhiam. Quando os alemães bombardeavam, os aliados encolhiam. Quando os americanos bombardeavam, todos encolhiam! A quantidade de mortos por fogo amigo americano é uma prova da incompetência militar americana. Até general americano morreu na Normandia por isto.

    1. Acrescentando

      Não existia B52 na época da guerra da Coreia. Existia o B 50, versão melhorada dos B 29 da foto, bombardeiro quadrimotor a pistão, utilizado no período final da segunda guerra mundial e responsável pelo lançamento das bombas atômicas no Japão.

  2. ‘Bombardeamos tudo que se movia’

    … estes yankes sempre com a mesma pratica de EXTERMINIO sejam eles jogando milhares de toneladas de bombas, invadindo territorios, roubando as riquezas dos povos e todo tipo de ATROCIDADES, e claro sempre ASSASSINANDO civis como as Mulheres, Crianças e Idosos … para eles, estes desumanos yankes destruir as Nações alheias sempre foi uma tatica e que um dia irão PROVAR DO PROPRIO VENENO … questão de tempo – ninguem fica impune eternamente … !!! 

  3. Manda hoje só um desses

    Manda hoje só um desses heróis de gibi e de cinema pra cima da Coréia do Norte, manda. Aí eu vou ver yankees “comendo da banda podre”.

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